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GASTRONOMIA PIAUIENSE
DESCOBERTA DO FOGO
 Com a descoberta do fogo- a caça e a pesca deixaram de
ser comidas cruas e passaram a ser assadas em espetos
sobre chamas ou brasas.
 O fogo, além do cozimento, ofereceu novas possibilidades
de conservar.
AGRICULTURA E DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS
 Descoberta do plantio e da colheita de alimentos. Esse novo conceito
deu a possibilidade ao homem, e até forçou-o, a se fixar num só local,
abandonando a vida nômade que levava até então indo atrás de
caças.
 Estando o homem fixo em determinado lugar, as presas que eram
capturadas passaram a ser mantidas vivas durante certo tempo, para
garantirem um abastecimento prolongado de carne fresca. E assim
teve início a domesticação de animais.
 Estar fixo em uma só localidade fizeram com que se desenvolvessem
mobiliários para dormir, sentar, comer, guardar alimentos...
 Surgir os grupos; os vizinhos; o comércio; as aldeias e, mais tarde, as
cidades.
AGRICULTURA E DOMESTICAÇÃO DE
ANIMAIS
 Utensílios de cerâmica, possibilitou cozinhar os alimentos
e condimenta-los com ervas aromáticas. Dessa fase foi um
passo para se chegar nas sopas, nas papas, nos mingaus,
pirões, purês e bebidas aquecidas.
 Surgi as bebidas fermentadas à base de raízes e o vinho
de framboesa, amora e cereja.
 Foi também nesse período que se deu a descoberta do sal
extraído das ardósias e a confecção do forno de barro
compactado.
IDADE ANTIGA – POVOS DOS GRANDES
BANQUETES
 O pão começou a ser produzido há mais de dois mil anos na Idade Antiga
pelos egípcios e foi, por muitos anos, a base da alimentação de todas as
classes sociais da civilização ocidental.
 Principal alimento - o peixe-, consequência do extenso litoral.
 Acompanhavam o peixe alimentos como o centeio, o arroz e a aveia e
condimentos como a sálvia, o tomilho, o alho-poró, a cebolinha, a alcaparra,
a raiz forte e o coentro. Para os ricos também serviam-se bois, carneiros,
cabras e porcos. Queijos de leite de cabra e de ovelha também eram muito
consumidos.
 Da pastelaria grega participaram trigo, mel, azeite, pinhões, tâmaras,
amêndoas e sementes de papoula.
 Como bebidas tinham leite, vinho – ao qual quase sempre se adicionava
água – e misturas à base de mel.
IDADE ANTIGA – POVOS DOS GRANDES
BANQUETES
 Já entre os romanos, os hábeis cozinheiros dos banquetes eram
pessoas muito importantes, reconhecidas como artistas e recebiam
altos salários. Foram os pioneiros na figura do chef de cozinha. “Ter
um bom cozinheiro era símbolo de ascensão social.”
 Nas mesas romanas era comum aparecer frangos, patos, gansos,
galinhas d’angola e pavões; pássaros silvestres como codornas,
perdizes, gralhas, avestruzes, flamingos, garças e papagaios; peixes,
rãs, mexilhões, ouriços e ostras. E frutas como cereja, abricó, limão e
melão.
 Romanos e gregos eram hábeis em picadinhos, almôndegas e
croquetes. O leite coalhado de cabra também era muito apreciado.
IDADE MÉDIA – TRADIÇÃO GASTRONÔMICA DOS
MOSTEIROS
 Na Idade Média, a Igreja era poderosíssima, foram os monges que, com o
conhecimento herdado dos romanos, cultivaram uva, maçã e malte para o
vinho, a cidra e a cerveja .
 Desenvolveram a jardinagem, exploraram minas de sal, praticaram a
pecuária, curtiram o couro e aprimoraram , conservação de alimentos e a
fabricação do pão.
 Desenvolvia-se a pesca no Oceano Atlântico, especialmente, do arenque que
era salgado e vendido. Na Idade Média o peixe foi um alimento largamente
consumido pois, além de barato, era muito presente na dieta dos cristãos que
não comiam carne em diversas datas especiais. Era comum em mosteiros e
castelos de ricos viveiros de salmões e trutas.
IDADE MÉDIA – TRADIÇÃO GASTRONÔMICA DOS
MOSTEIROS
 Abusava-se, nesta época, de temperos e especiarias como pimenta,
noz moscada, gengibre, canela, cravo, sementes de girassol,
cominho, hortelã, cebolinha, anis e açafrão. As frutas mais
abundantes eram maçãs e pêras.
 No século XIII com a redescoberta dos guisados , os molhos
começaram a ser mais utilizados, elaborados com pimenta e açúcar.
Salsicha, vinagre, mostarda, caldeirada de lebre, feijão com carneiro,
alcachofra e caldeirada de peixes de água doce são exemplos de
comidas deste período.
IDADE MÉDIA – TRADIÇÃO
GASTRONÔMICA DOS MOSTEIROS
 No Oriente, os ricos comiam sempre carneiros, tâmaras, berinjelas,
iogurtes, sorvetes e melões.
 O vinho, sendo proibido pelo Islamismo, fez com que os orientais
bebessem muito café doce e forte. Pepinos, pimentões, cebolas e
aspargos eram transformados em conserva com vinagre pelos
orientais. Rosas, violetas e frutas viravam geleias.
 A técnica da destilação já era utilizada e propiciou o preparo de
aguardentes e vinhos fortificados. E a massa de farinha de trigo ou
soja, que deu origem aos talharins e espaguetes, já era preparada
pelos chineses. Assim como o macarrão, generalizando desta forma
a massa em tiras, o arroz também foi trazido da Ásia.
IDADE MODERNA – AS GRANDES INOVAÇÕES
 Uso de talheres .
 Grandes navegações e pela descoberta da América, o
que resultou num intercâmbio enriquecedor de alimentos
e receitas.
 Do Brasil para a Ásia foram levados pelos portugueses:
milho, agrião, mandioca, batata-doce, repolho, pimentão,
abacaxi, goiaba, caju, maracujá, mamão e tabaco.
 Da Ásia para o Brasil vieram: cana-de-açúcar, arroz,
laranja, manga, tangerina, chá, lírios, rosas, crisântemos,
camélias e porcelanas.
IDADE MODERNA – AS GRANDES
INOVAÇÕES
 Da África vieram banana, inhame, pimenta malagueta, erva-doce, quiabo,
galinha d’angola, palmeira do dendê, melancia e coco.
 A batata se tornou base da alimentação de muitos países europeus com
exceção da Itália que, pelo costume de comer pasta, arroz ou polenta fez
com que a batata jamais tivesse a importância que assumiu em outras partes
do mundo.
 Da América para a África foram farinha de mandioca, caju, peru e amendoim.
E para a Europa foram batata, feijão, abóbora, amendoim, pimentão,
baunilha, abacate e o cacau.
 Uma sociedade mais refinada com o hábito de lavar as mãos antes de comer,
usar talheres e guardanapos. Os temperos eram usados mais
moderadamente mas os aromáticos iam às massas, aos ensopados e às
bebidas.
