3. Antes….
Desenvolvimento dos Pulmões
• Divide-se em quatro períodos:
• 1º pseudoglandular(5 a 17 semanas) -
• 2º canalicular (16 a 25 semanas) - formação dos ácinos e
pneumócitos tipo I e tipo II
• 3º sacular ou saco terminal(24 semanas até o nascimento);
• 4º alveolar (período fetal tardio até os 8 anos).
• A produção do surfactante começa com 20 semanas, mas
está presente em pequena quantidade nas crianças prematuras;
aumenta durante os estágios terminais da gestação,
particularmente durante as duas últimas semanas antes do
nascimento.
4. Transição
• Passagem pelo canal de parto
• Interrupção da circulação placentária
• Mudança da circulação fetal para extra uterina
• Início da ventilação pulmonar
• Trabalho respiratório
• Choque térmico
• Fim do suprimento energético
5. CIRCULAÇÃO FETAL
Veia umbilical Veia porta VCS
Esfíncter do DV DV VCI AD VD Artéria pulmonar
*
Foramen oval *
10%
PLACENTA AE Pulmões
VE
90%
Artérias
Aorta Ducto arterial
umbilicais *
DV = ducto venoso
*Shunts
6.
7. Contração do DUCTO VENOSO
• O sangue que antes desviado para a VCI, agora
passará pela veia porta, assim todo sangue que entra
no fígado passa pelos sinusóides hepáticos
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA
• Fechamento da circulação placentária causa uma
queda imediata na pressão sanguínea na VCI e no AD
asfixia progressiva
8. Aeração dos pulmões ao
nascimento
• Nascimento estímulo mov respiratórios vigorosos
pulmões se expandem diminui pressão intrapleural
diminui resistência vascular pulmonar aumento
acentuado da circulação sanguínea pulmonar
• adelgaçamento progressivo das paredes das artérias
pulmonares
• O sangue que retorna dos pulmões eleva a pressão no AE
alteração forame oval
9. Fechamento do FORAME OVAL
Sangue retornando dos
pulmões para o AE
Aumeta pressão no AE
Fecha o FO
Todo o sangue
do VD vai para o
TRONCO Por pressionar a sua válvula contra o
PULMONAR septum secundum
10. DUCTO ARTERIAL se contrai ao
nascimento
• Mediado por BRADICININA
• Substância liberada pelos pulmões durante distensão
inicial
• Possui potentes efeitos contráteis na musculatura lisa –
ação dependente da presença de O2 quando a PO2
do sangue através do DA ~ 50mmHg ducto contrai
• Frenquentemente há pequeno shunt (aortatp) por 24-
48h após nascimento. Até final das 96h de vida 100% dos
canais arteriais devem estar fechados.
11. Revisando…
• 1. Esfíncter do DUCTO VENOSO se contrai
• 2. Aeração pulmonar
• 3. Fechamento do FORAME OVAL
• 4. Fechamento do DUCTO ARTERIOSO
12. 1. Contração do esfíncter
2. Aeração pulmonar
2.1 < resistência pulmonar
2.2 > Fluxo pulmonar
3. Fechamento do foramen
ovale
> Fluxo Pulm. - > P AE - Fechamento
4. Fechamento Ductus
arteriosus
Bradicinina + >O2 = contração da m.
lisa
15. INTRODUÇÃO
• 1 em cada 10 RN necessita de ventilação com
pressão positiva para iniciar e/ou manter
movimentos respiratórios efetivos;
• 1 em cada 100 neonatos precisa de intubação e/ou
massagem cardíaca;
• 1 em cada 1.000 requer intubação, massagem e
medicações
16. • A necessidade de procedimentos de reanimação é
maior quanto menor a idade gestacional e/ou peso
ao nascer
• O parto cesárea, entre 37 e 39 semanas de gestação,
mesmo sem fatores de risco antenatais para asfixia,
também eleva o risco de que a ventilação ao nascer
seja indicada
17. • A reanimação neonatal leva à
redução de até 45% das mortes
neonatais por asfixia
18. O PREPARO PARA A
ASSISTÊNCIA...
