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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
  ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
    DISCIPLINA DE CLÍNICA CIRÚRGICA II




Ac. Ana Cláudia Cunha

Prof. Neivaldo Santos
COAGULAÇÃO,
ANTICOAGULAÇÃO E FIBRINÓLISE
INTRODUÇÃO


      INTEGRIDADE
        VASCULAR


                         REGULAÇÃO
                            DA
                        HOMEOSTASIA
              • Perda Excessiva
                de Sangue
              • Trombos
                Intravasculares
INTRODUÇÃO
• Componentes: Plaquetas, vasos, proteínas da
  coagulação do sangue, anticoagulantes naturais e o
  sistema de fibrinólise
                              Interações entre proteínas
• “Setores” da hemostasia:    Respostas celulares
                              Regulação de fluxo sanguíneo
COAGULAÇÃO
COAGULAÇÃO
• A formação do coágulo de fibrina envolve:
  1.  interações entre proteases plasmáticas e seus
     cofatores;
  2. gênese de trombina;
  3. Por fim, por proteólise, converte o fibrinogênio
     solúvel em fibrina insolúvel




                                                FRANCO, FR; 2001
“CASCATA” DA COAGULAÇÃO
Ativação proteolítica, seqüencial de
zimógenos, por proteases do plasma


    Formação de Trombina



        Fibrinogênio em Fibrina

                               MACFARLANE E DAVIE & RATNOFF; 1964
“CASCATA” DA COAGULAÇÃO

    Via                           Via
Intrínseca                    Extrínseca

             Via Final
             Comum
             (Fator X)
                    MACFARLANE E DAVIE & RATNOFF; 1964
NÃO OCORRE
                     IN VIVO!




Fig.1 Esquema da cascata da coagulação proposto na década de 1960
INCOERÊNCIAS
• Gravidade das Manifestações Hemorrágicas: VIA
  ÍNTRINSECA
 ▫ Hemofilia A (Fator VIII) e Hemofilia B (Fator IX)

• Porém:
 ▫ Deficiência de Fator IX: Quadro Hemorrágico Leve
 ▫ Deficiência de Fator XII: Sem quadro hemorrágico!
 ▫ Deficiência de Fator VII: Quadro similar a Hemofilia

                                                   FRANCO, FR; 2001
                                             FERREIRA, CN et al; 2010
Fig.1 Esquema da cascata da coagulação proposto na década de 1960
POR QUE OS HEMOFÍLICOS SANGRAM?
      Via                              Pronunciada
                        TTPa
  extrínseca                            tendência a
                     prolongado
  normal: TP                           sangramento


 • Por que a via extrínseca falha na compensação da
              disfunção da via intrínseca?

        PAPEL ATIVO DAS CÉLULAS NA
            CONDIÇÃO IN VIVO!
                                             HOFFMAN; 2003
MODELO DA CASCATA DE COAGULAÇÃO
BASEADO EM SUPERFÍCIES CELULARES

     FATOR TECIDUAL: Primordial

     • “Qualquer que seja o evento
       desencadeante, a iniciação da
       coagulação do sangue se faz
       mediante expressão do seu
       componente crítico, o FT e sua
       exposição ao espaço intravascular”

                                              FRANCO, FR; 2001
                                        FERREIRA, CN et al; 2010
Fig.2 Modelo de Coagulação proposto em FRANCO, R; 2001.
FASES DA COAGULAÇÃO
1.   Iniciação
2.   Amplificação
3.   Propagação
4.   Finalização




                      FERREIRA, CN et al; 2010
INICIAÇÃO
                                             Proteases Não
Nas células que
                                              Coagulante
expressam FT!
                                                     Va + Xa =
                                                    Complexo
                                                  Protrombinase




                     Ocorre o tempo todo! Porém o
                        que leva a coagulação?



                  Fig. 3 Fase de Iniciação
AMPLIFICAÇÃO
          DANO
        TECIDUAL
                     Tampão
                   Hemostático
                    Primário


Na superfície
das plaquetas
  ativadas
                     Tampão
     Ca 2+         Hemostático
                   Secundário



                   Fig. 4 Fase de Amplificação
PROPAGAÇÃO
 PROPAGAÇÃO




                                            MONROE & HOFFMAN, 2009
                                Vit. K



                               FATOR XIII
                               “Cola” da
                                Fibrina
   Fig. 5 Fase de Propagação
FINALIZAÇÃO
• Limitar a lesão  Oclusão trombótica!

