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ASMA
 Dra Raqueli Biscayno Viecili
Fisioterapeuta Respiratória
HUOL – Ebserh – Natal - RN
INTRODUÇÃO - ASMA
 É uma doença comum e potencialmente grave
 Inflamação crônica das vias aéreas inferiores
 Aumento da responsividade das vias aéreas a variados estímulos, com
consequente obstrução ao fluxo aéreo, de caráter recorrente e tipicamente
reversível (espontaneamente ou com uso de broncodilatadores)
 Episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse,
particularmente à noite ou no início da manhã.
EPIDEMIOLOGIA
 É uma das doenças crônicas mais comuns;
 300 milhões de pessoas afetadas pela doença;
 É uma das principais causas de absenteísmo na escola;
 Nos países desenvolvidos - 1 a 2% do orçamento total da saúde;
EPIDEMIOLOGIA – NO BRASIL
 Prevalência em torno de 10%;
 2008 - foi a 3ª causa de internação hospitalar pelo SUS, com cerca de 300 mil hospitalizações
ao ano (DATASUS);
 Nos últimos 10 anos - o número de internações por asma diminui de forma significativa, mas
ainda é uma das 5 causas mais frequentes de internação;
 200 mil internações/ano e custo de R$ 100 milhões/ano (2012 a 2014);
 A mortalidade por asma continua alta: com média de 2500 mortes/ano (2008 a 2012) - com
taxa crescente na região Norte e decrescente nas outras.
FISIOPATOLOGIA
 Hiperresponsividade do tecido brônquico
a fatores desencadeantes
 Espessamento de parede de vias aéreas
 Aumento de muco
 Broncoconstrição
 Limitação variável principalmente do fluxo
expiratório.
FISIOPATOLOGIA
 Células inflamatórias - eosinófilos, neutrófilos, mastócitos, linfócitos T,
macrófagos e as células dendríticas;
 Células estruturais - epiteliais, endoteliais e da musculatura lisa das vias aéreas,
fibroblastos e miofibroblastos;
 Mais de 100 mediadores diferentes são conhecidos por estarem envolvidos;
 Acredita-se que o fator genético também seja importante influenciador na
fisiopatologia da doença.
FATORES DESENCADEANTES
DIAGNÓSTICO
 Identificação de critérios clínicos e funcionais, obtidos pela anamnese, exame
físico e exames de função pulmonar (espirometria).
 Em crianças até os cinco anos - diagnóstico é eminentemente clínico, pela
dificuldade de realização de provas funcionais.
 Outros diagnósticos devem ser adequadamente excluídos.
ANAMNESE
 chiado no peito (sibilos)
 tosse
 dificuldade para respirar
 aperto no peito
ANAMNESE
 Maior probabilidade:
 mais de um tipo de sintoma característico;
 piorarem à noite ou ao despertar;
 variam de intensidade ao longo do tempo;
 associados à fatores desencadeadores.
EXAME FÍSICO
 Sibilos expiratórios (podem estar ausentes nas exacerbações – tórax
silencioso);
 Hiperexpansão pulmonar;
 Tiragem intercostal.
 O exame físico pode ser normal no período intercrises, o que não exclui o
diagnóstico de asma.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
 Intensidade da limitação ao fluxo aéreo, sua reversibilidade e variabilidade.
 Espirometria - útil para diagnóstico, avaliação da gravidade, monitorização e avaliação da
resposta ao tratamento.
Deve ser utilizada a partir dos 5 anos.
 Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) pós-broncodilatador - é o
melhor parâmetro espirométrico para avaliar mudanças em longo prazo na função pulmonar.
 Pico de fluxo expiratório (PFE) - avaliar a variabilidade da obstrução;
Auxilia a monitorização clínica e a detecção precoce de crises.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
 Os achados funcionais pulmonares compatíveis com asma são os seguintes:
 Espirometria (a partir dos 5 anos) demonstrando limitação ao fluxo aéreo de tipo
obstrutivo, variável:
- VEF1/capacidade vital forçada (CVF) menor que 80%;
- com reversibilidade (resposta significativa ao broncodilatador), definida por aumento do
VEF1 após inalação de beta-2 agonista de curta duração (400 mcg de salbutamol/fenoterol,
após 15 a 30 minutos).
