2. Após aprenderem a respeito de sondagem vesical, a professor
Antonio encaminhou suas alunas a acompanhá-la na passagem de
uma sonda nasogástrica, porém, para que as alunas acompanhem o
procedimento e aprendam, elas precisam relembrar passo a passo
deste procedimento.
Portanto, como deve ser realizada esta passagem?
Quais os materiais a serem usados e qual o procedimento correto?
3. As sondas são usadas em diversos contextos para
possibilitar a retirada de líquido de uma das cavidades
corporais e instilar líquido ou soluções de nutrientes.
4. Sondagem
➢Significa a colocação de uma sonda numa estrutura do corpo.
❑Nesse caso, o termo se refere especificamente à inserção de uma sonda no
estômago ou no intestino
→Sondagem orogástrica
→Sondagem gástrica
→Sondagem nasoenteral
❑Uma sonda pode se inserida através de uma ostomia
6. Sondagem Gástrica (SG)
➢Trata-se da introdução de uma sonda ou cateter através do nariz ou da boca até o estômago
➢Objetivos:
❑Gavagem – proporcionar alimentação
❑Administração de medicamentos orais que não podem ser engolidos pelo paciente
❑Drenagem de secreções e descompressão
❑Obtenção de uma amostra de secreções para testes diagnósticos
❑Lavagem – remoção de substâncias do estômago, normalmente venenosas
❑Descompressão – remoção de gases e conteúdo líquido do estômago ou do intestino
❑Controle de sangramento gástrico
7. ➢Traumatismos cranianos e de face - devido ao risco de existirem fraturas da base do
crânio.
❑Alternativamente pode ser realizada sondagem orogástrica em pacientes inconscientes, em
uso de tubo orotraqueal ou cânula de Guedel.
Sinal de guaxinim
Sinal de Batle
Indicativos de Fratura
de Base de Crânio
Contra indicações:
8. ➢Traumatismos cranianos e de face - devido ao risco de existirem fraturas da
base do crânio.
❑Alternativamente pode ser realizada sondagem orogástrica em pacientes
inconscientes, em uso de tubo orotraqueal ou cânula de Guedel.
➢Ingestão de substâncias ácidas ou cáusticas
Contra indicações:
10. ➢As sondas diferem em tamanho, fabricação e composição variam bastante de
acordo com o seu uso
➢O diâmetro externo da maior parte das sondas é medido usando-se a escala
francesa, indicada por um número da letra “F”
➢As sondas podem ser identificadas de acordo com o seus locais de inserção
ou conforme a localização de sua extremidade distal
Tipos de Sonda
11. Tipos de Sonda
➢Sonda de Levine – Possui uma luz única com abertura localizadas próximas à ponta;
➢Sonda de Dobbhoff ou Nutriflex – Sonda utilizada com frequência para alimentação enteral,
sendo que como característica possui uma ponta pesada e flexível;
➢Sonda de Sengstaken-Blakemore – é uma sonda utilizada especificamente para tratamento
de sangramentos de varizes esofageanas, possuindo três luzes com dois balões, sendo uma
luz para insuflar o balão gástrico, outro para o balo esofageano e a terceira para aspiração
gástrica
14. ➢Irritação das mucosas nasal, traqueal, esofágica e orofaríngea;
➢Refluxo gastroesofágico;
➢Deficiência do volume de líquido – diarreias e desidratação;
➢Infecção pulmonar e oral;
➢Estimulação do nervo vago;
➢Necrose de asa de nariz;
➢Distensão abdominal;
➢Desequilíbrio eletrolítico
➢Oclusão da sonda.
Complicações mais frequentes
16. ➢Trata-se da inserção de uma sonda na cavidade oral com objetivo de
descompressão do estômago ou para alimentação (hidratação, medicação).
➢A via oral é muito utilizada em pacientes com desvio do septo nasal e
algumas lesões.
➢Tem como objetivos os mesmos da sondagem gástrica, porém se escolhe
por via oral caso o paciente possua algum tipo de lesão, desvio ou trauma
que impeça a passagem por via nasal.
