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ATENÇÃO AO
RECÉM-NASCIDO
FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO
NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
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FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO
NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
A formação do vínculo entre os pais e o filho pode ser
afetada pela internação do recém-nascido em uma
Unidade Neonatal.
A equipe tem papel importante na facilitação do
estabelecimento desse vínculo.
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FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO
NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
Objetivos dessa apresentação
• Conhecer algumas definições de vínculo e apego
• Conhecer sobre o desenvolvimento psicoafetivo do bebê
• Entender como se dá a formação de vínculos entre pais e
recém-nascido na Unidade Neonatal
• Saber como a equipe da Unidade Neonatal deve abordar os
pais/responsáveis.
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NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
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VÍNCULO
 Refere-se à ligação ou relação. É o relacionamento
afetivo, o laço emocional que une uma pessoa à
outra (Nobrega et al., 2005)
 Vínculo é laço duradouro que se estabelece com um
parceiro  aspecto central no estabelecimento do
senso de segurança (Bowlby, 1989)
 O vínculo mais forte de todos os laços humanos é o
dos pais com seus filhos, crucial para a sobrevivência
e desenvolvimento do bebê (Klaus e Kennel, 1993)
APEGO
 Provisão de uma base segura para o
desenvolvimento do bebê; comportamento de
cuidados.
 Seu desenvolvimento tem início na vida intrauterina,
sendo fundamental o contato entre mãe e filho nos
momentos iniciais da vida pós-natal.
 O contato mãe-bebê é a base para uma relação
estável e segura.
(Brazelton, 1988 – Bowlby, 1989 )
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Desenvolvimento psicoafetivo do bebê
• Um ser humano se constitui como tal através do encontro com outro ser humano.
• O bebê nasce em um estado de dependência e desamparo, necessitando de um
ambiente favorável a sua sobrevivência.
(Winnicott, [1960] 1983)
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Desenvolvimento psicoafetivo do bebê
Holding
• inicialmente significa o segurar físico do bebê, uma experiência cutânea na
qual ele se sente sustentado e amparado fisicamente.
• provisão ambiental fornecida pela mãe (ou substituto) que permite ao
recém-nascido/lactente a experiência de confiabilidade.
• na perspectiva materna é “estar com”, enquanto que para o bebê é “sentir-
se seguro por”.
(Winnicott, 1988)
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Desenvolvimento psicoafetivo do bebê
• Há uma comunicação inter psíquica entre mãe e bebê.
• O recém-nascido reconhece o cheiro e a voz maternas, que o acalmam e
organizam.
• Ele também reconhece a voz paterna.
(Françoise Dolto, 1988;1992)
FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO
NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
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Desenvolvimento psicoafetivo do bebê
• A voz é o primeiro organizador psíquico. Desse modo, ela sempre pode e
deve ser utilizada.
• Conversar com o recém-nascido é fundamental para que ele se organize.
• A mãe e o pai devem ser incentivados a conversar com seus filhos, tocá-los
e realizar a posição canguru.
(Françoise Dolto, 1988-1992; Brasil, 2011)
FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO
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Formação de vínculos na Unidade Neonatal
• Internação do recém-nascido na Unidade Neonatal  separação imediata dos pais 
dificuldade na vinculação.
• O bebê real (aquele que de fato nasceu) é diferente do bebê imaginário (aquele sonhado,
e desejado ao longo da gestação).
• A sensação de fracasso por ter gerado um bebê doente/imperfeito afeta a autoestima dos
pais.
• Os pais vivenciam sentimentos de impotência e de incapacidade: acreditam não ter
condições de cuidar de seu próprio filho.
(Boukobza, 2002; Brasil, 2011; Druon, 1999)
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NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
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Formação de vínculos na Unidade Neonatal
• Os pais precisam fazer o luto do bebê imaginário e sonhado. Isso é importante para se
relacionarem com o bebê real, o que está ali, na Unidade Neonatal.
• O medo de se vincular a um filho com risco de morrer, pode gerar um afastamento dos
pais.
• Pais experimentam sentimentos ambivalentes: desejo e rejeição por um filho diferente
do sonhado o que pode gerar culpa diante do filho real ou mesmo sentimentos
depressivos e ansiedade.
