2. Patologias Humanas
As patologias podem ser causadas por diversos organismos, tais como vírus,
bactérias, protozoários, fungos, helmintos e até mesmo disfunções metabólicas
do nosso organismo.
PATOLOGIA
É a ciência que estuda as alterações biológicas anormais das células que causam as doenças.
3. Patologias Humanas
OBS: É função da patologia estudar como ocorre as doenças, mas não é sua
função trata-las!
A.C.
As doenças
eram
diagnostica
das pelo
desequilíbr
io do
fluido
vital.
Fluido Vital = Humores
Acredita-se que só ficava
doente quando a pessoa fez
algo de errado e os Deuses
castigavam com a Doença.
4. Patologias Humanas
Séc. XV – XVI
Séc. XVI – XVIII
Com o avanço da
fisiologia começa-se a
entender as alterações
anormais do corpo.
Estudo dos corpos
mortos
Enfatiza a análise dos
tecidos e alterações
morfológicas teciduais
causadas pelas
doenças.
Avanço da tecnologia
e Dissecação dos
corpos
5. Patologias Humanas
Séc. XIX
Rudolph Virchow
propõe a teoria de
que todas as
doenças tem
origem celular.
Patologia Geral Patologia Específica
Estuda as alterações
patológicas gerais
ocorrem nas células
Estuda as alterações
patológicas que
ocorrem em órgãos e
tecidos.
6. Patologias Humanas
Aspectos das Doenças:
1. Aspectos Gerais
2. Etiologia
3. Patogenia
4. Alterações Morfológicas
5. Significado Clínico
Órgão Normal Funções Fisiológicas
Funções Alteradas
O que causa a alteração? Quais alterações morfológicas?
Quais eventos ocorrem? Quais consequências disto?
Aspectos
da
doença
7. Patologias Humanas
Aspectos das Doenças:
1. Aspectos Gerais
2. Etiologia
3. Patogenia
4. Alterações Morfológicas
5. Significado Clínico
É o conceito que
verifica o motivo
pelo o qual
determinada
doença foi
causada.
Genética ou Intrínseca
Adquirida – Nutricional,
Infecciosa, etc...
Ex: Anemia Falciforme
Ex: Escorbuto – Deficiência de
vitamina C.
8. Patologias Humanas
Aspectos das Doenças:
1. Aspectos Gerais
2. Etiologia
3. Patogenia
4. Alterações Morfológicas
5. Significado Clínico
É a sequência de
eventos que ocorre em
resposta ao organismo
aos agentes etiológicos.
Ex.: Tuberculose
Início: Multiplicação dos
bacilos nos alvéolos.
1 a 2 semanas – ativação
do sistema imune.
Progressão: Lesão
tecidual. * Reparo; *Cura
9. Patologias Humanas
Aspectos das Doenças:
1. Aspectos Gerais
2. Etiologia
3. Patogenia
4. Alterações Morfológicas
5. Significado Clínico
Referem-se às
alterações estruturais
nas células e tecidos
que são característicos
da doença e que
levam ao diagnósticos.
Ex.: Necrose
tecidual
(tuberculose)
Identificação e
tratamento futuro
das doenças.
10. Patologias Humanas
Aspectos das Doenças:
1. Aspectos Gerais
2. Etiologia
3. Patogenia
4. Alterações Morfológicas
5. Significado Clínico
São as
características de
sinais e sintomas
apresentados pelo
indivíduo no
decorrer da doença.
Ex.: Tuberculose –
Tosse com
secreção; Febre ao
fim da tarde;
sudorese noturna;
perda de apetite,
etc...
OBS: Muitas doenças apresentam significado clínico
semelhante e outras apresentam significado clínico em
condições já avançadas da doença.
11. Patologias Humanas
As patologias podem surgir em todos os sistemas do indivíduo, sejam eles,
endócrino, muscular, esquelético, linfático, cardíaco, neurológico, reprodutor,
respiratório, digestório...
Muitas delas podem aparecer de forma crônica ou aguda.
Algumas patologias são curadas.
Outras precisam que o indivíduo fique em tratamento.
Outras ocasionam problemas graves como o câncer.
E muitas outras levam o indivíduo a óbito.
12. Patologias Humanas
Neoplasia (neo = novo + plasia = formação)
Designa alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado
destas células, ou seja, proliferação celular anormal, sem controle,
autônoma, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em
consequência de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a
diferenciação celular.