• ANAMNESE MATERNA
Pré-natal (foi realizado? Quantas consultas?
Intercorrências? Doenças pré-existentes? Doenças
desenvolvidas na gestação? Medicamentos em uso?)
Sorologias (APAE)
ITU, leucorréia, outras infecções (necessidade de
uso de antibióticos, pomadas vaginais, outros)
19. FATORES ANTENATIS
Idade <16 anos ou >35 anos Idade Gestacional <39 ou >41 semanas
Diabetes Gestação múltipla
Hipertensão na gestação Rotura prematura das membranas
Doenças maternas Polidrâmnio ou Oligoâmnio
Infecção materna Diminuição da atividade fetal
Alo-imunização ou anemia fetal Sangramento no 2º ou 3º trimestres
Uso de medicações Discrepância entre idade gestacional e
peso ao nascer
Uso de drogas ilícitas Hidropsia fetal
Óbito fetal ou neonatal anterior Malformação ou anomalia fetal
Ausência de cuidado pré-natal
20. FATORES RELACIONADOS AO
PARTO
Parto cesáreo Padrão anormal de FC fetal
Uso de fórcipe ou extração a vácuo Anestesia geral
Apresentação não cefálica Hipertonia uterina
Trabalho de parto prematuro Líquido amniótico meconial
Parto taquitócico Prolapso de cordão
Corioamnionite Uso de opióides 4h anteriores ao parto
Rotura de membranas >18 horas Descolamento prematuro da placenta
Trabalho de parto >24 horas Placenta prévia
Segundo estágio do parto >2 horas Sangramento intraparto significante
21. • DISPONIBILIDADE DO MATERIAL PARA O ATENDIMENTO
• O material deve estar disponível, deve ser preparado e testado
Sondas para aspiração nº 6, 8 e 10
Aspirador a vácuo com manômetro
Fonte de calor radiante
Fonte de oxigênio umidificado com fluxômetro (5l/min)
Relógio de parede com ponteiro de segundos
Dispositivo para aspiração de mecônio
Ambú – VPP (balão auto-inflável)
Máscaras tamanhos 00, 0 e 1 (termo)
Cânulas para IOT nº 2,5(<28sem/P<1500;) 3,0;(28-34 sem/P-1000 a 2000g) 3,5 (34-38
sem/P-2000 a 3000g); 4,0 (>38sem/3000g) e material para sua fixação
Laringoscópio com lâminas 00, 0 e 1
Clampe do cordão umbilical e tesoura
Campos estéreis
Estetoscópio neonatal
Compressas, algodão e gaze
Seringa 20ml
SF 0,9%
22. Drogas
adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em 1 seringa
de 5,0 mL para administração única endotraqueal
adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em seringa
de 1,0 mL para administração endovenosa
expansor de volume (SF 0,9% ou Ringer-lactato) –
10ml/kg podendo ser repetido
• A temperatura ambiente na sala de parto deve ser de
26ºC para manter a temperatura corpórea normal do
recém-nascido.
24. AVALIAÇÃO DA VITALIDADE AO
NASCER – Necessidade de Reanimação
• A necessidade de reanimação depende da avaliação
rápida de quatro situações referentes à vitalidade do
concepto, sendo feitas as seguintes perguntas:
- Gestação a termo?
- Ausência de mecônio? SIM
- Respirando ou chorando?
- Tônus muscular bom? Boa vitalidade e não
necessita de manobras
de reanimação
25. • Boletim de Apgar:
não é utilizado para determinar o início da reanimação
Não é utilizado para instituir as manobras
No entanto...
Sua aplicação permite avaliar a resposta do paciente às
manobras realizadas e a sua eficácia
É aplicado no fim do 1º minuto e do 5º minuto de vida.