Sondagem Orogástrica (SG)
18. Material
1. sonda (normalmente nº 12, 14, 16 ou
18 para adulto e nº 04, 06, 08 ou 10
para crianças, dependendo da idade)
2. proteção de roupa para cama
3. esparadrapo hipoalergênico ou
fixadores próprios
4. Estetoscópio
5. luvas de procedimento
7. Lidocaína ou xilocaína gel 2%
8. copo de água com canudo (se
necessário)
9. abaixador de língua
10. seringa com ponta de adaptador
11. Aspirador
12.água
19. Procedimento
1. Explique o procedimento ao cliente.
2. Proporcione privacidade e lave as mãos.
3. Reúna todo o material e leve próximo ao paciente.
4. Coloque ou auxilie o cliente em posição Fowler alta, verifique somente se
há alguma contraindicação.
5. Fique em pé do lado direito de seu paciente.
6. Coloque a compressa ou travessa sobre o tórax do cliente, para proteger sua
roupa e lençóis de cama contra sujidades.
7. Auxilie o cliente a proporcionar a face para frente, com o pescoço na
posição neutra.
8. Segure a sonda junto ao canto da boca.
21. Procedimento
9. Marque essa distância no tubo com o esparadrapo – Medir a sonda
10. Lubrifique os primeiros 8 cm da sonda com um gel hidrossolúvel.
11. Peça para que o cliente baixe o queixo, realizando, assim, o fechamento da traqueia; e
peça para que ele abra a boca.
12. Coloque a ponta da sonda na parte posterior da língua do cliente.
13. Direcione a sonda para baixo.
14. Oriente o cliente a engolir aos poucos enquanto a sonda vai avançando.
15. Use o abaixador de língua para examinar a boca e a garganta do cliente.
16. Atente-se a sinais de angústia respiratória. Se o paciente apresentar tosse, pare de
introduzir a sonda ou tracione um pouco até que normalize a respiração.
22. Procedimento
17. Interrompa o avanço da sonda quando a marca do esparadrapo demarcada chegar à
boca do cliente.
18. Acople uma seringa com ponta adaptadora à sonda e aspire o conteúdo gástrico.
19. Empurre a sonda por 2,5 a 5 cm e, em seguida, injete 15 ml de ar na sonda e realize a
ausculta na região hipogástrica.
20. Retire as luvas.
21. Prenda firmemente a sonda à bochecha do cliente.
22. Enrole outro pedaço de esparadrapo em torno da ponta da sonda e deixe uma aba para
reduzir o desconforto causado pelo peso da sonda, em seguida, prenda a aba de
esparadrapo à roupa do cliente.
24. Sondagem Nasogástrica
➢Trata-se da inserção de uma sonda para descompressão do estômago e alimentação
(hidratação, medicação).
➢Possui como objetivos:
✓Preparar para cirurgia ou até mesmo prevenir vômito depois de uma cirurgia importante.
✓Aliviar o desconforto da distensão gástrica.
✓Avaliar e tratar sangramento do trato gastrointestinal.
✓Coletar o conteúdo gástrico para análise.
✓Realizar lavagem gástrica.
✓Aspirar secreções gástricas.
✓Administrar medicamentos e nutrientes
25. Sondagem Nasogástrica
➢Complicações:
❑Pode haver a inserção inadvertida na árvore traqueobrônquica e
pneumotórax.
❑As sondas de Levine são rígidas, desconfortáveis, podem provocar
irritação e inflamação da mucosa da nasofaringe e esôfago, além de lesões
nasais.
26. Sondagem Nasogástrica
➢Complicações:
❑Pode haver a inserção inadvertida na árvore traqueobrônquica e
pneumotórax.
❑As sondas de Levine são rígidas, desconfortáveis, podem provocar
irritação e inflamação da mucosa da nasofaringe e esôfago, além de
lesões nasais.