*Em exacerbações ou na asma grave pode não haver reversibilidade. A espirometria pode ser
normal no período intercrises na asma leve.
 Teste de broncoprovocação positivo (acima de 5 anos).
MENORES QUE 5 ANOS
 Diagnóstico diferencial - fibrose cística, malformações de vias aéreas,
bronquiolite obliterante pós-infecciosa, aspiração de corpo estranho etc.
 Maior Risco para desenvolvimento de Asma:
- Crianças com sibilância frequente (ao menos quatro episódios no ano
anterior)
- e pelo menos um fator de risco maior (pais com asma ou criança com
dermatite atópica)
- ou dois menores (rinite alérgica, eosinofilia ou sibilância na ausência de
infecções virais).
MENORES QUE 5 ANOS
 Diagnóstico - anamnese e exame físicos detalhados, considerando a presença de fatores
de risco para a doença.
 A partir dos 5 anos - provas de função pulmonar esforço-dependentes, essencialmente
espirometria e pico de fluxo expiratório.
TRATAMENTO
 Objetivo - melhora da qualidade de vida
 Isso pode ser atingido na maior parte dos casos
 Medidas não farmacológicas (medidas educativas, controle de fatores
desencadeantes/agravantes)
 Farmacoterapia.
TRATAMENTO NÃO
MEDICAMENTOSO
 A educação do paciente é parte fundamental ;
 Deve integrar todas as fases do atendimento ambulatorial e hospitalar;
 Deve-se levar em conta aspectos culturais e abranger aspectos de
conhecimento da doença.
 Em todos os casos, recomenda-se:
- redução da exposição a fatores desencadeantes.
 A cada consulta, o paciente deve receber orientações de auto-cuidado,
plano escrito para exacerbações e ser agendado para reconsulta conforme
a gravidade apresentada.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
 Objetivo - alcançar e manter o controle clínico;
 Intervenção farmacológica planejada;
 É dividido em cinco etapas;
 Cada paciente deve ser alocado para uma dessas etapas de acordo com o
tratamento atual e o seu nível de controle.
OBJETIVOS TERAPÊUTICOS
Fisioterapia respiratória
Manter permeabilidade da VA Fortalecer MR
Estimular AVD
O Fisioterapeuta conta com recursos e técnicas que
devem ser indicados de acordo com a clínica e
necessidade do paciente.
TERAPIA DE HIGIENE BRÔNQUICA
o A terapia de higiene brônquica envolve o uso de técnicas
não invasivas de depuração das vias aéreas destinadas a
auxiliar na mobilização e remoção de secreções e melhorar
o intercâmbio gasoso. São elas:
•Drenagem Postural
•Tosse Dirigida
•Técnica da Expiração Forçada (TEF)
•Percussão e Vibração
•Ciclo Ativo da Respiração
•Válvula de Flutter
TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR
o Aumenta o gradiente de pressão transpulmonar, seja pela diminuição da pressão
pleural ou aumento da pressão alveolar.
Espirometria de incentivo
Terapia com Pressão Positiva: CPAP
TERAPIAS POSTURAIS
Encurtamento da
cadeia insp.
Grande
utilização dos
Músculos
acessórios
Padrão
diafragmático
deficiente
Deformidades
torácicas
oRPG
oRTA
TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO E
FÍSICO
TMI
TREINAMENTO
FÍSICO
THESHOLD
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
 Etapa 1: medicação de resgate para o alívio dos sintomas
 Sintomas ocasionais (tosse, sibilos ou dispneia ocorrendo duas vezes ou
menos por semana) de curta duração.
Entre os episódios - paciente assintomático, com função pulmonar normal
e sem despertar noturno.
 β2 -agonista de rápido início de ação (salbutamol, fenoterol ou
formoterol).
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
 Etapa 2: medicação de alívio mais um único medicamento de controle
 Corticoides inalatórios em doses baixas.
 Medicações alternativas incluem antileucotrienos para pacientes que não
conseguem utilizar a via inalatória ou para aqueles que têm efeitos
adversos intoleráveis com o uso de corticoide inalatório.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
 Etapa 3: medicação de alívio mais um ou dois medicamentos de
controle
 Corticóide inalatório em doses baixas com um β2 -agonista inalatório de
ação prolongada.