 Surge o licor na França à base de pétalas de rosa ou violeta, flores de
laranjeira, essência de alecrim, angélica, anis e frutas.
IDADE CONTEMPORÂNEA – APERFEIÇOANDO
 Revolução Francesa, Imperador Napoleão Bonaparte cuja principal
contribuição à gastronomia foi o alto prêmio oferecido a quem
criasse uma técnica que conservasse alimentos por longo tempo.
 Preocupação com a boa alimentação de seu exército. Tal ato
resultou no surgimento da conserva em vidro, que evoluiu para os
enlatados, dando grande impulso à indústria
 Depois da técnica dos enlatados veio ainda a técnica da
pasteurização. Juntas essas inovações abriram e ampliaram em
muito os caminhos para a indústria dos alimentos.
COZINHA BURGUESA
 O uso de menus
 Destaca-se desse período a implantação do serviço à
francesa, no qual cada prato é servido somente uma vez.
As cozinhas neste momento já contavam com fogão de
ferro fundido e geladeira e o fogão a gás já havia sido
lançado.
A INTERNACIONALIZAÇÃO DA COZINHA
 As receitas francesas foram difundidas pelo mundo
todo e os grandes chefs franceses também foram a
diversas partes do mundo para mostrar e
compartilhar seus conhecimentos gastronômicos
inclusive abrindo filiais de famosos restaurantes em
grandes hotéis.
 Foi essa fusão que, no século XX fez nascer a
cozinha internacional. A cozinha internacional
facilita aos viajantes. Esse tipo de integração
propicia a comunicação e compreensão entre os
povos e, assim, a cozinha internacional é muito
bem aceita entre as pessoas.
A INTERNACIONALIZAÇÃO DA COZINHA
 Após a Primeira Guerra Mundial, a Europa perde a sua
superioridade e quem assume a posição principal são os
Estados Unidos da América.
 Os utensílios de cozinha que eram feitos de cobre passaram a
ser feitos de alumínio ou metal inoxidável, o gás e a
eletricidade possibilitaram o funcionamento dos fogões,
liquidificadores, batedeiras e aparelhos de conservação de
alimentos.
 Tais mudanças na cozinha somadas ao avanço tecnológico
nos meios de transportes, o desenvolvimento da indústria de
alimentos e das técnicas de conservação foram responsáveis
por significativas mudanças nos costumes alimentares entre
os europeus e os americanos. As refeições tipo fast food, self
service e os restaurantes que produziam alimentos em massa,
como as pizzarias, começaram a ocupar a preferência das
pessoas.
CULINÁRIA PIAUIENSE
 A culinária piauiense destaca das demais do nordeste. O sabor da
comida foi estabelecida pelos indígenas, primeiros povos que habitaram
esta terra. Segundo historiadores e relatos de padres , naquela época
as refeições eram à base de milho, farinha de mandioca, palmito,
macaxeira cozida com sal, abóbora, peixes, preás, mel e pimenta da
terra. A tipicidade está em permanecer utilizando esses ingredientes em
pratos da região, mesmo com o aperfeiçoamento e sofisticação das
receitas de hoje. O complemento da culinária piauiense foi implantado
mais tarde pelos portugueses e africanos, sem perder as
características indígenas.
 Muito da culinária piauiense se originou juntamente com as festas
populares, cada uma delas tinha identidade própria em seu ritual e em
sua culinária. Havia três grandes grupos de festas: as religiosas, as
regionais ligadas a a agrícolas e as festas politicas.
 As festas religiosas eram de ampla participação e em maior numero. As
festejas eram a festas juninas, a festa da padroeira, e as desobrigas de
antigamente, que não tinham data certa para ocorrer.
 As festas de são João e são Pedro, foram trazidas para Brasil
pelos Portugueses religiosos catequistas. Novenas preparatórias
eram realizadas nos dias que antecediam as festas juninas(
assim chamados porque as festas ocorriam no mês de junho),
com ritos litúrgicos e leiloes para arrecadação de recursos. Nos
dias dos são João e são Pedro, muitas danças animam os
festejos. A comida era farta e variada, e própria da época, milho
verde, cozido ou assado, a canjica com canela, a pamonha
enrolada na folha do milho, o mungunzá com lasca de coco da
praia, abatata doce, e o jerimum assado na brasa, banana
comprida frita, preparada com açúcar e canela, bolo de goma,
de milho, de puba, bolo frito, frito de tripa de porco, paçoca com
banana, e a linguiça de porco temperada.
 A semana santa era comum as pessoas praticarem jejum. Na
mesa não se podia servir carne vermelha, era substituída por
peixes, ovos, tubérculos, folhas e legumes, era vez de pratos
tais como: feijão verde aferventado, arroz com feijão e ovo
cozido, frito ou mexido, a maxixada,o quibebe, a macaxeira
cozida e frita, o peixe Curimatá, o Matrinchã, acompanhados de
pirão de farinha com pimenta- de- cheiro, e as frigideiras.
 As chamadas desobrigas exigiam grandes preparativos, era a época em que o
padre da paroquia ou o bispo da prelazia visitava as comunidades do interior. Das
redondezas, vinham homens, mulheres e crianças, para assistirem á missa e,
nessa oportunidade, as crianças eram batizadas e os noivos e amasiados
aproveitavam para casar. O coronel ou patriarca da localidade contribuía com o
que tinha de melhor, pois era uma demonstração de muito prestigio e de
religiosidade receber o bispo em sua casa. Na mesa, como todos sabiam que
padre gosta de comer bem, tinha a galinha caipira guisada, o Capão assado, o
porco ao molho ou assado no forno, o pernil de bode, o assado de panela, a
linguiça, as costeletas de leitão. Para beber, refresco, garapa de cana, e água fria.
Na merenda atardinha , o café era feito na hora, acompanhado de biscoito, queijo,
da coalhada escorrida, das petas, dos doces de leite e dos pudins.
 Das festas regionais a Farinhada é a mais conhecida, festa tipicamente rural e
bastante esperada por agregados e vizinhos. A farinha de mandioca, é um
produto especial no Estado. Para se obter a farinha, há um verdadeiro ritual. Isso
acontece todos os anos, nos meses de julho e agosto, nas casas de farinhada
espalhadas por todo o Piauí. O produto é a mandioca, raiz forte, venenosa, que
tudo dela se aproveita. Do caule comprido e cheio de nódulos se faz o replantio
ou serve como alimento para o gado, em forma de ração, juntamente com as
folhas depois de desidratadas. Depois de descascadas, a mandioca e colocada
de molho para que depois seja retirada uma massa branca, a qual irá se
transformar em farinha, o ser torrada em forno artesanal. Daí nasce a farinha de
mandioca, a goma e a puba, subprodutos da raiz, que são muito usados. Da
goma se faz o beiju e o bolo, da puba, o mingau e também bolo.

 Com o passar do tempo, o próprio piauiense começou a
despertar para os diversos produtos naturais que poderiam ser
utilizados em pratos regionais, como é o caso do buriti- fruto de
uma palmeira muito comum em alguns municípios do Piauí, o
bacuri, a manga, etc.
