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REANIMAÇÃO NEONATAL
   E ADAPTAÇÃO A VIDA
     EXTRA-UTERINA

JULLYANA MENDONÇA SOUZA
PAOLA MARI NAKASHIMA CANO
ADAPTAÇÃO A VIDA EXTRA-
       UTERINA
Antes….
Desenvolvimento dos Pulmões
• Divide-se em quatro períodos:
• 1º pseudoglandular(5 a 17 semanas) -
• 2º canalicular (16 a 25 semanas) - formação dos ácinos e
  pneumócitos tipo I e tipo II
• 3º sacular ou saco terminal(24 semanas até o nascimento);
• 4º alveolar (período fetal tardio até os 8 anos).

• A produção do surfactante começa com 20 semanas, mas
  está presente em pequena quantidade nas crianças prematuras;
  aumenta durante os estágios terminais da gestação,
  particularmente durante as duas últimas semanas antes do
  nascimento.
Transição
    •   Passagem pelo canal de parto
    •   Interrupção da circulação placentária
    •   Mudança da circulação fetal para extra uterina
    •   Início da ventilação pulmonar
    •   Trabalho respiratório
    •   Choque térmico
    •   Fim do suprimento energético
CIRCULAÇÃO FETAL
Veia umbilical            Veia porta       VCS


        Esfíncter do DV   DV     VCI        AD             VD       Artéria pulmonar
                          *
                                       Foramen oval   *

                                                                    10%
PLACENTA                                    AE            Pulmões

                                            VE
                                                                             90%
Artérias
                                           Aorta                      Ducto arterial
umbilicais                                                                 *



     DV = ducto venoso
    *Shunts
Contração do DUCTO VENOSO
• O sangue que antes desviado para a VCI, agora
  passará pela veia porta, assim todo sangue que entra
  no fígado passa pelos sinusóides hepáticos


CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA
• Fechamento da circulação placentária  causa uma
  queda imediata na pressão sanguínea na VCI e no AD
  asfixia progressiva
Aeração dos pulmões ao
 nascimento
• Nascimento  estímulo  mov respiratórios vigorosos
 pulmões se expandem  diminui pressão intrapleural
 diminui resistência vascular pulmonar  aumento
  acentuado da circulação sanguínea pulmonar

•  adelgaçamento progressivo das paredes das artérias
  pulmonares
• O sangue que retorna dos pulmões eleva a pressão no AE
  alteração forame oval
Fechamento do FORAME OVAL

                   Sangue retornando dos
                     pulmões para o AE



                   Aumeta pressão no AE



                        Fecha o FO
 Todo o sangue
do VD vai para o
   TRONCO                            Por pressionar a sua válvula contra o
  PULMONAR                                    septum secundum
DUCTO ARTERIAL se contrai ao
nascimento

• Mediado por BRADICININA
• Substância liberada pelos pulmões durante distensão
  inicial
• Possui potentes efeitos contráteis na musculatura lisa –
  ação dependente da presença de O2  quando a PO2
  do sangue através do DA ~ 50mmHg  ducto contrai

• Frenquentemente há pequeno shunt (aortatp) por 24-
  48h após nascimento. Até final das 96h de vida 100% dos
  canais arteriais devem estar fechados.
Revisando…
•   1. Esfíncter do DUCTO VENOSO se contrai
•   2. Aeração pulmonar
•   3. Fechamento do FORAME OVAL
•   4. Fechamento do DUCTO ARTERIOSO
1. Contração do esfíncter

    2. Aeração pulmonar
    2.1 < resistência pulmonar
    2.2 > Fluxo pulmonar
    3. Fechamento do foramen
    ovale

 > Fluxo Pulm. - > P AE - Fechamento
    4. Fechamento Ductus
    arteriosus
Bradicinina + >O2 = contração da m.
                   lisa
REANIMAÇÃO NEONATAL
INTRODUÇÃO
• 1 em cada 10 RN necessita de ventilação com
  pressão positiva para iniciar e/ou manter
  movimentos respiratórios efetivos;

• 1 em cada 100 neonatos precisa de intubação e/ou
  massagem cardíaca;

• 1 em cada 1.000 requer intubação, massagem e
  medicações
• A necessidade de procedimentos de reanimação é
  maior quanto menor a idade gestacional e/ou peso
  ao nascer