 Como alternativa, ao invés de associar um β2 -agonista, pode-se aumentar
a dose do corticoide inalatório.
 Outras opções são a adição de um antileucotrieno ao corticoide inalatório
em doses baixas ou a adição de teofilina, nesta ordem.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
 Etapa 4: medicação de alívio mais dois ou mais medicamentos de
controle
 Deve ser conduzido por um médico especialista.
 Combinação de corticoide inalatório em doses médias ou altas com um β2
-agonista de ação prolongada.
 Como alternativa, pode-se adicionar um antileucotrieno ou teofilina à
associação acima descrita.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
 Etapa 5: medicação de alívio mais medicação de controle adicional
 Adiciona-se corticoide oral às outras medicações de controle
 Empregado para pacientes com asma não controlada na etapa 4, que tenham
limitação de suas atividades diárias e frequentes exacerbações e que
tenham sido exaustivamente questionados sobre a adesão ao tratamento.
 A dose deve ser a menor possível.
 Adição de anti-IgE - pacientes atópicos.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
 OBSERVAÇÕES:
 Em pacientes que irão iniciar o tratamento, deve-se fazê-lo na etapa 2 ou, se o
paciente estiver muito sintomático, iniciar pela etapa 3.
 Independentemente da etapa de tratamento, medicação de resgate deve ser
prescrita para o alívio dos sintomas conforme a necessidade.
 Em crianças menores de cinco anos de idade, não é recomendado o uso de β2
-agonista de ação prolongada, porque os efeitos colaterais ainda não estão
adequadamente estudados nessa faixa etária.
MANTER O CONTROLE DA DOENÇA
 Tratamento - deve ser ajustado de acordo com o estado de controle.
 Se a asma não controlada - subir uma etapa.
 Quando isso ocorrer e se mantiver por pelo menos três meses – redução
dos medicamentos.
MANEJO DAS EXACERBAÇÕES
 São manifestações comuns na vida do asmático;
 Causa de grande morbidade;
 Manutenção do controle da asma - reduz o risco de exacerbações e de
óbito;
 Uma das maiores causas de atendimentos em serviços de emergência e de
hospitalizações;
 Ocorrem de forma gradual, com deterioração clínica progressiva em um
período de 5-7 dias;
 Causas mais comuns - infecções virais ou a exposição a alérgenos
ambientais.
*GRAVIDADE X NÍVEL DE CONTROLE
 Controle da asma - expressa a intensidade com que as manifestações da asma estão suprimidas pelo
tratamento.
É variável em dias ou semanas, sendo influenciado pela adesão ao tratamento ou pela exposição a fatores
desencadeantes.
 Gravidade - refere-se à quantidade de medicamento necessária para atingir o controle.
Reflete uma característica intrínseca da doença, definida pela intensidade do tratamento requerido e que é
alterada lentamente com o tempo. enquanto o controle.
 A classificação da gravidade da asma deve ser feita após a exclusão de causas importantes de descontrole,
tais como comorbidades não tratadas, uso incorreto do dispositivo inalatório e não adesão ao tratamento.
EVOLUÇÃO FATAL (OU QUASE) –
MENORES DE 5 ANOS
 Idade inferior a 12 meses
 Doses repetidas e não usuais de β2 -agonistas de curta ação nas primeiras
horas após a instalação das anormalidades clínicas
 Recidiva abrupta do quadro clínico apesar de tratamento adequado
 A asfixia é a principal causa de óbito na quase totalidade dos casos. A maior
parte dos pacientes que morrem apresenta doença crônica e mal controlada.
A mortalidade se associa ainda com tratamento precário (em especial, uso
inadequado de corticoide inalatório) e subestimação da gravidade da doença,
tanto por parte dos médicos quanto dos pacientes.