 A cozinha tradicional piauiense tem sua peculiaridade, o
que difere de outros Estados nordestinos: usa-se com muita
frequência a farinha de mandioca para confecção e
complementação de pratos. Muito comum atualmente é a
farinha d’água. Também é comum o uso de cheiro verde, da
cebolinha branca da região de Picos, do corante extraído do
urucum e pimenta de cheiro, que pode ser cultivada até em
jardins domésticos. As farofas, fritos ( de ovos, torresmos,
galinha, capote e caças diversas), o pirão e a paçoca, são
portanto, indispensáveis na mesa dos piauienses. Com esses
elementos, o piauiense se esbalda em pratos como o batido de
carne ou picadinho, onde a carne fresca picadinha é misturada
com macaxeira, maxixe, jerimum, abóbora e quiabo, regado
a muito cheiro verde, manteiga de garrafa e nata. Em outras
regiões do Estado, essa mistura acontece sem carne e ganha o
acréscimo de folhas, como a da vinagreira e passa a se tornar
um prato denominado quibebe ou capiau.
 Uma mania do piauiense é fazer misturas com o arroz: com
carne seca de gado, ganhando o nome de Maria Isabel, que
também funciona com carne de bode, com capote, galinha
caipira e com pato. O arroz com feijão ganha o apelido de Baião
de dois, comum em todo o Estado.
 No Sul do estado, é bastante comum colorir o arroz com
açafrão. Na área sertaneja, é muito comum a mistura de feijão
com milho, que deve ter toucinho, pé e orelha de porco, sendo
chamado de pintado ou mugunzá. Floriano é uma cidade onde
a culinária sofre influencia árabe, sendo uma das poucas
cidades nordestinas que se influenciou por estes povos.
 Em cada canto do Piauí, existe uma receita própria, a
carne de sol e o capote são típicos de Campo Maior; o bode
assado na brasa concentra-se mais em municípios da região de
Picos onde os rebanhos são comuns; a abobrada é típica em
Corrente. No caso de Teresina, encontramos Maria Isabel e a
paçoca, um tipo de mistura de carne seca e farinha que e
temperada à base de cebola branca e pilada num pilão de
madeira, muito usado em tribos indígenas e comunidades
interioranas.
 O estado é famoso pelos seus doces e compotas caseiras.
O doce da casca de limão azedo é o mais típico do Piauí.
As compotas de goiaba, caju, mangaba, bacuri, buriti,
groselha, casca de laranja e muitas outras, compõem o
menu de doces da região.
 Rico em frutos que rendem verdadeiros drinques naturais,
alcóolicos como os licores ou não, como a cajuína. O Piauí
e o maior produtor de caju da região e ganha com isso, a
oportunidade de produzir um produto tipicamente nosso, a
cajuína. No seu processo de fabricação, passa por etapas
curiosas, onde o suco natural do caju é clarificado, em
seguida, floculado, filtrado e submetido a uma temperatura
de 100.ºC, em banho-maria.
GASTRONOMIA DAS PRINCIPAIS LOCALIDADES
DO PIAUÍ:
 Altos: beiju e coalhada.
 Barras: capote com arroz e paçoca.
 Batalha: capote com arroz e carneiro ensopado.
 Campo Maior carne de sol e capote.
 Corrente: abobrada.
 Esperantina: Peixada e churrasco de carneiro.
 Floriano: arroz com abóbora e feijão com pequi.
 Luiz Correia: caranguejada e pargo frito.
 Parnaíba: peixe ao molho de camarão e peixe ao molho de caju.
 Pedro II.: galinha ao molho e panelada.
 Picos: bode assado na brasa.
 Piripiri: capote com arroz e galinha caipira.
 São Raimundo Nonato: beiju com bode assado e cuscuz com
carne de sol.
 Teresina: Maria Isabel e paçoca.
CRENDICES E CURIOSIDADES
 Como o piauiense é cheio de superstições, destacamos, como curiosidades
algumas das mais comuns e conhecidas entre nós:
 Não comer manga depois que tiver comido ovos, porque da congestão.
 Jantar tarde e logo se deitar para dormir provoca pesadelo.
 Comer carne fresca e deitar-se em seguida, dá congestão.
 Tomar leite e chupar manga faz mal, envenena.
 Durante a gravidez, comer frutas gêmeas, faz nascer crianças gêmeas.
 Quem come casca de queijo, fica burro.
 Não se deve tomar banho no dia em que se come carne fresca, da congestão.
 Fígado com cachaça envenena e morre quem toma cachaça e come melancia
estoporar.
 Chupar os ossos de costelas de porco dá fome canina.
 Comer galinha choca, nunca para a fome.
 Tomar café e sair correndo ou deitar-se dá congestão.
 Tomar caldo de cana e depois beber cachaça, é procurar a morte.
 Se a moça quer ficar bonita, come cabelouro (nervo de boi).
 Mulher que descansa, não deve comer galinha do pescoço pelado.
 Quem está gripado, não deve comer ovos, pois piora a gripe.
CRENDICES E CURIOSIDADES
 Beber água quente ao meio dia faz ficar com a fala fina.
 Tomar água e coalhada em seguida, não faz mal, mas o inverso é veneno.
 Chupar cana e tomar água da diabetes.
 Jogar pão no mato, acaba na miséria, a não ser que o beije antes.
 Derramar açúcar traz fortuna e felicidade.
 Comer abacaxi à noite, e um veneno.
 Comer abacaxi em jejum pode provocar úlcera.
 Tomar suco de laranja em jejum dá ataque.
 Não se deve comer surubim quando esta com ferimento, é carregado( reimoso).
 Comer ata, quando há algum ferimento no corpo dificulta a cicatrização.
 Mulher de resguardo, não deve comer carne fresca.
 Chupar cana pela manhã, faz embriagar.
 Queijo de coalhada com cachaça é perigoso.
 Comida feita numa casa e mandada para outra é causa de entriga.
 O abacate é estimulante do apetite sexual, assim como o amendoim e a catuaba.
 Quando há carne e peixe na mesa, deve-se comer primeiro a carne, depois o peixe, pois
assim, a morte o deixa.
 Beber café e água em seguida, além de estragar os dentes, faz estuporar ou ate mesmo,
provocar problemas cardíacos.
COMIDAS TRADICIONAIS:
 Abobrada: abóbora com ovos, leite, açúcar e canela.
 Angu de milho: feito com farinha de milho, carne fresca batida ou
moída e ovos.
 Arroz de leite: arroz cozido misturado ao leite.
 Arroz doce: arroz cozido misturado ao leite, açúcar, cravo e canela.
 Arroz doce: Com leite de coco babaçu.
 Arroz misturado com galinha ou capote.
 Baião de dois: mistura de arroz e feijão, às vezes com toucinho.
 Buchada: vísceras cozidas e costuradas dentro do estômago do
animal abatido.
 Cabeça de galo: pirão escaldado com ovos.