• O parto cesárea, entre 37 e 39 semanas de gestação,
  mesmo sem fatores de risco antenatais para asfixia,
  também eleva o risco de que a ventilação ao nascer
  seja indicada
• A reanimação neonatal leva à
  redução de até 45% das mortes
  neonatais por asfixia
O PREPARO PARA A
ASSISTÊNCIA...
• ANAMNESE MATERNA

Pré-natal (foi realizado? Quantas consultas?
 Intercorrências? Doenças pré-existentes? Doenças
 desenvolvidas na gestação? Medicamentos em uso?)
Sorologias (APAE)
ITU, leucorréia, outras infecções (necessidade de
 uso de antibióticos, pomadas vaginais, outros)
FATORES ANTENATIS
Idade <16 anos ou >35 anos         Idade Gestacional <39 ou >41 semanas
Diabetes                           Gestação múltipla
Hipertensão na gestação            Rotura prematura das membranas
Doenças maternas                   Polidrâmnio ou Oligoâmnio
Infecção materna                   Diminuição da atividade fetal
Alo-imunização ou anemia fetal     Sangramento no 2º ou 3º trimestres
Uso de medicações                  Discrepância entre idade gestacional e
                                   peso ao nascer
Uso de drogas ilícitas             Hidropsia fetal
Óbito fetal ou neonatal anterior   Malformação ou anomalia fetal
Ausência de cuidado pré-natal
FATORES RELACIONADOS AO
PARTO
Parto cesáreo                        Padrão anormal de FC fetal

Uso de fórcipe ou extração a vácuo   Anestesia geral

Apresentação não cefálica            Hipertonia uterina

Trabalho de parto prematuro          Líquido amniótico meconial

Parto taquitócico                    Prolapso de cordão

Corioamnionite                       Uso de opióides 4h anteriores ao parto

Rotura de membranas >18 horas        Descolamento prematuro da placenta

Trabalho de parto >24 horas          Placenta prévia
Segundo estágio do parto >2 horas    Sangramento intraparto significante
• DISPONIBILIDADE DO MATERIAL PARA O ATENDIMENTO

• O material deve estar disponível, deve ser preparado e testado
 Sondas para aspiração nº 6, 8 e 10
 Aspirador a vácuo com manômetro
 Fonte de calor radiante
 Fonte de oxigênio umidificado com fluxômetro (5l/min)
 Relógio de parede com ponteiro de segundos
 Dispositivo para aspiração de mecônio
 Ambú – VPP (balão auto-inflável)
 Máscaras tamanhos 00, 0 e 1 (termo)
 Cânulas para IOT nº 2,5(<28sem/P<1500;) 3,0;(28-34 sem/P-1000 a 2000g) 3,5 (34-38
  sem/P-2000 a 3000g); 4,0 (>38sem/3000g) e material para sua fixação
 Laringoscópio com lâminas 00, 0 e 1
 Clampe do cordão umbilical e tesoura
 Campos estéreis
 Estetoscópio neonatal
 Compressas, algodão e gaze
 Seringa 20ml
 SF 0,9%
Drogas
 adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em 1 seringa
 de 5,0 mL para administração única endotraqueal
adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em seringa
 de 1,0 mL para administração endovenosa
expansor de volume (SF 0,9% ou Ringer-lactato) –
 10ml/kg podendo ser repetido



• A temperatura ambiente na sala de parto deve ser de
  26ºC para manter a temperatura corpórea normal do
  recém-nascido.
PRECAUÇÕES-PADRÃO

• lavagem/higienização correta das mãos e o uso de
  luvas, aventais, máscaras ou proteção facial para
  evitar o contato do profissional com material
  biológico do paciente
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE AO
NASCER – Necessidade de Reanimação
 • A necessidade de reanimação depende da avaliação
   rápida de quatro situações referentes à vitalidade do
   concepto, sendo feitas as seguintes perguntas:

 - Gestação a termo?
 - Ausência de mecônio?                   SIM
 - Respirando ou chorando?
 - Tônus muscular bom?              Boa vitalidade e não
                                   necessita de manobras
                                      de reanimação
• Boletim de Apgar:
não é utilizado para determinar o início da reanimação
Não é utilizado para instituir as manobras

No entanto...
Sua aplicação permite avaliar a resposta do paciente às
  manobras realizadas e a sua eficácia

