4. “ Olha como essa criança é bem desenvolvida! Ela se
destaca no meio das outras!”
“ Pois é... mas já essa outra criança, que é da mesma
idade, não tem o mesmo desenvolvimento.”
“ E aquela outra então? Parece que ‘empacou’. Por mais
que se tente, se estimule, ela não avança... Parece que
não tem maturidade!”
5. • O que significa desenvolvimento ?
• Qual a diferença entre desenvolvimento e maturação ?
• Cada criança se desenvolve sozinha ou é o professor, o
pai e a mãe que promovem o desenvolvimento dela?
• Ou será que o desenvolvimento é geneticamente
determinado?
• Não seria melhor considerá-lo como o resultado de um
conjunto de fatores?
7. A espécie humana é muito complexa. Nenhum outro ser
nasce tão desprovido e desenvolve tantas habilidades
como o ser humano.
Uma criança recém-nascida necessita da ajuda de
alguém para sobreviver: para se alimentar, para ser
lavada, trocada. Ela não se desloca sozinha e nem
aprende a falar sozinha.
Sem a ajuda integral de outra pessoa ela morre,
pois não busca sozinha seu próprio alimento, não pode
se proteger do frio ou do calor.
10. •As crianças são diferentes dos adultos ou elas simplesmente
não têm a mesma experiência que eles?
• O desenvolvimento ocorre através de uma acumulação
gradual de conhecimento ou por mudanças de um estágio de
pensamento para outro?
• As crianças trazem algum conhecimento ao nascer ou o
conhecimento surge a partir da experiência?
• O desenvolvimento é determinado pelas influências do
meio ou depende de características genéticas?
12. Faixa
Etária
Ações que realiza Comportamento Como se comunica
0 a 3 meses Reage perante barulhos
muito altos e pode se
assustar com barulho
inesperado. Passa boa parte
do tempo dormindo.
Seu sistema visual é
limitado, portanto só
enxerga algum objeto ou
alguém se estiver bem
próximo a ele.
No 2º ao 3º mês, o bebê já
começa a acompanhar
objetos e pessoas com os
olhos e reconhece os pais.
Abre e fecha as mãos,
leva-as à boca e suga os
dedos.
Segura objetos com
firmeza por certo tempo e
consegue pegar objetos
suspensos.
Desenvolve um tipo
diferente de choro para
cada problema que se
apresenta, como por
exemplo, o constante e
agudo.
Com brincadeiras e
músicas o bebê fica
agitado, realizando
movimentos de pernas,
braços, sorri e dá
gritinhos.
Quando ouve a voz dos
pais, o bebê vira a cabeça.
Comunica-se através do
choro e ruídos. Imita
alguns sons de vogal.
Nesta fase, é importante
organizar a rotina do bebê,
tornando os horários das
atividades fixos, como por
exemplo, trocar a fralda
depois da mamada ou dar
banho todos os dias na
mesma hora.
É importante que a rotina
seja de forma
razoavelmente metódica.
13. 4 a 7
meses
Ações que
realiza
Como Reage Como se comunica
Fica na postura de bruços
e se apóia nos antebraços
quando quer ver o que
está acontecendo
ao seu redor.
Rola de um lado para o
outro.
Estende a mão para
alcançar o objeto que
deseja, transfere-o de
uma mão para outra e
coloca-o na boca.
Apresenta equilíbrio
quando colocado
sentado.
Ri quando algo o agrada e
quando o desagrada
mostra raiva através da
expressão facial.
Nesta fase, alguns bebês
podem demonstrar medo
perante pessoas estranhas.
Fica repetindo os seus
próprios sons e imita as
vozes das pessoas ao seu
redor
Movimenta a cabeça na
direção do som
escutado.
Pára de chorar ao ouvir
música.
Sorri quando quer
atenção do adulto.
Formação do conceito
de causa e efeito no
momento em que está
explorando um
brinquedo.
Olha, chacoalha, e atira
objetos ao chão.
14. movimenta a cabeça e consegue levantar
ligeiramente;
estende os braços para os lados, sem
direção. Dá pontapés, quando deitada. Mexe a
cabeça;
controla a cabeça e ombros quando sentada
e apoiada;
tenta pegar objetos, agarra outros objetos
que estão próximos, retém-nos, coloca os na
boca. Consegue manter a cabeça ereta e
firme, quando carregada em pé;
Desenvolvimento Psicomotor
O desenvolvimento é um processo que acompanha o homem em
toda a sua existência, abrangendo aspectos fisiológicos,
psicológicos e ambientais que estão intimamente relacionados.
