O documento discute a sexualidade humana ao longo da história e nos dias atuais, incluindo a sexualidade infantil. Aborda temas como erotização precoce, abuso sexual, educação sexual de crianças e orientações para pais e educadores.
2. Apesar dos tempos modernos e do discurso
liberal, falar sobre sexualidade ainda envolve
constrangimentos, dúvidas e preconceito
Problemas como a erotização precoce, a
gravidez na adolescência, as DST e a violência
sexual na infância preocupam
pais, educadores, médicos, psicólogos e
autoridades.
3. É o conjunto de representações, regras,
hábitos e valores que envolvem a identidade
sexual
Para a psicanálise, é a manifestação da
“Libido” (energia sexual) impulsionando a
vida
Sexualidade infantil refere-se ao processo de
4. Sexo
Coito
Libido
Vida
Erótic
o
Prazer
Desej
o
DST
Disfunção sexual
Terapia sexual
Orientação
sexual
Exploração
sexual
Identidade sexual
Educação sexual
Repressão
sexual
Prostituição
Pornografia
Sexo virtual
Órgão
genital
Abuso
sexual
Opção
sexual
Masturbação
5. Nos primórdios, não se entendia a
reprodução e no período neolítico (8.000
a.C.) percebeu-se a participação do macho
(criação de animais)
Na sociedade organizada, os problemas de
herança geraram a necessidade de se saber
quem era o pai e a mulher passa
a ser “propriedade” do marido
As guerras dizimaram culturas e
surgiu o casamento entre famílias
A repressão era normalmente religiosa ou em
6. O SÉCULO XX
Foucault publica em 1976
“A história da Sexualidade”
Após os anos 60 o mundo passa por uma
fase de liberação sexual: surge o movimento
hippie, o movimento feminista, aumentam os
divórcios, fertilização em laboratório, alguns
países legalizam o aborto, confundem-se os
papéis
Atualmente se discute: clonagem humana,
barriga de aluguel, escolha de características
do bebê, casamento e adoção de crianças
7. No passado, as meninas se casavam cedo
Apalavra infante aparece no dicionário no
final do século XVIII, indicando fase da vida
Em 1905, Freud fala sobre sexualidade
infantil, indicando a movimentação da libido
(energia sexual) formando a personalidade
humana
A Igreja via a criança como figura
angelical, não trazendo em si o gérmen do
pecado
8. FASE
ZONA
ERÓGEN
A
CARACTERÍSTI
CAS
BÁSICAS
SINAIS DE FIXAÇÃO
OBSERVADOS
NA FASE ADULTA
ORAL
0 a 1 BOCA
oralidade
dependência
insegurança,
carência,
desconfiança
ANAL
1 a 3 ÂNUS
controle dos
esfíncteres
possessividade,
TOC, teimosia,
avareza,
meticulosidade
FÁLIC
A
3 a 6
GENITAIS
curiosidades
identificação
teatralidade, TOC,
exibicionismo
9. Abuso sexual é o ato sexual obtido por meio
de violência , coação, chantagem ou como
resultado de uma condição debilitante
(alteração de consciência e do discernimento
por uso de substâncias químicas ou hipnose)
Em alguns países, no caso de
crianças, o abuso é presumido
mesmo que não haja violência
10. ABUSO COM CONTATO FÍSICO:
estupro, exploração sexual, carícias, incesto
ABUSO SEM CONTATO FÍSICO:
assédio, exibicionismo, constrangimento,
pornografia infantil
Normalmente, o abusador
pede segredo e faz alguma
pressão psicológica ou
oferece algo em troca do
silêncio
11. PESQUISAS REVELAM:
A maioria das vítimas são meninas (2-12
anos)
A maioria dos abusadores são homens hetero
e conhecido (1º- pai, 2º- padrasto, 3º-
parente, 4º- conhecido não familiar, 5º-
desconhecido)
Gravidez até 14 anos (maioria por parentes)
SITUAÇÕES DE MAIOR RISCO:
quando há padrasto, pais desocupados
cuidando dos filhos, violência
doméstica, abuso de álcool e drogas, mãe
passiva ou ausente, número maior de
12. CONSEQUÊNCIAS
FÍSICAS: dores na vagina e no
ânus, corrimento, inflamações, hemorragias,
gravidez indesejada, DST, aumento dos
hormônios do estresse
PSICOLÓGICAS:
culpa, isolamento, depressão, baixa
autoestima, medo, pensamento
suicida, transtornos de ansiedade, frigidez
COMPORTAMENTAIS: bloqueio da
raiva, queda no rendimento escolar, atitudes
autodestrutivas, aversão a relacionamentos
afetivos ou sexuais, aumento da
13. COMO ORIENTAR AS CRIANÇAS
CONTRA O ABUSO SEXUAL
Alertar a criança sobre toques estranhos
no seu corpo deve ser tão normal quanto
ensinar sobre outros cuidados (não falar e
não aceitar agrados de estranhos, olhar
antes de atravessar a rua, ...)
A partir de 3-4 anos a criança já deve ser
orientada a falar se perceber toques que
lhe pareçam anormais ou constrangedores
14. Existe um grande interesse de
mercado em relação ao
público infantil (roupas,
sapatos, músicas,
maquiagens, jogos, perfumes,
acessórios, mídia, ...)
A sensualidade é introduzida
no mundo infantil associada a
mensagens de popularidade,
beleza e à sensação de ser
amada e aceita
15. EROTIZAÇÃO
PRECOCE
É a estimulação dos impulsos sexuais de
forma inadequada à fase do
desenvolvimento, levando a criança a entrar
no mundo adulto antes do amadurecimento
físico e psicológico
Muitas meninas têm iniciado a vida sexual
antes dos 12 anos e aos 14 muitas já estão
grávidas (IBGE: em 2007 registrou-se
594.000 partos de mães entre 10 e 19 anos)
Pais erotizados influenciam seus filhos
16. Curiosidade natural (bebês, corpos
diferentes...)
Não omitir os órgãos sexuais ao falar do
corpo
Falar do assunto NÃO estimula, ao
contrário, pessoas bem esclarecidas tendem
a adiar o início da vida sexual e têm menos
risco de serem vítimas de abuso
Reprimir ou dar respostas erradas
pode fazer a criança buscar
17. QUANDO E COMO FALAR SOBRE
SEXUALIDADE COM A CRIANÇA
Deve-se aproveitar a curiosidade natural
Responder apenas o que foi perguntado de
forma simples, na linguagem da criança
As primeiras noções de sexualidade podem
ser passadas com exemplos das sementes
das plantas e a reprodução dos animais
A sexualidade também é abordada
sutilmente através de
músicas, desenhos, piadinhas, bonecos e
contos clássicos do universo infantil
18. Como lidar com a masturbação?
Como lidar com a influência da mídia?
Deve-se beijar a criança na boca?
Até quando ficar nú na presença da criança?
A criança deve dormir na cama com os pais?
Crianças que falam palavrão.
Crianças que mostram genitais em público.
Crianças que têm contato erotizado com
outras.
19.
20. Sexualidade é Vida !
Um desenvolvimento infantil bem acompanhado
resulta em pessoas mais seguras, saudáveis,
espontâneas, criativas e felizes.
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