É aplicado no fim do 1º minuto e do 5º minuto de vida.
 Se < 7 no 5º minuto, recomenda realizá-lo a cada 5 min
  até 20 min de vida
0          1              2


FC               AUSENTE    <100 BPM       >100BPM

RESPIRAÇÃO       AUSENTE    CHORO FRACO/ CHORO FORTE
                            RESPIRAÇÃO
                            IRREGULAR
TÔNUS            FLÁCIDO    ALGUMA         BEM FLETIDO,
MUSCULAR                    FLEXÃO DE      MOVIMENTO
                            EXTREMIDADES   ATIVO
IRRITABILIDADE   NENHUMA    ALGUNS         CHORO OU
REFLEXA          RESPOSTA   MOVIMENTOS/    TOSSE
                            CARETA
COR              CIANOSE/   RÓSEO COM      COMPLETAMENT
                 PALIDEZ    EXTREMIDADES   E RÓSEO
                            CIANÓTICAS
…alô?
Mamãe?...avisa
ao meu pediatra
   que estou
 chegando para
   ganhar dez
  nesse tal de
     Apgar!
• Avaliação simultânea da respiração e da FC que
  deve ser >100
                              Ausculta do precórdio ou
                              palpação do pulso na base
                                 do cordão umbilical

• A avaliação da coloração da pele e mucosas do RN
  não é mais utilizada para decidir procedimentos na
  sala de parto
                  Estudos atuais dizem que não guardam relação com a
                  saturação;
                  Independente da coloração, os que nascem bem
                  demoram cerca de 5 mim para atingir nível de saturação
                  87-92%
Ressaltar: A aspiração de
                                  vias aéreas está reservada aos
PARA TODO RN                        pacientes que apresentam
                                      obstrução à respiração
AO NASCIMENTO                     espontânea por secreções ou
(uma exceção)...                      que irão necessitar de
                                            ventilação
•   Fonte de calor radiante           com pressão positiva.
•   Posicionar (leve extensão);
•   Aspirar (boca, narinas);       Evitar a introdução da
                                   sonda de aspiração de
•   Secar;
                                   maneira brusca ou na
•   Retirar campos úmidos;           faringe posterior
•   Reposicionar;
                                      Resposta vagal e
                                   espasmo laríngeo, com
• Avaliar!                               apneia e
                                        bradicardia
Se P<1500g, recomenda-se o
     uso do saco plástico
        transparente de
polietileno. Antes de secá-lo,
 introduz-se o corpo, exceto a
face, dentro do saco plástico e,
     a seguir, realizam-se as
     manobras necessárias.

   Também, pode-se usar
 toucas para evitar perda de
    calor transfontanela
ASSISTÊNCIA AO RN À TERMO COM
BOA VITALIDADE AO NASCER
 • Posicionar o RN sobre o abdome da mãe ou ao nível da
   placenta por um a três minutos, antes de clampear o
   cordão umbilical (Estudos recentes – benefícios);

 • Desde já iniciar a amamentação

      OMS recomenda que o aleitamento materno seja
   iniciado na primeira hora de vida, pois se associa a um
   maior período de amamentação, melhor interação mãe-
         bebê e menor risco de hemorragia materna
VENTILAÇÃO COM
AMBÚ E MÁSCARA...       Aperta, solta, solta...
                    (40 a 60 compressões/min)
Apnéia/resp
irregular/FC<100


                          Ventilação efetiva


                           elevação da FC,

                     melhora do tônus muscular,

                       respiração espontânea.
• Para as manobras de reanimação (VPP):

O2 a 100% X ar ambiente

O2 é deletério em excesso!
Controle com oxímetro de pulso neonatal (mater boa
 saturação) e um blender para controlar porcentagem de
 oxigênio;



Caso não disponíveis, iniciar a VPP com ar ambiente, ficar
 atento à apropriada insuflação pulmonar e à normalização
 da FC e, se não houver melhora em 90 segundos,
 continuar a VPP com oxigênio a 100%.
• Caso for usado VPP com O2 suplementar, após,
  fornecer O2 com máscara 5l/min e afastar
  gradualmente.
INDICAÇÕES DE VENTILAÇÃO
COM CÂNULA TRAQUEAL
•   Ventilação com máscara facial não efetiva;
•   Ventilação com máscara facial prolongada;
•   Aplicação de massagem cardíaca e/ou de adrenalina.
•   Pacientes portadores de hérnia diafragmática;
•   Em prematuros de extremo baixo peso, candidatos a
    receber surfactante exógeno profilático;

 Se há indicação de intubação traqueal, é necessária
 a monitoração da SatO2.
Tentativa de intubação
- máximo, 20 segundos


     Interromper


VPP com balão e máscara


    Estabilização do
        paciente


         Nova
       tentativa
• Na prática, costuma-se confirmar a posição da
  cânula por meio:

da inspeção do tórax,
ausculta das regiões axilares e gástrica,
visualização de condensação na cânula traqueal
observação da FC
observação da cor.