0 a 1 ano
15. mais adiante, quando deitada de bruços,
consegue sustentar a cabeça e peito,
apoiada nos antebraços. Vira de bruços e
para o lado, rola de costas;
mantém posição sentada por alguns
minutos;
larga um objeto para pegar outro;
mais tarde, senta-se sem apoio da mão,
atira objetos, balança para frente e para
trás, coloca-se em posição de joelhos,
em posição de pé, engatinha, tenta
alcançar as coisas com a mão, vira
vasilhas, despejando objetos, bate palmas,
dá alguns passos sem apoio.
0 a 1 ano
16. a criança salta sobre os dois pés,
consegue virar maçanetas de
portas;
caminha para trás, desce escada
com ajuda;
atira a bola para o adulto a um
metro e meio de distância;
constrói torres com (cinco a seis)
cubos, vira páginas, uma de cada
vez;
desembrulha objeto pequeno,
dobra papel, imitando, dá pontapés
em bolas grandes, faz bolas de
argila, dá cambalhotas para frente
com ajuda.
2 a 3 anos
17. junta quebra-cabeça de três peças, corta
com tesoura, usa moldes, agarra a bola com
as duas mãos;
anda na ponta dos pés, pedala triciclo, sobe
e escorrega para baixo em escorregador de 4
a 6 pés;
marcha, sobe escada, alternando os pés.
3 a 4 anos
4 a 5 anos fica apoiada num só pé sem ajuda por 4 a 5
segundos;
caminha sobre tábua de equilíbrio, pula para
frente 10 vezes, sem cair, pula para trás;
bate e agarra bola grande;
recorta curva, parafusa objeto rosqueado,
desce escadas com pés alternados;
pula sobre um dos pés até 5 vezes sucessivas.
18. salta rapidamente;
abre bem os dedos tocando o polegar em
cada dedo;
sobe degraus de escada íngreme, bate com
martelo em prego, dribla bola com direção,
usa apontador de lápis, segura bola
macia com uma das mãos, é capaz de pular
corda sozinha, apanha objeto no chão
enquanto corre;
anda de bicicleta, caminha ou brinca na
água até a cintura, na piscina;
pula e gira em cima de um pé;
permanece em um pé só, sem apoio, com os
olhos fechados, durante dez segundos.
5
anos
19. CONTRIBUIÇÕES DE ALGUNS ESTUDIOSOS
Aristóteles
Ginástica como elemento para o
desenvolvimento do espírito, pois servia
para “dar graça, vigor e educar o corpo”.
Piaget
Importância do período sensório-motor e da
motricidade para o desenvolvimento da
inteligência. A inteligência relaciona-se com a
motricidade. Para ele, em todos os níveis de
desenvolvimento das funções cognitivas, desde
a percepção e os esquemas sensórios-motores
até as operações propriamente ditas, está
presente a motricidade.
20. Wallon
“é sempre a ação motriz que regula
o aparecimento e o desenvolvimento
das formações mentais [...]
movimento (ação), pensamento e
linguagem são uma unidade
inseparável. O movimento é o
pensamento em ato, e o pensamento
é o movimento sem ato”.
E quem foi Henri Wallon?
Psicólogo e filósofo francês, estudou o papel do ato motor
no desenvolvimento da pessoa.Concebe o desenvolvimento
infantil em 5 estágios.
21. PRIMEIRO ESTÁGIO – 0 a 1 ano
Estágio Impulsivo Emocional
SEGUNDO ESTÁGIO – 1 a 3 anos
Estágio Sensório-motor e projetivo
TERCEIRO ESTÁGIO – 3 a 6 anos
Estágio do Personalismo
QUARTO ESTÁGIO – 6 a 11 anos
Estágio Categorial
QUINTO ESTÁGIO – 11 anos em diante
Estágio da Puberdade e da adolescência
22. O desenvolvimento biopsicomotor infantil
e os distúrbios de aprendizagem
Muito mais fácil para os pequenos aprender, por exemplo,
as letras A, B e C brincando com o corpo, representando-
as deitados no chão, em grupos de dois ou três, do que
sentados em frente ao quadro-negro.
A obrigação de deixar o corpo estático, sem movimento
pode ser uma das causas da hiperatividade, de manias e
de comportamentos repetitivos sem significando. Pode ser
também um dos componentes de quadros de anorexia, de
bulimia e de depressão infantil. (LEVIN, 2005, p. 2021).
Esteban Levin
23. Pode ser definida como a ciência do corpo e da
mente, a educação dos movimentos. Ela dá ênfase
às relações entre o movimento e a afetividade,
entre o esquema corporal, a lateralidade, a
estruturação espacial, a orientação temporal,
facilitando a abordagem global da criança.
