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ATENÇÃO AO
RECÉM-NASCIDO
CPAP NASAL
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CPAP NASAL
(SUPPORT STUDY GROUP OF THE EUNICE KENNEDY SHRIVER NICHD
NEONATAL RESEARCH NETWORK, 2010)
“O CPAP nasal tem sua eficácia amplamente
comprovada, pois reduz a necessidade de
ventilação mecânica e consequentemente o
tempo de internação hospitalar e a
morbimortalidade no período neonatal”
CPAP NASAL
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• Pressão positiva continua nas vias aéreas: é a aplicação de pressão positiva nas vias
aéreas de um recém-nascido com respiração espontânea, usando como interface uma
pronga nasal ou máscara;
• Modo de suporte ventilatório não invasivo para manutenção da ventilação alveolar,
prevenindo desta maneira as complicações inerentes à intubação orotraqueal e à
ventilação invasiva.
DEFINIÇÃO
CPAP NASAL
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POPULAÇÃO ALVO
Na sala de parto:
• Pré-termos < 30 semanas com respiração espontânea sem desconforto respiratório;
• Qualquer RN com desconforto respiratório que não estabilize após ventilação com pressão positiva (VPP).
Na UTI neonatal:
• Pré-termos < 30 semanas com respiração espontânea sem desconforto respiratório (caso não tenha sido
iniciado na sala de parto);
• Todo RN que apresente sinais de desconforto respiratório, identificado a partir dos seguintes sinais:
• necessidade de O2 > que 21% para manter uma SpO2 ≥ 90%;
• presença de retrações moderadas subesternal e/ou supraesternal;
• grunhidos e/ou gemência;
• apneia ( bradicardia e cianose);
• incremento de 20% ou mais na FR (frequência respiratória) esperada para a idade do RN;
• Pós-extubação, em PMT e RN a termo, considerando a doença de base.
CPAP NASAL
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• Condições clínicas com a capacidade residual funcional (CRF) reduzida, tais como:
Síndrome do desconforto respiratório (SDR), taquipneia transitória do RN (TTRN),
edema pulmonar;
• Apneia da prematuridade;
• Traqueomalácia e outras anormalidades das vias aéreas inferiores;
• Atelectasias- prevenção e tratamento;
• Doenças neuromusculares com respiração espontânea;
• Paralisia do nervo frênico.
INDICAÇÃO
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• Hérnia Diafragmática congênita, não tratada;
• Atresia de coanas;
• Fístulas tráqueo-esofágias;
• Instabilidade cardiovascular grave;
• Relativa: Doenças do trato gastrointestinal não tratadas ou pós-operatório imediato e
recente das mesmas (atresia, má rotação ou volvo).
CONTRAINDICAÇÃO
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• Mucosa nasal: sangramento, infecção ou inflamação;
• Obstrução nasal por secreções ou posição inadequada da pronga;
• Irritação de pele;
• Necrose por pressão (septo);
• Distensão abdominal (Sonda orogástrica pode ajudar a descomprimir o estômago);
• Intolerância alimentar;
• Pneumotórax, especialmente com aumento dos níveis de CPAP acima de 5 cmH2O em
prematuros extremos durante a fase aguda do SDR;
• Lesões na cabeça: Bebês devem ter suas posições mudadas a cada 3- 4 horas e feito
checagem do sistema.
COMPLICAÇÕES
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• Prongas binasais de vários tamanhos;
• Máscaras nasais;
• Touca;
• Velcro macho e fêmea;
• Esparadrapo;
• Circuito ventilação não invasiva (VNI);
• Umidificador e aquecedor;
• Frasco para selo d’água;
• Ventilador de fluxo contínuo.
MATERIAL E EQUIPAMENTO
CPAP NASAL
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• CPAP DE BOLHA (BUBBLE CPAP)
• VANTAGENS:
• Mais simples,
• Menos invasivo;
• Menor custo;
• Efeitos benéficos da alta frequência e oscilações de pressão.