Se < 7 no 5º minuto, recomenda realizá-lo a cada 5 min
até 20 min de vida
26. 0 1 2
FC AUSENTE <100 BPM >100BPM
RESPIRAÇÃO AUSENTE CHORO FRACO/ CHORO FORTE
RESPIRAÇÃO
IRREGULAR
TÔNUS FLÁCIDO ALGUMA BEM FLETIDO,
MUSCULAR FLEXÃO DE MOVIMENTO
EXTREMIDADES ATIVO
IRRITABILIDADE NENHUMA ALGUNS CHORO OU
REFLEXA RESPOSTA MOVIMENTOS/ TOSSE
CARETA
COR CIANOSE/ RÓSEO COM COMPLETAMENT
PALIDEZ EXTREMIDADES E RÓSEO
CIANÓTICAS
28. • Avaliação simultânea da respiração e da FC que
deve ser >100
Ausculta do precórdio ou
palpação do pulso na base
do cordão umbilical
• A avaliação da coloração da pele e mucosas do RN
não é mais utilizada para decidir procedimentos na
sala de parto
Estudos atuais dizem que não guardam relação com a
saturação;
Independente da coloração, os que nascem bem
demoram cerca de 5 mim para atingir nível de saturação
87-92%
29. Ressaltar: A aspiração de
vias aéreas está reservada aos
PARA TODO RN pacientes que apresentam
obstrução à respiração
AO NASCIMENTO espontânea por secreções ou
(uma exceção)... que irão necessitar de
ventilação
• Fonte de calor radiante com pressão positiva.
• Posicionar (leve extensão);
• Aspirar (boca, narinas); Evitar a introdução da
sonda de aspiração de
• Secar;
maneira brusca ou na
• Retirar campos úmidos; faringe posterior
• Reposicionar;
Resposta vagal e
espasmo laríngeo, com
• Avaliar! apneia e
bradicardia
30.
31. Se P<1500g, recomenda-se o
uso do saco plástico
transparente de
polietileno. Antes de secá-lo,
introduz-se o corpo, exceto a
face, dentro do saco plástico e,
a seguir, realizam-se as
manobras necessárias.
Também, pode-se usar
toucas para evitar perda de
calor transfontanela
32. ASSISTÊNCIA AO RN À TERMO COM
BOA VITALIDADE AO NASCER
• Posicionar o RN sobre o abdome da mãe ou ao nível da
placenta por um a três minutos, antes de clampear o
cordão umbilical (Estudos recentes – benefícios);
• Desde já iniciar a amamentação
OMS recomenda que o aleitamento materno seja
iniciado na primeira hora de vida, pois se associa a um
maior período de amamentação, melhor interação mãe-
bebê e menor risco de hemorragia materna
33. VENTILAÇÃO COM
AMBÚ E MÁSCARA... Aperta, solta, solta...
(40 a 60 compressões/min)
Apnéia/resp
irregular/FC<100
Ventilação efetiva
elevação da FC,
melhora do tônus muscular,
respiração espontânea.
34. • Para as manobras de reanimação (VPP):
O2 a 100% X ar ambiente
O2 é deletério em excesso!
Controle com oxímetro de pulso neonatal (mater boa
saturação) e um blender para controlar porcentagem de
oxigênio;
Caso não disponíveis, iniciar a VPP com ar ambiente, ficar
atento à apropriada insuflação pulmonar e à normalização
da FC e, se não houver melhora em 90 segundos,
continuar a VPP com oxigênio a 100%.
35. • Caso for usado VPP com O2 suplementar, após,
fornecer O2 com máscara 5l/min e afastar
gradualmente.
36. INDICAÇÕES DE VENTILAÇÃO
COM CÂNULA TRAQUEAL
• Ventilação com máscara facial não efetiva;
• Ventilação com máscara facial prolongada;
• Aplicação de massagem cardíaca e/ou de adrenalina.
• Pacientes portadores de hérnia diafragmática;
• Em prematuros de extremo baixo peso, candidatos a
receber surfactante exógeno profilático;
Se há indicação de intubação traqueal, é necessária
a monitoração da SatO2.
37. Tentativa de intubação
- máximo, 20 segundos
Interromper
VPP com balão e máscara
Estabilização do
paciente
Nova
tentativa
38. • Na prática, costuma-se confirmar a posição da
cânula por meio:
da inspeção do tórax,
ausculta das regiões axilares e gástrica,
visualização de condensação na cânula traqueal
observação da FC
observação da cor.