EVOLUÇÃO FATAL (OU QUASE) –
MAIORES DE 5 ANOS
 Exacerbação prévia grave com necessidade de internação em terapia intensiva, especialmente quando houver
necessidade de ventilação mecânica, constitui o fator de risco mais fortemente associado a crises fatais ou quase
fatais
 Três ou mais visitas à emergência ou duas ou mais hospitalizações por asma no último ano
 Uso frequente de corticoide sistêmico
 Uso de dois ou mais frascos de inalador pressurizado de β2 -agonista de curta ação por mês
 Problemas psicossociais, dentre os quais, depressão, baixo nível socioeconômico, dificuldade de acesso à assistência
e baixa adesão a tratamentos prévios
 Presença de comorbidades, especialmente de caráter cardiovascular ou psiquiátrica
 Asma lábil com variações acentuadas de função pulmonar, ou seja, mais que 30% do PFE ou VEF1
 Má percepção do grau de obstrução por parte do paciente
TRATAMENTO DAS EXACERBAÇÕES
 Baseado em: quadro clínico, avaliação objetiva da limitação ao fluxo
aéreo, por espirometria ou medição do PFE, e verificação da
oximetria.
 Oxigenoterapia:
 Nas crianças - meta SatO2 ≥ 94-95%.
 A escolha do sistema depende da disponibilidade de equipamentos
em um dado serviço, devendo ser baseada no grau de hipoxemia,
nos sinais clínicos de disfunção respiratória e na adaptação/conforto
do paciente.
TRATAMENTO DAS EXACERBAÇÕES
 Broncodilatadores de curta ação:
 Doses repetidas de β2 -agonistas por via inalatória, a cada 10-30 min
na primeira hora.
 Inalador pressurizado acoplado a espaçador, valvulado ou não
valvulado, ou nebulizadores.
 A água destilada não deve servir como veículo nas nebulizações.
 Pacientes pediátricos - dependendo da idade e gravidade, os
inaladores de pó podem ser ineficientes no tratamento das
exacerbações.
TRATAMENTO DAS EXACERBAÇÕES
 Corticoides:
 Corticoides sistêmicos - são essenciais e devem ser usados precocemente.
 Reduzem a inflamação, aceleram a recuperação, reduzem recidivas e
hospitalizações e diminuem o risco de asma fatal.
 Não existem evidências suficientes que suportem a utilização dos
corticoides inalatórios em substituição aos orais ou parenterais no
tratamento das exacerbações, tanto em adultos quanto em crianças.
 O uso de corticoides por via oral ou intravenosa tem efeito clínico
equivalente.
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA AO
TRATAMENTO
 Avaliação da resposta terapêutica - 30-60 min após o tratamento inicial, com
reclassificação da gravidade do paciente.
 SatO2 – melhor se correlaciona com a gravidade.
 Pacientes com boa resposta ao tratamento que não apresentam sinais de
gravidade, com SatO2 > 95% e que atingiram PFE ou VEF1 ≥ 70% do valor
previsto - podem ser liberados para o domicílio.
 Pacientes que permanecerem com critérios clínicos de maior gravidade (SpO2
< 94%, valores de PFE ou VEF1 ≤ 50% do previsto após tratamento rotineiro
pleno na emergência ou alguma complicação) - internação hospitalar.
AVALIAÇÃO DE RESPOSTA AO
TRATAMENTO
 Os critérios de internação devem ser menos rígidos para os pacientes com
problemas socioeconômicos, em especial aqueles sem condições de
tratamento domiciliar adequado ou com dificuldade de acesso a
tratamento hospitalar.
 Deterioração progressiva, manutenção dos critérios de exacerbação muito
grave, necessidade de ventilação mecânica ou a ocorrência de parada
cardiorrespiratória - transferência para uma UTI.
CONDUTA NA ALTA HOSPITALAR DOS
SERVIÇOS DE URGÊNCIA
 Pacientes em condições de alta da emergência devem ser orientados a:
• Iniciar ou manter medicação preventiva por via inalatória
• Usar corretamente os dispositivos inalatórios
• Usar prednisona ou prednisolona, salvo exacerbações muito leves.
 Elaboração de um plano de ação na alta - pode aumentar a adesão ao uso de corticosteroides inalatórios e
melhorar o controle da asma.
 Pacientes devem ser encaminhados para programas de educação em asma ou para consulta médica em até
7 dias após a alta do pronto-socorro.
 Exacerbação grave ou asma persistente grave - consulta com um especialista.
REFERÊNCIAS
 Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o
Manejo da Asma (2012)
 Global Initiative for Asthma (2014)
 Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – ASMA – Portaria SAS/MS n°
1317 (2013)
OBRIGADA!

