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ATENÇÃO À
CRIANÇA
PLANEJAMENTO DO
ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
“Somos todos humanos, não somos? Cada vida humana vale o
mesmo, e vale a pena salvar.”
J.K Rowling
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Objetivo dessa apresentação:
• Apresentar particularidades sobre o planejamento do acesso vascular
em pediatria com base nas melhores decisões clínicas;
• Apresentar as indicações e tipos de acesso vascular em pediatria;
• Sensibilizar o leitor para o desenvolvimento de práticas seguras e
pautadas nas melhores evidências científicas.
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Introdução
• A maioria das crianças e recém-nascidos hospitalizados necessitam de algum tipo de
acesso vascular para administração de medicamentos e outros tipos de terapia. Esses
acessos podem ser classificados como periféricos ou centrais.
• Apesar da importância dos dispositivos de acesso vascular (DAV), complicações e falhas
são comuns, com uma estimativa de 25%.
• Mais de metade das crianças hospitalizadas recebem um cateter intravenoso periférico
(CIP) para terapia parenteral, como fluidos intravenosos e antibióticos.
• A colocação pediátrica do dispositivo periférico é um desafio, devido a dificuldades
processuais e fisiológicas. 50% das primeiras tentativas de inserção são bem-sucedidas,
porém alguns casos exigem 10 ou mais tentativas.
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
• Veias de pequeno calibre, variações anatômicas, juntamente com a ansiedade da criança
e da família aumentam a dificuldade do profissional que precisa instalar um acesso
venoso na criança. Neste sentido é necessário adotar medidas que minimizem a
ansiedade e a dor.
• A indicação do acesso venoso central depende de fatores tais como: características da
infusão, duração prevista da terapêutica e da impossibilidade de um acesso periférico.
Introdução
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Planejamento
do Acesso Venoso
O adequado planejamento
é essencial para segurança e
sucesso na implementação
da terapia infusional.
Segurança e
Sucesso do
Acesso
Venoso
Envolver
paciente e
família
Rede
venosa
Sítio
inserção
Tempo de
terapia
Terapêutica
proposta
Recursos
disponíveis
Expertise
profissional
Prevenção de
complicações
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Acesso Vascular
em Pediatria
Venoso
Veias dos
Membros
Veias da região
Cefálica
Periférico
• Cateter de veia umbilical
• Cateter de linha média
• Veias periféricas
Arterial
• Cateter arterial umbilical
• Radial
• Tibial Posterior
Central
• PICC
• Cateter não-tunelizado
• Cateter tunelizado
• Cateteres implantados
Intraósseo
• Tibial Proximal
• Tibial Distal
• Femoral Distal
• Úmero
Veia Jugular
Externa
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Tipos de Dispositivos
Acesso Venoso
Periférico Acesso Umbilical
Cateter Venoso Central
(CVC)
Cateter Central de
Inserção Periférica
(PICC)
Cateter semi Implantado Cateter totalmente implantado
Imagens: acervo pessoal das autoras
Cateter
Intraósseo
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Acesso Vascular em Pediatria: decisão clínica
Algoritmos: se central ou periférico, de acordo com tempo de duração da terapia e
características da droga.
• A Infusion Nurses Society (2016) e a ANVISA (2017) toleram infusões de até 900mOsm/l
em acesso venoso periférico.
• Deve-se avaliar os riscos específicos em crianças, principalmente no que se refere a
condição do acesso vascular.
“O que define um cateter como CENTRAL é a topografia de sua ponta, que deve se
encontrar dentro do terço proximal da veia cava superior- junção cavoatrial-ou da veia cava
inferior” (para punções femorais ou em veias de membros inferiores) (Cechinel; Zimerman, 2017)
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Indicação
Emergência Urgência Eletivo
Dificuldade
antecipada
Sim
Intraóssea
Condição crítica
SimNão
Dificuldade
antecipada
SimNão
Periférico
Periférico Central
Curto
<14 dias
Longo
>30 dias
PICC
PICC
Intermediário
7-14 dias
Periférico
Longo
>14 dias
Característica
da infusão
Não tunelizado
Central
Midline
Não tunelizado
central
Totalmente
implantado
/Tunelizado
Intermediário
14 dias < 3 meses
Uso de
ultrassom
Curto
<7dias
Não tunelizado
central
Adaptado e traduzido de: Naik VM, Mantha SSP,
Rayani BK. Vascular access in children (2019).
