Este documento apresenta o plano de aulas de uma disciplina de Saúde Neonatal. Ele inclui oito aulas sobre tópicos como UTI Neonatal, método Canguru, alojamento conjunto e cuidados com recém-nascidos, além de atividades avaliativas.
6. CONTEÚDOS DA AULA
Introdução à Neonatologia e SINASC;
Termos mais utilizados;
UTI Neonatal e indicações para internação;
Método Canguru;
Alojamento Conjunto;
O papel da enfermagem;
7. ETIMOLOGIA
Neo = Novo
Nat(o) = Nascimento
Logia = Estudo
A neonatologia é o ramo da pediatria
que tem como foco crianças do seu
nascimento até o seu 28º dia de vida.
8. A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO AO RN
Período de grande vulnerabilidade;
A primeira semana de vida, em especial no primeiro
dia de vida, representam 25% das mortes infantis no
Brasil;
São vários os indicadores assistenciais que
interferem na mortalidade infantil:
cesarian
a,
prematuridade,
asfixia
(apgar),
extremos de idade da
mãe,
escolaridade da
mãe.
É importante o acompanhamento durante a gestação, no
parto e no pós-parto.
9. A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL
Detecção precoce de patologias;
Permite o desenvolvimento saudável do bebê;
Redução de riscos;
Troca de experiências e informações;
Orientações sobre o parto, amamentação, alimentação
complementar;
Redução do medo;
Manutenção da Rede de Apoio;
10. SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE
NASCIDOS VIVOS (SINASC)
Nascido vivo é a expulsão ou extração completa do corpo
da mãe, independentemente da duração da gravidez, de um
produto de concepção que, depois da separação, respire
ou apresente qualquer outro sinal de vida, tal como
batimentos, do coração, pulsações do cordão umbilical
ou movimentos efetivos dos músculos de contração
voluntária, estando ou não cortado o cordão umbilical e
estando ou não desprendida da placenta.
11. SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE
NASCIDOS VIVOS (SINASC)
O SINASC é um documento básico para a Declaração de
Nascido Vivo (DNV). Ele ajuda no planejamento de
estratégias para a população atendida, traçando o
perfil dos nascimentos, características da população e
taxas de mortalidade. A DNV é impressa em três vias,
sob responsabilidade do Ministério da Saúde, e cada uma
segue um fluxo, dependendo das condições do parto.
12. PARTOS HOSPITALARES
DN 1ª VIA
(BRANCA)
DN 2ª VIA
(AMARELA)
DN 3ª VIA
(ROSA)
Permanece no
estabelecimento de
saúde até ser
coletada pelos órgãos
responsáveis.
Utilizada para o
registro do
nascimento. Após o
registro, o cartório
retém a via.
Fica arquivada no
estabelecimento onde
ocorreu o parto.
OU DOMICILIARES COM ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
13. PARTOS DOMICILIARES
DN 1ª VIA
(BRANCA)
DN 2ª VIA
(AMARELA)
DN 3ª VIA
(ROSA)
Recolhida pela
Secretaria Municipal
de Saúde.
Utilizada para o
registro do
nascimento. Após o
registro, o cartório
retém a via.
Disponibilizada para
os pais ou
responsáveis para
apresentar na
primeira consulta com
a US. Arquivamento
posterior.
COM ASSISTÊNCIA PROFISSIONAL
14. PARTOS DOMICILIARES
DN 1ª VIA
(BRANCA)
DN 2ª VIA
(AMARELA)
DN 3ª VIA
(ROSA)
Cartório de Registro
Civil até ser
recolhida pela
Secretaria Municipal
de Saúde.
Utilizada para o
registro do
nascimento. Após o
registro, o cartório
retém a via.
Disponibilizada para
os pais ou
responsáveis para
apresentar na
primeira consulta com
a US.
SEM ASSISTÊNCIA PROFISSIONAL
15. TERMINOLOGIAS DO PERÍODO NEONATAL
ABORTO: expulsão ou extração de um produto da
concepção com menos de 500g, 25cm ou 22 semanas;
NATIMORTO/ÓBITO FETAL: morte do produto da gestação,
de 22 semanas ou mais, antes da sua expulsão ou
extração completa. Indica o óbito o fato de, depois
da separação, o feto não respirar ou não dar nenhum
outro sinal de vida;
MORTALIDADE NEONATAL: Óbito antes de completar 28
dias de vida. Precoce: Antes de 7 dias. Tardia: Entre
7 e 27 dias.