27. Material
1. Toalha de rosto
2. copo com água
3. saco plástico para lixo
4. luvas de procedimento
5. pacote de gazes
6. Estetoscópio
7. xilocaína gel
8. seringa com adaptador (20 ml)
9. micropore ou esparadrapo
10.Tesoura
11. sonda gástrica (levine)
12. coletor de drenagem
28. Procedimento
1. Lavar as mãos e reunir o material.
2. Explicar o procedimento ao paciente.
3. Elevar a cabeceira da cama, deixando o paciente com a cabeça
elevada inclinada para frente ou em decúbito dorsal horizontal
com a cabeça lateralizada e inclinada para frente.
4. Proteger o tórax com toalha de rosto.
5. Calçar luvas.
6. Medir a sonda
7. Lubrificar a sonda utilizando gaze e xilocaína gel.
8. Introduzir a sonda lentamente, através de uma das narinas
29. Procedimento
9. Observar sinais de cianose, dispneia, tosse, principalmente se o paciente
estiver inconsciente.
10.Realizar os testes para verificar o posicionamento correto da sonda.
11.Realizar a fixação da sonda no nariz com esparadrapo ou micropore.
30.
31. Procedimento
9. Observar sinais de cianose, dispneia, tosse, principalmente se o paciente estiver
inconsciente.
10. Realizar os testes para verificar o posicionamento correto da sonda.
11. Realizar a fixação da sonda no nariz com esparadrapo ou micropore.
12. Fechá-la ou conectá-la a um coletor, conforme prescrição médica.
13. Deixar o paciente confortável.
14. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
15. Tirar as luvas e lavar as mãos.
32. Procedimento
16.Anotar o cuidado prestado.
17.Registrar: tamanho da sonda, data, horário, via de inserção, tipo e
quantidade da aspiração.
18.Descrever drenagem: quantidade, cor, característica, consistência e odor,
como também a tolerância do paciente ao procedimento.
34. Sondagem Enteral
➢É a introdução através da narina ou da boca, oro e nasoenteral
respectivamente, de uma sonda de poliuretano, radiopaca com ponta
protegida.
35. Sondagem Enteral
➢É a introdução através da narina ou da boca, oro e nasoenteral
respectivamente, de uma sonda de poliuretano, radiopaca com ponta
protegida.
➢Ela pode ser posicionada no estômago ou no duodeno.
➢Possui como finalidade melhorar o aporte nutricional de pacientes debilitados
através de dietas especiais.
➢É indicada aos pacientes com trato gastrintestinal funcionante, que não
podem ingerir por via oral.
36. Sondagem Enteral
➢As indicações clínicas são:
❑Aumento das necessidades metabólicas (trauma, queimaduras,
câncer).
❑Coma.
❑Cirurgia de cabeça e pescoço.
❑Má absorção gástrica.
❑Anorexia grave.
❑Aspiração recorrente.
37. VANTAGENS
1. Melhor custo benefício que alimentação parenteral
2. Menos riscos de infecção,
3. Mantém o trato funcionante, é cada vez mais utilizada pela
variedade de fórmulas e de sondas.
38. MATERIAIS
1. O mesmo da SNG, com exceção do tipo de sonda: sonda enteral (DOBBHOFF) - fio
guia
2. Não necessita de coletor de drenagem, já que esta sonda é indicada para alimentação.
39. PROCEDIMENTO
1. O mesmo da SNG com exceção:
✓ Testar o fio guia quanto à presença de resistência à sua saída.
✓ Caso esteja com resistência, injetar água dentro da sonda sem retirar o fio guia, a fim
de facilitar a retirada do mesmo após a colocação da sonda.
✓ Medir a sonda do lóbulo da orelha até a asa do nariz, descer até apêndice xifoide e
acrescentar de 10 a 25 cm; marcar essa medida com fita adesiva ou asa do nariz -
lóbulo da orelha - apêndice xifoide - mais 10 a 25 cm.
✓ Usar xilocaína
42. Procedimento
1. Explicar o procedimento ao paciente;
2. Avaliar as funções intestinais pela ausculta da
peristalse e presença de flatos.
3. Lavar as mãos, calçar luvas de procedimento e
auxiliar o paciente a ficar em Fowler alto, proteger o
tórax com um campo.
4. Com uma seringa na extremidade do cateter,
provocar um fluxo na sonda de 10 ml de água;
5. Retire os adesivos que fixam a sonda, com auxílio
das gazes umedecidas em água;
6. Peça ao paciente para segurar a respiração;
7. Fechar a sonda com auxílio de gazes, retirar a
sonda de forma firme, mas delicada (quando
passar a orofaringe, puxá-la mais
rapidamente);
8. Quando possível, cubra e remova
imediatamente a sonda;
9. Desprezar a sonda e material de drenagem.
Medir e avaliar volume de líquido drenado;
10. Auxilie o paciente com cuidados orais
meticulosos (higiene oral e nasal
supervisionada) e limpe os resíduos de
adesivos do nariz;
11. Fazer relatório de enfermagem;
12. Informe a mudança de dieta ao paciente;
44. Cuidados de Enfermagem
➢Sondas colocadas por via oral em recém-nascidos
➢Verificar a tolerância da dieta e/ou medicamento a ser administrado pela sonda
➢Aspirar o conteúdo gástrico antes da administração da dieta e/ou medicamento para verificar a presença de
resíduos.
➢Observação:
De acordo com o protocolo, deve-se aspirar com uma seringa de 20 ml antes de administrar a dieta ou a
cada 4 horas, quando a administração da dieta é contínua. Se houver retorno acima de 200 ml, o ideal é
aguardar em média uma hora e repetir o procedimento antes de continuar a infusão. Caso o retorno seja
inferior a esta quantidade, deve-se retornar o que foi aspirado e dar continuidade à administração.
45. Cuidados de Enfermagem
➢Deve-se fazer a infusão de determinada quantidade de água na sonda após
administração da dieta e/ou medicamento a fim de evitar obstruções.
➢No caso de neonatos, estar sempre verificando se a sonda orogástrica está no
local correto, pois pode se deslocar ou ser retirada.
➢Realizar troca da sonda em caso de danos, identificando sempre com a data e
a hora e realizando sempre a lavagem das mãos
46. Cuidados de Enfermagem
➢Avaliação da drenagem da sonda
➢Avalição das funções gastrintestinais
➢Monitorização do equipamento
➢Verificar o posicionamento da sonda
➢Manter higiene oral
➢Oferecer protetor labial
➢Realizar a troca da fita adesiva que fixa a sonda, diariamente ou SN
➢Fazer os registros
47. Observação:
➢Atualmente, existe clara distinção entre as sondas utilizadas para infundir
nutrientes e aquelas utilizadas para drenagem de secreções digestivas
➢As sondas de polivinil devem ser usadas somente para drenagem gástrica e
por períodos menores que 30 dias
48. Observação:
➢O uso de sondas enterais com a finalidade de se administrar alimentos deve
ser feito sempre que houver contra indicação ou impossibilidade de se
utilizar a via oral fisiológica, porém em tubo digestivo com capacidade de
absorção, total ou parcialmente conservada
49. Voltando à questão!
Após aprenderem a respeito de sondagem vesical, a professora Carolina
encaminhou suas alunas a acompanhá-la na passagem de uma sonda
nasogástrica, porém, para que as alunas acompanhem o procedimento e
aprendam, elas precisam relembrar passo a passo este procedimento.
Portanto, como deve ser realizada esta passagem?
Quais os materiais a serem usados e qual o procedimento correto?
50. Situação problema
Após a resolução a respeito do procedimento correto e uso de materiais
adequados as alunas sentiram-se mais tranquilas e aliviadas, porém uma
delas se questionou e levou a dúvida para todo o grupo:
Como realizar de maneira segura a retirada da sonda que acabaram de
administrar no paciente?
Qual o procedimento correto a ser seguido?