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Complicações e Principais Medidas de Prevenção
• As complicações precoces ocorrem durante a colocação e podem ser evitadas
seguindo técnicas de colocação segura.
• As complicações tardias podem ser infecciosas ou mecânicas.
• As precauções assépticas durante procedimento, o preparo da pele, a higiene das
mãos e as técnicas sem toque durante os cuidados de manutenção, ajudam a reduzir
as complicações infecciosas.
• Um novo cateter periférico deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo
paciente.
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Inserção - para o preparo da pele:
• Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%,
iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%.
• Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos (movimentos “vai e vem”)
enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos (movimentos circulares).
• O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do
antisséptico (técnica no touch). Em situações onde se prever necessidade de palpação
do sítio, utilizar luvas estéreis.
Complicações e Principais Medidas de Prevenção
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Complicações e Principais Medidas de Prevenção
Manutenção- Cuidados com sítio de inserção do cateter periférico:
A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção é a cada quatro horas ou conforme a
criticidade do paciente.
✓ Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, sedados ou com déficit cognitivo:
avaliar a cada 1-2 horas
✓ Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por turno
✓ Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por turno
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Método ZIM (Zone Insertion Method) O método propõe a separação do
membro em “zonas”:
• Zona vermelha: mais próxima à
articulação – maior número de
válvulas e risco de sangramento e
trombose.
• Zona amarela: mais próxima à região
axilar – maior umidade e mais
propício à infecção.
• Zona verde: considerada ideal para a
realização da punção venosa, menor
número de válvulas, maior calibre e
facilidade para inserção do cateter.Fonte: Cateteres venosos centrais de inserção periférica: alternativa ou primeira
escolha em acesso vascular? Santo MKD, Takemoto D, Nascimento RG,
Nascimento AM, Siqueira E, Duarte CT, et al. (2017)
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Vigilância do dispositivo
Via intravenosa segura: TOQUE,
OLHE, COMPARE
TOQUE
A cada 60 minutos.
O local da via deve
estar: macio, morno,
seco e sem dor.
OLHE
A cada 60 minutos.
O local da via deve
estar: descoberto, seco,
sem sinais de
vermelhidão.
COMPARE
A cada 60 minutos.
O local da via deve: do
mesmo tamanho do
outro lado e não estar
inchado.
A vigilância do dispositivo
deve ocorrer mesmo
enquanto a criança dorme.
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Termo de Consentimento Informado
• É necessário prover informações aos familiares e às
crianças, quando possível, sobre o diagnóstico, tratamento
e os procedimentos terapêuticos necessários.
• Essas informações devem ser apresentadas em uma
linguagem de fácil compreensão para que possam exercer
sua autonomia frente ao tratamento oferecido.
• Essas informações devem ser apresentadas por meio do
termo consentimento informado, que deve ser assinado
pelos responsáveis legais da criança ou do recém-nascido.
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
• A segurança no acesso venoso pediátrico pode ser aumentada pela
incorporação de protocolos baseados em evidências nos cuidados de
inserção e manutenção.
• É importante melhorar a qualidade da assistência e criar estratégias
para registro e acompanhamento do acesso vascular (indicadores).
• A inserção e os cuidados com estes dispositivos exige uma
compreensão das possíveis complicações associadas e um
compromisso institucional para cuidar desses dispositivos e dos
pacientes que deles se beneficiam.
• Uma equipe multidisciplinar de terapia intravenosa tem potencial para
melhorar os cuidados e reduzir as complicações relacionadas ao acesso
vascular.
• Também é essencial não perder de vista a experiência dos pacientes e
famílias.
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PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA
Referências
• Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.
• Cechinel R, Zimerman RA. Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateteres vasculares. In: Carrara D et al. Controle de infecção: a prática no terceiro
milênio. 1 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 236.