• Detecção de dióxido de carbono (CO2) exalado é
  recomendada - diminui o tempo para confirmar a
  posição da cânula e portanto a hipóxia
• Considera-se como falha se, após 30 segundos de VPP com balão
  e cânula traqueal:

                        FC <100 bpm
              Não retoma a respiração espontânea.


                            Verificar:
                      Posição da cânula,                  Corrigir
                 Permeabilidade das vias aéreas,
                       Pressão no balão


                    Manutenção da apneia ou
                      respiração irregular


           Intubação e a ventilação devem ser mantidas
               Unidade de terapia intensiva neonatal
MASSAGEM CARDÍACA




   Mais eficiente
• No RN, a ventilação e a massagem cardíaca são
  realizadas de forma sincrônica,

• Mantendo-se uma relação de 3:1, ou seja, 3
  movimentos de massagem cardíaca para 1
  movimento de ventilação,

• Freqüência de 120 eventos por minuto (90
• movimentos de massagem e 30 ventilações).
• Considera-se falha do procedimento se, após 30 segundos de
  massagem cardíaca e VPP com cânula traqueal e oxigênio
  suplementar:

                            FC <60 bpm



                    Verificar a posição da cânula,
                   Permeabilidade das vias aéreas
                       Pressão de ventilação
                       Técnica da massagem



                         Se não há melhora,          Adrenalina
ASSISTÊNCIA AO RN COM L.A.
MECONIAL
• O obstetra NÃO deve realizar a aspiração das vias
  aéreas, pois esse procedimento:

Não diminui a incidência de síndrome de aspiração
 meconial;
Não diminui a necessidade de ventilação mecânica;
Não diminui o tempo de oxigenoterapia;
Não diminui o tempo de hospitalização.
• Se o RN nascer bem  rotina inicial (sonda nº 10)

  • Se não apresentar ritmo respiratório regular e/ou o tônus
    muscular estiver flácido e/ou a FC <100 bpm  realizar a
    retirada do mecônio residual da hipofaringe e da traquéia
    sob visualização direta, sob fonte de calor radiante.

      Realizada através da cânula traqueal conectada a um
      dispositivo para aspiração de mecônio e ao aspirador a
      vácuo, com uma pressão máxima de 100 mmHg.


Aspirar o excesso de mecônio uma única vez;
 Se o RN permanecer com FC <100 bpm, respiração irregular ou
apneia, iniciar a ventilação com pressão positiva (VPP).
ASPECTOS ÉTICOS
• Quando não reanimar?
 idade gestacional (<22sem), o peso ao nascer (<500g)
  ou a presença de anomalias congênitas que estão
  associadas ao óbito quase certo ou à morbidade
  inaceitável nos raros sobreviventes

 Nas condições associadas a um prognóstico incerto,
 quando há chance de sobrevida, mas esta é pequena,
 além de existir um alto risco de morbidade grave, a
 decisão quanto a iniciar a reanimação deve ser tomada
 em conjunto com os pais, antes do nascimento
• Quando interromper a reanimação?

Reanimação superior a 10mim com assistolia –
 relação com alta freqüência de morte, e nos raros
 sobreviventes, seqüelas gravíssimas

 Não existem dados que auxiliem os pediatras a
 decidir quando interromper a reanimação na vigência
 de bradicardia (FC <60 bpm) prolongada
APÓS A REANIMAÇÃO...