 Cafofa: frito de tripa de criação (carneiro ou bode).
 Caldeirada de camarão.
 Capiau: picadinho de macaxeira com carne-seca.
 Caranguejada.
 Carne de Sol: carne de gado retalhada, enxuta pelo sol da manhã e
estendida no sereno da noite, assada na brasa com manteiga de
nata.
 Carneiro ou bode: cozido com leite de coco.
 Carneiro ou bode: assado na brasa.
 Carneiro ou bode: feito risoto.
 Carne seca de gado ou criação: carne retalhada seca no sol e
assada na brasa.
 Casquinha de caranguejo.
 Chá de burro: milho cozido com leite e açúcar, polvilhado com
canela.
 Coalhada: leite coalhada, servido com raspa de rapadura.
 Cozidão: carne com legumes e verduras com muito caldo e pirão.
 Escaldada de tapioca: mistura de goma de mandioca com leite
fervente.
 Feijão com pequi.
 Frigideira: ovos batidos, carne moída e mamão verde.
 Frito: capote, galinha ou outra carne frita e misturada com farinha de
mandioca.
 Galinha caipira ou capote: cozido e preparado ao molho pardo.
 Guisado de carne de porco.
 Mão de vaca: ossos dos pés e mãos, unhas e nervos de gado,
cozido com muito caldo.
 Maria Isabel: risoto de carne de sol, picada com arroz.
 Maxixada: maxixe com carne seca.
 Mingau de puba.
 Mugunzá: milho cozido com pé de porco, toucinho e lingüiça.
 Palmito de babaçu com carne picada.
 Panelada: feita com as tripas e demais partes do intestino do
caprino, além das unhas.
 Peixe cozido: com leite de coco e pirão de farinha.
 Peixe frito: feito no óleo de babaçu.
 Pintado: mistura de milho com feijão, cozidos com pé de porco e
toucinho.
 Pirão: ossada de boi e caldo fervente, misturado com farinha de
mandioca.
 Quibebe mole: carne seca picada e misturada com jerimum,
abóbora ou batata.
 Requeijão: tipo de queijo do sertão, feito com coalhada escorrida
e manteiga.
 Sarapatel: feito com sangue e vísceras de carneiro ou de porco.
BOLOS E DOCES:
 Alfinim: feito com mel de engenho.
 Beiju de coco: eito de farinha de tapioca, com massa de
mandioca ou macaxeira.
 Beiju seco: eito com a goma de tapioca, com massa de
mandioca ou macaxera.
 Bolo corredor: feito com goma, ovos gordura e sal.
 Bolo de milho: feito com massa de milho, leite e açúcar.
 Bolo frito: feito no óleo de coco.
 Broa: bolo doce, geralmente bem seco.
 Canjica: é uma espécie de mingau grosso, feito com milho
verde ralado, adicionado com leite, açúcar e canela em pó.
 Caridade: tipo de bolo doce.
 Cariri: feito à base de goma ou tapioca.
 Chapéu de couro: feito com mamão, rapadura e coco.
 Chouriço: feito com sangue de porco, castanha de caju e
outros ingredientes.
 Cocada: feito à base de coco.
 Cuscuz: eito à base de milho ou arroz, cozido em banho-
maria.
 Doces de: caju, de casca de laranja, de casca de limão.
 Manuê: bolo de milho, castanha de caju e rapadura.
 Pamonha: feita de milho verde ralado, cozida e servida
enrolada na palha de milho.
 Peta: bolo seco, feito à base de tapioca.
 Quebra-queixo: doce ligado com coco.
 Suspiro: bolo feito de clara de ovos.
BEBIDAS:
 Aluá: milho fermentado e rapadura.
 Bacurizada: bacuri com leite.
 Cachaças: diversos tipos, com misturas das mais variadas.
 Cajuína: produzida a partir do suco do caju filtrado e submetido
a uma temperatura de 100.º C em banho-maria.
 Caldo de cana fermentado.
 Capilé: feito a base de tamarindo.
 Gengibirra: feito à base de gengibre.
 Leite de onça: mistura de leite e álcool.
 Licores de caju, folha de figo, jenipapo, maracujá, tamarindo,
tangerina, etc.
 Perobinha: suco de maracujá com álcool.
 Tiquira: cachaça feita de mandioca.
 Umbuzada: umbu com leite e adoçado com rapadura.
 Vinhos de caju, abacaxi e outras frutas.
TRABALHO
 Pesquisa sobre a culinária regional de cada município.
 Altos
 Barras
 Batalha
 Campo Maior
 Corrente
 Esperantina
 Floriano
 Luiz Correia
 Parnaíba
 Pedro II
 Picos
 Piripiri
 São Raimundo Nonato
 Teresina
 Oeiras
BRASÃO DO PIAUÍ
BRASÃO DO PIAUÍ
 Buriti : usavam os talos para construção de balsas,
que serviam de translado de mercadorias ao longo
do rio Parnaíba. Hoje em dia muito usado na
cofecçoes de moveis.
BRASÃO DO PIAUÍ
 Babaçu: utensílios domésticos: abanos, cestos,
cofos,chapéus,esteiras e peneiras. O principal valor
econômico é a amêndoas. Óleo de babaçu.
BRASÃO DO PIAUÍ
 Carnaúba: produção de cera de carnaúba
 Cuzcus: De acordo com Gilberto freire é uma
recriação do colonizador,substituíram o trigo
sarraceno do cuscus marroquino por massa de
milho, os paulista consome muito com sardinha, no
Piauí é consumido puro usando mesma técnica
original: cozido no vapor.
 Perdeu lugar para o pão.
 Carne seca: Os portugueses já cortavam e
salgavam a carne para que durasse nas grandes
viagens marítimas, com a dificuldade de aquisição
do sal, elas desidratavam a carne. Depois houve a
junção das duas técnicas.
 Carne seca carne de sol
 Beiju: origem indígena. A chegada de novos
produtos modifica o beiju.
 Paçoca: Os índios da Amazônia já misturam farinha
e peixe frito no pilão, no nordeste e substituí pela
carne seca.
 Frito.
 Picadinho: genuíno prato brasileiro, o uso da carne
não nobre dos bovinos. No nordeste é comum a
mistura da carne com abobora.
 Nasce como a tentativa de mistura carne e moles e
duras.
 Panelada, buchada, sarapatel e tripa de porco:
Habito trazido pelos portugueses. No Piauí a
pecuária era a fonte principal de renda, e cabia as
mais humildes as vísceras depois do abate do boi e
das criações.
 Buchada é prato nacional feita só com miúdos de carneiro
ou bode típico do almoço. Anduillette
 Sarapatel foi trazido pelos portugueses da Índia. Conhecido
em alguns lugares do nordeste como sarabullho.
 Panelada: é o mais popular , esta presente no
cardápio de restaurantes simples, botecos,e grã-
finos como Tarrafa’s Bar do rio poty
hotel.Consumida no almoço, a noite como tira
gosto e pela manha pelos feirantes ,trabalhadores
e madrugadores de feira.