E O QUE É PSICOMOTRICIDADE ?
Conceitos básicos sobre a motricidade –
que corresponde a faculdade que
possuímos de realizar movimento – sua
importância e a estreita relação desta com
o desenvolvimento global da criança.
24. Eu chamo-me Diogo, tenho 9Eu chamo-me Diogo, tenho 9
anos e vivo em Barcelos.anos e vivo em Barcelos.
Ando no 2º ano. Gosto deAndo no 2º ano. Gosto de
jogar à bola e jogo bem.jogar à bola e jogo bem.
O meu melhor amigo chama-O meu melhor amigo chama-
se Carlos, anda na escola dese Carlos, anda na escola de
Anadia e tem 10 anos.Anadia e tem 10 anos.
De todos as matérias gostoDe todos as matérias gosto
mais da Matemática.mais da Matemática.
Eu sou a Mafalda tenho 11Eu sou a Mafalda tenho 11
anos. Eu ando no 4º Ano masanos. Eu ando no 4º Ano mas
sou uma menina repetente.sou uma menina repetente.
Tenho o cabelo louro, olhosTenho o cabelo louro, olhos
verdes, sou branquinha, altaverdes, sou branquinha, alta
e magrinha .e magrinha .
A minha brincadeiraA minha brincadeira
preferida é andar depreferida é andar de
bicicleta, mas também gostobicicleta, mas também gosto
de brincar à macaca e ásde brincar à macaca e ás
“caçadinhas”.“caçadinhas”.
Sou o João e tenhoSou o João e tenho
7 anos.7 anos.
Gosto de estudar,Gosto de estudar,
jogar playstation ejogar playstation e
andar de bicicleta.andar de bicicleta.
Quando for grandeQuando for grande
quero ser polícia.quero ser polícia.
25. A escola constitui a experiência central
desta fase da vida e é fundamental para o
desenvolvimento físico, cognitivo e sócio-
emocional da criança.
O contexto escolar vai proporcionar à
criança o contacto com a diversidade, através
da interacção com as outras crianças e da
aprendizagem de novos conhecimentos que a
preparam para se relacionar com o mundo
real.
26. Aos 5/6 anos, a criança possui as
competências sensório-motoras básicas de
que precisa para interagir com o meio.
Durante o período escolar, há melhorias
na manutenção do equilíbrio, no controlo
da postura, na coordenação, na precisão
dos movimentos e um aumento da força, o
que permite à criança ser mais autónoma
nas tarefas do dia-a-dia e envolver-se
numa maior variedade de actividades
motoras.
28. Até aos 7 anos, os jogos
físicos de lutas e perseguições
acompanhados de risos e
gritos são os preferidos da
criança.
Entre os 7 e os 11 anos as
crianças tendem a envolver-se
mais em jogos de regras, como
por exemplo, a macaca, as
escondidas, o jogo do gato e
do rato, etc.
29. À medida que as crianças experienciam
o movimento e desafiam as suas
capacidades físicas, vão conhecendo os
limites do seu próprio corpo (esquema
corporal).
30. A percepção da posição do
nosso corpo, das partes que o
constituem e a consciência do
movimento realizado são
importantes para o desempenho
motor em certas atividades, como
tocar um instrumento e jogar
desportos de bola.
Através do treino, aos 10 anos
as crianças podem atingir um
nível de execução elevado.
31. No início do período escolar, as crianças
já são menos egocêntricas e são capazes
de usar operações mentais para resolver
problemas concretos.
No entanto, ainda não são competentes
nas operações formais e pensamento
abstracto, capacidades características da
adolescência.
32. Entre os 7 e os 12 anos, realizam muitas
tarefas a um nível cognitivo mais elevado:
Usam oUsam o
raciocínioraciocínio
lógicológico
Compreendem aCompreendem a
relação entre o todorelação entre o todo
e as suas partese as suas partes
Compreendem aCompreendem a
conservação da matériaconservação da matéria
(aos 7/8 anos), do peso(aos 7/8 anos), do peso
(9/10 anos) e do volume (12(9/10 anos) e do volume (12
anos).anos).
Ordenam osOrdenam os
objectos deobjectos de
acordo comacordo com
uma dimensãouma dimensão
Operam comOperam com
númerosnúmeros
33. Estas aquisições cognitivas preparam a
criança para frequentar o ensino formal,
onde aprende a Língua Portuguesa, a
Matemática, as Ciências Naturais, a História
e os trabalhos manuais.