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  • 1. ASMA  Dra Raqueli Biscayno Viecili Fisioterapeuta Respiratória HUOL – Ebserh – Natal - RN
  • 2. INTRODUÇÃO - ASMA  É uma doença comum e potencialmente grave  Inflamação crônica das vias aéreas inferiores  Aumento da responsividade das vias aéreas a variados estímulos, com consequente obstrução ao fluxo aéreo, de caráter recorrente e tipicamente reversível (espontaneamente ou com uso de broncodilatadores)  Episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã.
  • 3. EPIDEMIOLOGIA  É uma das doenças crônicas mais comuns;  300 milhões de pessoas afetadas pela doença;  É uma das principais causas de absenteísmo na escola;  Nos países desenvolvidos - 1 a 2% do orçamento total da saúde;
  • 4. EPIDEMIOLOGIA – NO BRASIL  Prevalência em torno de 10%;  2008 - foi a 3ª causa de internação hospitalar pelo SUS, com cerca de 300 mil hospitalizações ao ano (DATASUS);  Nos últimos 10 anos - o número de internações por asma diminui de forma significativa, mas ainda é uma das 5 causas mais frequentes de internação;  200 mil internações/ano e custo de R$ 100 milhões/ano (2012 a 2014);  A mortalidade por asma continua alta: com média de 2500 mortes/ano (2008 a 2012) - com taxa crescente na região Norte e decrescente nas outras.
  • 5. FISIOPATOLOGIA  Hiperresponsividade do tecido brônquico a fatores desencadeantes  Espessamento de parede de vias aéreas  Aumento de muco  Broncoconstrição  Limitação variável principalmente do fluxo expiratório.
  • 6. FISIOPATOLOGIA  Células inflamatórias - eosinófilos, neutrófilos, mastócitos, linfócitos T, macrófagos e as células dendríticas;  Células estruturais - epiteliais, endoteliais e da musculatura lisa das vias aéreas, fibroblastos e miofibroblastos;  Mais de 100 mediadores diferentes são conhecidos por estarem envolvidos;  Acredita-se que o fator genético também seja importante influenciador na fisiopatologia da doença.
  • 8. DIAGNÓSTICO  Identificação de critérios clínicos e funcionais, obtidos pela anamnese, exame físico e exames de função pulmonar (espirometria).  Em crianças até os cinco anos - diagnóstico é eminentemente clínico, pela dificuldade de realização de provas funcionais.  Outros diagnósticos devem ser adequadamente excluídos.
  • 9. ANAMNESE  chiado no peito (sibilos)  tosse  dificuldade para respirar  aperto no peito
  • 10. ANAMNESE  Maior probabilidade:  mais de um tipo de sintoma característico;  piorarem à noite ou ao despertar;  variam de intensidade ao longo do tempo;  associados à fatores desencadeadores.
  • 11. EXAME FÍSICO  Sibilos expiratórios (podem estar ausentes nas exacerbações – tórax silencioso);  Hiperexpansão pulmonar;  Tiragem intercostal.  O exame físico pode ser normal no período intercrises, o que não exclui o diagnóstico de asma.
  • 12. AVALIAÇÃO FUNCIONAL  Intensidade da limitação ao fluxo aéreo, sua reversibilidade e variabilidade.  Espirometria - útil para diagnóstico, avaliação da gravidade, monitorização e avaliação da resposta ao tratamento. Deve ser utilizada a partir dos 5 anos.  Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) pós-broncodilatador - é o melhor parâmetro espirométrico para avaliar mudanças em longo prazo na função pulmonar.  Pico de fluxo expiratório (PFE) - avaliar a variabilidade da obstrução; Auxilia a monitorização clínica e a detecção precoce de crises.
  • 13. AVALIAÇÃO FUNCIONAL  Os achados funcionais pulmonares compatíveis com asma são os seguintes:  Espirometria (a partir dos 5 anos) demonstrando limitação ao fluxo aéreo de tipo obstrutivo, variável: - VEF1/capacidade vital forçada (CVF) menor que 80%; - com reversibilidade (resposta significativa ao broncodilatador), definida por aumento do VEF1 após inalação de beta-2 agonista de curta duração (400 mcg de salbutamol/fenoterol, após 15 a 30 minutos). *Em exacerbações ou na asma grave pode não haver reversibilidade. A espirometria pode ser normal no período intercrises na asma leve.  Teste de broncoprovocação positivo (acima de 5 anos).