(GUPTA, 2016)
• CPAP NO RESPIRADOR
TIPOS DE CPAP
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1. Separar todo o material necessário para a instalação e adaptação do dispositivo, de
acordo com a disponibilidade no serviço;
2. Escolha da interface (são recomendadas prongas binasais curtas, a menos que exista
patologias de septo, ou lesões preexistentes que necessitem de ventilação por
máscara);
3. Passar sonda orogástrica e mantê-la aberta;
4. Confirmar se a via aérea (nasofaringe) está pérvea; se é necessário aspirar;
PROCEDIMENTOS ANTES E DURANTE A INSTALAÇÃO DO SISTEMA
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Coloque a touca sobre a cabeça do
RN, puxando-a pelas laterais para
baixo sobre as orelhas e
posicionando a parte frontal
próximo das sobrancelhas
PROCEDIMENTOS ANTES E DURANTE A INSTALAÇÃO DO SISTEMA
5. Adaptar o sistema no RN, da seguinte maneira:
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• Utilizar tabela por peso do RN, avaliando
também o tamanho da narina;
• Limpe a região nasal com gaze e água
destilada, para retirar oleosidade e
aumentar a aderência do hidrocoloide e
do velcro que facilita a fixação da pronga
e reduz o escape de ar pela narina;
Tamanho da cânula Peso do Recém- nascido
00 < 700 g
0 700 a 1000 g
1 1000 a 1250 g
2 1250 a 2000 g
3 2000 a 3000 g
4 > 3000 g
5 > 3000g (e idade entre 1 e 2 anos)
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• Coloque o hidrocoloide respeitando o diâmetro
interno das narinas e o alinhamento perfeito com o
septo. Esta medida visa reduzir o escape de ar,
garantindo o efeito da pressão positiva. Importante
lembrar que isto NÃO EVITA LESÃO;
• Coloque uma fita ( bigode) de velcro macho sobre
um hidrocoloide na parte superior do lábio superior;
• Enrole duas fitas (bigode) de velcro fêmea, nas
laterais da pronga;
• Conecte o ramo inspiratório do circuito, de um lado
do corpo da cânula e o expiratório do outro;
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• Conecte a linha de pressão do ventilador e a outra extremidade na conexão da pronga;
• Ajuste o fluxo contínuo entre 5 e 8 L/m (mínimo de 5l/min e máximo de 12 L/min);
• Oclua a pronga para titular o nível inicial de CPAP (PEEP) em 5 cmH2O;
• Adicione água ao copo do umidificador e ligue o mesmo;
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• Com o recém-nascido em posição supina, cabeça elevada cerca de 30° e pescoço
apoiado com um pequeno rolo, umidifique e posicione a pronga suavemente nas
narinas para que não haja pressão sobre o septo;
• Coloque a pronga com o lado da concavidade para baixo, ocupando todo diâmetro da
narina, sem causar isquemia;
• Certifique-se da posição da pronga e promova a aderência dos velcros, de maneira à
impedir deslocamento da mesma;
• Fixe o ramo inspiratório na lateral da cabeça do RN e o ramo expiratório do outro lado,
com velcro, caso esse não esteja disponível, utilizar esparadrapo;
• Certificar de que o sistema esteja funcionado corretamente.
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• No sistema de bolhas (bubble CPAP), certifique que o ramo
expiratório esteja mergulhado no nível desejado de pressão
(5 a 8 cmH2O);
• Observar se o sistema está gerando bolhas no frasco. Caso
não esteja, procurar escape no sistema;
• A melhor maneira de prevenir complicações é fazer com
que a equipe multiprofissional trabalhe em conjunto para
assegurar que a pronga esteja devidamente posicionada em
todos os momentos;
• Se houver falha no posicionamento poderá ocorrer lesão do
septo e/ou mucosa nasal.
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• Manter a umidificação e a temperatura adequadas (36-37ºC);
• Profilaxia de lesão de pele: inspeção diária, com retirada do protetor de septo
somente se estiver descolando;
• Retirada da touca e inspeção de região posterior das orelhas e da cabeça, para
identificação precoce de possíveis lesões por pressão excessiva da touca e da fixação
das traqueias do sistema de VNI, bem como por excesso de umidade e proliferação
fúngica atrás das orelhas;
• Rápida inspeção da narina a cada 3 horas, sem necessidade de retirada do protetor
de septo;
CUIDADOS COM O RN EM CPAP
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• Cada narina deve ser aspirada separadamente, sem desconectar o outro lado, de
modo a manter alguma pressão positiva contínua nas vias aéreas durante o
procedimento;
• Aspiração da nasofaringe e cavidade oral: instilar solução salina 2 gotas ou mais (SF
0,9%) e aspirar a cada 3-4 horas ou antes se necessário (para crianças com maior
acúmulo de secreção e/ou com entrada de ar diminuída);
• Usar sondas de maior diâmetro possível, de acordo com tamanho do RN (NUNCA
USAR SONDA Nº 4);
• Não se deve aumentar o fluxo para compensar vazamentos, pois aumenta a
resistência. Todavia, fluxos inferiores à 5l/m são insuficientes para gerar pressão
adequada. Portanto, fluxos devem estar entre 5 e 8 l/m, podendo chegar à 12L/m em
bebes maiores e lactentes, mas nunca excedendo este valor.
