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República de Moçambique
Ministério da Saúde
Programa Nacional de Cirurgia
TÉCNICAS
CIRÚRGICAS
BÁSICAS
Técnicas de Enfermagem
Número 5 Abril de 2004
TÉCNICAS
CIRÚRGICAS BÁSICAS
Número 5 Abril de 2004
Técnicas de Enfermagem
Baseadas nas regras do Hospital Arnaude Vilanova
Espanha
TÉCNICAS
CIRÚRGICAS
BÁSICAS
Ano Nº 4 Abril de 2004
Programa Nacional de Cirurgia
Título: Técnicas de Enfermagem
Tradução e Adaptação: A. Rachide Bandomia
Editor: Consejo Interhospitalario de Cooperación-CIC
Número de registo: 4228/RLINLD/2004
Maquetização: Elográfico
Financiador: Cooperação Espanhola
Tiragem: 700 exemplares
Abril de 2004
Maputo, Moçambique
Sumário
1. CATETERISMO VESICAL (algaliação) ............................................. 5
2. CLISTER DE LIMPEZA..................................................................... 8
3. OXIGENOTERAPIA .........................................................................11
4. SONDAGEM NASOGÁSTRICA...................................................... 14
TÉCNICAS
CIRÚRGICAS BÁSICAS
5
Ao praticar-se este procedimento impõe-se, como é óbvio, que a técnica
seja concretizada com todo o rigor de assepsia.
Objectivos
• Aliviar a retenção da urina ou evacuação de coágulos
• Favorecer a cicatrização de feridas da bexiga ou uretra, devidas ao trau-
ma ou após cirurgia
• Monitorar o débito urinário em doentes graves
• Colher urina não contaminada
Contra-indicações
• Cistite aguda
• Uretrite
• Prostatite
• Traumatismo uretral
Material necessário
• Luvas esterilizadas
• Algálias
• Cuvete
• Compressas
• Campo esterilizado com abertura no centro
• Gel anestésico (Lidocaína a 2%)
• Solução desinfectante (ex.: Savlon)
• Seringa para insuflar o balão
CATETERISMOVESICAL
(Algaliação)
6
Fase de preparação
Preparação do doente
• Explicar ao paciente acerca do procedimento e sua importância
• Procurar tranquilizá-lo visando conseguir a sua colaboração
Preparação do pessoal
• Efectuar a lavagem higiénica das mãos
• Calçar luvas esterilizadas
Fase de execução
• Lavar o pénis com solução desinfectante
• Colocar o campo esterilizado
• Aplicar a Lidocaína (cerca de 5 cc) através duma seringa no interior da
uretra e aguardar 5-10 min
• Introduzir a algália, mantendo o pénis perpendicular ao abdómen até ao
final da introdução
1 2
3 4
7
• Encher com soro o balão auto-retentivo (ler na algália o volume a utilizar)
• Puxar para fora com suavidade a algália, até colocar o balão ao nível do
colo vesical
• Fixar a algália na coxa com adesivo para se prevenir o traccionamento
da algália e o eventual traumatismo da uretra
O uso do condutor metálico, para aumentar a rigidez da algália, deve ser
exclusivo de mãos experientes, pelo risco subjacente de lesionar a uretra
Complicações da cateterização
• Infecção urinária
• Traumatismo da uretra
• Criação de falsos trajectos
• Algaliação incompleta, com enchimento do balão dentro da uretra, o
que ocasiona uma dor muito forte
• Parafimose (é necessário devolver o prepúcio à posição original)
Recomendações
• Mobilizar a algália num gesto rotativo para se evitar aderências
• Evitar colocar o tubo e o saco colector no chão
• Substituir o saco colector quando estiver cheio
• É desaconselhável mudar a algália diariamente, dado que as reinserções
podem ser motivo de trauma e infecção
65
Fig. 1- Técnica de Algaliação
8
CLISTERDE LIMPEZA
Objectivos
• Aliviar a obstipação
• Preparar para uma cirurgia
• Limpar o tracto intestinal para fins de diagnóstico
Material necessário
• Irrigador
• Água à temperatura corporal (37º)
• Sabão neutro
• Suporte para irrigador
• Arrastadeira
• Luvas
• Compressas
• Lubrificante (anestésico hidrossolúvel)
• Compressor (na sua falta, pinças de Kocher)
• Sonda rectal
• Termómetro
• Protector para a cama (resguardo)
• Roupa de cama
Fase de preparação
• Esclarecer o paciente sobre o procedimento que se vai realizar e solici-
tar a sua colaboração
• Proporcionar a intimidade, comprovando que a porta está fechada e,
se for necessário, colocar um biombo
• Proteger a cama com protector (resguardo)
• Ajudar o paciente a colocar-se em decúbito lateral esquerdo, com a
9
perna esquerda estendida e a direita flectida (posição de Sims). A cama
deve estar horizontal
• Efectuar a lavagem higiénica das mãos
• Calçar luvas
Fase de execução
• Encher o irrigador com água à temperatura de 37º centígrados, com a
solução e quantidade prescritas (1/1,5 litros)
• Expulsar o ar do irrigador e fechar o compressor
• Colocar a bolsa do irrigador a uma altura de 40-50 cm em relação ao
paciente
• Aplicar anestésico na extremidade distal da sonda rectal
• Introduzir a sonda rectal entre 15-20 cm no recto
• Conectar o sistema do irrigador à sonda rectal
• Abrir o compressor, deixando passar a solução lentamente, para evitar
mal estar ao paciente
• Aconselhar o paciente a respirar lentamente
• Retirar a sonda rectal e explicar ao paciente que é necessário que rete-
nha o líquido dentro do intestino entre 5-10 min.