 • Exame físico rápido em busca de malformações e
   tocotraumatismos (fontanelas, palato, orelhas,
   clavículas, cardiopulmonar, visceromegalias, genitália,
   ortolani, pulsos, perfuração de ânus, atresia de
   esôfago...), e estimativa da IG (Capurro, Dubowitz,
   Ballard);
 • Ligadura definitiva do cordão (2-3cm do abdomêm) e
   limpar com solução asséptica de alcool 70%
 • Verificar a presença de 2a e 1v
• Identificação e segurança

• Profillaxia ocular (Nitrato de
• Prata) se parto normal

• Adm de vitamina K IM 10U

• Medidas antropométricas

• Contato precoce mãe-filho
PRESCRIÇÃO
1. Alojamento conjunto
2. Leite materno a livre demanda
3.Vitamina K IM 10U agora
4. Nitrato de prata colírio – 1 gota em cada olho,
  alguns autores indicam pingar na genitália feminina
5. Limpeza do coto umbilical com alcool 70%
6. SV e CG
Obrigada!

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Reanimação neonatal e adaptação à vida extra-uterina

  • 1. REANIMAÇÃO NEONATAL E ADAPTAÇÃO A VIDA EXTRA-UTERINA JULLYANA MENDONÇA SOUZA PAOLA MARI NAKASHIMA CANO
  • 2. ADAPTAÇÃO A VIDA EXTRA- UTERINA
  • 3. Antes…. Desenvolvimento dos Pulmões • Divide-se em quatro períodos: • 1º pseudoglandular(5 a 17 semanas) - • 2º canalicular (16 a 25 semanas) - formação dos ácinos e pneumócitos tipo I e tipo II • 3º sacular ou saco terminal(24 semanas até o nascimento); • 4º alveolar (período fetal tardio até os 8 anos). • A produção do surfactante começa com 20 semanas, mas está presente em pequena quantidade nas crianças prematuras; aumenta durante os estágios terminais da gestação, particularmente durante as duas últimas semanas antes do nascimento.
  • 4. Transição • Passagem pelo canal de parto • Interrupção da circulação placentária • Mudança da circulação fetal para extra uterina • Início da ventilação pulmonar • Trabalho respiratório • Choque térmico • Fim do suprimento energético
  • 5. CIRCULAÇÃO FETAL Veia umbilical Veia porta VCS Esfíncter do DV DV VCI AD VD Artéria pulmonar * Foramen oval * 10% PLACENTA AE Pulmões VE 90% Artérias Aorta Ducto arterial umbilicais * DV = ducto venoso *Shunts
  • 6.
  • 7. Contração do DUCTO VENOSO • O sangue que antes desviado para a VCI, agora passará pela veia porta, assim todo sangue que entra no fígado passa pelos sinusóides hepáticos CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA • Fechamento da circulação placentária  causa uma queda imediata na pressão sanguínea na VCI e no AD  asfixia progressiva
  • 8. Aeração dos pulmões ao nascimento • Nascimento  estímulo  mov respiratórios vigorosos  pulmões se expandem  diminui pressão intrapleural  diminui resistência vascular pulmonar  aumento acentuado da circulação sanguínea pulmonar •  adelgaçamento progressivo das paredes das artérias pulmonares • O sangue que retorna dos pulmões eleva a pressão no AE  alteração forame oval
  • 9. Fechamento do FORAME OVAL Sangue retornando dos pulmões para o AE Aumeta pressão no AE Fecha o FO Todo o sangue do VD vai para o TRONCO Por pressionar a sua válvula contra o PULMONAR septum secundum
  • 10. DUCTO ARTERIAL se contrai ao nascimento • Mediado por BRADICININA • Substância liberada pelos pulmões durante distensão inicial • Possui potentes efeitos contráteis na musculatura lisa – ação dependente da presença de O2  quando a PO2 do sangue através do DA ~ 50mmHg  ducto contrai • Frenquentemente há pequeno shunt (aortatp) por 24- 48h após nascimento. Até final das 96h de vida 100% dos canais arteriais devem estar fechados.
  • 11. Revisando… • 1. Esfíncter do DUCTO VENOSO se contrai • 2. Aeração pulmonar • 3. Fechamento do FORAME OVAL • 4. Fechamento do DUCTO ARTERIOSO
  • 12. 1. Contração do esfíncter 2. Aeração pulmonar 2.1 < resistência pulmonar 2.2 > Fluxo pulmonar 3. Fechamento do foramen ovale > Fluxo Pulm. - > P AE - Fechamento 4. Fechamento Ductus arteriosus Bradicinina + >O2 = contração da m. lisa