CPAP NASAL
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• Monitoramento contínuo da frequência respiratória, frequência cardíaca e saturação de
oxigênio;
• Fazer radiografia de tórax quando a criança é colocada em CPAP pela primeira vez.
Necessidade adicional dependerá da evolução;
• Colher gasometria após o início do CPAP e, em seguida, conforme necessidade;
• Ajustar os alarmes de saturímetro entre 88-95% para manter saturação alvo (90 a 95%);
MONITORIZAÇÃO
CPAP NASAL
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• Insuficiência respiratória progressiva, definida como necessidade de FiO2 > 0,5 e/ou
acidose respiratória grave (pH < 7.20 com PCO2 > 60), após certificar que o sistema está
funcionando adequadamente; em recém-nascidos já recebendo CPAP de 8 cmH2O;
• Apneias múltiplas (mais que 6 episódios em 6 horas);
• Dois episódios de apneias que necessitem de VPP;
• Aumento da retração subcostal, taquipneia superior a 80 por minuto com aumento da
necessidade de oxigênio e / ou apneia persistente ou bradicardia.
CRITÉRIOS DE FALHA NO CPAP
CPAP NASAL
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• Em pré-termos nascidos com menos de 32 semanas: retirar quando o mesmo atingir
32 semanas de idade gestacional corrigida, se estiver em ar ambiente (FiO2- 0,21),
sem esforço respiratório, com bom ganho de peso e sem apneia ou bradicardia nas 24
horas anteriores ao desmame;
• Nos nascidos com 32 semanas de idade gestacional ou mais: retirar quando estiver
em ar ambiente e sem apneias nas últimas 24h.
CRITÉRIOS PARA SUSPENDER O CPAP
CPAP NASAL
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LEMBRE-SE
• O CPAP deve ser a primeira escolha na sala de parto nos recém-nascidos que apresentam
respiração espontânea, ainda que sejam bem pequenos e imaturos (24-26 semanas).
Mesmo que venha a falhar mais tarde, esta medida é melhor que começar com
intubação, surfactante e ventilação mecânica!
• O uso precoce de CPAP resulta em uma menor taxa de intubação (tanto na sala de parto
como na UTIN), uma redução no uso de corticosteroides pós-natal e uma menor duração
da ventilação mecânica, sem um risco aumentado de qualquer desfecho neonatal
adverso;
• O sucesso do CPAP é a manutenção da via aérea pérvea! Para isso é importante que haja
vigilância e cuidados contínuos.
(SUPPORT STUDY GROUP OF THE EUNICE KENNEDY SHRIVER NICHD
NEONATAL RESEARCH NETWORK, 2010)
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CPAP NASAL
AMMARI, Amer; KASHLAN, Fawaz; EZZEDEEN, Faisal; AL-ZAHRANI, Atyah; KAWAS, John;
MAJEED-SAIDAN, M.A. Bubble nasal CPAP manual. Riyadh AL-Kharj Hospital Programme Neonatal intensive care, 2005
Disponível em:
< http://earlybubblecpap.com/downloads/CPAP%20Educational%20Files/CPAP_Manual.pdf >
GUPTA, S; DONN, SM. Continuous positive airway pressure: To bubble or not to bubble? Clin Perinatol. 2016; 43(4):647-659
Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27837750>
SUPPORT STUDY GROUP OF THE EUNICE KENNEDY SHRIVER NICHD NEONATAL RESEARCH NETWORK. Early CPAP versus Surfactant in Extremely Preterm
Infants. N Engl J Med 2010; 362:1970-1979;
Disponível em:
< http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa0911783 >
SWEET, DG; CARNIELLI, V; GREISEN, G. et al. European Consensus Guidelines on the Management of Respiratory Distress Syndrome - Neonatology 2017;
111:107–125 2016 Update.