 Mão de Vaca: muito apreciado no Piaui é
conhecido por todo nordeste. Prato considerado
“em conta”. Antigamente conhecida como
chambaril, tam bem conhecida como ossobuco em
lugares mais finos.
 Galinha ao molho pardo: Galinha não fazia parte da
alimentação do índio.
 Omelete: bastante conhecido, principalmente, com
carne moída e um pouco de pimenta cheiro.

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  • 2. DESCOBERTA DO FOGO  Com a descoberta do fogo- a caça e a pesca deixaram de ser comidas cruas e passaram a ser assadas em espetos sobre chamas ou brasas.  O fogo, além do cozimento, ofereceu novas possibilidades de conservar.
  • 3. AGRICULTURA E DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS  Descoberta do plantio e da colheita de alimentos. Esse novo conceito deu a possibilidade ao homem, e até forçou-o, a se fixar num só local, abandonando a vida nômade que levava até então indo atrás de caças.  Estando o homem fixo em determinado lugar, as presas que eram capturadas passaram a ser mantidas vivas durante certo tempo, para garantirem um abastecimento prolongado de carne fresca. E assim teve início a domesticação de animais.  Estar fixo em uma só localidade fizeram com que se desenvolvessem mobiliários para dormir, sentar, comer, guardar alimentos...  Surgir os grupos; os vizinhos; o comércio; as aldeias e, mais tarde, as cidades.
  • 4. AGRICULTURA E DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS  Utensílios de cerâmica, possibilitou cozinhar os alimentos e condimenta-los com ervas aromáticas. Dessa fase foi um passo para se chegar nas sopas, nas papas, nos mingaus, pirões, purês e bebidas aquecidas.  Surgi as bebidas fermentadas à base de raízes e o vinho de framboesa, amora e cereja.  Foi também nesse período que se deu a descoberta do sal extraído das ardósias e a confecção do forno de barro compactado.
  • 5. IDADE ANTIGA – POVOS DOS GRANDES BANQUETES  O pão começou a ser produzido há mais de dois mil anos na Idade Antiga pelos egípcios e foi, por muitos anos, a base da alimentação de todas as classes sociais da civilização ocidental.  Principal alimento - o peixe-, consequência do extenso litoral.  Acompanhavam o peixe alimentos como o centeio, o arroz e a aveia e condimentos como a sálvia, o tomilho, o alho-poró, a cebolinha, a alcaparra, a raiz forte e o coentro. Para os ricos também serviam-se bois, carneiros, cabras e porcos. Queijos de leite de cabra e de ovelha também eram muito consumidos.  Da pastelaria grega participaram trigo, mel, azeite, pinhões, tâmaras, amêndoas e sementes de papoula.  Como bebidas tinham leite, vinho – ao qual quase sempre se adicionava água – e misturas à base de mel.
  • 6. IDADE ANTIGA – POVOS DOS GRANDES BANQUETES  Já entre os romanos, os hábeis cozinheiros dos banquetes eram pessoas muito importantes, reconhecidas como artistas e recebiam altos salários. Foram os pioneiros na figura do chef de cozinha. “Ter um bom cozinheiro era símbolo de ascensão social.”  Nas mesas romanas era comum aparecer frangos, patos, gansos, galinhas d’angola e pavões; pássaros silvestres como codornas, perdizes, gralhas, avestruzes, flamingos, garças e papagaios; peixes, rãs, mexilhões, ouriços e ostras. E frutas como cereja, abricó, limão e melão.  Romanos e gregos eram hábeis em picadinhos, almôndegas e croquetes. O leite coalhado de cabra também era muito apreciado.
  • 7. IDADE MÉDIA – TRADIÇÃO GASTRONÔMICA DOS MOSTEIROS  Na Idade Média, a Igreja era poderosíssima, foram os monges que, com o conhecimento herdado dos romanos, cultivaram uva, maçã e malte para o vinho, a cidra e a cerveja .  Desenvolveram a jardinagem, exploraram minas de sal, praticaram a pecuária, curtiram o couro e aprimoraram , conservação de alimentos e a fabricação do pão.  Desenvolvia-se a pesca no Oceano Atlântico, especialmente, do arenque que era salgado e vendido. Na Idade Média o peixe foi um alimento largamente consumido pois, além de barato, era muito presente na dieta dos cristãos que não comiam carne em diversas datas especiais. Era comum em mosteiros e castelos de ricos viveiros de salmões e trutas.
  • 8. IDADE MÉDIA – TRADIÇÃO GASTRONÔMICA DOS MOSTEIROS  Abusava-se, nesta época, de temperos e especiarias como pimenta, noz moscada, gengibre, canela, cravo, sementes de girassol, cominho, hortelã, cebolinha, anis e açafrão. As frutas mais abundantes eram maçãs e pêras.  No século XIII com a redescoberta dos guisados , os molhos começaram a ser mais utilizados, elaborados com pimenta e açúcar. Salsicha, vinagre, mostarda, caldeirada de lebre, feijão com carneiro, alcachofra e caldeirada de peixes de água doce são exemplos de comidas deste período.
  • 9. IDADE MÉDIA – TRADIÇÃO GASTRONÔMICA DOS MOSTEIROS  No Oriente, os ricos comiam sempre carneiros, tâmaras, berinjelas, iogurtes, sorvetes e melões.  O vinho, sendo proibido pelo Islamismo, fez com que os orientais bebessem muito café doce e forte. Pepinos, pimentões, cebolas e aspargos eram transformados em conserva com vinagre pelos orientais. Rosas, violetas e frutas viravam geleias.  A técnica da destilação já era utilizada e propiciou o preparo de aguardentes e vinhos fortificados. E a massa de farinha de trigo ou soja, que deu origem aos talharins e espaguetes, já era preparada pelos chineses. Assim como o macarrão, generalizando desta forma a massa em tiras, o arroz também foi trazido da Ásia.
  • 10. IDADE MODERNA – AS GRANDES INOVAÇÕES  Uso de talheres .  Grandes navegações e pela descoberta da América, o que resultou num intercâmbio enriquecedor de alimentos e receitas.  Do Brasil para a Ásia foram levados pelos portugueses: milho, agrião, mandioca, batata-doce, repolho, pimentão, abacaxi, goiaba, caju, maracujá, mamão e tabaco.  Da Ásia para o Brasil vieram: cana-de-açúcar, arroz, laranja, manga, tangerina, chá, lírios, rosas, crisântemos, camélias e porcelanas.
  • 11. IDADE MODERNA – AS GRANDES INOVAÇÕES  Da África vieram banana, inhame, pimenta malagueta, erva-doce, quiabo, galinha d’angola, palmeira do dendê, melancia e coco.  A batata se tornou base da alimentação de muitos países europeus com exceção da Itália que, pelo costume de comer pasta, arroz ou polenta fez com que a batata jamais tivesse a importância que assumiu em outras partes do mundo.  Da América para a África foram farinha de mandioca, caju, peru e amendoim. E para a Europa foram batata, feijão, abóbora, amendoim, pimentão, baunilha, abacate e o cacau.  Uma sociedade mais refinada com o hábito de lavar as mãos antes de comer, usar talheres e guardanapos. Os temperos eram usados mais moderadamente mas os aromáticos iam às massas, aos ensopados e às bebidas.  Surge o licor na França à base de pétalas de rosa ou violeta, flores de laranjeira, essência de alecrim, angélica, anis e frutas.