16. TERMINOLOGIAS DO PERÍODO NEONATAL
MORTALIDADE PERINATAL: Compreende a soma dos natimortos e
óbitos neonatais precoces;
RECÉM NASCIDO DE BAIXO PESO (RNBP): Aquele nascido com
menos de 2.500g;
RECÉM NASCIDO DE MUITO BAIXO PESO (RNMBP): Aquele nascido
com menos de 1.500g;
RECÉM NASCIDO DE EXTREMO BAIXO PESO (RNEBP): Aquele
nascido com menos de 1.000g
17. TERMINOLOGIAS DO PERÍODO NEONATAL
RN PRÉ-TERMO: Menos de 37 semanas de gestação;
RN PRÉ TERMO EXTREMO: Menos que 28 semanas;
RN PRÉ TERMO MODERADO: Entre 28 e menos que 34 semanas;
RN PRÉ TERMO TARDIO: Entre 34 e 36 semanas e 6 dias;
RN A TERMO: De 37 semanas e 41 semanas e 6 dias de
gestação;
RN PÓS TERMO: 42 semanas ou mais de gestação.
18. TERMINOLOGIAS DO PERÍODO NEONATAL
RN PIG: Pequeno para a Idade Gestacional. Menor que o
percentil 10 para a curva de crescimento intrauterino;
RN PIG ASSIMÉTRICO: Desnutrição intrauterina aguda.
Somente peso sofre influência.
RN PIG SIMÉTRICO: Desnutrição intrauterina crônica. O
peso sofre influência e há déficit estrutural;
RN AIG: Adequado para a Idade Gestacional. Entre
percentil 10 e 90 para a curva de crescimento
intrauterino;
RN GIG: Grande para a Idade Gestacional. Acima do
percentil 90 para a curva do crescimento intrauterino.
20. UTI NEONATAL
Espaço destinado ao tratamento
de recém-nascidos que
apresentam algum tipo de
problema ao nascer. Nem sempre
isso significa que o RN possui
uma doença ou agravo de saúde,
apenas uma dificuldade de
adaptação extrauterina.
21. UTI NEONATAL
Estrutura fechada, localizada fora do tráfego rotineiro da
instituição;
Fácil e rápido acesso ao Centro Obstétrico e Cirúrgico;
Leitos individualizados;
Leitos categorizados pelo grau de gravidade e
complexidade;
Deve ser localizada dentro de uma unidade hospitalar que
disponha de recursos para diagnósticos e tratamentos de
qualquer tipo de patologia neonatal.
22. UTI NEONATAL
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN);
DIVISÃO
Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal (UCIN), com duas
tipologias:
• Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal
Convencional (UCINCo);
• Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru
(UCINCa).
23. UTI NEONATAL
PRINCIPAIS PONTOS DA ESTRUTURA FÍSICA MÍNIMA:
Material e equipamento para reanimação: 1 (um) para cada 5
(cinco) leitos;
Monitor de beira de leito para monitorização contínua de
frequência cardíaca, cardioscopia, oximetria de pulso e
pressão não invasiva, frequência respiratória e
temperatura: 1 (um) para cada leito;
Ventilador pulmonar mecânico microprocessado: 1 (um) para
cada 2 (dois) leitos, com reserva operacional de 1 (um)
equipamento para cada 5 (cinco) leitos, devendo dispor
cada equipamento de, no mínimo, 2 (dois) circuitos
completos;
24. UTI NEONATAL
PRINCIPAIS PONTOS DA ESTRUTURA FÍSICA MÍNIMA:
Equipamento para infusão contínua e controlada de fluidos
("bomba de infusão"): 3 (três) equipamentos por leito, com
reserva operacional de 1 (um) para cada 3 (três) leitos;
Conjunto de nebulização, em máscara: 1 (um) para cada
leito;
Fototerapia, capacete/capuz de acrílico e tenda para
oxigenioterapia: 1 (um) para cada 3 (três) leitos/fração,
com reserva operacional de 1 (um) para cada 5 (cinco)
leitos;
25. UTI NEONATAL
PRINCIPAIS PONTOS DA ESTRUTURA FÍSICA MÍNIMA:
Incubadora com parede dupla: 1 (um) por paciente de UTIN,
dispondo de berços aquecidos de terapia intensiva para no
mínimo 10% (dez por cento) dos leitos;
Incubadora para transporte completa, com monitorização
contínua, suporte para equipamento de infusão controlada
de fluidos, com bateria, de suporte para cilindro de
oxigênio, cilindro transportável de oxigênio e kit
("maleta") para acompanhar o transporte de pacientes
graves, contendo medicamentos e materiais para atendimento
às emergências: 1 (uma) para cada 10 (dez) leitos.
26. UTI NEONATAL
RECURSOS HUMANOS:
2 médicos com jornada mínima de 4h;
1 médico plantonista;
1 enfermeiro(a) coordenador com jornada mínima de 8h;
1 enfermeiros assistencial para cada 10 leitos, ou proporcional;
1 fisioterapeuta exclusivo para cada 10 leitos, ou proporcional, em
casa turno;
1 fisioterapeuta coordenador com jornada mínima de 6h;
1 funcionário exclusivo de limpeza em cada turno;
1 fonoaudiólogo disponível para a unidade;
No mínimo, 1 técnico de enfermagem para cada 2 leitos, em cada turno.