  • 14.
  • 15.
  • 16. MENORES QUE 5 ANOS  Diagnóstico diferencial - fibrose cística, malformações de vias aéreas, bronquiolite obliterante pós-infecciosa, aspiração de corpo estranho etc.  Maior Risco para desenvolvimento de Asma: - Crianças com sibilância frequente (ao menos quatro episódios no ano anterior) - e pelo menos um fator de risco maior (pais com asma ou criança com dermatite atópica) - ou dois menores (rinite alérgica, eosinofilia ou sibilância na ausência de infecções virais).
  • 17. MENORES QUE 5 ANOS  Diagnóstico - anamnese e exame físicos detalhados, considerando a presença de fatores de risco para a doença.  A partir dos 5 anos - provas de função pulmonar esforço-dependentes, essencialmente espirometria e pico de fluxo expiratório.
  • 18. TRATAMENTO  Objetivo - melhora da qualidade de vida  Isso pode ser atingido na maior parte dos casos  Medidas não farmacológicas (medidas educativas, controle de fatores desencadeantes/agravantes)  Farmacoterapia.
  • 19. TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO  A educação do paciente é parte fundamental ;  Deve integrar todas as fases do atendimento ambulatorial e hospitalar;  Deve-se levar em conta aspectos culturais e abranger aspectos de conhecimento da doença.  Em todos os casos, recomenda-se: - redução da exposição a fatores desencadeantes.  A cada consulta, o paciente deve receber orientações de auto-cuidado, plano escrito para exacerbações e ser agendado para reconsulta conforme a gravidade apresentada.
  • 20. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO  Objetivo - alcançar e manter o controle clínico;  Intervenção farmacológica planejada;  É dividido em cinco etapas;  Cada paciente deve ser alocado para uma dessas etapas de acordo com o tratamento atual e o seu nível de controle.
  • 21. OBJETIVOS TERAPÊUTICOS Fisioterapia respiratória Manter permeabilidade da VA Fortalecer MR Estimular AVD O Fisioterapeuta conta com recursos e técnicas que devem ser indicados de acordo com a clínica e necessidade do paciente.
  • 22. TERAPIA DE HIGIENE BRÔNQUICA o A terapia de higiene brônquica envolve o uso de técnicas não invasivas de depuração das vias aéreas destinadas a auxiliar na mobilização e remoção de secreções e melhorar o intercâmbio gasoso. São elas: •Drenagem Postural •Tosse Dirigida •Técnica da Expiração Forçada (TEF) •Percussão e Vibração •Ciclo Ativo da Respiração •Válvula de Flutter
  • 23. TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR o Aumenta o gradiente de pressão transpulmonar, seja pela diminuição da pressão pleural ou aumento da pressão alveolar. Espirometria de incentivo Terapia com Pressão Positiva: CPAP
  • 24. TERAPIAS POSTURAIS Encurtamento da cadeia insp. Grande utilização dos Músculos acessórios Padrão diafragmático deficiente Deformidades torácicas oRPG oRTA
  • 25. TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO E FÍSICO TMI TREINAMENTO FÍSICO THESHOLD
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 30. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO  Etapa 1: medicação de resgate para o alívio dos sintomas  Sintomas ocasionais (tosse, sibilos ou dispneia ocorrendo duas vezes ou menos por semana) de curta duração. Entre os episódios - paciente assintomático, com função pulmonar normal e sem despertar noturno.  β2 -agonista de rápido início de ação (salbutamol, fenoterol ou formoterol).
  • 31. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO  Etapa 2: medicação de alívio mais um único medicamento de controle  Corticoides inalatórios em doses baixas.  Medicações alternativas incluem antileucotrienos para pacientes que não conseguem utilizar a via inalatória ou para aqueles que têm efeitos adversos intoleráveis com o uso de corticoide inalatório.