• Posicionar o paciente em decúbito supino e colocar a arrastadeira para
que possa eliminar o líquido
• Recolher o material utilizado
• Proceder à lavagem das mãos
• Registar na folha do processo clínico a hora e o fim da realização da
técnica
Recomendações
• Indicar ao paciente que deve urinar antes da ministração do clister, para
reduzir a pressão abdominal
• Não forçar a passagem da sonda para evitar possíveis perfurações nas
paredes do recto
10
• Introduzir a solução em pequenas doses, para não estimular o reflexo
da evacuação
• Está contra-indicado em pacientes com apendicite, peritonite ou
traumatismo abdominal e em pacientes recém operados.
Fig. 2-
11
OXIGENOTERAPIA
Objectivos
• Melhorar a hipoxémia, evitando a hipóxia dos tecidos
• Diminuir o trabalho respiratório
• Reduzir o trabalho miocárdico
Material necessário
• Fonte de oxigénio (canalizado ou em cilindros)
• Humidificador com as ligações correspondentes
• Redutor de pressão
• Fluxómetro
• Máscara ou sonda nasal
Fase de preparação
Preparação do equipamento
• Verificar se o sistema de canalização ou o cilindro dispõem de oxigénio
suficiente
• Testar todas as ligações
• Evitar olear a rosca do redutor de pressão ou outras conexões (risco de
incêndio)
Preparação do doente
• Informar o paciente do procedimento
• Mostrar ao paciente a máscara ou a sonda nasal
• Explicar o que vai fazer
• Aspirar as secreções, se eventualmente existirem
• Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com a cama a 45º
12
Fase de execução
Para a máscara facial (proporciona uma concentração de 50-55% de O2)
• Ajustar a máscara à face, sem tensão, passando o elástico à volta da
cabeça
• Moldar a peça metálica da máscara ao nariz
• Conectar a máscara através do tubo ao humidificador
• Regular o fluxo prescrito
Para a sonda nasal (proporciona uma concentração de 45-50% de O2)
• Seleccionar o calibre adequado da sonda para o paciente
• Medir o comprimento da sonda a ser inserida, tendo como referência a
distância entre o lóbulo da orelha e a abertura da narina
• Lubrificar a sonda com água ou melhor com gel anestésico e a seguir
introduzir sem forçar
• Fixar a sonda na maçã do rosto com adesivo
• Regular o fluxo prescrito
Fig. 3
13
Fase de controlo
• Certificar que o tubo não está angulado e que o oxigénio circula livre-
mente
• Quando se usa a máscara, em presença de vómito retirá-la, para se
prevenir a bronco-aspiração. Proceder à sua substituição por uma son-
da nasal e comunicar ao médico
• Controlar as possíveis complicações da oxigenoterapia (secura das
mucosas, secreções, atelectasias, diminuição do nível de consciência,
etc.)