  • 12. IDADE CONTEMPORÂNEA – APERFEIÇOANDO  Revolução Francesa, Imperador Napoleão Bonaparte cuja principal contribuição à gastronomia foi o alto prêmio oferecido a quem criasse uma técnica que conservasse alimentos por longo tempo.  Preocupação com a boa alimentação de seu exército. Tal ato resultou no surgimento da conserva em vidro, que evoluiu para os enlatados, dando grande impulso à indústria  Depois da técnica dos enlatados veio ainda a técnica da pasteurização. Juntas essas inovações abriram e ampliaram em muito os caminhos para a indústria dos alimentos.
  • 13. COZINHA BURGUESA  O uso de menus  Destaca-se desse período a implantação do serviço à francesa, no qual cada prato é servido somente uma vez. As cozinhas neste momento já contavam com fogão de ferro fundido e geladeira e o fogão a gás já havia sido lançado.
  • 14. A INTERNACIONALIZAÇÃO DA COZINHA  As receitas francesas foram difundidas pelo mundo todo e os grandes chefs franceses também foram a diversas partes do mundo para mostrar e compartilhar seus conhecimentos gastronômicos inclusive abrindo filiais de famosos restaurantes em grandes hotéis.  Foi essa fusão que, no século XX fez nascer a cozinha internacional. A cozinha internacional facilita aos viajantes. Esse tipo de integração propicia a comunicação e compreensão entre os povos e, assim, a cozinha internacional é muito bem aceita entre as pessoas.
  • 15. A INTERNACIONALIZAÇÃO DA COZINHA  Após a Primeira Guerra Mundial, a Europa perde a sua superioridade e quem assume a posição principal são os Estados Unidos da América.  Os utensílios de cozinha que eram feitos de cobre passaram a ser feitos de alumínio ou metal inoxidável, o gás e a eletricidade possibilitaram o funcionamento dos fogões, liquidificadores, batedeiras e aparelhos de conservação de alimentos.  Tais mudanças na cozinha somadas ao avanço tecnológico nos meios de transportes, o desenvolvimento da indústria de alimentos e das técnicas de conservação foram responsáveis por significativas mudanças nos costumes alimentares entre os europeus e os americanos. As refeições tipo fast food, self service e os restaurantes que produziam alimentos em massa, como as pizzarias, começaram a ocupar a preferência das pessoas.
  • 16. CULINÁRIA PIAUIENSE  A culinária piauiense destaca das demais do nordeste. O sabor da comida foi estabelecida pelos indígenas, primeiros povos que habitaram esta terra. Segundo historiadores e relatos de padres , naquela época as refeições eram à base de milho, farinha de mandioca, palmito, macaxeira cozida com sal, abóbora, peixes, preás, mel e pimenta da terra. A tipicidade está em permanecer utilizando esses ingredientes em pratos da região, mesmo com o aperfeiçoamento e sofisticação das receitas de hoje. O complemento da culinária piauiense foi implantado mais tarde pelos portugueses e africanos, sem perder as características indígenas.  Muito da culinária piauiense se originou juntamente com as festas populares, cada uma delas tinha identidade própria em seu ritual e em sua culinária. Havia três grandes grupos de festas: as religiosas, as regionais ligadas a a agrícolas e as festas politicas.  As festas religiosas eram de ampla participação e em maior numero. As festejas eram a festas juninas, a festa da padroeira, e as desobrigas de antigamente, que não tinham data certa para ocorrer.
  • 17.  As festas de são João e são Pedro, foram trazidas para Brasil pelos Portugueses religiosos catequistas. Novenas preparatórias eram realizadas nos dias que antecediam as festas juninas( assim chamados porque as festas ocorriam no mês de junho), com ritos litúrgicos e leiloes para arrecadação de recursos. Nos dias dos são João e são Pedro, muitas danças animam os festejos. A comida era farta e variada, e própria da época, milho verde, cozido ou assado, a canjica com canela, a pamonha enrolada na folha do milho, o mungunzá com lasca de coco da praia, abatata doce, e o jerimum assado na brasa, banana comprida frita, preparada com açúcar e canela, bolo de goma, de milho, de puba, bolo frito, frito de tripa de porco, paçoca com banana, e a linguiça de porco temperada.  A semana santa era comum as pessoas praticarem jejum. Na mesa não se podia servir carne vermelha, era substituída por peixes, ovos, tubérculos, folhas e legumes, era vez de pratos tais como: feijão verde aferventado, arroz com feijão e ovo cozido, frito ou mexido, a maxixada,o quibebe, a macaxeira cozida e frita, o peixe Curimatá, o Matrinchã, acompanhados de pirão de farinha com pimenta- de- cheiro, e as frigideiras.
  • 18.  As chamadas desobrigas exigiam grandes preparativos, era a época em que o padre da paroquia ou o bispo da prelazia visitava as comunidades do interior. Das redondezas, vinham homens, mulheres e crianças, para assistirem á missa e, nessa oportunidade, as crianças eram batizadas e os noivos e amasiados aproveitavam para casar. O coronel ou patriarca da localidade contribuía com o que tinha de melhor, pois era uma demonstração de muito prestigio e de religiosidade receber o bispo em sua casa. Na mesa, como todos sabiam que padre gosta de comer bem, tinha a galinha caipira guisada, o Capão assado, o porco ao molho ou assado no forno, o pernil de bode, o assado de panela, a linguiça, as costeletas de leitão. Para beber, refresco, garapa de cana, e água fria. Na merenda atardinha , o café era feito na hora, acompanhado de biscoito, queijo, da coalhada escorrida, das petas, dos doces de leite e dos pudins.  Das festas regionais a Farinhada é a mais conhecida, festa tipicamente rural e bastante esperada por agregados e vizinhos. A farinha de mandioca, é um produto especial no Estado. Para se obter a farinha, há um verdadeiro ritual. Isso acontece todos os anos, nos meses de julho e agosto, nas casas de farinhada espalhadas por todo o Piauí. O produto é a mandioca, raiz forte, venenosa, que tudo dela se aproveita. Do caule comprido e cheio de nódulos se faz o replantio ou serve como alimento para o gado, em forma de ração, juntamente com as folhas depois de desidratadas. Depois de descascadas, a mandioca e colocada de molho para que depois seja retirada uma massa branca, a qual irá se transformar em farinha, o ser torrada em forno artesanal. Daí nasce a farinha de mandioca, a goma e a puba, subprodutos da raiz, que são muito usados. Da goma se faz o beiju e o bolo, da puba, o mingau e também bolo. 