  • 32. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO  Etapa 3: medicação de alívio mais um ou dois medicamentos de controle  Corticóide inalatório em doses baixas com um β2 -agonista inalatório de ação prolongada.  Como alternativa, ao invés de associar um β2 -agonista, pode-se aumentar a dose do corticoide inalatório.  Outras opções são a adição de um antileucotrieno ao corticoide inalatório em doses baixas ou a adição de teofilina, nesta ordem.
  • 33. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO  Etapa 4: medicação de alívio mais dois ou mais medicamentos de controle  Deve ser conduzido por um médico especialista.  Combinação de corticoide inalatório em doses médias ou altas com um β2 -agonista de ação prolongada.  Como alternativa, pode-se adicionar um antileucotrieno ou teofilina à associação acima descrita.
  • 34. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO  Etapa 5: medicação de alívio mais medicação de controle adicional  Adiciona-se corticoide oral às outras medicações de controle  Empregado para pacientes com asma não controlada na etapa 4, que tenham limitação de suas atividades diárias e frequentes exacerbações e que tenham sido exaustivamente questionados sobre a adesão ao tratamento.  A dose deve ser a menor possível.  Adição de anti-IgE - pacientes atópicos.
  • 35. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO  OBSERVAÇÕES:  Em pacientes que irão iniciar o tratamento, deve-se fazê-lo na etapa 2 ou, se o paciente estiver muito sintomático, iniciar pela etapa 3.  Independentemente da etapa de tratamento, medicação de resgate deve ser prescrita para o alívio dos sintomas conforme a necessidade.  Em crianças menores de cinco anos de idade, não é recomendado o uso de β2 -agonista de ação prolongada, porque os efeitos colaterais ainda não estão adequadamente estudados nessa faixa etária.
  • 36. MANTER O CONTROLE DA DOENÇA  Tratamento - deve ser ajustado de acordo com o estado de controle.  Se a asma não controlada - subir uma etapa.  Quando isso ocorrer e se mantiver por pelo menos três meses – redução dos medicamentos.
  • 37. MANEJO DAS EXACERBAÇÕES  São manifestações comuns na vida do asmático;  Causa de grande morbidade;  Manutenção do controle da asma - reduz o risco de exacerbações e de óbito;  Uma das maiores causas de atendimentos em serviços de emergência e de hospitalizações;  Ocorrem de forma gradual, com deterioração clínica progressiva em um período de 5-7 dias;  Causas mais comuns - infecções virais ou a exposição a alérgenos ambientais.
  • 38.
  • 39. *GRAVIDADE X NÍVEL DE CONTROLE  Controle da asma - expressa a intensidade com que as manifestações da asma estão suprimidas pelo tratamento. É variável em dias ou semanas, sendo influenciado pela adesão ao tratamento ou pela exposição a fatores desencadeantes.  Gravidade - refere-se à quantidade de medicamento necessária para atingir o controle. Reflete uma característica intrínseca da doença, definida pela intensidade do tratamento requerido e que é alterada lentamente com o tempo. enquanto o controle.  A classificação da gravidade da asma deve ser feita após a exclusão de causas importantes de descontrole, tais como comorbidades não tratadas, uso incorreto do dispositivo inalatório e não adesão ao tratamento.
  • 40. EVOLUÇÃO FATAL (OU QUASE) – MENORES DE 5 ANOS  Idade inferior a 12 meses  Doses repetidas e não usuais de β2 -agonistas de curta ação nas primeiras horas após a instalação das anormalidades clínicas  Recidiva abrupta do quadro clínico apesar de tratamento adequado  A asfixia é a principal causa de óbito na quase totalidade dos casos. A maior parte dos pacientes que morrem apresenta doença crônica e mal controlada. A mortalidade se associa ainda com tratamento precário (em especial, uso inadequado de corticoide inalatório) e subestimação da gravidade da doença, tanto por parte dos médicos quanto dos pacientes.