• Comprovar o cumprimento das horas e doses correctas
Recomendações
• Comprovar que o quarto está bem arejado
• Advertir o paciente e visitas que é INTERDITO FUMAR. O oxigénio é
um gás comburente
• Verificar o nível da água destilada no humidificador, pois não deve ultra-
passar a marca gravada no frasco
• No caso de se usar a sonda, mudá-la de narina de 8/8h, para prevenir a
irritação da mucosa nasal
• Substituir diariamente a máscara ou a sonda por outra limpa
14
SONDAGEM NASOGÁSTRICA
Objectivos
• Eliminar o conteúdo gástrico
• Proceder à lavagem do estômago
• Administrar fármacos e alimentos
• Realizar provas de diagnóstico
Material necessário
• Carro de tratamento
• Calçar luvas
• Lubrificante hidrossolúvel (lidocaína)
• Compressas
• Pinças de Kocher
• Seringa de 20 cc
• Jarro com água
• Sondas nasogástricas de diferentes calibres
• Saco colector ou tampão para a sonda
• Aspirador adequado (se necessário)
• Fonendoscópio
• Adesivo para fixar a sonda
• Laringoscópio
• Pinças de Magill (se o paciente está inconsciente)
Fase de preparação
Preparação do doente
• Informar o paciente da técnica que se vai realizar, se estiver consciente
• Solicitar que retire a prótese dentária, se a tiver, ou retirá-la, se estiver
inconsciente
15
• Solicitar a sua colaboração; quando a sonda estiver na orofaringe, pe-
dir ao paciente que faça movimentos de deglutição
Preparação do pessoal
• Lavagem higiénica das mãos
• Calçar luvas
Fase de execução
• Colocar o paciente em posição de Fowler (veja fig. 4)
• Verificar o estado da sonda antes de a colocar
• Fazer uma medição aproximada do trajecto pre-
visto (nariz, orelha, epigastro)
• Lubrificar a extremidade da sonda
• Introduzir a sonda por uma das fossas
nasais, ao mesmo tempo que a cabe-
ça do paciente é mantida em posição
inclinada para a frente
• Continuar a introdução da sonda até
ao esófago, aproveitando os movimen-
tos de deglutição do paciente
• Continuar a empurrar a sonda até à ca-
vidade gástrica
• Não realizar manobras bruscas
Fig. 5
Fig. 4
16
Fase de controlo
• Comprovar que a sonda está no estômago:
a) aspirando o conteúdo gástrico com uma seringa de 20 cc
b) introduzindo 20 cc de ar e, auscultando em simultâneo com o
fonendoscópio
c) colocando a extremidade da sonda num copo com água; se borbu-
lhar indica que está no pulmão e deve ser retirada
• Fixar a sonda com adesivo, assegurando que não possa sair com um
movimento brusco do paciente
• Manter a sonda pinçada até que se prepare o tampão, o aspirador ou o
saco colector
• Conectar a sonda ao saco ou ao aspirador
• Colocar o paciente numa posição cómoda
Fig. 6
Modo correcto de fixar a sonda
17
Recomendações
• Se durante a manobra de introdução da sonda o paciente apresentar
tosse, cianose ou dificuldade respiratória, ela deve ser retirada
• Se o paciente apresenta dificuldade em deglutir, oferecer-lhe água
• Se o paciente estiver inconsciente e houver dificuldades em introduzir-
se a sonda, deverão utilizar-se o laringoscópio e a pinça de Magill
• A fixação da sonda na face deve ser mudada sempre que necessário
e, como mínimo, cada 24 h
• Realizar uma limpeza diária da fossa nasal ocupada pela sonda, me-
diante a instilação de alguns cc de soro fisiológico.
• Mobilizar a sonda cada 24 h, aproveitando o momento da limpeza ou
da troca da fixação: introduzi-la ou retirá-la cerca de 3 cm de cada vez,
para variar os pontos de apoio e assim evitar úlceras
• Comprovar a colocação correcta da sonda no estômago, especialmente
em pacientes inconscientes ou agitados
• Manter a permeabilidade da sonda, lavando-a com soro fisiológico ou
água depois de cada administração de medicamentos, alimentos ou
depois de cada aspiração do conteúdo gástrico
• Nunca utilizar ÁGUA BIDESTILADA para lavagens da sonda, por a
mesma ser hipotónica
• Paciente com sonda nasogástrica não deve ficar deitado na horizontal,
mas com a cama a 30º, para se evitar o refluxo gastro-esofágico
• As sondas de longa duração para alimentação enteral podem perma-
necer colocadas durante períodos de 2-6 meses.