  • 13.
  • 15. INTRODUÇÃO • 1 em cada 10 RN necessita de ventilação com pressão positiva para iniciar e/ou manter movimentos respiratórios efetivos; • 1 em cada 100 neonatos precisa de intubação e/ou massagem cardíaca; • 1 em cada 1.000 requer intubação, massagem e medicações
  • 16. • A necessidade de procedimentos de reanimação é maior quanto menor a idade gestacional e/ou peso ao nascer • O parto cesárea, entre 37 e 39 semanas de gestação, mesmo sem fatores de risco antenatais para asfixia, também eleva o risco de que a ventilação ao nascer seja indicada
  • 17. • A reanimação neonatal leva à redução de até 45% das mortes neonatais por asfixia
  • 18. O PREPARO PARA A ASSISTÊNCIA... • ANAMNESE MATERNA Pré-natal (foi realizado? Quantas consultas? Intercorrências? Doenças pré-existentes? Doenças desenvolvidas na gestação? Medicamentos em uso?) Sorologias (APAE) ITU, leucorréia, outras infecções (necessidade de uso de antibióticos, pomadas vaginais, outros)
  • 19. FATORES ANTENATIS Idade <16 anos ou >35 anos Idade Gestacional <39 ou >41 semanas Diabetes Gestação múltipla Hipertensão na gestação Rotura prematura das membranas Doenças maternas Polidrâmnio ou Oligoâmnio Infecção materna Diminuição da atividade fetal Alo-imunização ou anemia fetal Sangramento no 2º ou 3º trimestres Uso de medicações Discrepância entre idade gestacional e peso ao nascer Uso de drogas ilícitas Hidropsia fetal Óbito fetal ou neonatal anterior Malformação ou anomalia fetal Ausência de cuidado pré-natal
  • 20. FATORES RELACIONADOS AO PARTO Parto cesáreo Padrão anormal de FC fetal Uso de fórcipe ou extração a vácuo Anestesia geral Apresentação não cefálica Hipertonia uterina Trabalho de parto prematuro Líquido amniótico meconial Parto taquitócico Prolapso de cordão Corioamnionite Uso de opióides 4h anteriores ao parto Rotura de membranas >18 horas Descolamento prematuro da placenta Trabalho de parto >24 horas Placenta prévia Segundo estágio do parto >2 horas Sangramento intraparto significante
  • 21. • DISPONIBILIDADE DO MATERIAL PARA O ATENDIMENTO • O material deve estar disponível, deve ser preparado e testado  Sondas para aspiração nº 6, 8 e 10  Aspirador a vácuo com manômetro  Fonte de calor radiante  Fonte de oxigênio umidificado com fluxômetro (5l/min)  Relógio de parede com ponteiro de segundos  Dispositivo para aspiração de mecônio  Ambú – VPP (balão auto-inflável)  Máscaras tamanhos 00, 0 e 1 (termo)  Cânulas para IOT nº 2,5(<28sem/P<1500;) 3,0;(28-34 sem/P-1000 a 2000g) 3,5 (34-38 sem/P-2000 a 3000g); 4,0 (>38sem/3000g) e material para sua fixação  Laringoscópio com lâminas 00, 0 e 1  Clampe do cordão umbilical e tesoura  Campos estéreis  Estetoscópio neonatal  Compressas, algodão e gaze  Seringa 20ml  SF 0,9%
  • 22. Drogas  adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em 1 seringa de 5,0 mL para administração única endotraqueal adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em seringa de 1,0 mL para administração endovenosa expansor de volume (SF 0,9% ou Ringer-lactato) – 10ml/kg podendo ser repetido • A temperatura ambiente na sala de parto deve ser de 26ºC para manter a temperatura corpórea normal do recém-nascido.
  • 23. PRECAUÇÕES-PADRÃO • lavagem/higienização correta das mãos e o uso de luvas, aventais, máscaras ou proteção facial para evitar o contato do profissional com material biológico do paciente
  • 24. AVALIAÇÃO DA VITALIDADE AO NASCER – Necessidade de Reanimação • A necessidade de reanimação depende da avaliação rápida de quatro situações referentes à vitalidade do concepto, sendo feitas as seguintes perguntas: - Gestação a termo? - Ausência de mecônio? SIM - Respirando ou chorando? - Tônus muscular bom? Boa vitalidade e não necessita de manobras de reanimação
