2. O que é PTI?
A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma doença hemorrágica caracterizada por um
defeito quantitativo de plaquetas no sangue de causa desconhecida (idiopática).
Contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm3
Produção na MO insuficiente devido alta destruição de plaquetas.
3. Etiologia
A Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) é uma doença sanguínea adquirida, caracterizada
pela trombocitopenia(diminuição/destruição do número das plaquetas no sangue),o organismo
começa a criar anticorpos para atacar as plaquetas e assim destruí-las.
Como a maioria dos casos parece estar relacionada ao aparecimento de anticorpos contra as
plaquetas, ela também é conhecida como púrpura trombocitopênica imunológica.
O que não se sabe é por que o nosso organismo passa a reconhecer as plaquetas como algo
estranho e passa a combatê-las.
4. Prevalência
Crianças: incidência 3-8 casos/ano em 100.000
Maioria de 2-5 anos de idade com predomínio masculina;
Adultos: incidência 1,6-2,7 casos/ano em 100.000 pessoas
Prevalência 9,5-23,6 casos em 100.000, maioria feminina;
Não há dados de incidência ou prevalência no Brasil.
A maioria das crianças (80 a 90%) apresenta a PTI aguda, enquanto a maioria dos adultos
apresenta PTI crônica.
Homens: com menos de 18 anos de idade e os idosos.
Mulheres: taxa de incidência é constante.
5. Sinais e sintomas
Em crianças e adolescentes os sangramento incluem:
Patequias;
Equimoses;
Sangramento das mucosas;
Sangramento intracraniano (casos raros);
Plaquetas abaixo de 20.000/mm³
6. Sinais e sintomas
Nos Adultos sangramento incluem:
Petequias;
Equimoses;
Epistaxe;
Gengivorragia e monorragia;
Gastrointestinal e geniturinário pouco freqüentes;
Sangramento craniano raro.
7. Diagnóstico
Anamnese e exame físico
Hemograma completo
Esfregaço sanguíneo (hematoscopia)
Tempo de coagulação
Exame de medula óssea
Exclusão de outras doenças
AIDS, neoplasias, leucemias, infecções virais
Inexiste exame laboratorial específico para o diagnóstico
PTI persistente: Plaquetopenia de 3-12 meses após o diagnóstico
PTI crônica: quando persistir por mais de 12 meses.
11. Prognóstico
A maioria dos pacientes apresenta evolução bastante favorável, com hospitalizações
infrequentes.
Os pacientes com plaquetopenia leve a moderada (acima de 30.000-50.000/mm³ ) e
assintomática tendem a ter um curso benigno da doença, sem necessidade de tratamento.
Estima-se que somente cerca de 20% desse grupo necessitará de algum tipo de tratamento nos
anos seguintes.
Tratamento medicamentoso deve ser reservado apenas para pacientes com trombocitopenia
grave (abaixo de 20.000 plaquetas/mm³ ) ou àqueles com sangramentos associados à
trombocitopenia (abaixo de 50.000/mm³ ).
Bom prognóstico, pois a doença corre um curso fundamentalmente benigno.
12. Recomendações
Manter uma lista detalhada sobre os sintomas e sobre quando os teve (muitos sintomas vêm e
vão, não são consistentes, ou acontecem com pouca frequência em doenças autoimunes);
Obter a opinião de mais de um médico;
Manter uma dieta e um estilo de vida saudável;
Comer principalmente frutas e legumes para o bom funcionamento do TGI;
Manter níveis saudáveis de vitamina B12, ácido fólico e vitamina D, que podem reforçar o
sistema imune em uma tentativa de evitar infecções graves - uma causa conhecida de plaquetas
baixas;
Reduzir o nível de estresse – (Exemplos de atividades: Yoga, Meditação e técnicas de
relaxamento)
Pacientes com quadro agudo deve-se recomendar restrição de atividades físicas, sobretudo as
de mais contato.
Evitar as toxinas ambientais;
13. Referências
BRAGA, Aparecida P. B. Púrpura Trombocitopênica Imunológica como Manifestação Inicial de
Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil. Revista Brasileira Reumatol, v. 43, n. 6, p. 392-6, nov./dez.,
2003.
COSTA, Andry F. et al. Púrpura Trombocitopênica Idiopática. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas, p. 481-494.Portaria SAS/MS nº 1.316, de 22 nov. 2013.
COHEN, Carolina; MOTA, Tatiana. O que você deve saber sobre: Trombocitopenia imune
primária. Abrale - Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia.
KRETTLI, William S. da C. et al. Púrpura trombocitopênica idiopática: etiopatogênese,
diagnóstico e tratamento em adultos. Revista Med. Minas Gerais 21 (4 Supl 6): S1-S143, 2011.