Verifica-se o desenvolvimento da
linguagem, a nível da compreensão e da
expressão, o que facilita a comunicação
com o outro.
34. A capacidade de organizar as
acções através de uma
sequência lógica na realização
de uma tarefa do início ao fim é
adquirida durante o período
escolar.
A consciência temporal é
requerida em atividades
motoras repetitivas como saltar
à corda, andar de bicicleta e
tocar piano.
35. A partir dos 8 anos, a criança adquire
uma maior percepção das distâncias e da
localização dos objectos no espaço
(pensamento espacial). É capaz de
memorizar o caminho para a escola e de
perceber o tempo que demora.
As competências visuo-espaciais são a
base para a aprendizagem da geometria
e da interpretação de mapas.
36. A escola fica a dez minutos de casa. "Se formos
a correr, são só três minutos", garante Fábio, de
oito anos. O plural inclui os amigos Rui, de nove,
e Jaime, também de oito, que com ele fazem o
percurso entre casa e escola. Moram em
Miragaia, uma das freguesias mais tradicionais
do Porto. De mochila às costas, vão os três
sozinhos. Também brincam na rua. "O meu pai
confia em mim", diz Rui, orgulhoso.
Em Diário de Notícias,
29 de Janeiro de 2006.
37. A visão e a audição são os sistemas
sensoriais mais utilizados no ambiente
escolar.
A percepção visual e auditiva vão-se
aperfeiçoar em conjunto com uma maior
capacidade para estar atento e para
memorizar, o que vai potencializar a
aprendizagem.
38. Na escola, a criança aprende a usar
estratégias mnemónicas, por exemplo
para saber a tabuada.
Aos 10 anos, ela será capaz de recorrer
a essas estratégias por si própria quando
há algo que é importante não esquecer.
Por exemplo, ao estudar organiza a
matéria por temas e lê várias vezes para a
assimilar.
39. A entrada na escola é uma grande
mudança na vida da criança, que está
mais sujeita a pressões psicológicas.
Ela é avaliada no seu desempenho escolar
pelo professor, pelos colegas e por si
própria.
Exige-se que cumpra regras específicas,
obedeça à professora e faça os trabalhos
propostos, pois espera-se que a criança
seja capaz de se auto-controlar e auto-
regular.
O suporte familiar tem um papel muito
importante nesta fase de adaptação às
novas exigências.
40. É na idade escolar que a criança desenvolve a
moralidade: embora nos primeiros tempos a
criança seja muito rígida, à medida que cresce, o
seu pensamento e atitude serão mais flexíveis,
pois será capaz de ter em conta as intenções das
pessoas e as circunstâncias que envolvem
determinado comportamento.
41. É na idade escolar que a criança
desenvolve a moralidade: embora nos
primeiros tempos a criança seja muito
rígida, à medida que cresce, o seu
pensamento e atitude serão mais
flexíveis, pois será capaz de ter em conta
as intenções das pessoas e as
circunstâncias que envolvem
determinado comportamento.
42. O desenvolvimento emocional é
influenciado pelas aquisições cognitivas e
contribui para a auto-estima:
-Melhor compreensão das emoções
-Reconhecimento de que os outros
também pensam e têm sentimentos
-Maior controlo das emoções negativas
A criança deve ser encorajada a falar
sobre os seus sentimentos, o que promove a
empatia e a atitude solidária.
43. A pertença a um
grupo faz parte
da sua
identidade.
45. As crianças escolhem amigos com características e
interesses comuns e começam a explorar
relações com crianças diferentes através da
partilha, da inter-ajuda, do cumprimento e do
encorajamento.
As amizades envolvem o compromisso mútuo e
“dar e receber”, o que promove a confiança e a
reciprocidade.
46. As vítimas podem
desenvolver medos e
baixa auto-estima, o
que se repercute na
sua personalidade e na
sua adaptação à
escola.
47. A interacção com o grupo de pares
potencia o desenvolvimento cognitivo
quando há partilha de conhecimentos e
confronto com novos conhecimentos.
Ao confrontar-se com as formas de
pensar dos colegas, a criança irá testar e
adoptar valores diferentes dos dos pais.
O convívio com os outros permite-lhe
desenvolver competências sociais.
48. Embora o grupo de pais seja mais
influente que anteriormente, os pais
continuam a ter um impacto importante
na personalidade da criança.
Nesta fase da vida a criança torna-se
mais autónoma, pelo que os pais vão
transferindo progressivamente o controlo
para a criança – co-regulação
Os irmãos exercem uma forte
influência, quer através das suas
interacções, quer através das relações dos
irmãos com os pais.