18
Glossário
Atelectasia
Debilidade dos alvéolos pulmonares que se esvaziam de ar e se retraem
Comburente
Que tem a propriedade de alimentar a combustão
Cistite
Inflamação da mucosa da bexiga
Decúbito supino
Deitado de costas
Hipoxémia
Diminuição do teor de oxigénio no sangue
Hipóxia
Défice do oxigénio nos tecidos
Prostatite
Inflamação da próstata
Retenção urinária
Urina retida na bexiga
Uretrite
Inflamação da mucosa da uretra
19
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  • 2. TÉCNICAS CIRÚRGICAS BÁSICAS Número 5 Abril de 2004 Técnicas de Enfermagem Baseadas nas regras do Hospital Arnaude Vilanova Espanha
  • 3. TÉCNICAS CIRÚRGICAS BÁSICAS Ano Nº 4 Abril de 2004 Programa Nacional de Cirurgia Título: Técnicas de Enfermagem Tradução e Adaptação: A. Rachide Bandomia Editor: Consejo Interhospitalario de Cooperación-CIC Número de registo: 4228/RLINLD/2004 Maquetização: Elográfico Financiador: Cooperação Espanhola Tiragem: 700 exemplares Abril de 2004 Maputo, Moçambique
  • 4. Sumário 1. CATETERISMO VESICAL (algaliação) ............................................. 5 2. CLISTER DE LIMPEZA..................................................................... 8 3. OXIGENOTERAPIA .........................................................................11 4. SONDAGEM NASOGÁSTRICA...................................................... 14 TÉCNICAS CIRÚRGICAS BÁSICAS
  • 5. 5 Ao praticar-se este procedimento impõe-se, como é óbvio, que a técnica seja concretizada com todo o rigor de assepsia. Objectivos • Aliviar a retenção da urina ou evacuação de coágulos • Favorecer a cicatrização de feridas da bexiga ou uretra, devidas ao trau- ma ou após cirurgia • Monitorar o débito urinário em doentes graves • Colher urina não contaminada Contra-indicações • Cistite aguda • Uretrite • Prostatite • Traumatismo uretral Material necessário • Luvas esterilizadas • Algálias • Cuvete • Compressas • Campo esterilizado com abertura no centro • Gel anestésico (Lidocaína a 2%) • Solução desinfectante (ex.: Savlon) • Seringa para insuflar o balão CATETERISMOVESICAL (Algaliação)
  • 6. 6 Fase de preparação Preparação do doente • Explicar ao paciente acerca do procedimento e sua importância • Procurar tranquilizá-lo visando conseguir a sua colaboração Preparação do pessoal • Efectuar a lavagem higiénica das mãos • Calçar luvas esterilizadas Fase de execução • Lavar o pénis com solução desinfectante • Colocar o campo esterilizado • Aplicar a Lidocaína (cerca de 5 cc) através duma seringa no interior da uretra e aguardar 5-10 min • Introduzir a algália, mantendo o pénis perpendicular ao abdómen até ao final da introdução 1 2 3 4
  • 7. 7 • Encher com soro o balão auto-retentivo (ler na algália o volume a utilizar) • Puxar para fora com suavidade a algália, até colocar o balão ao nível do colo vesical • Fixar a algália na coxa com adesivo para se prevenir o traccionamento da algália e o eventual traumatismo da uretra O uso do condutor metálico, para aumentar a rigidez da algália, deve ser exclusivo de mãos experientes, pelo risco subjacente de lesionar a uretra Complicações da cateterização • Infecção urinária • Traumatismo da uretra • Criação de falsos trajectos • Algaliação incompleta, com enchimento do balão dentro da uretra, o que ocasiona uma dor muito forte • Parafimose (é necessário devolver o prepúcio à posição original) Recomendações • Mobilizar a algália num gesto rotativo para se evitar aderências • Evitar colocar o tubo e o saco colector no chão • Substituir o saco colector quando estiver cheio • É desaconselhável mudar a algália diariamente, dado que as reinserções podem ser motivo de trauma e infecção 65 Fig. 1- Técnica de Algaliação
  • 8. 8 CLISTERDE LIMPEZA Objectivos • Aliviar a obstipação • Preparar para uma cirurgia • Limpar o tracto intestinal para fins de diagnóstico Material necessário • Irrigador • Água à temperatura corporal (37º) • Sabão neutro • Suporte para irrigador • Arrastadeira • Luvas • Compressas • Lubrificante (anestésico hidrossolúvel) • Compressor (na sua falta, pinças de Kocher) • Sonda rectal • Termómetro • Protector para a cama (resguardo) • Roupa de cama Fase de preparação • Esclarecer o paciente sobre o procedimento que se vai realizar e solici- tar a sua colaboração • Proporcionar a intimidade, comprovando que a porta está fechada e, se for necessário, colocar um biombo • Proteger a cama com protector (resguardo) • Ajudar o paciente a colocar-se em decúbito lateral esquerdo, com a