• Anticoagulantes Naturais:
  1.   Inibidor da via do fator tecidual (TFPI)
  2.   Proteína C (PC)
  3.   Proteína S (PS)
  4.   Antitrombina (AT)
TFPI




       Fig. 6 Vias de Bloqueio do TFPI
Proteína C e Proteína S
                    TROMBINA: ↓ PROCOAGULANTE
                              ↑ ANTICOAGULANTE




Fig. 7 Sistema da proteína C ativada. EPCR: “endothelial PC receptor” (receptor
endotelial da PC)
Antitrombina




           Fig. 8 Vias de Bloqueio AT
RESUMINDO...
       Fluidez do   Patência
         Sangue     Vascular


            HEMOSTASIA
FIBRINÓLISE
SISTEMA FIBRINOLÍTICO
• Plaminogênio/ Plasmina

• Fibrinólise: Degradação da Fibrina pela Plasmina

• Ativadores fisiológicos do plasminogênio:
  ▫ Ativador do plasminogênio do tipo tecidual(t-pa,
    “tissue-type plasminogen activator”)
  ▫ Ativador do plasminogênio do tipo uroquinase (u-
    pa,“urokinase-type plasminogen activator”)
                                               FRANCO, FR; 2001
INIBIÇÃO DO SISTEMA FIBRINOLÍTICO
• A inibição do sistema fibrinolítico ocorre em nível
  dos ativadores do plasminogênio:

1. Inibidores específicos (PAIs, “plasminogen activator
   inhibitors”)  PAI-1
2. Sobre a plasmina  a2-antiplasmina
Plasminogênio e Plasmina




      Fig. 9 Sistema Fibrinolítico e Inibidores da Fibrinólise
TAFI: “THROMBIN-ACTIVATABLE
FIBRINOLYSIS INHIBITOR”




 Fig. 10. Esquema adaptado da referência 1. PLG: plasminogênio, Pn: plasmina, TM:
 trombomodulina, FGN: fibrinogênio,PDF: produtos de degradação de fibrina.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quadro 1. Resumo Da Atual Teoria Da Coagulação Baseada Em Superfícies Celulares
Onde está o
   FATOR XII?



 Ausência de XII:




                      FERREIRA, CN et al; 2010
 Não protege contra
 trombose!




Fig. 11 Resumo
Vale Mencionar:
• Exames laboratoriais na avaliação da hemostasia:
  ▫ TP/INR (Extrínseco)  Fase Inicial da Hemostasia
  ▫ TTPA (Íntrínseco)  Fase de Propagação

• A teoria da “Cascata” da Coagulação perdurou por
  mais de 50 anos, aquém dos novos recursos
  descobertos!
OBRIGADA!
   “Dans la
  médicine,
 comme en
 l’amour, ni
  jamais, ni
  toujours”
REFERÊNCIAS
• FRANCO, RF. Fisiologia da coagulação, anticoagulação
  e    fibrinólise.   Medicina     (Ribeirão    Preto),
  2001;34(3/4):229-37

• FERREIRA, CN et al. O novo modelo da cascata de
  coagulação baseado nas superfícies celulares e suas
  implicações. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32(5):
  416-421
• Figuras
REFERÊNCIAS
• HOFFMAN, M. A cell-base model of coagulation and the
  role of factor VIIa. Blood Rev. 2003;17(Suppl 1):S1-5

• HOFFMAN, M. Remodeling the blood coagulation
  cascade. J Thrombolysis. 2003;16(1/2):17-20

• MACFARLANE RG. An enzyme cascade in the blood
  clotting mechanism, and its function as a biological
  amplifier. Nature. 1964;202:498-9