27. UTI NEONATAL
CRITÉRIOS DE ADMISSÃO:
RN de baixo peso;
RN pré-termos;
RN com malformação;
Asfixia;
Síndromes hemorrágicas;
Convulsões;
Prolapso de Cordão Umbilical.
29. MÉTODO CANGURU
O Método Canguru é considerado a
forma mais adequada de atenção ao
recém-nascido (RN) pré-termo ou de
baixo peso, especialmente àqueles
que necessitaram de internação em
Unidade Neonatal. Envolve cuidado
humanizado, contato pele a pele
entre o recém-nascido e seus pais,
controle ambiental, redução da
dor, cuidado com a família e
suporte da equipe de saúde
30. VANTAGENS DO MÉTODO CANGURU:
Reduz o tempo de separação entre a criança e sua família;
Possibilita maior confiança e competência dos pais;
Proporciona estímulos sensoriais positivos;
Melhora o desenvolvimento do bebê;
Reduz o estresse e a dor;
Estimula o aleitamento materno;
Melhora a comunicação da família com a equipe de saúde.
31. ALOJAMENTO CONJUNTO
O alojamento conjunto é um
local dentro da maternidade
onde o binômio mãe-bebê
permanecem juntos por 24h até a
alta hospitalar. O Alojamento
Conjunto é obrigatório em todos
os hospitais públicos e
conveniados.
32. VANTAGENS DO ALOJAMENTO CONJUNTO:
Humanização do atendimento do binômio mãe-filho e sua
família;
Convivência contínua entre mãe e bebê, o que facilita o
conhecimento mútuo e a satisfação imediata das
necessidades físicas e emocionais do RN;
Maior envolvimento dos pais e/ou de outras pessoas
significativas no futuro cuidado com a criança;
Promoção do aleitamento materno. Vários estudos demonstram
o efeito benéfico do alojamento conjunto na prática da
amamentação;
33. VANTAGENS DO ALOJAMENTO CONJUNTO:
Troca de experiências com outras mães quando compartilham
o mesmo quarto, em especial com mães mais experientes que
também estão cuidando dos seus filhos;
Oportunidade para as mães, em especial as primigestas,
aprenderem noções básicas dos cuidados com os RNs. Isso
aumenta sua autoconfiança;
Maior interação entre a mãe e sua família e os
profissionais de saúde responsáveis pela atenção à
criança.
34. A ENFERMAGEM
O trabalho da enfermagem dentro
de uma UTIN é um desafio
constante, pois requer
vigilância, habilidade,
respeito e sensibilidade,
porque o paciente que vai ser
atendido não fala, é
extremamente vulnerável e
altamente dependente da equipe
que lhe está prestando
assistência.
35. O QUE A ENFERMAGEM FAZ?
Executa cuidados de higiene e alimentação ao RN de
risco;
Registra de modo eficiente os cuidados realizados, as
alterações e o estado do paciente desde o início até o
término do plantão;
Comunica alterações ao enfermeiro da unidade e ao colega
na passagem de plantão;
Administra e checa medicamentos e tratamentos
prescritos;
Preparo do paciente para procedimentos cirúrgicos e/ou
exames e acompanhá-los no transporte;
36. O QUE A ENFERMAGEM FAZ?
Preparo do corpo em caso de óbito;
Controla o estoque de materiais individuais do paciente
e solicita sua reposição em tempo propício;
Cumpre o regulamento do hospital, as rotinas e
regulamentos da unidade e o regimento do departamento de
enfermagem.
39. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação
Materno-Infantil. Manual de assistência ao recém-nascido. Brasília:
Ministério da Saúde, 1994.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação
Materno-Infantil. Atenção à Saúde do Recém-Nascido. Brasília: Ministério da
Saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Coordenação
Materno-Infantil. Importância do pré-natal. Brasília: Ministério da Saúde,
2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação
Materno-Infantil. Guia de orientação para o Método Canguru na Atenção
Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
40. 1) IDHTEC (2019). Prefeitura de Vertentes – PE. Técnico de
Enfermagem. É considerada recém-nascida a criança desde o
nascimento até completar:
A) 56 dias de vida
B) 28 dias de vida
C) 90 dias de vida
D) 120 dias de vida
E) 180 dias de vida
41. 2) AMEOSC (2021). Prefeitura de São José do Cedro – SC.
Técnico de Enfermagem. Considera-se um recém-nascido a termo,
toda criança nascida:
A) Antes de 37 semanas de gestação
B) Entre 42 e 47 semanas de gestação
C) Após 42 semanas de gestação
D) Entre 37 e 41 semanas e 6 dias
E) Nenhuma das alternativa
42. 3) FGV (2015). Prefeitura de Cuiabá – MT. Técnico de
Enfermagem. Após o parto, devem ser prestados alguns cuidados
ao recém-nascido, dentre os quais está a verificação das
medidas e do peso. Uma criança considerada com baixo peso ao
nascer é aquela que nasce com menos de
A) 2.500g
B) 2.600g
C) 2.650g
D) 2.700g
E) 3.000g