13. Patologias Humanas
Classificação
Benignas
• velocidade e crescimento:
lento
• forma de crescimento:
expansivo
• crescimento à distância
(metástase): ausente
Malignas
• velocidade e crescimento:
rápido
• forma de crescimento:
expansivo e infiltrado
• crescimento à distância
(metástase): presente
14. Patologias
A palavra doença vem do termo em latim dolentia que significa “sentir ou
causar dor, afligir-se, amargurar-se”. Várias são as definições para esse
termo, mas especialistas consideram as doenças como manifestações
patológicas que se apresentam em nosso organismo. Elas estão sempre
associadas a sintomas específicos, levando o indivíduo que as apresenta
a se privar de prazeres físicos, emocionais e mentais.
15. Patologias
A OMS classifica doença como a ausência de saúde e disponibiliza para a
sociedade a Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde, designada pela sigla CID. No CID
temos acesso à classificação das doenças e à grande variedade de sinais,
sintomas, aspectos normais, queixas, circunstâncias sociais e causas
externas para ferimentos e doenças.
16. Patologias
Segundo a OMS, são consideradas doenças:
Doenças infecciosas e parasitárias;
Neoplasmas (tumores);
Doenças do sangue e dos órgãos
hematopoiéticos e alguns transtornos
imunitários;
Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas;
Transtornos mentais e comportamentais;
Doenças do sistema nervoso;
Doenças dos olhos e anexos;
Doenças do ouvido e da apófise
mastoide;
Doenças do aparelho circulatório;
Doenças do aparelho respiratório;
Doenças do aparelho digestivo;
Doenças da pele e do tecido subcutâneo;
17. Patologias
Doenças do sistema osteomuscular e
do tecido conjuntivo;
Doenças do aparelho geniturinário;
Gravidez, parto e puerpério;
Algumas afecções originadas no
período perinatal;
Malformações congênitas,
deformidades e anomalias
cromossômicas;
Sintomas, sinais e achados anormais
de exames clínicos e de laboratório,
não classificados;
Lesões, envenenamentos e algumas
outras consequências de causas
externas;
Causas externas de mobilidade e de
mortalidade.
18. Hipertensão Arterial Sistêmica
É uma doença multifatorial; Sistêmica (afeta todo o corpo) e Crônica.
22% da população brasileira acima de vinte anos.
80% dos casos de acidente cérebro vascular.
60% dos casos de infarto agudo do miocárdio.
40% das aposentadorias precoces.
Custo de 475 milhões de reais gastos com 1,1 milhão de internações por ano.
19. Hipertensão Arterial Sistêmica
É um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua
prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média),
chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em
indivíduos com mais de 70 anos.
20. Hipertensão Arterial Sistêmica
COMO OCORRE?
BOMBEIA PARA
Esse bombeamento de Sangue se dá através de tubos chamados Artérias. O fato de ser
empurrado contra a parede dos vasos sanguíneos causa uma pressão a qual denominamos
de pressão arterial.
21. Hipertensão Arterial Sistêmica
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial
caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial – PA
(PA ≥140 x 90mmHg). Associa-se, frequentemente, às alterações
funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e
vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas, com aumento do risco de
eventos cardiovasculares fatais e não fatais
22. Hipertensão Arterial Sistêmica
Determinada pelo volume de sangue que sai do coração e pela
resistência que o sangue encontra para circular no corpo.
Pode ser modificada pela variação do volume do sangue ou
viscosidade, frequência cardíaca e elasticidade dos vasos.
Reguladas por estímulos hormonais e nervosos.
23. Fatores que Favorecem à
Hipertensão
História familiar
Idade
Raça
Alimentação
Obesidade
Diabetes
Alcoolismo
Sedentarismo
Tabagismo
Hipertensão Arterial Sistêmica
24. Sintomatologia
A hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa, pois na
maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no
paciente. Quando estes ocorrem, são vagos e comuns a outras
doenças, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjôos, falta
de ar e sangramentos nasais.
Hipertensão Arterial Sistêmica
25. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), a miocardiopatia e a
insuficiência cardíaca.
Acidente vascular cerebral (AVC).
Insuficiência renal.
Diminuição da visão e problemas na retina.
Consequências
26. VALE RESSALTAR QUE: Entre os gêneros a prevalência é maior nos homens (38%),
do que nas mulheres (32%).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de hipertensão é feito pela medida da pressão. A forma mais
comum é a medida casual, feita no consultório com aparelhos manuais ou
automáticos. A hipertensão também pode ser diagnosticada por aparelhos que
fazem aproximadamente 100 medidas de pressão durante 24 horas.
Hipertensão Arterial Sistêmica
27. Hipertensão Arterial Sistêmica
Prevenção e Controle
A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser
controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor
método para cada paciente, mas além dos medicamentos
disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida
saudável:
28. Hipertensão Arterial Sistêmica
Manter o peso adequado, se
necessário, mudando hábitos
alimentares;
Não abusar do sal.