(Mathelin, 1999)
Construção de um vínculo ambivalente
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NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
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Formação de vínculos na Unidade Neonatal
• Diante do filho internado, com necessidade de aparelhos para sobreviver e de outros
cuidadores, a mãe tem dificuldade para se reconhecer como mãe e pode se sentir
insignificante e desnecessária
• A relação com os profissionais da Unidade Neonatal pode ser ambivalente
O desvelo profissional pode ser entendido pelos pais como algo
ameaçador ao seu lugar de principal cuidador do bebê.
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NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
Abordagem facilitadora do vínculo
• Apoiar e acolher os pais na Unidade Neonatal
• Compreender a ambivalência materna, considerando que o amor
materno é uma construção que pode ser favorecida pelo ambiente e
pelos profissionais.
• Incentivar o toque e o contato pele a pele e a conversa deles com seus
filhos.
FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO
NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
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Abordagem dos pais pela equipe
• Reconhecer os pais como fundamentais na recuperação do recém-nascido.
• Acolher os pais na Unidade Neonatal o mais precocemente possível, oferecendo
informação, orientação, participação nos cuidados e decisões sobre o bebê.
• Facilitar e apoiar a permanência dos pais na Unidade Neonatal.
• Incentivar o toque, a comunicação e a posição canguru.
• Procurar entender o distanciamento de alguns pais. Eles estão atravessando
dificuldades emocionais  ofertar apoio.
• Apoiar a mãe em seus conflitos, sem pressioná-la e sem banalizar a sua dor.
(Junqueira et al, 2006)
FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO
NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
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Abordagem dos pais pela equipe
• Estimular nos pais a observação das competências de seus filhos, favorecendo sua
autoestima.
• Ter cuidado para não usar expressões que agravem a eventual culpa dos pais.
• Escutar os pais e promover um espaço de diálogo e comunicação capaz de oferecer
orientações quanto às condições do filho recém-nascido, suas necessidades e
intervenções oferecidas. No contexto da rotina intensa na Unidade Neonatal, por
vezes nos preocupamos mais em informar do que em promover espaço de diálogo.
• Estabelecer cuidados especiais aos pais diante da possibilidade de óbito do recém
nascido.
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FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO
NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
A equipe da Unidade Neonatal deve fortalecer
os lugares de mãe e de pai: eles fazem e farão o
que ninguém mais pode fazer.
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FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO
NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
Referências Bibliográficas
• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método canguru. 2 ed. Brasília: MS, 2011.
• BRAZELTON, TB. O desenvolvimento do apego: uma família em formação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.
• BOUKOBZA, C. O desamparo parental perante a chegada do bebê. In O bebê e a modernidade: abordagens teórico-clínicas. (Organizado por L.
Bernardino & C. Robenkohl) São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
• BOWLBY, J. As origens da teoria do apego. In Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. Pág. 38-
39.
• DRUON, C. Ajuda ao bebê e a seus pais em terapia intensiva neonatal. In: Agora eu era um rei: Os entraves da prematuridade. (Organizado por
Daniele de brito Wanderley). Salvador, BA: Àlgama, 1999.
• DOLTO, F. Psicanálise e Pediatria. 4ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
• DOLTO, F. A Imagem Inconsciente do Corpo. São Paulo: Perspectiva, 1992.
• JUNQUEIRA, MFPS; TELLES, DCL; MORSCH, DS; DESLANDES, SF. Os desafios da humanização em uma UTI Neonatal Cirúrgica. In: Humanização dos
cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas. (Organizado por Suely Ferreira Deslandes) - Rio de janeiro: Editora Fiocruz, 2006 (Coleção
Criança, Mulher e Saúde).
• KLAUS, MH; KENNEL, JH. Pais/bebê a formação do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
• MATHELIN, C. O Sorriso da Gioconda: clínica psicanalítica com os bebês prematuros. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 1999.
• NOBREGRA, FJ,;NASCIMENTO, CFL; MÄDER, CVN; FALCONE, VM. A natureza do vínculo mãe/filho - onde tudo começa. In Vínculo Mãe/Filho
(Organizado por Fernando José de Nóbrega). Rio de janeiro: Editora Revinter, 2005.
• WINNICOTT, DW. Teoria do Relacionamento Paterno-Infantil , 1960. In O Ambiente e os Processos de Maturação (1983), Porto Alegre: Artes
Médicas.
• WINNICOTT, DW. Os Bebês e suas Mães, São Paulo: Martins Fontes, 1988.