• Cooke M, Ullman AJ, Ray-Barruel G, Wallis M, Corley A, Rickard CM. Not “just” an intravenous line: Consumer perspectives on peripheral intravenous
cannu-lation (PIVC). An international cross-sectional survey of 25 countries. PLoS One. 2018; 28;13(2):e0193436.
• Godinho AM, Lanziotti LH, Morais BS. Termo de consentimento informado: a visão dos advogados e tribunais. Rev. Bras. Anestesiol. 2010; 60( 2 ): 207-
211. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942010000200014&lng=pt.
• Gorski, Lisa A. The 2016 Infusion Therapy Standards of Practice. Disponível em:
https://journals.lww.com/homehealthcarenurseonline/Fulltext/2017/01000/The_2016_Infusion_Therapy_Standards_of_Practice.3.aspx
• Milford K, von Delft D, Majola N, Cox S. Long-term vascular access in differently resourced settings: a review of indications, devices, techniques, and
complications. Pediatric Surgery International. Pediatr Surg Int. 2020. https://doi.org/10.1007/s00383-020-04640-0
• Naik VM, Mantha SS, Rayani BK. Acesso vascular em crianças. Indian J Anaesth. 2019; 63: 737-45. Disponível em:
http://www.ijaweb.org/text.asp?2019/63/9/737/266804
• Santo MKD, Takemoto D, Nascimento RG, Nascimento AM, Siqueira E, Duarte CT, et al. Cateteres venosos centrais de inserção periférica: alternativa ou
primeira escolha em acesso vascular? . J Vasc Bras. 2017 Abril. -Jun.; 16(2):104-112. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5915858/
• Schults, JA, Rickard CM, Kleidon T, Hughes R, Macfarlane F, Hung J, Ullman AJ. Vascular Access Registry: A Scoping Review of Trial Outcomes and Quality
Indicators to Inform Evidence-Based Practice. Worldviews on Evidence-Based Nursing. Building a Global, Pediatric. 2019
• Ullman AJ, Kleidon T, Cooke M, Rickard CM. Road map for improvement: Point prevalence audit and survey of central venous access devices in paediatric
acutecare. J Paed Child Health. 2017; 53: 123–130.
ATENÇÃO À
CRIANÇA
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Material de 18 de agosto de 2020
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
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Acesso Venoso em Pediatria

  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA “Somos todos humanos, não somos? Cada vida humana vale o mesmo, e vale a pena salvar.” J.K Rowling
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Objetivo dessa apresentação: • Apresentar particularidades sobre o planejamento do acesso vascular em pediatria com base nas melhores decisões clínicas; • Apresentar as indicações e tipos de acesso vascular em pediatria; • Sensibilizar o leitor para o desenvolvimento de práticas seguras e pautadas nas melhores evidências científicas.
  • 4. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Introdução • A maioria das crianças e recém-nascidos hospitalizados necessitam de algum tipo de acesso vascular para administração de medicamentos e outros tipos de terapia. Esses acessos podem ser classificados como periféricos ou centrais. • Apesar da importância dos dispositivos de acesso vascular (DAV), complicações e falhas são comuns, com uma estimativa de 25%. • Mais de metade das crianças hospitalizadas recebem um cateter intravenoso periférico (CIP) para terapia parenteral, como fluidos intravenosos e antibióticos. • A colocação pediátrica do dispositivo periférico é um desafio, devido a dificuldades processuais e fisiológicas. 50% das primeiras tentativas de inserção são bem-sucedidas, porém alguns casos exigem 10 ou mais tentativas.