Disponível em:
< https://www.karger.com/Article/Pdf/448985 >
Referências Bibliográficas
ATENÇÃO AO
RECÉM-NASCIDO
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Material de 17 de outubro de 2017.
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
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CPAP NASAL

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CPAP NASAL

  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br CPAP NASAL (SUPPORT STUDY GROUP OF THE EUNICE KENNEDY SHRIVER NICHD NEONATAL RESEARCH NETWORK, 2010) “O CPAP nasal tem sua eficácia amplamente comprovada, pois reduz a necessidade de ventilação mecânica e consequentemente o tempo de internação hospitalar e a morbimortalidade no período neonatal”
  • 3. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Pressão positiva continua nas vias aéreas: é a aplicação de pressão positiva nas vias aéreas de um recém-nascido com respiração espontânea, usando como interface uma pronga nasal ou máscara; • Modo de suporte ventilatório não invasivo para manutenção da ventilação alveolar, prevenindo desta maneira as complicações inerentes à intubação orotraqueal e à ventilação invasiva. DEFINIÇÃO
  • 4. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br POPULAÇÃO ALVO Na sala de parto: • Pré-termos < 30 semanas com respiração espontânea sem desconforto respiratório; • Qualquer RN com desconforto respiratório que não estabilize após ventilação com pressão positiva (VPP). Na UTI neonatal: • Pré-termos < 30 semanas com respiração espontânea sem desconforto respiratório (caso não tenha sido iniciado na sala de parto); • Todo RN que apresente sinais de desconforto respiratório, identificado a partir dos seguintes sinais: • necessidade de O2 > que 21% para manter uma SpO2 ≥ 90%; • presença de retrações moderadas subesternal e/ou supraesternal; • grunhidos e/ou gemência; • apneia ( bradicardia e cianose); • incremento de 20% ou mais na FR (frequência respiratória) esperada para a idade do RN; • Pós-extubação, em PMT e RN a termo, considerando a doença de base.
  • 5. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Condições clínicas com a capacidade residual funcional (CRF) reduzida, tais como: Síndrome do desconforto respiratório (SDR), taquipneia transitória do RN (TTRN), edema pulmonar; • Apneia da prematuridade; • Traqueomalácia e outras anormalidades das vias aéreas inferiores; • Atelectasias- prevenção e tratamento; • Doenças neuromusculares com respiração espontânea; • Paralisia do nervo frênico. INDICAÇÃO
  • 6. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Hérnia Diafragmática congênita, não tratada; • Atresia de coanas; • Fístulas tráqueo-esofágias; • Instabilidade cardiovascular grave; • Relativa: Doenças do trato gastrointestinal não tratadas ou pós-operatório imediato e recente das mesmas (atresia, má rotação ou volvo). CONTRAINDICAÇÃO
  • 7. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Mucosa nasal: sangramento, infecção ou inflamação; • Obstrução nasal por secreções ou posição inadequada da pronga; • Irritação de pele; • Necrose por pressão (septo); • Distensão abdominal (Sonda orogástrica pode ajudar a descomprimir o estômago); • Intolerância alimentar; • Pneumotórax, especialmente com aumento dos níveis de CPAP acima de 5 cmH2O em prematuros extremos durante a fase aguda do SDR; • Lesões na cabeça: Bebês devem ter suas posições mudadas a cada 3- 4 horas e feito checagem do sistema. COMPLICAÇÕES
  • 8. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Prongas binasais de vários tamanhos; • Máscaras nasais; • Touca; • Velcro macho e fêmea; • Esparadrapo; • Circuito ventilação não invasiva (VNI); • Umidificador e aquecedor; • Frasco para selo d’água; • Ventilador de fluxo contínuo. MATERIAL E EQUIPAMENTO
  • 9. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • CPAP DE BOLHA (BUBBLE CPAP) • VANTAGENS: • Mais simples, • Menos invasivo; • Menor custo; • Efeitos benéficos da alta frequência e oscilações de pressão. (GUPTA, 2016) • CPAP NO RESPIRADOR TIPOS DE CPAP
  • 10. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br 1. Separar todo o material necessário para a instalação e adaptação do dispositivo, de acordo com a disponibilidade no serviço; 2. Escolha da interface (são recomendadas prongas binasais curtas, a menos que exista patologias de septo, ou lesões preexistentes que necessitem de ventilação por máscara); 3. Passar sonda orogástrica e mantê-la aberta; 4. Confirmar se a via aérea (nasofaringe) está pérvea; se é necessário aspirar; PROCEDIMENTOS ANTES E DURANTE A INSTALAÇÃO DO SISTEMA