ATENÇÃO AO
RECÉM-NASCIDO
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Material de 9 de dezembro de 2017
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção ao Recém-nascido
A FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO:
O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE

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Formação de vínculo pais-bebê na UTI Neonatal

  • 1. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE
  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE A formação do vínculo entre os pais e o filho pode ser afetada pela internação do recém-nascido em uma Unidade Neonatal. A equipe tem papel importante na facilitação do estabelecimento desse vínculo.
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE Objetivos dessa apresentação • Conhecer algumas definições de vínculo e apego • Conhecer sobre o desenvolvimento psicoafetivo do bebê • Entender como se dá a formação de vínculos entre pais e recém-nascido na Unidade Neonatal • Saber como a equipe da Unidade Neonatal deve abordar os pais/responsáveis.
  • 4. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br VÍNCULO  Refere-se à ligação ou relação. É o relacionamento afetivo, o laço emocional que une uma pessoa à outra (Nobrega et al., 2005)  Vínculo é laço duradouro que se estabelece com um parceiro  aspecto central no estabelecimento do senso de segurança (Bowlby, 1989)  O vínculo mais forte de todos os laços humanos é o dos pais com seus filhos, crucial para a sobrevivência e desenvolvimento do bebê (Klaus e Kennel, 1993) APEGO  Provisão de uma base segura para o desenvolvimento do bebê; comportamento de cuidados.  Seu desenvolvimento tem início na vida intrauterina, sendo fundamental o contato entre mãe e filho nos momentos iniciais da vida pós-natal.  O contato mãe-bebê é a base para uma relação estável e segura. (Brazelton, 1988 – Bowlby, 1989 )
  • 5. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Desenvolvimento psicoafetivo do bebê • Um ser humano se constitui como tal através do encontro com outro ser humano. • O bebê nasce em um estado de dependência e desamparo, necessitando de um ambiente favorável a sua sobrevivência. (Winnicott, [1960] 1983)
  • 6. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Desenvolvimento psicoafetivo do bebê Holding • inicialmente significa o segurar físico do bebê, uma experiência cutânea na qual ele se sente sustentado e amparado fisicamente. • provisão ambiental fornecida pela mãe (ou substituto) que permite ao recém-nascido/lactente a experiência de confiabilidade. • na perspectiva materna é “estar com”, enquanto que para o bebê é “sentir- se seguro por”. (Winnicott, 1988)
  • 7. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Desenvolvimento psicoafetivo do bebê • Há uma comunicação inter psíquica entre mãe e bebê. • O recém-nascido reconhece o cheiro e a voz maternas, que o acalmam e organizam. • Ele também reconhece a voz paterna. (Françoise Dolto, 1988;1992)
  • 8. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Desenvolvimento psicoafetivo do bebê • A voz é o primeiro organizador psíquico. Desse modo, ela sempre pode e deve ser utilizada. • Conversar com o recém-nascido é fundamental para que ele se organize. • A mãe e o pai devem ser incentivados a conversar com seus filhos, tocá-los e realizar a posição canguru. (Françoise Dolto, 1988-1992; Brasil, 2011)
  • 9. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Formação de vínculos na Unidade Neonatal • Internação do recém-nascido na Unidade Neonatal  separação imediata dos pais  dificuldade na vinculação. • O bebê real (aquele que de fato nasceu) é diferente do bebê imaginário (aquele sonhado, e desejado ao longo da gestação). • A sensação de fracasso por ter gerado um bebê doente/imperfeito afeta a autoestima dos pais. • Os pais vivenciam sentimentos de impotência e de incapacidade: acreditam não ter condições de cuidar de seu próprio filho. (Boukobza, 2002; Brasil, 2011; Druon, 1999)
  • 10. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Formação de vínculos na Unidade Neonatal • Os pais precisam fazer o luto do bebê imaginário e sonhado. Isso é importante para se relacionarem com o bebê real, o que está ali, na Unidade Neonatal. • O medo de se vincular a um filho com risco de morrer, pode gerar um afastamento dos pais. • Pais experimentam sentimentos ambivalentes: desejo e rejeição por um filho diferente do sonhado o que pode gerar culpa diante do filho real ou mesmo sentimentos depressivos e ansiedade. (Mathelin, 1999) Construção de um vínculo ambivalente
  • 11. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Formação de vínculos na Unidade Neonatal • Diante do filho internado, com necessidade de aparelhos para sobreviver e de outros cuidadores, a mãe tem dificuldade para se reconhecer como mãe e pode se sentir insignificante e desnecessária • A relação com os profissionais da Unidade Neonatal pode ser ambivalente O desvelo profissional pode ser entendido pelos pais como algo ameaçador ao seu lugar de principal cuidador do bebê.