  • 19.  Com o passar do tempo, o próprio piauiense começou a despertar para os diversos produtos naturais que poderiam ser utilizados em pratos regionais, como é o caso do buriti- fruto de uma palmeira muito comum em alguns municípios do Piauí, o bacuri, a manga, etc.  A cozinha tradicional piauiense tem sua peculiaridade, o que difere de outros Estados nordestinos: usa-se com muita frequência a farinha de mandioca para confecção e complementação de pratos. Muito comum atualmente é a farinha d’água. Também é comum o uso de cheiro verde, da cebolinha branca da região de Picos, do corante extraído do urucum e pimenta de cheiro, que pode ser cultivada até em jardins domésticos. As farofas, fritos ( de ovos, torresmos, galinha, capote e caças diversas), o pirão e a paçoca, são portanto, indispensáveis na mesa dos piauienses. Com esses elementos, o piauiense se esbalda em pratos como o batido de carne ou picadinho, onde a carne fresca picadinha é misturada com macaxeira, maxixe, jerimum, abóbora e quiabo, regado a muito cheiro verde, manteiga de garrafa e nata. Em outras regiões do Estado, essa mistura acontece sem carne e ganha o acréscimo de folhas, como a da vinagreira e passa a se tornar um prato denominado quibebe ou capiau.
  • 20.  Uma mania do piauiense é fazer misturas com o arroz: com carne seca de gado, ganhando o nome de Maria Isabel, que também funciona com carne de bode, com capote, galinha caipira e com pato. O arroz com feijão ganha o apelido de Baião de dois, comum em todo o Estado.  No Sul do estado, é bastante comum colorir o arroz com açafrão. Na área sertaneja, é muito comum a mistura de feijão com milho, que deve ter toucinho, pé e orelha de porco, sendo chamado de pintado ou mugunzá. Floriano é uma cidade onde a culinária sofre influencia árabe, sendo uma das poucas cidades nordestinas que se influenciou por estes povos.  Em cada canto do Piauí, existe uma receita própria, a carne de sol e o capote são típicos de Campo Maior; o bode assado na brasa concentra-se mais em municípios da região de Picos onde os rebanhos são comuns; a abobrada é típica em Corrente. No caso de Teresina, encontramos Maria Isabel e a paçoca, um tipo de mistura de carne seca e farinha que e temperada à base de cebola branca e pilada num pilão de madeira, muito usado em tribos indígenas e comunidades interioranas.
  • 21.  O estado é famoso pelos seus doces e compotas caseiras. O doce da casca de limão azedo é o mais típico do Piauí. As compotas de goiaba, caju, mangaba, bacuri, buriti, groselha, casca de laranja e muitas outras, compõem o menu de doces da região.  Rico em frutos que rendem verdadeiros drinques naturais, alcóolicos como os licores ou não, como a cajuína. O Piauí e o maior produtor de caju da região e ganha com isso, a oportunidade de produzir um produto tipicamente nosso, a cajuína. No seu processo de fabricação, passa por etapas curiosas, onde o suco natural do caju é clarificado, em seguida, floculado, filtrado e submetido a uma temperatura de 100.ºC, em banho-maria.
  • 22. GASTRONOMIA DAS PRINCIPAIS LOCALIDADES DO PIAUÍ:  Altos: beiju e coalhada.  Barras: capote com arroz e paçoca.  Batalha: capote com arroz e carneiro ensopado.  Campo Maior carne de sol e capote.  Corrente: abobrada.  Esperantina: Peixada e churrasco de carneiro.  Floriano: arroz com abóbora e feijão com pequi.  Luiz Correia: caranguejada e pargo frito.  Parnaíba: peixe ao molho de camarão e peixe ao molho de caju.  Pedro II.: galinha ao molho e panelada.  Picos: bode assado na brasa.  Piripiri: capote com arroz e galinha caipira.  São Raimundo Nonato: beiju com bode assado e cuscuz com carne de sol.  Teresina: Maria Isabel e paçoca.
  • 23. CRENDICES E CURIOSIDADES  Como o piauiense é cheio de superstições, destacamos, como curiosidades algumas das mais comuns e conhecidas entre nós:  Não comer manga depois que tiver comido ovos, porque da congestão.  Jantar tarde e logo se deitar para dormir provoca pesadelo.  Comer carne fresca e deitar-se em seguida, dá congestão.  Tomar leite e chupar manga faz mal, envenena.  Durante a gravidez, comer frutas gêmeas, faz nascer crianças gêmeas.  Quem come casca de queijo, fica burro.  Não se deve tomar banho no dia em que se come carne fresca, da congestão.  Fígado com cachaça envenena e morre quem toma cachaça e come melancia estoporar.  Chupar os ossos de costelas de porco dá fome canina.  Comer galinha choca, nunca para a fome.  Tomar café e sair correndo ou deitar-se dá congestão.  Tomar caldo de cana e depois beber cachaça, é procurar a morte.  Se a moça quer ficar bonita, come cabelouro (nervo de boi).  Mulher que descansa, não deve comer galinha do pescoço pelado.  Quem está gripado, não deve comer ovos, pois piora a gripe.
  • 24. CRENDICES E CURIOSIDADES  Beber água quente ao meio dia faz ficar com a fala fina.  Tomar água e coalhada em seguida, não faz mal, mas o inverso é veneno.  Chupar cana e tomar água da diabetes.  Jogar pão no mato, acaba na miséria, a não ser que o beije antes.  Derramar açúcar traz fortuna e felicidade.  Comer abacaxi à noite, e um veneno.  Comer abacaxi em jejum pode provocar úlcera.  Tomar suco de laranja em jejum dá ataque.  Não se deve comer surubim quando esta com ferimento, é carregado( reimoso).  Comer ata, quando há algum ferimento no corpo dificulta a cicatrização.  Mulher de resguardo, não deve comer carne fresca.  Chupar cana pela manhã, faz embriagar.  Queijo de coalhada com cachaça é perigoso.  Comida feita numa casa e mandada para outra é causa de entriga.  O abacate é estimulante do apetite sexual, assim como o amendoim e a catuaba.  Quando há carne e peixe na mesa, deve-se comer primeiro a carne, depois o peixe, pois assim, a morte o deixa.  Beber café e água em seguida, além de estragar os dentes, faz estuporar ou ate mesmo, provocar problemas cardíacos.
  • 25. COMIDAS TRADICIONAIS:  Abobrada: abóbora com ovos, leite, açúcar e canela.  Angu de milho: feito com farinha de milho, carne fresca batida ou moída e ovos.  Arroz de leite: arroz cozido misturado ao leite.  Arroz doce: arroz cozido misturado ao leite, açúcar, cravo e canela.  Arroz doce: Com leite de coco babaçu.  Arroz misturado com galinha ou capote.  Baião de dois: mistura de arroz e feijão, às vezes com toucinho.  Buchada: vísceras cozidas e costuradas dentro do estômago do animal abatido.  Cabeça de galo: pirão escaldado com ovos.  Cafofa: frito de tripa de criação (carneiro ou bode).  Caldeirada de camarão.  Capiau: picadinho de macaxeira com carne-seca.  Caranguejada.
