3. CONSCIÊNCIA
Lucidez
Turvação - do torpor
ao coma
Coma - do vígil ao
carus
Estreitamento - ESCALA
Estados DE
crepusculares GLASGOW
Obnubilação -
estados oniróides e
delirium
4. ORIENTAÇÃO
ALOPSÍQUICA: tempo e espaço
apática, amnésica e delirante
AUTOPSÍQUICA
CONSCIÊNCIA DO EU:
» ATIVIDADE x influência
» UNIDADE x cisão
» IDENTIDADE x despersonalização
» OPOSIÇÃO x quebra de limites
6. SENSOPERCEPÇÃO
Sensação, Percepção e Representação.
A representação corresponde ao registro
mnêmico da percepção.
São qualidades da percepção real:
1.Nitidez
2. Corporeidade
3. Estabilidade
4.Extrojeção(está situada fora do sujeito)
5. Ininfluencibilidade voluntária
7. SENSOPERCEPÇÃO
Alterações:
1. Ilusões: com base em percepção real
2. Alucinações
lucidez de consciência
sem base em objeto real
percepção falsa, mas clara
sempre patológicas.
Exemplos: auditivas, visuais, gustativas, tácteis,
cenestésicas e cinestésicas.
8.
9. PENSAMENTO
– Comprometimento cognitivo: incapacidade para a
compreensão de analogias, metáforas, provérbios
e fábulas.
– Alterações:
Quantitativa - por perda ou empobrecimento nas
oligofrenias e demências; também nos ambientes
culturalmente empobrecidos.
Qualitativa - não se deve às perdas mas à cisão do
pensamento e à desconexão das idéias, como ocorre
nas esquizofrenias
10. ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO
Forma e curso(fluxo) do pensamento.
1. Taquipsiquismo
2. Fuga de Idéias
3. Bradipsiquismo
4. Inibição do Pensamento
5. Prolixidade
6.Perseveração
11. DELÍRIOS
Conteúdo falso
Clareza de consciência
Ininfluenciáveis
Não são secundários a
outros fatores (ex: idéia
deliroide de ruína na
depressão)
Sistematizados ou não
Cognições, percepções
ou representações
delirantes
12. OUTRAS ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO
Idéias Sobrevalentes - a afetividade
predomina sobre o raciocínio(catatimia)
Idéias Obsessivas - o paciente reconhece
como absurdas mas não consegue afastá-
las.
Pseudologia Fantástica - corresponde à
mitomania, ao pensamento constantemente
fantasioso. Ocorre em personalidades
imaturas, histriônicas, teatrais.
13.
14. AFETIVIDADE
SENTIMENTOS- mais profundos e mais complexos
e menos instintivos.
INCLINAÇÕES - são disposições ou tendências
latentes, duradouras.
PAIXÕES - estados emocionais extraordinariamente
intensos.
HUMOR OU ESTADO DE ÂNIMO - a disposição
afetiva básica, dependente de condições corporais e
psíquicas.
ESTADOS AFETIVOS COMPLEXOS - problemática
da angústia.
17. VONTADE
1. Desejo: etapa afetiva
2. Intenção (propósito): etapa afetivo-cognitivo
3. Deliberação (apreciação e opção):cognitivo-
afetiva
4. Execução: etapa psicomotora
Pragmatismo é a capacidade de exercer
plenamente o ato volitivo.
Apragmatismo, alterações dos impulsos
18. MEMÓRIA
Pode haver memória sem
inteligência, nunca
inteligência sem memória.
Hipermnésias
Hipomnésias
Amnésias
Anterógradas: depois do fato
causador
Retrógradas: antes do fato
Retroanterógradas
Seletivas / Fabulações
20. INTELIGÊNCIA
W. Stern: “Inteligência é a
capacidade de adaptar-se a
novas situações mediante o
emprego dos meios ideativos”.
Pode ser decomposta em diversas
funções mais ou menos
autônomas: lógico-matemática;
lingüística; espacial;
musical;também a capacidade
de domínio corporal-cinestésica.
Alterações: oligofrenias,
demências
Notas do Editor
O psiquismo é em geral dividido em funções diferenciadas, para fins didáticos e de estudo, mas na verdade funciona como um todo, e suas funções são interdependentes.
Para avaliar o nível de consciência, deve-se observar não apenas a aparência geral, mas também funções como a atenção e curso do pensamento.