Praticar atividade física regular;
Aproveitar momentos de lazer;
Abandonar o fumo;
Moderar o consumo de álcool;
Evitar alimentos gordurosos;
Controlar o diabetes;
E evitar o estresse.
29. Hipertensão Arterial Sistêmica
Tratamento Farmacológico
Agentes anti-hipertensivos
Os agentes anti-hipertensivos
exercem sua ação terapêutica
através de distintos mecanismos
que interferem na fisiopatologia
da hipertensão arterial. Divididos
em cinco classes:
Diuréticos
Inibidores adrenérgicos
Vasodilatadores diretos
Antagonistas do sistema renina-
angiotensina
Bloqueadores dos canais de
cálcio.
Diminui
a
pressão
Vasocon
stritor
Tratamento de
doenças
Cardiovasculares
30. Hipertensão Arterial Sistêmica
A principal relevância da identificação e
controle da HAS reside na redução das
suas complicações, tais como:
Doença cerebrovascular
Doença arterial coronariana
Insuficiência cardíaca
Doença renal crônica
Doença arterial periférica
Alteração dos níveis de colesterol total e
frações e triglicérides
Diabetes melitos
História familiar prematura de doença
cardiovascular homens: <55 anos e
mulheres <65 anos.
31. Hipertensão Arterial Sistêmica
Classificação da pressão arterial em adulto
INDICATIVO VALORES
Normal 120 x 80 mmHg
Pré-hipertensão 120 – 139 x 80 – 89 mmHg
Hipertensão
Estágio 1 140 – 159 x 90 – 99 mmHg
Estágio 2 > 160 x 100 mmHg
Estágio 3 > 180 x 110 mmHg
32. Hipertensão Arterial Sistêmica
COMO AFERIR?
1) Explicar o procedimento para o paciente.
2) Certificar-se que o paciente: não está de
bexiga cheia, não praticou exercícios físicos,
não ingeriu bebidas alcoólicas ou café e nem
fumou até 30 minutos antes.
3) Certificar-se que o esfigmomanômetro
registra corretamente o zero da escala, seja
no modelo aneroide ou no de coluna de
mercúrio.
4) Localizar a artéria braquial por palpação.
5) Liberar o braço de roupas que o
comprimam.
33. Hipertensão Arterial Sistêmica
6) Colocar o manguito firmemente cerca de 2 a 3 cm acima da fossa cubital,
centralizando a bolsa inflável sobre a artéria braquial.
7) Observar a largura do manguito e medir a circunferência do braço do
paciente, utilizando o manguito de largura apropriado ou aplicando os valores
da tabela, sempre registrando que tipo de correção foi feita.
Obs: A circunferência do braço deve ser medida na altura do 1/3 médio do
braço não dominante, em repouso, apoiado e semi-fletido, com o paciente
sentado.
34. Hipertensão Arterial Sistêmica
8) Manter o braço do paciente na altura do coração.
9) Método palpatório: palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu
desaparecimento, para estimar a pressão sistólica (PAS), desinsuflar
rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente.
10) Método auscultatório: Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente
sobre a artéria braquial, sem compressão excessiva.
11) Solicitar o paciente que não fale durante o procedimento.
35. Hipertensão Arterial Sistêmica
12) Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg até o nível estimado da pressão
sistólica pela palpação.
13) Desinflar com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo,
evitando congestão venosa e desconforto, e permitindo a leitura precisa da
pressão arterial.
14) Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro
som.
36. Hipertensão Arterial Sistêmica
15) Determinar a pressão diastólica (PAD) no momento do desaparecimento do
som. Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para
confirmar seu desaparecimento e depois desinflar completamente e rápido. Obs:
se os batimentos persistirem até zero, considere a PAD no abafamento do som.
16) Registrar os valores da PAS e PAD obtida na escala que varia de 2 em 2 mmHg,
EVITANDO arredondar para valores terminados em zero ou cinco.
17) Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.
37. Hipertensão Arterial Sistêmica
18) Na primeira avaliação as medições devem ser feitas em ambos os
membros superiores e em pelo menos duas posições (sentada e deitada).
19) Em cada consulta deverão ser realizadas no mínimo duas medidas no
mesmo braço, procurando obter diferenças inferiores a 5 mmHg. Em
pacientes com arritmias cardíacas, desinsuflar o manguito mais lentamente
ainda e obter-se pelo menos 3 medidas, calculando a média da consulta.
38. Hipertensão Arterial Sistêmica
MATERIAL:
Separe estetoscópio, esfigmomanômetro, caneta ou lápis,
papel para registro e algodão com antisséptico