O documento descreve a história e evolução das unidades de terapia intensiva (UTI) desde Florence Nightingale na Guerra da Criméia até os dias atuais. Detalha os conceitos, organização, equipe, equipamentos, critérios de admissão e normas de enfermagem para pacientes em UTIs.
2. Pioneirismo e evolução da UTI
A enfermeira Florence Nightingale, durante a
guerra da Criméia, conseguiu idealizar uma
unidade de monitoração de pacientes graves,
diminuindo em 2% o índice de mortalidade por
infecção dos soldados.
3. Ela recrutou e treinou um grupo de 38 voluntárias
para colaborarem nos cuidados e higiene dos
soldados feridos;
Surgiu a ideia de classificar os doentes de acordo
com o grau de dependência dispondo-os nas
enfermarias, de tal maneira que os mais graves
ficassem próximos à área de trabalho da
enfermeiras, para maior vigilância e atendimento.
4. 1854 Era Florence, primeira enfermeira
intensivista;
Médico Walter Edward criou A
1ª UTI em Boston;
1926
1º medico intensivista Peter Safer preconizou o
atendimento de urgência emergência, criou a técnica
de ventilação artificial boca a boca e massagem
cardíaca.
5. PORTARIA Nº 895, DE 31 DE
MARÇO DE 2017.
Institui o cuidado progressivo ao paciente crítico ou
grave com
classificação
os critérios para admissão e alta, de
e de de T
erapia
habilitação de leitos
Intensiva adulto, pediátrico, UCO, queimados e
Cuidados Intermediários adulto e pediátrico no âmbito
do Sistema Único de Saúde – SUS.
6. O cuidado intensivo poderá ser realizado em Unidade de
Terapia Intensiva - UTI ou Unidades de Cuidados
Intermediários - UCI.
A Unidade de Cuidado Intermediário - UCI destinada a
usuários em situação clínica de risco moderado, que
requerem monitorização e cuidados semi-intensivos,
entre a unidade de internação e
contínua durante
a UTI,
as 24h,
de monitorização
equipamentos e equipe multidisciplinar
intermediários
necessitando
além de
especializada.
7. UTI / CONCEITO
Serviço hospitalar destinado a usuários
em situação clínica grave ou de risco clínico ou cirúrgico,
necessitando de cuidados intensivos assistência médica,
de enfermagem e fisiote,,rapia ininterruptos de
monitorização contínua durante a, s 24h, além de
equipamentos e equipe multidisciplinar especializada.
(Ministério da Saúde, 2017)
8. UTI / CONCEITO
Serviço hospitalar destinado a usuários
em situação clínica grave risco clínico ou
ou de
cirúrgico, necessitando de cuidados intensivos
e fisioterapia
durante
as 24h, além de equipamentos e equipe
multidisciplinar especializada. (Ministério da Saúde,
2017)
assistência médica, de enfe,,rmagem
ininterruptos de monitorização contí,
nua
9. CLASSIFICAÇÃO
Unidade de T
erapia IntensivaAdulto UTI-a;
Unidade de Terapia Intensiva Coronariana - UCO;
Unidade de Terapia Intensiva Queimados UTI-q;
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrico UTI-ped;
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal - UTIN.
10. nº 7, de 24 de fevereiro de
De acordo com a RDC
2010 , define-se:
UTI Neonatal – destinada à assistência a pacientes
admitidos com idade entre 0 e 28 dias;
UTI Pediátrica – assistência a pcts com idade de 29 dias a
14 ou 18 anos, sendo este limite definido de acordo com as
rotinas da instituição ;
11. UTI Adulto – destinada à assistência de pcts com
idade igual ou superior a 18 anos, podendo admitir
pcts de 15 a 17 anos, se definido nas normas da
instituição;
UTI Especializada – destinada à assistência a pcts
selecionados por tipo de doença ou intervenção, como
cardiopatas, neurológicos, cirúrgicos, entre outras.
12. Centro de Terapia Intensiva (CTI): agrupamento,
numa mesma área física de mais de uma UTI;
Paciente grave: paciente com comprometimento de
um ou mais dos principais sistemas fisiológicos, com
perda de sua auto-regulação, necessitando de
assistência contínua.
13. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA UTI
Estrutura física: área geográfica distinta dentro do hospital,
com acesso controlado, sem transito para outros departamentos.
Localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador,
serviços de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação pós-
anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de
laboratório e radiologia.
14. Número de leitos de UTI
Todo hospital de nível terciário, com capacidade instalada igual
ou superior a 100 leitos, deve dispor de leitos de tratamento
intensivo correspondente a no mínimo 6% dos leitos totais,
Ou seja,
No mínimo 6 leitos de UTI para cada 100 leitos.
15. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DA UTI
Deve ser designada uma equipe multiprofissional, legalmente
habilitada, a qual deve ser dimensionada, quantitativa e
assistencial, a
qualitativamente, de acordo com o perfil
demanda da unidade e legislação vigente, contendo, para
no mínimo, os seguintes
atuação exclusiva na unidade,
profissionais:
16. Deve ser designado 1 responsável Técnico médico, 1 enfermeiro
coordenador da equipe de enfermagem e 1 fisioterapeuta coordenador
da equipe de fisioterapia, assim como seus respectivos substitutos.
ATENÇÃO!!! O Responsável Técnico deve ter título de especialista em
Medicina Intensiva para responder por UTI Adulto; habilitação em
Medicina Intensiva Pediátrica, para responder por UTI Pediátrica; título
de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia,
para responder por UTI Neonatal;
17. leitos ou
Médico diarista: 01 (um) para cada 10 (dez)
fração, nos turnos matutino e vespertino;
Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10
(dez) leitos ou fração, em cada turno;
Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 10
(dez) leitos ou fração, em cada turno;
Funcionários exclusivospara serviço de limpeza da unidade,
em cada turno;
18. Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10
(dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e
noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de
atuação;
Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para
cada 02 (dois) leitos em cada turno;
Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um)
exclusivo da unidade;
19. ATENÇÃO!!!
Todos os profissionais da
estar imunizados contra
difiteria, hepatite B e
UTI devem
tétano,
outros
imunobiológicos, acordo com a NR 32.
21. Cama hospitalar com ajuste de posição, grades laterais
e rodízios;
Carro ressuscitador com monitor, desfibrilador,
cardioversor medicações e material para intubação
endotraqueal (carrinho de parada);
Ventilador pulmonar com misturador tipo blender;
22.
23. Maca para transporte, com grades laterais, com
suporte para equipamento de infusão controlada
de fluídos, suporte para cilindro de oxigênio;
Monitor para monitorização contínua de múltiplos
parâmetros (oximetria de pulso, pressão arterial
não invasiva, frequência respiratória);
26. Oxímetro de pulso;
Bomba de infusão;
Conjunto de nebulização, em máscara;
Conjunto padronizado de beira de leito, contendo
termômetro, esfigmomanômetro, estetoscópio,
bolsa- válvula-máscara (AMBU).
27.
28. Bandejas para procedimentos como: dialise
drenagem torácica, toracotomia, punção
peritonal,
pericárdica
curativos, punção lo,mbar, sondagem vesical e traqueostomia;
Materiais e equipamento para monitorização de pressão arterial
invasiva;
Poltronas removíveis, com revestimento impermeável,
para pct;
29.
30. externo, eletrodos e
Marcapasso cardíaco
geradorna unidade;
Eletrocardiógrafo portátil;
Capnógrafo (monitora a concentração de
dióxido de carbono nos gases respiratórios);
Máscaras facial (Venturi);
31.
32. Materiais para aspiração traqueal;
Negatoscópio ou sistema informatizado
para visualização de imagens;
Oftalmoscópio (examina interior dos olhos);
Otoscópio (examina membrana do tímpano);
Pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com
válvulas reguladoras de pressão e pontos de vácuo
para cada leito;
33.
34. Cilindro de oxigênio e ar comprimido,
transportável;
Conjunto CPAP nasal mais umidificador;
Capacete para oxigenioterapia para
UTI pediátrica e neonatal (hood);
Foco auxiliar portátil e Aspirador cirúrgico portátil.
35.
36. Dispositivo para elevar, transpor e pesar o paciente.
Desfibrilador e cardioversor, com bateria.
Equipamento para mensurarpressão de balonete de
tubo/cânula endotraqueal (cuffômetro).