• MALÝ ,M et al. The role of tissue factor in thrombosis and
  hemostasis. Physiol Res. 2007;56(6):685-95
REFERÊNCIAS DAS FIGURAS
• Figuras 1,2,6,7,8. Disponível em:
  <http://www.fmrp.usp.br/revista/2001/vol34n3e4/fi
  siologia_coagulacao.pdf>
• Figuras 3,4,5 e Quadro 1. Disponível em:
  <http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v32n5/aop101010.
  pdf>
• Demais: Banco de Imagens Picasa

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Coagulação, Anticoagulação e Fibrinólise

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DISCIPLINA DE CLÍNICA CIRÚRGICA II Ac. Ana Cláudia Cunha Prof. Neivaldo Santos
  • 3. INTRODUÇÃO INTEGRIDADE VASCULAR REGULAÇÃO DA HOMEOSTASIA • Perda Excessiva de Sangue • Trombos Intravasculares
  • 4. INTRODUÇÃO • Componentes: Plaquetas, vasos, proteínas da coagulação do sangue, anticoagulantes naturais e o sistema de fibrinólise Interações entre proteínas • “Setores” da hemostasia: Respostas celulares Regulação de fluxo sanguíneo
  • 6. COAGULAÇÃO • A formação do coágulo de fibrina envolve: 1. interações entre proteases plasmáticas e seus cofatores; 2. gênese de trombina; 3. Por fim, por proteólise, converte o fibrinogênio solúvel em fibrina insolúvel FRANCO, FR; 2001
  • 7. “CASCATA” DA COAGULAÇÃO Ativação proteolítica, seqüencial de zimógenos, por proteases do plasma Formação de Trombina Fibrinogênio em Fibrina MACFARLANE E DAVIE & RATNOFF; 1964
  • 8. “CASCATA” DA COAGULAÇÃO Via Via Intrínseca Extrínseca Via Final Comum (Fator X) MACFARLANE E DAVIE & RATNOFF; 1964
  • 9. NÃO OCORRE IN VIVO! Fig.1 Esquema da cascata da coagulação proposto na década de 1960
  • 10. INCOERÊNCIAS • Gravidade das Manifestações Hemorrágicas: VIA ÍNTRINSECA ▫ Hemofilia A (Fator VIII) e Hemofilia B (Fator IX) • Porém: ▫ Deficiência de Fator IX: Quadro Hemorrágico Leve ▫ Deficiência de Fator XII: Sem quadro hemorrágico! ▫ Deficiência de Fator VII: Quadro similar a Hemofilia FRANCO, FR; 2001 FERREIRA, CN et al; 2010
  • 11. Fig.1 Esquema da cascata da coagulação proposto na década de 1960
  • 12. POR QUE OS HEMOFÍLICOS SANGRAM? Via Pronunciada TTPa extrínseca tendência a prolongado normal: TP sangramento • Por que a via extrínseca falha na compensação da disfunção da via intrínseca? PAPEL ATIVO DAS CÉLULAS NA CONDIÇÃO IN VIVO! HOFFMAN; 2003
  • 13. MODELO DA CASCATA DE COAGULAÇÃO BASEADO EM SUPERFÍCIES CELULARES FATOR TECIDUAL: Primordial • “Qualquer que seja o evento desencadeante, a iniciação da coagulação do sangue se faz mediante expressão do seu componente crítico, o FT e sua exposição ao espaço intravascular” FRANCO, FR; 2001 FERREIRA, CN et al; 2010
  • 14. Fig.2 Modelo de Coagulação proposto em FRANCO, R; 2001.
  • 15. FASES DA COAGULAÇÃO 1. Iniciação 2. Amplificação 3. Propagação 4. Finalização FERREIRA, CN et al; 2010
  • 16. INICIAÇÃO Proteases Não Nas células que Coagulante expressam FT! Va + Xa = Complexo Protrombinase Ocorre o tempo todo! Porém o que leva a coagulação? Fig. 3 Fase de Iniciação
  • 17. AMPLIFICAÇÃO DANO TECIDUAL Tampão Hemostático Primário Na superfície das plaquetas ativadas Tampão Ca 2+ Hemostático Secundário Fig. 4 Fase de Amplificação