  • 5. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA • Veias de pequeno calibre, variações anatômicas, juntamente com a ansiedade da criança e da família aumentam a dificuldade do profissional que precisa instalar um acesso venoso na criança. Neste sentido é necessário adotar medidas que minimizem a ansiedade e a dor. • A indicação do acesso venoso central depende de fatores tais como: características da infusão, duração prevista da terapêutica e da impossibilidade de um acesso periférico. Introdução
  • 6. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Planejamento do Acesso Venoso O adequado planejamento é essencial para segurança e sucesso na implementação da terapia infusional. Segurança e Sucesso do Acesso Venoso Envolver paciente e família Rede venosa Sítio inserção Tempo de terapia Terapêutica proposta Recursos disponíveis Expertise profissional Prevenção de complicações
  • 7. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Acesso Vascular em Pediatria Venoso Veias dos Membros Veias da região Cefálica Periférico • Cateter de veia umbilical • Cateter de linha média • Veias periféricas Arterial • Cateter arterial umbilical • Radial • Tibial Posterior Central • PICC • Cateter não-tunelizado • Cateter tunelizado • Cateteres implantados Intraósseo • Tibial Proximal • Tibial Distal • Femoral Distal • Úmero Veia Jugular Externa
  • 8. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Tipos de Dispositivos Acesso Venoso Periférico Acesso Umbilical Cateter Venoso Central (CVC) Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) Cateter semi Implantado Cateter totalmente implantado Imagens: acervo pessoal das autoras Cateter Intraósseo
  • 9. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Acesso Vascular em Pediatria: decisão clínica Algoritmos: se central ou periférico, de acordo com tempo de duração da terapia e características da droga. • A Infusion Nurses Society (2016) e a ANVISA (2017) toleram infusões de até 900mOsm/l em acesso venoso periférico. • Deve-se avaliar os riscos específicos em crianças, principalmente no que se refere a condição do acesso vascular. “O que define um cateter como CENTRAL é a topografia de sua ponta, que deve se encontrar dentro do terço proximal da veia cava superior- junção cavoatrial-ou da veia cava inferior” (para punções femorais ou em veias de membros inferiores) (Cechinel; Zimerman, 2017)
  • 10. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Indicação Emergência Urgência Eletivo Dificuldade antecipada Sim Intraóssea Condição crítica SimNão Dificuldade antecipada SimNão Periférico Periférico Central Curto <14 dias Longo >30 dias PICC PICC Intermediário 7-14 dias Periférico Longo >14 dias Característica da infusão Não tunelizado Central Midline Não tunelizado central Totalmente implantado /Tunelizado Intermediário 14 dias < 3 meses Uso de ultrassom Curto <7dias Não tunelizado central Adaptado e traduzido de: Naik VM, Mantha SSP, Rayani BK. Vascular access in children (2019).
  • 11. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Complicações e Principais Medidas de Prevenção • As complicações precoces ocorrem durante a colocação e podem ser evitadas seguindo técnicas de colocação segura. • As complicações tardias podem ser infecciosas ou mecânicas. • As precauções assépticas durante procedimento, o preparo da pele, a higiene das mãos e as técnicas sem toque durante os cuidados de manutenção, ajudam a reduzir as complicações infecciosas. • Um novo cateter periférico deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo paciente.
  • 12. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Inserção - para o preparo da pele: • Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%. • Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos (movimentos “vai e vem”) enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos (movimentos circulares). • O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do antisséptico (técnica no touch). Em situações onde se prever necessidade de palpação do sítio, utilizar luvas estéreis. Complicações e Principais Medidas de Prevenção
  • 13. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Complicações e Principais Medidas de Prevenção Manutenção- Cuidados com sítio de inserção do cateter periférico: A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do paciente. ✓ Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, sedados ou com déficit cognitivo: avaliar a cada 1-2 horas ✓ Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por turno ✓ Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por turno
  • 14. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Método ZIM (Zone Insertion Method) O método propõe a separação do membro em “zonas”: • Zona vermelha: mais próxima à articulação – maior número de válvulas e risco de sangramento e trombose. • Zona amarela: mais próxima à região axilar – maior umidade e mais propício à infecção. • Zona verde: considerada ideal para a realização da punção venosa, menor número de válvulas, maior calibre e facilidade para inserção do cateter.Fonte: Cateteres venosos centrais de inserção periférica: alternativa ou primeira escolha em acesso vascular? Santo MKD, Takemoto D, Nascimento RG, Nascimento AM, Siqueira E, Duarte CT, et al. (2017)
  • 15. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Vigilância do dispositivo Via intravenosa segura: TOQUE, OLHE, COMPARE TOQUE A cada 60 minutos. O local da via deve estar: macio, morno, seco e sem dor. OLHE A cada 60 minutos. O local da via deve estar: descoberto, seco, sem sinais de vermelhidão. COMPARE A cada 60 minutos. O local da via deve: do mesmo tamanho do outro lado e não estar inchado. A vigilância do dispositivo deve ocorrer mesmo enquanto a criança dorme.