  • 41. EVOLUÇÃO FATAL (OU QUASE) – MAIORES DE 5 ANOS  Exacerbação prévia grave com necessidade de internação em terapia intensiva, especialmente quando houver necessidade de ventilação mecânica, constitui o fator de risco mais fortemente associado a crises fatais ou quase fatais  Três ou mais visitas à emergência ou duas ou mais hospitalizações por asma no último ano  Uso frequente de corticoide sistêmico  Uso de dois ou mais frascos de inalador pressurizado de β2 -agonista de curta ação por mês  Problemas psicossociais, dentre os quais, depressão, baixo nível socioeconômico, dificuldade de acesso à assistência e baixa adesão a tratamentos prévios  Presença de comorbidades, especialmente de caráter cardiovascular ou psiquiátrica  Asma lábil com variações acentuadas de função pulmonar, ou seja, mais que 30% do PFE ou VEF1  Má percepção do grau de obstrução por parte do paciente
  • 42. TRATAMENTO DAS EXACERBAÇÕES  Baseado em: quadro clínico, avaliação objetiva da limitação ao fluxo aéreo, por espirometria ou medição do PFE, e verificação da oximetria.  Oxigenoterapia:  Nas crianças - meta SatO2 ≥ 94-95%.  A escolha do sistema depende da disponibilidade de equipamentos em um dado serviço, devendo ser baseada no grau de hipoxemia, nos sinais clínicos de disfunção respiratória e na adaptação/conforto do paciente.
  • 43. TRATAMENTO DAS EXACERBAÇÕES  Broncodilatadores de curta ação:  Doses repetidas de β2 -agonistas por via inalatória, a cada 10-30 min na primeira hora.  Inalador pressurizado acoplado a espaçador, valvulado ou não valvulado, ou nebulizadores.  A água destilada não deve servir como veículo nas nebulizações.  Pacientes pediátricos - dependendo da idade e gravidade, os inaladores de pó podem ser ineficientes no tratamento das exacerbações.
  • 44. TRATAMENTO DAS EXACERBAÇÕES  Corticoides:  Corticoides sistêmicos - são essenciais e devem ser usados precocemente.  Reduzem a inflamação, aceleram a recuperação, reduzem recidivas e hospitalizações e diminuem o risco de asma fatal.  Não existem evidências suficientes que suportem a utilização dos corticoides inalatórios em substituição aos orais ou parenterais no tratamento das exacerbações, tanto em adultos quanto em crianças.  O uso de corticoides por via oral ou intravenosa tem efeito clínico equivalente.
  • 45.
  • 46. AVALIAÇÃO DA RESPOSTA AO TRATAMENTO  Avaliação da resposta terapêutica - 30-60 min após o tratamento inicial, com reclassificação da gravidade do paciente.  SatO2 – melhor se correlaciona com a gravidade.  Pacientes com boa resposta ao tratamento que não apresentam sinais de gravidade, com SatO2 > 95% e que atingiram PFE ou VEF1 ≥ 70% do valor previsto - podem ser liberados para o domicílio.  Pacientes que permanecerem com critérios clínicos de maior gravidade (SpO2 < 94%, valores de PFE ou VEF1 ≤ 50% do previsto após tratamento rotineiro pleno na emergência ou alguma complicação) - internação hospitalar.
  • 47. AVALIAÇÃO DE RESPOSTA AO TRATAMENTO  Os critérios de internação devem ser menos rígidos para os pacientes com problemas socioeconômicos, em especial aqueles sem condições de tratamento domiciliar adequado ou com dificuldade de acesso a tratamento hospitalar.  Deterioração progressiva, manutenção dos critérios de exacerbação muito grave, necessidade de ventilação mecânica ou a ocorrência de parada cardiorrespiratória - transferência para uma UTI.
  • 48. CONDUTA NA ALTA HOSPITALAR DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA  Pacientes em condições de alta da emergência devem ser orientados a: • Iniciar ou manter medicação preventiva por via inalatória • Usar corretamente os dispositivos inalatórios • Usar prednisona ou prednisolona, salvo exacerbações muito leves.  Elaboração de um plano de ação na alta - pode aumentar a adesão ao uso de corticosteroides inalatórios e melhorar o controle da asma.  Pacientes devem ser encaminhados para programas de educação em asma ou para consulta médica em até 7 dias após a alta do pronto-socorro.  Exacerbação grave ou asma persistente grave - consulta com um especialista.
  • 49. REFERÊNCIAS  Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma (2012)  Global Initiative for Asthma (2014)  Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – ASMA – Portaria SAS/MS n° 1317 (2013)