  • 9. 9 perna esquerda estendida e a direita flectida (posição de Sims). A cama deve estar horizontal • Efectuar a lavagem higiénica das mãos • Calçar luvas Fase de execução • Encher o irrigador com água à temperatura de 37º centígrados, com a solução e quantidade prescritas (1/1,5 litros) • Expulsar o ar do irrigador e fechar o compressor • Colocar a bolsa do irrigador a uma altura de 40-50 cm em relação ao paciente • Aplicar anestésico na extremidade distal da sonda rectal • Introduzir a sonda rectal entre 15-20 cm no recto • Conectar o sistema do irrigador à sonda rectal • Abrir o compressor, deixando passar a solução lentamente, para evitar mal estar ao paciente • Aconselhar o paciente a respirar lentamente • Retirar a sonda rectal e explicar ao paciente que é necessário que rete- nha o líquido dentro do intestino entre 5-10 min. • Posicionar o paciente em decúbito supino e colocar a arrastadeira para que possa eliminar o líquido • Recolher o material utilizado • Proceder à lavagem das mãos • Registar na folha do processo clínico a hora e o fim da realização da técnica Recomendações • Indicar ao paciente que deve urinar antes da ministração do clister, para reduzir a pressão abdominal • Não forçar a passagem da sonda para evitar possíveis perfurações nas paredes do recto
  • 10. 10 • Introduzir a solução em pequenas doses, para não estimular o reflexo da evacuação • Está contra-indicado em pacientes com apendicite, peritonite ou traumatismo abdominal e em pacientes recém operados. Fig. 2-
  • 11. 11 OXIGENOTERAPIA Objectivos • Melhorar a hipoxémia, evitando a hipóxia dos tecidos • Diminuir o trabalho respiratório • Reduzir o trabalho miocárdico Material necessário • Fonte de oxigénio (canalizado ou em cilindros) • Humidificador com as ligações correspondentes • Redutor de pressão • Fluxómetro • Máscara ou sonda nasal Fase de preparação Preparação do equipamento • Verificar se o sistema de canalização ou o cilindro dispõem de oxigénio suficiente • Testar todas as ligações • Evitar olear a rosca do redutor de pressão ou outras conexões (risco de incêndio) Preparação do doente • Informar o paciente do procedimento • Mostrar ao paciente a máscara ou a sonda nasal • Explicar o que vai fazer • Aspirar as secreções, se eventualmente existirem • Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com a cama a 45º
  • 12. 12 Fase de execução Para a máscara facial (proporciona uma concentração de 50-55% de O2) • Ajustar a máscara à face, sem tensão, passando o elástico à volta da cabeça • Moldar a peça metálica da máscara ao nariz • Conectar a máscara através do tubo ao humidificador • Regular o fluxo prescrito Para a sonda nasal (proporciona uma concentração de 45-50% de O2) • Seleccionar o calibre adequado da sonda para o paciente • Medir o comprimento da sonda a ser inserida, tendo como referência a distância entre o lóbulo da orelha e a abertura da narina • Lubrificar a sonda com água ou melhor com gel anestésico e a seguir introduzir sem forçar • Fixar a sonda na maçã do rosto com adesivo • Regular o fluxo prescrito Fig. 3
  • 13. 13 Fase de controlo • Certificar que o tubo não está angulado e que o oxigénio circula livre- mente • Quando se usa a máscara, em presença de vómito retirá-la, para se prevenir a bronco-aspiração. Proceder à sua substituição por uma son- da nasal e comunicar ao médico • Controlar as possíveis complicações da oxigenoterapia (secura das mucosas, secreções, atelectasias, diminuição do nível de consciência, etc.) • Comprovar o cumprimento das horas e doses correctas Recomendações • Comprovar que o quarto está bem arejado • Advertir o paciente e visitas que é INTERDITO FUMAR. O oxigénio é um gás comburente • Verificar o nível da água destilada no humidificador, pois não deve ultra- passar a marca gravada no frasco • No caso de se usar a sonda, mudá-la de narina de 8/8h, para prevenir a irritação da mucosa nasal • Substituir diariamente a máscara ou a sonda por outra limpa