  • 26.  Carne de Sol: carne de gado retalhada, enxuta pelo sol da manhã e estendida no sereno da noite, assada na brasa com manteiga de nata.  Carneiro ou bode: cozido com leite de coco.  Carneiro ou bode: assado na brasa.  Carneiro ou bode: feito risoto.  Carne seca de gado ou criação: carne retalhada seca no sol e assada na brasa.  Casquinha de caranguejo.  Chá de burro: milho cozido com leite e açúcar, polvilhado com canela.  Coalhada: leite coalhada, servido com raspa de rapadura.  Cozidão: carne com legumes e verduras com muito caldo e pirão.  Escaldada de tapioca: mistura de goma de mandioca com leite fervente.  Feijão com pequi.  Frigideira: ovos batidos, carne moída e mamão verde.  Frito: capote, galinha ou outra carne frita e misturada com farinha de mandioca.  Galinha caipira ou capote: cozido e preparado ao molho pardo.  Guisado de carne de porco.
  • 27.  Mão de vaca: ossos dos pés e mãos, unhas e nervos de gado, cozido com muito caldo.  Maria Isabel: risoto de carne de sol, picada com arroz.  Maxixada: maxixe com carne seca.  Mingau de puba.  Mugunzá: milho cozido com pé de porco, toucinho e lingüiça.  Palmito de babaçu com carne picada.  Panelada: feita com as tripas e demais partes do intestino do caprino, além das unhas.  Peixe cozido: com leite de coco e pirão de farinha.  Peixe frito: feito no óleo de babaçu.  Pintado: mistura de milho com feijão, cozidos com pé de porco e toucinho.  Pirão: ossada de boi e caldo fervente, misturado com farinha de mandioca.  Quibebe mole: carne seca picada e misturada com jerimum, abóbora ou batata.  Requeijão: tipo de queijo do sertão, feito com coalhada escorrida e manteiga.  Sarapatel: feito com sangue e vísceras de carneiro ou de porco.
  • 28. BOLOS E DOCES:  Alfinim: feito com mel de engenho.  Beiju de coco: eito de farinha de tapioca, com massa de mandioca ou macaxeira.  Beiju seco: eito com a goma de tapioca, com massa de mandioca ou macaxera.  Bolo corredor: feito com goma, ovos gordura e sal.  Bolo de milho: feito com massa de milho, leite e açúcar.  Bolo frito: feito no óleo de coco.  Broa: bolo doce, geralmente bem seco.  Canjica: é uma espécie de mingau grosso, feito com milho verde ralado, adicionado com leite, açúcar e canela em pó.  Caridade: tipo de bolo doce.
  • 29.  Cariri: feito à base de goma ou tapioca.  Chapéu de couro: feito com mamão, rapadura e coco.  Chouriço: feito com sangue de porco, castanha de caju e outros ingredientes.  Cocada: feito à base de coco.  Cuscuz: eito à base de milho ou arroz, cozido em banho- maria.  Doces de: caju, de casca de laranja, de casca de limão.  Manuê: bolo de milho, castanha de caju e rapadura.  Pamonha: feita de milho verde ralado, cozida e servida enrolada na palha de milho.  Peta: bolo seco, feito à base de tapioca.  Quebra-queixo: doce ligado com coco.  Suspiro: bolo feito de clara de ovos.
  • 30. BEBIDAS:  Aluá: milho fermentado e rapadura.  Bacurizada: bacuri com leite.  Cachaças: diversos tipos, com misturas das mais variadas.  Cajuína: produzida a partir do suco do caju filtrado e submetido a uma temperatura de 100.º C em banho-maria.  Caldo de cana fermentado.  Capilé: feito a base de tamarindo.  Gengibirra: feito à base de gengibre.  Leite de onça: mistura de leite e álcool.  Licores de caju, folha de figo, jenipapo, maracujá, tamarindo, tangerina, etc.  Perobinha: suco de maracujá com álcool.  Tiquira: cachaça feita de mandioca.  Umbuzada: umbu com leite e adoçado com rapadura.  Vinhos de caju, abacaxi e outras frutas.
  • 31. TRABALHO  Pesquisa sobre a culinária regional de cada município.  Altos  Barras  Batalha  Campo Maior  Corrente  Esperantina  Floriano  Luiz Correia  Parnaíba  Pedro II  Picos  Piripiri  São Raimundo Nonato  Teresina  Oeiras
  • 33. BRASÃO DO PIAUÍ  Buriti : usavam os talos para construção de balsas, que serviam de translado de mercadorias ao longo do rio Parnaíba. Hoje em dia muito usado na cofecçoes de moveis.
  • 34. BRASÃO DO PIAUÍ  Babaçu: utensílios domésticos: abanos, cestos, cofos,chapéus,esteiras e peneiras. O principal valor econômico é a amêndoas. Óleo de babaçu.
  • 35. BRASÃO DO PIAUÍ  Carnaúba: produção de cera de carnaúba
  • 36.  Cuzcus: De acordo com Gilberto freire é uma recriação do colonizador,substituíram o trigo sarraceno do cuscus marroquino por massa de milho, os paulista consome muito com sardinha, no Piauí é consumido puro usando mesma técnica original: cozido no vapor.  Perdeu lugar para o pão.
  • 37.  Carne seca: Os portugueses já cortavam e salgavam a carne para que durasse nas grandes viagens marítimas, com a dificuldade de aquisição do sal, elas desidratavam a carne. Depois houve a junção das duas técnicas.  Carne seca carne de sol
  • 38.  Beiju: origem indígena. A chegada de novos produtos modifica o beiju.
  • 39.  Paçoca: Os índios da Amazônia já misturam farinha e peixe frito no pilão, no nordeste e substituí pela carne seca.  Frito.
  • 40.  Picadinho: genuíno prato brasileiro, o uso da carne não nobre dos bovinos. No nordeste é comum a mistura da carne com abobora.  Nasce como a tentativa de mistura carne e moles e duras.
  • 41.  Panelada, buchada, sarapatel e tripa de porco: Habito trazido pelos portugueses. No Piauí a pecuária era a fonte principal de renda, e cabia as mais humildes as vísceras depois do abate do boi e das criações.
  • 42.  Buchada é prato nacional feita só com miúdos de carneiro ou bode típico do almoço. Anduillette  Sarapatel foi trazido pelos portugueses da Índia. Conhecido em alguns lugares do nordeste como sarabullho.
  • 43.  Panelada: é o mais popular , esta presente no cardápio de restaurantes simples, botecos,e grã- finos como Tarrafa’s Bar do rio poty hotel.Consumida no almoço, a noite como tira gosto e pela manha pelos feirantes ,trabalhadores e madrugadores de feira.
  • 44.  Mão de Vaca: muito apreciado no Piaui é conhecido por todo nordeste. Prato considerado “em conta”. Antigamente conhecida como chambaril, tam bem conhecida como ossobuco em lugares mais finos.
  • 45.  Galinha ao molho pardo: Galinha não fazia parte da alimentação do índio.
  • 46.  Omelete: bastante conhecido, principalmente, com carne moída e um pouco de pimenta cheiro.