• Detecção de dióxido de carbono (CO2) exalado é
recomendada - diminui o tempo para confirmar a
posição da cânula e portanto a hipóxia
39. • Considera-se como falha se, após 30 segundos de VPP com balão
e cânula traqueal:
FC <100 bpm
Não retoma a respiração espontânea.
Verificar:
Posição da cânula, Corrigir
Permeabilidade das vias aéreas,
Pressão no balão
Manutenção da apneia ou
respiração irregular
Intubação e a ventilação devem ser mantidas
Unidade de terapia intensiva neonatal
41. • No RN, a ventilação e a massagem cardíaca são
realizadas de forma sincrônica,
• Mantendo-se uma relação de 3:1, ou seja, 3
movimentos de massagem cardíaca para 1
movimento de ventilação,
• Freqüência de 120 eventos por minuto (90
• movimentos de massagem e 30 ventilações).
42. • Considera-se falha do procedimento se, após 30 segundos de
massagem cardíaca e VPP com cânula traqueal e oxigênio
suplementar:
FC <60 bpm
Verificar a posição da cânula,
Permeabilidade das vias aéreas
Pressão de ventilação
Técnica da massagem
Se não há melhora, Adrenalina
43. ASSISTÊNCIA AO RN COM L.A.
MECONIAL
• O obstetra NÃO deve realizar a aspiração das vias
aéreas, pois esse procedimento:
Não diminui a incidência de síndrome de aspiração
meconial;
Não diminui a necessidade de ventilação mecânica;
Não diminui o tempo de oxigenoterapia;
Não diminui o tempo de hospitalização.
44. • Se o RN nascer bem rotina inicial (sonda nº 10)
• Se não apresentar ritmo respiratório regular e/ou o tônus
muscular estiver flácido e/ou a FC <100 bpm realizar a
retirada do mecônio residual da hipofaringe e da traquéia
sob visualização direta, sob fonte de calor radiante.
Realizada através da cânula traqueal conectada a um
dispositivo para aspiração de mecônio e ao aspirador a
vácuo, com uma pressão máxima de 100 mmHg.
Aspirar o excesso de mecônio uma única vez;
Se o RN permanecer com FC <100 bpm, respiração irregular ou
apneia, iniciar a ventilação com pressão positiva (VPP).
45.
46. ASPECTOS ÉTICOS
• Quando não reanimar?
idade gestacional (<22sem), o peso ao nascer (<500g)
ou a presença de anomalias congênitas que estão
associadas ao óbito quase certo ou à morbidade
inaceitável nos raros sobreviventes
Nas condições associadas a um prognóstico incerto,
quando há chance de sobrevida, mas esta é pequena,
além de existir um alto risco de morbidade grave, a
decisão quanto a iniciar a reanimação deve ser tomada
em conjunto com os pais, antes do nascimento
47. • Quando interromper a reanimação?
Reanimação superior a 10mim com assistolia –
relação com alta freqüência de morte, e nos raros
sobreviventes, seqüelas gravíssimas
Não existem dados que auxiliem os pediatras a
decidir quando interromper a reanimação na vigência
de bradicardia (FC <60 bpm) prolongada
48. APÓS A REANIMAÇÃO...
• Exame físico rápido em busca de malformações e
tocotraumatismos (fontanelas, palato, orelhas,
clavículas, cardiopulmonar, visceromegalias, genitália,
ortolani, pulsos, perfuração de ânus, atresia de
esôfago...), e estimativa da IG (Capurro, Dubowitz,
Ballard);
• Ligadura definitiva do cordão (2-3cm do abdomêm) e
limpar com solução asséptica de alcool 70%
• Verificar a presença de 2a e 1v
49.
50. • Identificação e segurança
• Profillaxia ocular (Nitrato de
• Prata) se parto normal
• Adm de vitamina K IM 10U
• Medidas antropométricas
• Contato precoce mãe-filho
51. PRESCRIÇÃO
1. Alojamento conjunto
2. Leite materno a livre demanda
3.Vitamina K IM 10U agora
4. Nitrato de prata colírio – 1 gota em cada olho,
alguns autores indicam pingar na genitália feminina
5. Limpeza do coto umbilical com alcool 70%
6. SV e CG