  • 12. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE Abordagem facilitadora do vínculo • Apoiar e acolher os pais na Unidade Neonatal • Compreender a ambivalência materna, considerando que o amor materno é uma construção que pode ser favorecida pelo ambiente e pelos profissionais. • Incentivar o toque e o contato pele a pele e a conversa deles com seus filhos.
  • 13. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Abordagem dos pais pela equipe • Reconhecer os pais como fundamentais na recuperação do recém-nascido. • Acolher os pais na Unidade Neonatal o mais precocemente possível, oferecendo informação, orientação, participação nos cuidados e decisões sobre o bebê. • Facilitar e apoiar a permanência dos pais na Unidade Neonatal. • Incentivar o toque, a comunicação e a posição canguru. • Procurar entender o distanciamento de alguns pais. Eles estão atravessando dificuldades emocionais  ofertar apoio. • Apoiar a mãe em seus conflitos, sem pressioná-la e sem banalizar a sua dor. (Junqueira et al, 2006)
  • 14. FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Abordagem dos pais pela equipe • Estimular nos pais a observação das competências de seus filhos, favorecendo sua autoestima. • Ter cuidado para não usar expressões que agravem a eventual culpa dos pais. • Escutar os pais e promover um espaço de diálogo e comunicação capaz de oferecer orientações quanto às condições do filho recém-nascido, suas necessidades e intervenções oferecidas. No contexto da rotina intensa na Unidade Neonatal, por vezes nos preocupamos mais em informar do que em promover espaço de diálogo. • Estabelecer cuidados especiais aos pais diante da possibilidade de óbito do recém nascido.
  • 15. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE A equipe da Unidade Neonatal deve fortalecer os lugares de mãe e de pai: eles fazem e farão o que ninguém mais pode fazer.
  • 16. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE Referências Bibliográficas • BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método canguru. 2 ed. Brasília: MS, 2011. • BRAZELTON, TB. O desenvolvimento do apego: uma família em formação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988. • BOUKOBZA, C. O desamparo parental perante a chegada do bebê. In O bebê e a modernidade: abordagens teórico-clínicas. (Organizado por L. Bernardino & C. Robenkohl) São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. • BOWLBY, J. As origens da teoria do apego. In Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. Pág. 38- 39. • DRUON, C. Ajuda ao bebê e a seus pais em terapia intensiva neonatal. In: Agora eu era um rei: Os entraves da prematuridade. (Organizado por Daniele de brito Wanderley). Salvador, BA: Àlgama, 1999. • DOLTO, F. Psicanálise e Pediatria. 4ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988. • DOLTO, F. A Imagem Inconsciente do Corpo. São Paulo: Perspectiva, 1992. • JUNQUEIRA, MFPS; TELLES, DCL; MORSCH, DS; DESLANDES, SF. Os desafios da humanização em uma UTI Neonatal Cirúrgica. In: Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas. (Organizado por Suely Ferreira Deslandes) - Rio de janeiro: Editora Fiocruz, 2006 (Coleção Criança, Mulher e Saúde). • KLAUS, MH; KENNEL, JH. Pais/bebê a formação do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. • MATHELIN, C. O Sorriso da Gioconda: clínica psicanalítica com os bebês prematuros. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 1999. • NOBREGRA, FJ,;NASCIMENTO, CFL; MÄDER, CVN; FALCONE, VM. A natureza do vínculo mãe/filho - onde tudo começa. In Vínculo Mãe/Filho (Organizado por Fernando José de Nóbrega). Rio de janeiro: Editora Revinter, 2005. • WINNICOTT, DW. Teoria do Relacionamento Paterno-Infantil , 1960. In O Ambiente e os Processos de Maturação (1983), Porto Alegre: Artes Médicas. • WINNICOTT, DW. Os Bebês e suas Mães, São Paulo: Martins Fontes, 1988.
  • 17. ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 9 de dezembro de 2017 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção ao Recém-nascido A FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE