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ATENÇÃO À
CRIANÇA
ASMA NA INFÂNCIA
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ASMA NA INFÂNCIA
A asma é uma doença heterogênea, geralmente
caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. Ela é
definida pela história de sintomas respiratórios, tais como
sibilos, dispneia, opressão torácica retroesternal e tosse, os
quais variam com o tempo e na intensidade, sendo esses
associados à limitação variável do fluxo aéreo.
Global Initiative for Asthma, 2019.
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ASMA NA INFÂNCIA
Objetivos dessa apresentação:
• Apresentar conceitos sobre o controle da asma em crianças;
• Apresentar ferramentas de monitoração da asma;
• Apresentar as atuais diretrizes e recomendações para o tratamento.
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ASMA NA INFÂNCIA
• O manejo farmacológico da asma mudou consideravelmente nas últimas décadas, a
partir do entendimento de que a asma é uma doença heterogênea e complexa.
• Esse conhecimento modificou as estratégias de manejo da doença, abrindo espaço para
o surgimento de novas drogas de controle. Apesar desses avanços, o nível de controle
da doença continua baixo, com morbidade elevada, independentemente do país
estudado.
Pizzichini et. al., 2020.
Introdução
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ASMA NA INFÂNCIA
Epidemiologia da Asma no Brasil
• A prevalência de sintomas de asma entre adolescentes no Brasil, de acordo com
estudos internacionais, foi de 20%, uma das mais elevadas do mundo. Pearce et. al., 2007.
• Em 2013, ocorreram 129.728 internações e 2.047 mortes por asma no Brasil. As
hospitalizações e a mortalidade estão diminuindo na maioria das regiões, em paralelo a
um maior acesso aos tratamentos. Cardoso et. al., 2017.
• Inquérito nacional apontou que apenas 12,3% dos asmáticos tem a doença bem
controlada. Cançado et. al., 2019.
Pizzichini et. al., 2020.
O custo da asma não controlada é muito elevado para o
sistema de saúde e para as famílias (Costa et. al., 2018).
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ASMA NA INFÂNCIA
Controle da Asma
O conceito de controle da asma compreende dois domínios distintos:
• Controle das limitações clínicas atuais: sintomas mínimos durante o dia e ausência de
sintomas à noite, necessidade reduzida de medicação de alívio dos sintomas, ausência de
limitação das atividades físicas;
• Redução de riscos futuros: exacerbações, perda acelerada da função pulmonar e efeitos
adversos do tratamento.
A Asma pode ser classificada em:
Pizzichini et. al., 2020.
Controlada
Parcialmente
controlada
Não
Controlada
A avaliação do controle, em
geral, é feita em relação às
últimas 4 semanas.
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ASMA NA INFÂNCIA
Fatores que Influenciam o Controle da Asma
Os fatores que influenciam a resposta ao tratamento da asma incluem:
• diagnóstico incorreto;
• falta de adesão ao tratamento;
• uso de drogas que podem diminuir a resposta ao tratamento (anti-inflamatórios não
esteroidais e β-bloqueadores);
• exposição domiciliar (ex: poeira ou fumaça);
• exposição ocupacional;
• tabagismo;
• outras comorbidades.
Global Initiative for Asthma, 2019.
Recomenda-se que, antes de qualquer
modificação no tratamento da asma em
pacientes com asma parcialmente ou
não controlada, esses fatores que
influenciam o controle da asma devam
ser verificados.
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ASMA NA INFÂNCIA
Ferramentas para a Monitoração da Asma
-> Questionário de Controle da Asma, da Global Initiative for Asthma (GINA)
-> Questionário de Controle da Asma
-> Teste de Controle da Asma.
A vantagem do uso dessas duas últimas ferramentas é sua avaliação numérica, que facilita
a compreensão do nível de controle da doença tanto pelo paciente quanto pelo
profissional.
Embora a espirometria não faça parte da avaliação de controle da GINA e do Teste de
Controle da Asma, quando disponível, a avaliação funcional deve ser feita a cada 3-6
meses para estimar o risco futuro de exacerbações e de perda acelerada da função
pulmonar.
Pizzichini et. al., 2020.
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ASMA NA INFÂNCIA
Definição de Controle da Asma por diferentes instrumentos
Fonte: Pizzichini et. al., 2020.
GINA: Global
Initiative for Asthma
ACQ-7: Asthma
Control
Questionnaire com 7
itens - escore 0-7
por item
ACT: Asthma Control
Test - escore 0-5 por
item.
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ASMA NA INFÂNCIA
O que motiva o início, a redução e a suspensão da medicação?
O profissional deve perguntar à criança e ao responsável, baseado nas 4 semanas anteriores:
• A criança está apresentando sintomas de asma com muita frequência?
• A asma está parcialmente/totalmente controlada?
• Houve redução dos sintomas, mas poderia estar melhor?
• Qual tem sido a frequência de uso das medicações de alívio? E de resgate?
• É importante avaliar os sintomas, tanto de dia quanto a noite e se a criança consegue
fazer atividades.
• A criança que precisa utilizar muita medicação sugere que o controle da asma não está
adequado.
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ASMA NA INFÂNCIA
Adesão ao Tratamento
• A adesão ao tratamento da asma permanece baixa.
• A principal causa de falta de controle da asma é a baixa adesão ao tratamento,
decorrente de:
• fatores voluntários: medos e mitos sobre o tratamento
• fatores involuntários: falta de acesso ao tratamento ou dificuldade no uso do
dispositivo.
• A dificuldade na detecção da não adesão é o principal limitador para a abordagem desse
problema. Um inquérito nacional revelou que apenas 32% dos asmáticos são aderentes
ao tratamento.
Pizzichini et. al., 2020.
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ASMA NA INFÂNCIA
Tratamento Preferencial da Asma
O tratamento da asma tem por objetivo atingir e manter o controle atual da doença e
prevenir riscos futuros (exacerbações, instabilidade da doença, perda acelerada da função
pulmonar e efeitos adversos do tratamento).
Isso implica uma abordagem personalizada, incluindo:
• Tratamento farmacológico
• Educação do paciente e da família
• Plano de ação por escrito
• Treinamento do uso do dispositivo inalatório
• Revisão da técnica inalatória a cada consulta.
Pizzichini et. al., 2020.
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ASMA NA INFÂNCIA
Tratamento Preferencial da Asma
Pizzichini et. al., 2020.
A base do tratamento medicamentoso da asma é constituída pelo uso de CI associado ou
não a um long-acting β2 agonist (LABA, β2-agonista de longa duração). Esses medicamentos
estão disponíveis para uso no Brasil em diversas dosagens e dispositivos inalatórios.
A escolha da droga, do dispositivo inalatório e da respectiva dosagem deve ser baseada:
• Avaliação do controle dos sintomas
• Características do paciente (fatores de risco, capacidade de usar o dispositivo de forma
correta e custo)
• Preferência do paciente pelo dispositivo inalatório
• Julgamento clínico
• Disponibilidade do medicamento.
Não existe uma droga, dose ou
dispositivo inalatório que se aplique
indistintamente a todos os asmáticos.
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ASMA NA INFÂNCIA
Como a Medicação é Feita?
• Em crianças recomenda-se uso da medicação em nebulizador ou espaçador.
• Ambos são eficazes desde que a técnica seja feita de forma correta
• Ao utilizar-se a via inalatória diminui-se os problemas de absorção sistêmica do
medicamento, podendo este ser oferecido em menor quantidade.
• Outras formas disponíveis:
• Inalador de pó seco (Aerolaser – em cápsula);
• Turbuhaler;
• Medicamento na forma de disco.
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ASMA NA INFÂNCIA
Estratégias de Tratamento
Avaliar
Ajustar o
tratamento
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resposta
• Sintomas
• Exacerbações
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fatores de risco
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adesão ao tratamento
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ASMA NA INFÂNCIA
Manejo da Asma
Fonte: Pizzichini et. al., 2020.
Crianças até 6 anos
Se a asma não estiver
controlada, ajusta-se a
medicação subindo as
etapas e, vice-versa, se a
asma estiver controlada.
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ASMA NA INFÂNCIA
Manejo da Asma
Fonte: Pizzichini et. al., 2020.
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ASMA NA INFÂNCIA
Manejo da Asma
Fonte: Pizzichini et. al., 2020.
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portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
ASMA NA INFÂNCIA
Antes de se considerar qualquer aumento ou redução da dose da medicação
de controle, é essencial observar que as estratégias de ajuste das doses
devem ser centradas na criança, incluindo:
• avaliação da estabilidade da asma - controle atual e ausência de
exacerbações graves no último ano;
• adesão ao tratamento;
• controle das comorbidades;
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• exposição ambiental;
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portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
ASMA NA INFÂNCIA
A educação em asma e o manejo criterioso da terapia
medicamentosa são intervenções fundamentais para o
controle da doença. A avaliação periódica do controle da
asma é um importante marcador dinâmico do nível da
doença e o principal parâmetro para o julgamento da
necessidade de ajuste no plano de tratamento do paciente.
Pizzichini et. al., 2020.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
ASMA NA INFÂNCIA
• Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2020; Global Strategy for Asthma Management and
Prevention. (https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-37132020000100400&script=sci_arttext&tlng=pt)
• Global Initiative for Asthma. Bethesda: Global Initiative for Asthma; c2019. Global Strategy for Asthma Management and Prevention (2019 update).
[Adobe Acrobat document, 201p.]. Available from: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2019/06/GINA-2019-main-report-June-2019-wms.pdf
• Pearce N, Aït-Khaled N, Beasley R, Mallol J, Keil U, Mitchell E, et al. Worldwide trends in the prevalence of asthma symptoms: phase III of the
International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC). Thorax. 2007;62(9):758-766. https://doi.org/10.1136/thx.2006.070169
• Cardoso TA, Roncada C, Silva ERD, Pinto LA, Jones MH, Stein RT, et al. The impact of asthma in Brazil: a longitudinal analysis of data from a Brazilian
national database system. J Bras Pneumol. 2017;43(3):163-168. https://doi.org/10.1590/s1806-37562016000000352
• Cançado JED, Penha M, Gupta S, Li VW, Julian GS, Moreira ES. Respira project: Humanistic and economic burden of asthma in Brazil. J Asthma.
2019;56(3):244-251. https://doi.org/10.1080/02770903.2018.1445267
• Costa E, Caetano R, Werneck GL, Bregman M, Araújo DV, Rufino R. Estimated cost of asthma in outpatient treatment: a real-world study. Rev Saude
Publica. 2018;52:27. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000153
• Leite M, Ponte EV, Petroni J, D'Oliveira Júnior A, Pizzichini E, Cruz AA. Evaluation of the asthma control questionnaire validated for use in Brazil. J Bras
Pneumol. 2008;34(10):756-763. https://doi.org/10.1590/S1806-37132008001000002
• Roxo JP, Ponte EV, Ramos DC, Pimentel L, D'Oliveira Júnior A, Cruz AA. Portuguese-language version of the Asthma Control Test [Article in Portuguese]. J
Bras Pneumol. 2010;36(2):159-166. https://doi.org/10.1590/S1806-37132010000200002
Referências
ATENÇÃO À
CRIANÇA
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Material de 18 de setembro de 2020
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
ASMA NA INFÂNCIA

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Asma na Infância

  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA A asma é uma doença heterogênea, geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. Ela é definida pela história de sintomas respiratórios, tais como sibilos, dispneia, opressão torácica retroesternal e tosse, os quais variam com o tempo e na intensidade, sendo esses associados à limitação variável do fluxo aéreo. Global Initiative for Asthma, 2019.
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Objetivos dessa apresentação: • Apresentar conceitos sobre o controle da asma em crianças; • Apresentar ferramentas de monitoração da asma; • Apresentar as atuais diretrizes e recomendações para o tratamento.
  • 4. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA • O manejo farmacológico da asma mudou consideravelmente nas últimas décadas, a partir do entendimento de que a asma é uma doença heterogênea e complexa. • Esse conhecimento modificou as estratégias de manejo da doença, abrindo espaço para o surgimento de novas drogas de controle. Apesar desses avanços, o nível de controle da doença continua baixo, com morbidade elevada, independentemente do país estudado. Pizzichini et. al., 2020. Introdução
  • 5. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Epidemiologia da Asma no Brasil • A prevalência de sintomas de asma entre adolescentes no Brasil, de acordo com estudos internacionais, foi de 20%, uma das mais elevadas do mundo. Pearce et. al., 2007. • Em 2013, ocorreram 129.728 internações e 2.047 mortes por asma no Brasil. As hospitalizações e a mortalidade estão diminuindo na maioria das regiões, em paralelo a um maior acesso aos tratamentos. Cardoso et. al., 2017. • Inquérito nacional apontou que apenas 12,3% dos asmáticos tem a doença bem controlada. Cançado et. al., 2019. Pizzichini et. al., 2020. O custo da asma não controlada é muito elevado para o sistema de saúde e para as famílias (Costa et. al., 2018).
  • 6. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Controle da Asma O conceito de controle da asma compreende dois domínios distintos: • Controle das limitações clínicas atuais: sintomas mínimos durante o dia e ausência de sintomas à noite, necessidade reduzida de medicação de alívio dos sintomas, ausência de limitação das atividades físicas; • Redução de riscos futuros: exacerbações, perda acelerada da função pulmonar e efeitos adversos do tratamento. A Asma pode ser classificada em: Pizzichini et. al., 2020. Controlada Parcialmente controlada Não Controlada A avaliação do controle, em geral, é feita em relação às últimas 4 semanas.
  • 7. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Fatores que Influenciam o Controle da Asma Os fatores que influenciam a resposta ao tratamento da asma incluem: • diagnóstico incorreto; • falta de adesão ao tratamento; • uso de drogas que podem diminuir a resposta ao tratamento (anti-inflamatórios não esteroidais e β-bloqueadores); • exposição domiciliar (ex: poeira ou fumaça); • exposição ocupacional; • tabagismo; • outras comorbidades. Global Initiative for Asthma, 2019. Recomenda-se que, antes de qualquer modificação no tratamento da asma em pacientes com asma parcialmente ou não controlada, esses fatores que influenciam o controle da asma devam ser verificados.
  • 8. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Ferramentas para a Monitoração da Asma -> Questionário de Controle da Asma, da Global Initiative for Asthma (GINA) -> Questionário de Controle da Asma -> Teste de Controle da Asma. A vantagem do uso dessas duas últimas ferramentas é sua avaliação numérica, que facilita a compreensão do nível de controle da doença tanto pelo paciente quanto pelo profissional. Embora a espirometria não faça parte da avaliação de controle da GINA e do Teste de Controle da Asma, quando disponível, a avaliação funcional deve ser feita a cada 3-6 meses para estimar o risco futuro de exacerbações e de perda acelerada da função pulmonar. Pizzichini et. al., 2020.
  • 9. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Definição de Controle da Asma por diferentes instrumentos Fonte: Pizzichini et. al., 2020. GINA: Global Initiative for Asthma ACQ-7: Asthma Control Questionnaire com 7 itens - escore 0-7 por item ACT: Asthma Control Test - escore 0-5 por item.
  • 10. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA O que motiva o início, a redução e a suspensão da medicação? O profissional deve perguntar à criança e ao responsável, baseado nas 4 semanas anteriores: • A criança está apresentando sintomas de asma com muita frequência? • A asma está parcialmente/totalmente controlada? • Houve redução dos sintomas, mas poderia estar melhor? • Qual tem sido a frequência de uso das medicações de alívio? E de resgate? • É importante avaliar os sintomas, tanto de dia quanto a noite e se a criança consegue fazer atividades. • A criança que precisa utilizar muita medicação sugere que o controle da asma não está adequado.
  • 11. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Adesão ao Tratamento • A adesão ao tratamento da asma permanece baixa. • A principal causa de falta de controle da asma é a baixa adesão ao tratamento, decorrente de: • fatores voluntários: medos e mitos sobre o tratamento • fatores involuntários: falta de acesso ao tratamento ou dificuldade no uso do dispositivo. • A dificuldade na detecção da não adesão é o principal limitador para a abordagem desse problema. Um inquérito nacional revelou que apenas 32% dos asmáticos são aderentes ao tratamento. Pizzichini et. al., 2020.
  • 12. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Tratamento Preferencial da Asma O tratamento da asma tem por objetivo atingir e manter o controle atual da doença e prevenir riscos futuros (exacerbações, instabilidade da doença, perda acelerada da função pulmonar e efeitos adversos do tratamento). Isso implica uma abordagem personalizada, incluindo: • Tratamento farmacológico • Educação do paciente e da família • Plano de ação por escrito • Treinamento do uso do dispositivo inalatório • Revisão da técnica inalatória a cada consulta. Pizzichini et. al., 2020.
  • 13. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Tratamento Preferencial da Asma Pizzichini et. al., 2020. A base do tratamento medicamentoso da asma é constituída pelo uso de CI associado ou não a um long-acting β2 agonist (LABA, β2-agonista de longa duração). Esses medicamentos estão disponíveis para uso no Brasil em diversas dosagens e dispositivos inalatórios. A escolha da droga, do dispositivo inalatório e da respectiva dosagem deve ser baseada: • Avaliação do controle dos sintomas • Características do paciente (fatores de risco, capacidade de usar o dispositivo de forma correta e custo) • Preferência do paciente pelo dispositivo inalatório • Julgamento clínico • Disponibilidade do medicamento. Não existe uma droga, dose ou dispositivo inalatório que se aplique indistintamente a todos os asmáticos.
  • 14. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Como a Medicação é Feita? • Em crianças recomenda-se uso da medicação em nebulizador ou espaçador. • Ambos são eficazes desde que a técnica seja feita de forma correta • Ao utilizar-se a via inalatória diminui-se os problemas de absorção sistêmica do medicamento, podendo este ser oferecido em menor quantidade. • Outras formas disponíveis: • Inalador de pó seco (Aerolaser – em cápsula); • Turbuhaler; • Medicamento na forma de disco.
  • 15. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Estratégias de Tratamento Avaliar Ajustar o tratamento Rever a resposta • Sintomas • Exacerbações • Efeitos colaterais • Satisfação dos pais • Diagnóstico • Controle dos sintomas e fatores de risco • Técnica de uso do inalador e adesão ao tratamento • Preferência dos pais • Medicamentos antiasmáticos • Estratégias não farmacológicas • Tratar os fatores de risco modificáveisAdaptado de: GINA, 2019.
  • 16. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Manejo da Asma Fonte: Pizzichini et. al., 2020. Crianças até 6 anos Se a asma não estiver controlada, ajusta-se a medicação subindo as etapas e, vice-versa, se a asma estiver controlada.
  • 17. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Manejo da Asma Fonte: Pizzichini et. al., 2020. Crianças entre 6 e 11 anos
  • 18. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Manejo da Asma Fonte: Pizzichini et. al., 2020. Crianças maiores de 12 anos
  • 19. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA Antes de se considerar qualquer aumento ou redução da dose da medicação de controle, é essencial observar que as estratégias de ajuste das doses devem ser centradas na criança, incluindo: • avaliação da estabilidade da asma - controle atual e ausência de exacerbações graves no último ano; • adesão ao tratamento; • controle das comorbidades; • risco de exacerbações; • exposição ambiental; • etapa do tratamento; • potenciais efeitos adversos da medicação.
  • 20. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA A educação em asma e o manejo criterioso da terapia medicamentosa são intervenções fundamentais para o controle da doença. A avaliação periódica do controle da asma é um importante marcador dinâmico do nível da doença e o principal parâmetro para o julgamento da necessidade de ajuste no plano de tratamento do paciente. Pizzichini et. al., 2020.
  • 21. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ASMA NA INFÂNCIA • Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2020; Global Strategy for Asthma Management and Prevention. (https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-37132020000100400&script=sci_arttext&tlng=pt) • Global Initiative for Asthma. Bethesda: Global Initiative for Asthma; c2019. Global Strategy for Asthma Management and Prevention (2019 update). [Adobe Acrobat document, 201p.]. Available from: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2019/06/GINA-2019-main-report-June-2019-wms.pdf • Pearce N, Aït-Khaled N, Beasley R, Mallol J, Keil U, Mitchell E, et al. Worldwide trends in the prevalence of asthma symptoms: phase III of the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC). Thorax. 2007;62(9):758-766. https://doi.org/10.1136/thx.2006.070169 • Cardoso TA, Roncada C, Silva ERD, Pinto LA, Jones MH, Stein RT, et al. The impact of asthma in Brazil: a longitudinal analysis of data from a Brazilian national database system. J Bras Pneumol. 2017;43(3):163-168. https://doi.org/10.1590/s1806-37562016000000352 • Cançado JED, Penha M, Gupta S, Li VW, Julian GS, Moreira ES. Respira project: Humanistic and economic burden of asthma in Brazil. J Asthma. 2019;56(3):244-251. https://doi.org/10.1080/02770903.2018.1445267 • Costa E, Caetano R, Werneck GL, Bregman M, Araújo DV, Rufino R. Estimated cost of asthma in outpatient treatment: a real-world study. Rev Saude Publica. 2018;52:27. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000153 • Leite M, Ponte EV, Petroni J, D'Oliveira Júnior A, Pizzichini E, Cruz AA. Evaluation of the asthma control questionnaire validated for use in Brazil. J Bras Pneumol. 2008;34(10):756-763. https://doi.org/10.1590/S1806-37132008001000002 • Roxo JP, Ponte EV, Ramos DC, Pimentel L, D'Oliveira Júnior A, Cruz AA. Portuguese-language version of the Asthma Control Test [Article in Portuguese]. J Bras Pneumol. 2010;36(2):159-166. https://doi.org/10.1590/S1806-37132010000200002 Referências
  • 22. ATENÇÃO À CRIANÇA portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 18 de setembro de 2020 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção à Criança Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal. ASMA NA INFÂNCIA