  • 14. 14 SONDAGEM NASOGÁSTRICA Objectivos • Eliminar o conteúdo gástrico • Proceder à lavagem do estômago • Administrar fármacos e alimentos • Realizar provas de diagnóstico Material necessário • Carro de tratamento • Calçar luvas • Lubrificante hidrossolúvel (lidocaína) • Compressas • Pinças de Kocher • Seringa de 20 cc • Jarro com água • Sondas nasogástricas de diferentes calibres • Saco colector ou tampão para a sonda • Aspirador adequado (se necessário) • Fonendoscópio • Adesivo para fixar a sonda • Laringoscópio • Pinças de Magill (se o paciente está inconsciente) Fase de preparação Preparação do doente • Informar o paciente da técnica que se vai realizar, se estiver consciente • Solicitar que retire a prótese dentária, se a tiver, ou retirá-la, se estiver inconsciente
  • 15. 15 • Solicitar a sua colaboração; quando a sonda estiver na orofaringe, pe- dir ao paciente que faça movimentos de deglutição Preparação do pessoal • Lavagem higiénica das mãos • Calçar luvas Fase de execução • Colocar o paciente em posição de Fowler (veja fig. 4) • Verificar o estado da sonda antes de a colocar • Fazer uma medição aproximada do trajecto pre- visto (nariz, orelha, epigastro) • Lubrificar a extremidade da sonda • Introduzir a sonda por uma das fossas nasais, ao mesmo tempo que a cabe- ça do paciente é mantida em posição inclinada para a frente • Continuar a introdução da sonda até ao esófago, aproveitando os movimen- tos de deglutição do paciente • Continuar a empurrar a sonda até à ca- vidade gástrica • Não realizar manobras bruscas Fig. 5 Fig. 4
  • 16. 16 Fase de controlo • Comprovar que a sonda está no estômago: a) aspirando o conteúdo gástrico com uma seringa de 20 cc b) introduzindo 20 cc de ar e, auscultando em simultâneo com o fonendoscópio c) colocando a extremidade da sonda num copo com água; se borbu- lhar indica que está no pulmão e deve ser retirada • Fixar a sonda com adesivo, assegurando que não possa sair com um movimento brusco do paciente • Manter a sonda pinçada até que se prepare o tampão, o aspirador ou o saco colector • Conectar a sonda ao saco ou ao aspirador • Colocar o paciente numa posição cómoda Fig. 6 Modo correcto de fixar a sonda
  • 17. 17 Recomendações • Se durante a manobra de introdução da sonda o paciente apresentar tosse, cianose ou dificuldade respiratória, ela deve ser retirada • Se o paciente apresenta dificuldade em deglutir, oferecer-lhe água • Se o paciente estiver inconsciente e houver dificuldades em introduzir- se a sonda, deverão utilizar-se o laringoscópio e a pinça de Magill • A fixação da sonda na face deve ser mudada sempre que necessário e, como mínimo, cada 24 h • Realizar uma limpeza diária da fossa nasal ocupada pela sonda, me- diante a instilação de alguns cc de soro fisiológico. • Mobilizar a sonda cada 24 h, aproveitando o momento da limpeza ou da troca da fixação: introduzi-la ou retirá-la cerca de 3 cm de cada vez, para variar os pontos de apoio e assim evitar úlceras • Comprovar a colocação correcta da sonda no estômago, especialmente em pacientes inconscientes ou agitados • Manter a permeabilidade da sonda, lavando-a com soro fisiológico ou água depois de cada administração de medicamentos, alimentos ou depois de cada aspiração do conteúdo gástrico • Nunca utilizar ÁGUA BIDESTILADA para lavagens da sonda, por a mesma ser hipotónica • Paciente com sonda nasogástrica não deve ficar deitado na horizontal, mas com a cama a 30º, para se evitar o refluxo gastro-esofágico • As sondas de longa duração para alimentação enteral podem perma- necer colocadas durante períodos de 2-6 meses.
  • 18. 18 Glossário Atelectasia Debilidade dos alvéolos pulmonares que se esvaziam de ar e se retraem Comburente Que tem a propriedade de alimentar a combustão Cistite Inflamação da mucosa da bexiga Decúbito supino Deitado de costas Hipoxémia Diminuição do teor de oxigénio no sangue Hipóxia Défice do oxigénio nos tecidos Prostatite Inflamação da próstata Retenção urinária Urina retida na bexiga Uretrite Inflamação da mucosa da uretra