  • 25. • Boletim de Apgar: não é utilizado para determinar o início da reanimação Não é utilizado para instituir as manobras No entanto... Sua aplicação permite avaliar a resposta do paciente às manobras realizadas e a sua eficácia É aplicado no fim do 1º minuto e do 5º minuto de vida. Se < 7 no 5º minuto, recomenda realizá-lo a cada 5 min até 20 min de vida
  • 26. 0 1 2 FC AUSENTE <100 BPM >100BPM RESPIRAÇÃO AUSENTE CHORO FRACO/ CHORO FORTE RESPIRAÇÃO IRREGULAR TÔNUS FLÁCIDO ALGUMA BEM FLETIDO, MUSCULAR FLEXÃO DE MOVIMENTO EXTREMIDADES ATIVO IRRITABILIDADE NENHUMA ALGUNS CHORO OU REFLEXA RESPOSTA MOVIMENTOS/ TOSSE CARETA COR CIANOSE/ RÓSEO COM COMPLETAMENT PALIDEZ EXTREMIDADES E RÓSEO CIANÓTICAS
  • 27. …alô? Mamãe?...avisa ao meu pediatra que estou chegando para ganhar dez nesse tal de Apgar!
  • 28. • Avaliação simultânea da respiração e da FC que deve ser >100 Ausculta do precórdio ou palpação do pulso na base do cordão umbilical • A avaliação da coloração da pele e mucosas do RN não é mais utilizada para decidir procedimentos na sala de parto Estudos atuais dizem que não guardam relação com a saturação; Independente da coloração, os que nascem bem demoram cerca de 5 mim para atingir nível de saturação 87-92%
  • 29. Ressaltar: A aspiração de vias aéreas está reservada aos PARA TODO RN pacientes que apresentam obstrução à respiração AO NASCIMENTO espontânea por secreções ou (uma exceção)... que irão necessitar de ventilação • Fonte de calor radiante com pressão positiva. • Posicionar (leve extensão); • Aspirar (boca, narinas); Evitar a introdução da sonda de aspiração de • Secar; maneira brusca ou na • Retirar campos úmidos; faringe posterior • Reposicionar; Resposta vagal e espasmo laríngeo, com • Avaliar! apneia e bradicardia
  • 30.
  • 31. Se P<1500g, recomenda-se o uso do saco plástico transparente de polietileno. Antes de secá-lo, introduz-se o corpo, exceto a face, dentro do saco plástico e, a seguir, realizam-se as manobras necessárias. Também, pode-se usar toucas para evitar perda de calor transfontanela
  • 32. ASSISTÊNCIA AO RN À TERMO COM BOA VITALIDADE AO NASCER • Posicionar o RN sobre o abdome da mãe ou ao nível da placenta por um a três minutos, antes de clampear o cordão umbilical (Estudos recentes – benefícios); • Desde já iniciar a amamentação OMS recomenda que o aleitamento materno seja iniciado na primeira hora de vida, pois se associa a um maior período de amamentação, melhor interação mãe- bebê e menor risco de hemorragia materna
  • 33. VENTILAÇÃO COM AMBÚ E MÁSCARA... Aperta, solta, solta... (40 a 60 compressões/min) Apnéia/resp irregular/FC<100 Ventilação efetiva elevação da FC, melhora do tônus muscular, respiração espontânea.
  • 34. • Para as manobras de reanimação (VPP): O2 a 100% X ar ambiente O2 é deletério em excesso! Controle com oxímetro de pulso neonatal (mater boa saturação) e um blender para controlar porcentagem de oxigênio; Caso não disponíveis, iniciar a VPP com ar ambiente, ficar atento à apropriada insuflação pulmonar e à normalização da FC e, se não houver melhora em 90 segundos, continuar a VPP com oxigênio a 100%.
  • 35. • Caso for usado VPP com O2 suplementar, após, fornecer O2 com máscara 5l/min e afastar gradualmente.
  • 36. INDICAÇÕES DE VENTILAÇÃO COM CÂNULA TRAQUEAL • Ventilação com máscara facial não efetiva; • Ventilação com máscara facial prolongada; • Aplicação de massagem cardíaca e/ou de adrenalina. • Pacientes portadores de hérnia diafragmática; • Em prematuros de extremo baixo peso, candidatos a receber surfactante exógeno profilático;  Se há indicação de intubação traqueal, é necessária a monitoração da SatO2.
  • 37. Tentativa de intubação - máximo, 20 segundos Interromper VPP com balão e máscara Estabilização do paciente Nova tentativa