  • 11. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Coloque a touca sobre a cabeça do RN, puxando-a pelas laterais para baixo sobre as orelhas e posicionando a parte frontal próximo das sobrancelhas PROCEDIMENTOS ANTES E DURANTE A INSTALAÇÃO DO SISTEMA 5. Adaptar o sistema no RN, da seguinte maneira:
  • 12. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Utilizar tabela por peso do RN, avaliando também o tamanho da narina; • Limpe a região nasal com gaze e água destilada, para retirar oleosidade e aumentar a aderência do hidrocoloide e do velcro que facilita a fixação da pronga e reduz o escape de ar pela narina; Tamanho da cânula Peso do Recém- nascido 00 < 700 g 0 700 a 1000 g 1 1000 a 1250 g 2 1250 a 2000 g 3 2000 a 3000 g 4 > 3000 g 5 > 3000g (e idade entre 1 e 2 anos)
  • 13. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Coloque o hidrocoloide respeitando o diâmetro interno das narinas e o alinhamento perfeito com o septo. Esta medida visa reduzir o escape de ar, garantindo o efeito da pressão positiva. Importante lembrar que isto NÃO EVITA LESÃO; • Coloque uma fita ( bigode) de velcro macho sobre um hidrocoloide na parte superior do lábio superior; • Enrole duas fitas (bigode) de velcro fêmea, nas laterais da pronga; • Conecte o ramo inspiratório do circuito, de um lado do corpo da cânula e o expiratório do outro;
  • 14. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Conecte a linha de pressão do ventilador e a outra extremidade na conexão da pronga; • Ajuste o fluxo contínuo entre 5 e 8 L/m (mínimo de 5l/min e máximo de 12 L/min); • Oclua a pronga para titular o nível inicial de CPAP (PEEP) em 5 cmH2O; • Adicione água ao copo do umidificador e ligue o mesmo;
  • 15. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Com o recém-nascido em posição supina, cabeça elevada cerca de 30° e pescoço apoiado com um pequeno rolo, umidifique e posicione a pronga suavemente nas narinas para que não haja pressão sobre o septo; • Coloque a pronga com o lado da concavidade para baixo, ocupando todo diâmetro da narina, sem causar isquemia; • Certifique-se da posição da pronga e promova a aderência dos velcros, de maneira à impedir deslocamento da mesma; • Fixe o ramo inspiratório na lateral da cabeça do RN e o ramo expiratório do outro lado, com velcro, caso esse não esteja disponível, utilizar esparadrapo; • Certificar de que o sistema esteja funcionado corretamente.
  • 16. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • No sistema de bolhas (bubble CPAP), certifique que o ramo expiratório esteja mergulhado no nível desejado de pressão (5 a 8 cmH2O); • Observar se o sistema está gerando bolhas no frasco. Caso não esteja, procurar escape no sistema; • A melhor maneira de prevenir complicações é fazer com que a equipe multiprofissional trabalhe em conjunto para assegurar que a pronga esteja devidamente posicionada em todos os momentos; • Se houver falha no posicionamento poderá ocorrer lesão do septo e/ou mucosa nasal.
  • 17. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Manter a umidificação e a temperatura adequadas (36-37ºC); • Profilaxia de lesão de pele: inspeção diária, com retirada do protetor de septo somente se estiver descolando; • Retirada da touca e inspeção de região posterior das orelhas e da cabeça, para identificação precoce de possíveis lesões por pressão excessiva da touca e da fixação das traqueias do sistema de VNI, bem como por excesso de umidade e proliferação fúngica atrás das orelhas; • Rápida inspeção da narina a cada 3 horas, sem necessidade de retirada do protetor de septo; CUIDADOS COM O RN EM CPAP
  • 18. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Cada narina deve ser aspirada separadamente, sem desconectar o outro lado, de modo a manter alguma pressão positiva contínua nas vias aéreas durante o procedimento; • Aspiração da nasofaringe e cavidade oral: instilar solução salina 2 gotas ou mais (SF 0,9%) e aspirar a cada 3-4 horas ou antes se necessário (para crianças com maior acúmulo de secreção e/ou com entrada de ar diminuída); • Usar sondas de maior diâmetro possível, de acordo com tamanho do RN (NUNCA USAR SONDA Nº 4); • Não se deve aumentar o fluxo para compensar vazamentos, pois aumenta a resistência. Todavia, fluxos inferiores à 5l/m são insuficientes para gerar pressão adequada. Portanto, fluxos devem estar entre 5 e 8 l/m, podendo chegar à 12L/m em bebes maiores e lactentes, mas nunca excedendo este valor.