49. CONSCIENTIZAR-SE DA IMPORTÂNCIA DAS VIVÊNCIAS
AFETIVAS QUE FAVOREÇAM A EXPERIMENTAÇÃO E AS
DESCOBERCTAS PARA PROPORCIONAR O
DESENVOLVIMENTO FÍSICO, MENTAL E A AFIRMAÇÃO
DA PERSONALIDADE.
Possibilitar a
instrumentalização de
sua inteligência.
Favorecer situações que
estimulem o
desenvolvimento do poder
imaginativo da criança.
Propiciar condições para
que a criança brinque,
movimente o corpo e a
mente, desperte a sua
curiosidade.
50. RECONHECER A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
“Ao brincar, a criança
não está preocupada
com os resultados. É o
prazer e a motivação
que impulsionam a ação
para explorações
livres.”
KISHIMOTO,2002
51. O DESENVOLVIMENTO E A ARTE
Cada desenho reflete os
sentimentos,
a
capacidade
intelectual, o desenvolvimento físico,
a acuidade perceptiva, o
envolvimento criador, o gosto
estético e até a evolução social da
criança, como indivíduo.
LOWENFELD, V
52. OS DESENHOS COMO FORMA DE EXPRESSÃO
DO CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO
DA CRIANÇA
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL:
A expressão criadora da criança indica intensidade de
envolvimento da criança com sua criação
As repetições estereotipadas indicam um baixo nível de
envolvimento
A criação que demonstra as coisas significativas, inclusive
que inclui a própria criança, indicam se estão empenhados
realmente.
As repetições rígidas e estereotipadas expressam um tipo
inferior de estado emocional.
As crianças emocionalmente desajustadas, refugiam-se em
representações padronizadas.
53. OS DESENHOS COMO FORMA DE EXPRESSÃO
DO CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO
DA CRIANÇA
Fatores que contribuem
para as representações
padrozinadas:
Padrões rígidos no raciocínio
A superproteção constante
Medo de expor-se a novas
experiências
O encorajamento por meio
de repetição de cópias
54. OS DESENHOS COMO FORMA DE EXPRESSÃO
DO CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO
DA CRIANÇA
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Expressa-se por meio da compreensão que a criança tem
de si mesma e do meio.
A medida que ela cresce mudam-se os detalhes
expressados no desenho.
A falta de detalhes em um desenho não indica capacidade
mental inferior, porém normalmente desenhos ricos em
pormenores indicam elevada capacidade intelectual.
Cabe ao professor procurar perceber se a criança
demonstra em sua atividade criadora um bom
desenvolvimento intelectual e oportunizar meios para que
ela possa se desenvolver.
55. DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Os desenhos refletem a identificação da criança
com as suas experiências e com as de outros.
A medida que a criança aumenta sua percepção
sobre a presença do outro em sua vida mais ela os
inclui na sua arte.
O desenho é considerado a expressão do eu no
mundo da realidade, que leva à compreensão de um
mundo social da qual a criança faz parte.
A expressão das profissões como bombeiros,
enfermeira em hospital, policial orientando o trânsito
denota a consciência
56. DESENVOLVIMENTO ESTÉTICO
É considerado um ingrediente básico para toda
experiências artística.
É o meio de organizar o pensamento, a sensibilidade e a
percepção.
Na criança, o desenvolvimento estético manifesta-se na
forma de integração das experiências de forma coesa.
A estética está intimamente ligada à personalidade.
A educação tem papel fundamental no desenvolvimento
quando organiza as imagens para a produção da arte,
O desenvolvimento estético é parte integrante da
educação.
57. DESENVOLVIMENTO CRIADOR
O desenvolvimento criado inicia-se quando a criança faz seus
primeiros traços.
Não é preciso que a criança seja habilidosa para ser criadora.
Em toda criação está explícita diferentes graus de liberdade
emocional: liberdade para explorar e experimentar, liberdade
para envolver-se com sua criação.
Inibir a criança por meio de regras ou imposições alheias pode
levá-la a retrair-se ou a preferir fazer cópias.
O trabalho da criança reflete seu desenvolvimento criador.
58. AS FASES DO DESENVOLVIMENTO NA ARTE:
Estágio das garatujas – de 02 a04 anos
Rabiscos desordenados
Estágio pré-esquemático – de 04 a 07 anos
Primeiras tentativas de representação
Estágio esquemático – de 07 a 09 anos
Desenvolve o conceito definido de forma
Estágio do realismo nascente – 09 a 12 anos
A idade da turma