  • 38. • Na prática, costuma-se confirmar a posição da cânula por meio: da inspeção do tórax, ausculta das regiões axilares e gástrica, visualização de condensação na cânula traqueal observação da FC observação da cor. • Detecção de dióxido de carbono (CO2) exalado é recomendada - diminui o tempo para confirmar a posição da cânula e portanto a hipóxia
  • 39. • Considera-se como falha se, após 30 segundos de VPP com balão e cânula traqueal: FC <100 bpm Não retoma a respiração espontânea. Verificar: Posição da cânula, Corrigir Permeabilidade das vias aéreas, Pressão no balão Manutenção da apneia ou respiração irregular Intubação e a ventilação devem ser mantidas Unidade de terapia intensiva neonatal
  • 40. MASSAGEM CARDÍACA Mais eficiente
  • 41. • No RN, a ventilação e a massagem cardíaca são realizadas de forma sincrônica, • Mantendo-se uma relação de 3:1, ou seja, 3 movimentos de massagem cardíaca para 1 movimento de ventilação, • Freqüência de 120 eventos por minuto (90 • movimentos de massagem e 30 ventilações).
  • 42. • Considera-se falha do procedimento se, após 30 segundos de massagem cardíaca e VPP com cânula traqueal e oxigênio suplementar: FC <60 bpm Verificar a posição da cânula, Permeabilidade das vias aéreas Pressão de ventilação Técnica da massagem Se não há melhora, Adrenalina
  • 43. ASSISTÊNCIA AO RN COM L.A. MECONIAL • O obstetra NÃO deve realizar a aspiração das vias aéreas, pois esse procedimento: Não diminui a incidência de síndrome de aspiração meconial; Não diminui a necessidade de ventilação mecânica; Não diminui o tempo de oxigenoterapia; Não diminui o tempo de hospitalização.
  • 44. • Se o RN nascer bem  rotina inicial (sonda nº 10) • Se não apresentar ritmo respiratório regular e/ou o tônus muscular estiver flácido e/ou a FC <100 bpm  realizar a retirada do mecônio residual da hipofaringe e da traquéia sob visualização direta, sob fonte de calor radiante. Realizada através da cânula traqueal conectada a um dispositivo para aspiração de mecônio e ao aspirador a vácuo, com uma pressão máxima de 100 mmHg. Aspirar o excesso de mecônio uma única vez;  Se o RN permanecer com FC <100 bpm, respiração irregular ou apneia, iniciar a ventilação com pressão positiva (VPP).
  • 45.
  • 46. ASPECTOS ÉTICOS • Quando não reanimar?  idade gestacional (<22sem), o peso ao nascer (<500g) ou a presença de anomalias congênitas que estão associadas ao óbito quase certo ou à morbidade inaceitável nos raros sobreviventes  Nas condições associadas a um prognóstico incerto, quando há chance de sobrevida, mas esta é pequena, além de existir um alto risco de morbidade grave, a decisão quanto a iniciar a reanimação deve ser tomada em conjunto com os pais, antes do nascimento
  • 47. • Quando interromper a reanimação? Reanimação superior a 10mim com assistolia – relação com alta freqüência de morte, e nos raros sobreviventes, seqüelas gravíssimas  Não existem dados que auxiliem os pediatras a decidir quando interromper a reanimação na vigência de bradicardia (FC <60 bpm) prolongada
  • 48. APÓS A REANIMAÇÃO... • Exame físico rápido em busca de malformações e tocotraumatismos (fontanelas, palato, orelhas, clavículas, cardiopulmonar, visceromegalias, genitália, ortolani, pulsos, perfuração de ânus, atresia de esôfago...), e estimativa da IG (Capurro, Dubowitz, Ballard); • Ligadura definitiva do cordão (2-3cm do abdomêm) e limpar com solução asséptica de alcool 70% • Verificar a presença de 2a e 1v
  • 49.
  • 50. • Identificação e segurança • Profillaxia ocular (Nitrato de • Prata) se parto normal • Adm de vitamina K IM 10U • Medidas antropométricas • Contato precoce mãe-filho
  • 51. PRESCRIÇÃO 1. Alojamento conjunto 2. Leite materno a livre demanda 3.Vitamina K IM 10U agora 4. Nitrato de prata colírio – 1 gota em cada olho, alguns autores indicam pingar na genitália feminina 5. Limpeza do coto umbilical com alcool 70% 6. SV e CG