  • 19. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Monitoramento contínuo da frequência respiratória, frequência cardíaca e saturação de oxigênio; • Fazer radiografia de tórax quando a criança é colocada em CPAP pela primeira vez. Necessidade adicional dependerá da evolução; • Colher gasometria após o início do CPAP e, em seguida, conforme necessidade; • Ajustar os alarmes de saturímetro entre 88-95% para manter saturação alvo (90 a 95%); MONITORIZAÇÃO
  • 20. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Insuficiência respiratória progressiva, definida como necessidade de FiO2 > 0,5 e/ou acidose respiratória grave (pH < 7.20 com PCO2 > 60), após certificar que o sistema está funcionando adequadamente; em recém-nascidos já recebendo CPAP de 8 cmH2O; • Apneias múltiplas (mais que 6 episódios em 6 horas); • Dois episódios de apneias que necessitem de VPP; • Aumento da retração subcostal, taquipneia superior a 80 por minuto com aumento da necessidade de oxigênio e / ou apneia persistente ou bradicardia. CRITÉRIOS DE FALHA NO CPAP
  • 21. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • Em pré-termos nascidos com menos de 32 semanas: retirar quando o mesmo atingir 32 semanas de idade gestacional corrigida, se estiver em ar ambiente (FiO2- 0,21), sem esforço respiratório, com bom ganho de peso e sem apneia ou bradicardia nas 24 horas anteriores ao desmame; • Nos nascidos com 32 semanas de idade gestacional ou mais: retirar quando estiver em ar ambiente e sem apneias nas últimas 24h. CRITÉRIOS PARA SUSPENDER O CPAP
  • 22. CPAP NASAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br LEMBRE-SE • O CPAP deve ser a primeira escolha na sala de parto nos recém-nascidos que apresentam respiração espontânea, ainda que sejam bem pequenos e imaturos (24-26 semanas). Mesmo que venha a falhar mais tarde, esta medida é melhor que começar com intubação, surfactante e ventilação mecânica! • O uso precoce de CPAP resulta em uma menor taxa de intubação (tanto na sala de parto como na UTIN), uma redução no uso de corticosteroides pós-natal e uma menor duração da ventilação mecânica, sem um risco aumentado de qualquer desfecho neonatal adverso; • O sucesso do CPAP é a manutenção da via aérea pérvea! Para isso é importante que haja vigilância e cuidados contínuos. (SUPPORT STUDY GROUP OF THE EUNICE KENNEDY SHRIVER NICHD NEONATAL RESEARCH NETWORK, 2010)
  • 23. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br CPAP NASAL AMMARI, Amer; KASHLAN, Fawaz; EZZEDEEN, Faisal; AL-ZAHRANI, Atyah; KAWAS, John; MAJEED-SAIDAN, M.A. Bubble nasal CPAP manual. Riyadh AL-Kharj Hospital Programme Neonatal intensive care, 2005 Disponível em: < http://earlybubblecpap.com/downloads/CPAP%20Educational%20Files/CPAP_Manual.pdf > GUPTA, S; DONN, SM. Continuous positive airway pressure: To bubble or not to bubble? Clin Perinatol. 2016; 43(4):647-659 Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27837750> SUPPORT STUDY GROUP OF THE EUNICE KENNEDY SHRIVER NICHD NEONATAL RESEARCH NETWORK. Early CPAP versus Surfactant in Extremely Preterm Infants. N Engl J Med 2010; 362:1970-1979; Disponível em: < http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa0911783 > SWEET, DG; CARNIELLI, V; GREISEN, G. et al. European Consensus Guidelines on the Management of Respiratory Distress Syndrome - Neonatology 2017; 111:107–125 2016 Update. Disponível em: < https://www.karger.com/Article/Pdf/448985 > Referências Bibliográficas
  • 24. ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 17 de outubro de 2017. Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção ao Recém-nascido Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal. CPAP NASAL