  • 16. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Termo de Consentimento Informado • É necessário prover informações aos familiares e às crianças, quando possível, sobre o diagnóstico, tratamento e os procedimentos terapêuticos necessários. • Essas informações devem ser apresentadas em uma linguagem de fácil compreensão para que possam exercer sua autonomia frente ao tratamento oferecido. • Essas informações devem ser apresentadas por meio do termo consentimento informado, que deve ser assinado pelos responsáveis legais da criança ou do recém-nascido.
  • 17. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA • A segurança no acesso venoso pediátrico pode ser aumentada pela incorporação de protocolos baseados em evidências nos cuidados de inserção e manutenção. • É importante melhorar a qualidade da assistência e criar estratégias para registro e acompanhamento do acesso vascular (indicadores). • A inserção e os cuidados com estes dispositivos exige uma compreensão das possíveis complicações associadas e um compromisso institucional para cuidar desses dispositivos e dos pacientes que deles se beneficiam. • Uma equipe multidisciplinar de terapia intravenosa tem potencial para melhorar os cuidados e reduzir as complicações relacionadas ao acesso vascular. • Também é essencial não perder de vista a experiência dos pacientes e famílias.
  • 18. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA Referências • Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. • Cechinel R, Zimerman RA. Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateteres vasculares. In: Carrara D et al. Controle de infecção: a prática no terceiro milênio. 1 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 236. • Cooke M, Ullman AJ, Ray-Barruel G, Wallis M, Corley A, Rickard CM. Not “just” an intravenous line: Consumer perspectives on peripheral intravenous cannu-lation (PIVC). An international cross-sectional survey of 25 countries. PLoS One. 2018; 28;13(2):e0193436. • Godinho AM, Lanziotti LH, Morais BS. Termo de consentimento informado: a visão dos advogados e tribunais. Rev. Bras. Anestesiol. 2010; 60( 2 ): 207- 211. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942010000200014&lng=pt. • Gorski, Lisa A. The 2016 Infusion Therapy Standards of Practice. Disponível em: https://journals.lww.com/homehealthcarenurseonline/Fulltext/2017/01000/The_2016_Infusion_Therapy_Standards_of_Practice.3.aspx • Milford K, von Delft D, Majola N, Cox S. Long-term vascular access in differently resourced settings: a review of indications, devices, techniques, and complications. Pediatric Surgery International. Pediatr Surg Int. 2020. https://doi.org/10.1007/s00383-020-04640-0 • Naik VM, Mantha SS, Rayani BK. Acesso vascular em crianças. Indian J Anaesth. 2019; 63: 737-45. Disponível em: http://www.ijaweb.org/text.asp?2019/63/9/737/266804 • Santo MKD, Takemoto D, Nascimento RG, Nascimento AM, Siqueira E, Duarte CT, et al. Cateteres venosos centrais de inserção periférica: alternativa ou primeira escolha em acesso vascular? . J Vasc Bras. 2017 Abril. -Jun.; 16(2):104-112. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5915858/ • Schults, JA, Rickard CM, Kleidon T, Hughes R, Macfarlane F, Hung J, Ullman AJ. Vascular Access Registry: A Scoping Review of Trial Outcomes and Quality Indicators to Inform Evidence-Based Practice. Worldviews on Evidence-Based Nursing. Building a Global, Pediatric. 2019 • Ullman AJ, Kleidon T, Cooke M, Rickard CM. Road map for improvement: Point prevalence audit and survey of central venous access devices in paediatric acutecare. J Paed Child Health. 2017; 53: 123–130.
  • 19. ATENÇÃO À CRIANÇA portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 18 de agosto de 2020 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção à Criança Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal. PLANEJAMENTO DO ACESSO VENOSO EM PEDIATRIA