  • 18. PROPAGAÇÃO PROPAGAÇÃO MONROE & HOFFMAN, 2009 Vit. K FATOR XIII “Cola” da Fibrina Fig. 5 Fase de Propagação
  • 19. FINALIZAÇÃO • Limitar a lesão  Oclusão trombótica! • Anticoagulantes Naturais: 1. Inibidor da via do fator tecidual (TFPI) 2. Proteína C (PC) 3. Proteína S (PS) 4. Antitrombina (AT)
  • 20. TFPI Fig. 6 Vias de Bloqueio do TFPI
  • 21. Proteína C e Proteína S TROMBINA: ↓ PROCOAGULANTE ↑ ANTICOAGULANTE Fig. 7 Sistema da proteína C ativada. EPCR: “endothelial PC receptor” (receptor endotelial da PC)
  • 22. Antitrombina Fig. 8 Vias de Bloqueio AT
  • 23. RESUMINDO... Fluidez do Patência Sangue Vascular HEMOSTASIA
  • 25. SISTEMA FIBRINOLÍTICO • Plaminogênio/ Plasmina • Fibrinólise: Degradação da Fibrina pela Plasmina • Ativadores fisiológicos do plasminogênio: ▫ Ativador do plasminogênio do tipo tecidual(t-pa, “tissue-type plasminogen activator”) ▫ Ativador do plasminogênio do tipo uroquinase (u- pa,“urokinase-type plasminogen activator”) FRANCO, FR; 2001
  • 26. INIBIÇÃO DO SISTEMA FIBRINOLÍTICO • A inibição do sistema fibrinolítico ocorre em nível dos ativadores do plasminogênio: 1. Inibidores específicos (PAIs, “plasminogen activator inhibitors”)  PAI-1 2. Sobre a plasmina  a2-antiplasmina
  • 27. Plasminogênio e Plasmina Fig. 9 Sistema Fibrinolítico e Inibidores da Fibrinólise
  • 28. TAFI: “THROMBIN-ACTIVATABLE FIBRINOLYSIS INHIBITOR” Fig. 10. Esquema adaptado da referência 1. PLG: plasminogênio, Pn: plasmina, TM: trombomodulina, FGN: fibrinogênio,PDF: produtos de degradação de fibrina.
  • 29. CONSIDERAÇÕES FINAIS Quadro 1. Resumo Da Atual Teoria Da Coagulação Baseada Em Superfícies Celulares
  • 30. Onde está o FATOR XII? Ausência de XII: FERREIRA, CN et al; 2010 Não protege contra trombose! Fig. 11 Resumo
  • 31. Vale Mencionar: • Exames laboratoriais na avaliação da hemostasia: ▫ TP/INR (Extrínseco)  Fase Inicial da Hemostasia ▫ TTPA (Íntrínseco)  Fase de Propagação • A teoria da “Cascata” da Coagulação perdurou por mais de 50 anos, aquém dos novos recursos descobertos!
  • 32. OBRIGADA! “Dans la médicine, comme en l’amour, ni jamais, ni toujours”
  • 33. REFERÊNCIAS • FRANCO, RF. Fisiologia da coagulação, anticoagulação e fibrinólise. Medicina (Ribeirão Preto), 2001;34(3/4):229-37 • FERREIRA, CN et al. O novo modelo da cascata de coagulação baseado nas superfícies celulares e suas implicações. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32(5): 416-421 • Figuras
  • 34. REFERÊNCIAS • HOFFMAN, M. A cell-base model of coagulation and the role of factor VIIa. Blood Rev. 2003;17(Suppl 1):S1-5 • HOFFMAN, M. Remodeling the blood coagulation cascade. J Thrombolysis. 2003;16(1/2):17-20 • MACFARLANE RG. An enzyme cascade in the blood clotting mechanism, and its function as a biological amplifier. Nature. 1964;202:498-9 • MALÝ ,M et al. The role of tissue factor in thrombosis and hemostasis. Physiol Res. 2007;56(6):685-95
  • 35. REFERÊNCIAS DAS FIGURAS • Figuras 1,2,6,7,8. Disponível em: <http://www.fmrp.usp.br/revista/2001/vol34n3e4/fi siologia_coagulacao.pdf> • Figuras 3,4,5 e Quadro 1. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v32n5/aop101010. pdf> • Demais: Banco de Imagens Picasa