Relógios e calendários posicionados de forma a permitir
visualização em todos os leitos.
Refrigerador, com temperatura interna de 2 a 8°C, de uso
exclusivo para guarda de medicamentos, com monitorização e
registro de temperatura.
37. AMBIENTE HUMANIZADO
Climatização;
Iluminação natural;
Divisórias entre os leitos;
Relógios visíveis para todos os leitos;
familiares, a
Garantia de visitas diárias dos
beira do leito;
Garantia de informações da evolução diária dos pacientes aos
familiares por meio de boletins.
38. precoce
além de
É muito importante para a equipe de saúde o
reconhecimento da severidade da doença,
medidas prioritárias, destacando-se:
Reanimação imediata e controle respiratório;
Controle da hipercalemia, hipoglicemia e arritmia;
Monitoramento e suporte à condição do paciente e a resposta
do enfermeiro;
40. Pacientes com doença pulmonar ou de vias respiratórias
(Necessidade de ventilação mecânica e suplementação de
oxigênio);
Pacientes com doença cardiovascular (choque, IAM, pós rcp,
síndrome coronariana, arritmias, emergências
hipertensivas...);
Pacientes
responsivas
com doença neurológica
ao tratamento, infecções
(Convulsões não
meníngeas, TCE,
coma,AVC...);
41. Pacientes com doença oncológica ou hematológica
instável ou sangramento ativo (transplante de medula
óssea);
Pacientes com doenças endócrinas e/ou alterações
metabólicas ou eletrolíticas com descompensação , que
causem risco ou instabilidade hemodinâmica ou
respiratória (cetoacidose diabética...);
42. gastrointestinal instável
Pacientes com doença
(perfuração de víscera oca...);
Pacientes em pós-operatório necessitandode
monitorização ventilatório
ou intenso cuidado multidisciplinar;
Pacientes com doença renal instável (IR);
ou requerendo suporte
x
43. Intoxicação exógena (overdose);
Disfunção de múltiplos órgãos;
Hipertermia maligna;
Grande queimado ou queimadura com risco
de comprometimento respiratório;
Hipotermia levando a instabilidade;
Acidentes elétricos ou ambientais;
Sepse;
Afogamento.
44. PARÂMETROS UTILIZADOS PARA ADMISSÃO NAUTI
São critérios objetivos utilizados na admissãode
críticos, podendo ser modificados a
do modelo padronizado para cada
pacientes
depender
instituição.
Sinais vitais com valores acima ou abaixo dos padrões
de normalidade (PA, pulso, temp., dor e respiração
alterados);
Outros: anúria (ausência de produção da urina),
obstrução de vias aéreas, coma, crises convulsivas
contínuas, cianose.
45. Valores de sinais vitais
Temperatura - 36 a 38 °C
Frequência cardíaca (pulso) - 60 a 100 bcpm
Frequência respiratória - 12 a 20 irpm
Pressão arterial - menor ou = a 120/80 mmHg
Dor - sem dor a dor grave.
46. NORMAS E ROTINAS DA
EQUIPE DE
ENFERMAGEM NO
PROCESSO DE
ADMISSÃO NA UTI
47. EQUIPE DE ENFERMAGEM
Montar a unidade, receber o paciente e transferir da
maca para o leito em segurança;
Promover oxigenação adequada, monitorização,
manutenção de acessos e infusões;
Promover proteção para evitar perda de tubos, sondas e
drenos, checar drenos de tórax e sonda vesical quanto a
permeabilidade (se aberto ou fechado);
48. Observar nível de consciência, sinais vitais, presença de
próteses, talas, órteses, integridade da pele;
Identificar grau de dependência (deficiência visual,
mobilidade, comunicação);
Proceder a rotina de controles e medicações conforme
prescrições medicas e de enfermagem, priorizar as
atividades conforme gravidade do paciente;
49. prontuário
Anotar todas as observações no
devidamente assinado e carimbado;
Orientar o
rotinas do
paciente e os familiares sobre
setor: visitas, pertences,
informações, lista de materiais de higiene.
51. REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Portaria nº 895, de 31 de março
de 2017.
da saúde. Agência Nacional de
RDC nº 7, de 24 de fevereiro de
• BRASIL. Ministério
Vigilância Sanitária.
2010.