Para verificar a orientação alopsíquica: perguntar se sabe o ano, o mês, a data (ou dia da semana), a hora do dia; perguntar se sabe onde se encontra (cidade, bairro, rua: perguntas com grau crescente de especificidade se houver algum grau de comprometimento) Para a orientação autopsíquica: perguntar pelo nome do paciente, e por sua idade, e outros dados que possam ser relevantes para o estabelecimento de uma identidade (ex: ocupação)
Verificar se o paciente se mantém atento à entrevista, se se deixa distrair facilmente, ou se não presta atenção. A tenacidade e a vigilância costumam ser inversamente proporcionais.
Sensação: processo fisiológico, corporal, de recepção de dados pelos órgãos dos sentidos. Percepção: a recepção dos dados pelo cérebro, havendo ainda a etapa da apercepção, que seria um dar-se conta da informação sensorial Representação: memória. Só pode existir depois que uma sensopercepção fica registrada no cérebro.
Perguntar visando estabelecer a clareza da percepção. Exemplo: em alucinações auditivas, as vozes são masculinas ou femininas? Nos casos, comuns, de neuróticos que dizem ouvir “vozes”, por exemplo, quando inquiridos sobre estas, dizem: “é como se ouvisse chamar... É como se ouvisse bater na porta...”. Nestes casos, predomina o “como se”, não há a certeza absoluta da alucinação verdadeira. Nos casos de alucinose orgânica, há uma percepção falsa, clara, mas há também a consciência de que é falsa. A causa é sempre uma lesão orgânica.
Verificar a compreensão de provérbios populares. Exemplo: água mole em pedra dura tanto bate até que fura, quando um não quer dois não brigam, etc. Na esquizofrenia as interpretações frequentemente são bizarras
Cognições delirantes: de repente, surge do nada a certeza delirante. Percepções: uma percepção aparentemente ao acaso deflagra o delírio. Exemplo: “vi uma mancha de vinho no chão, e me dei conta de que aquilo era o prenúncio de uma trama para a terceira guerra mundial”. Representações: o delírio se apoia em uma memória verdadeira, à qual é atribuído um outro significado.
Em geral, o que vai importar para um exame psíquico será a verificação do humor basal do paciente, pois em geral é este que se encontra alterado nas patologias psíquicas, à exceção da ansiedade, que está envolvida em grande parte dos distúrbios psiquiátricos.
As alterações quantitativas são os transtornos do afeto propriamente ditos (depressão e mania), apesar de poderem ocorrer em outros quadros, a exemplo de intoxicações por substâncias psicoativas (como a cocaína). As alterações qualitativas são mais comumente encontradas nos quadros orgânicos (como demências e epilepsias) e psicóticos (como as neotimias e ambitimias e paratimias). Verificar: apresentação geral, velocidade do discurso, mudanças bruscas do afeto, se este é ou não influenciável por fatores externos.
Lucian Freud Retrato de John Minton 1952 Minton era colega pintor que sofria de crises depressivas graves e cometeu suicidio 5 anos após a realização deste retrato.
Alterações dos impulsos: transtornos alimentares, da sexualidade, comportamentos patológicos como roubo, jogo ou compras patológicos. Diferem dos comportamentos compulsivos: o obsessivo luta contra a compulsão e não deriva prazer da mesma. Nas psicoses: as vozes imperativas e os delírios influenciam a vontade. O psicótico luta pelo seu delírio, ao contrário do obsessivo. A diferenciação das etapas pode ser muito importante por exemplo na avaliação do risco de suicidio. Ter ideias ou desejar estar morto não implica num risco tão grande como ter planos já elaborados.
Testes de memória: lembrar, por exemplo, de 7 números ou palavras (no mini-mental são três palavras), verificando quantas são repetidas, e se na ordem devida. Para memória de fatos passados: verificar se lembra corretamente de eventos de vida importantes.
Verificar: o paciente utiliza conceitos abstratos? Compreende perguntas com facilidade? Seu vocabulário é o esperado para seu nível de educação e faixa etária? Consegue realizar operações matemáticas? Quais, e com que grau de complexidade? (por exemplo, subtração é mais complexa que adição, e multiplicação e divisão são crescentemente complexas). Consegue executar só atividades da vida diária como banhar-se e alimentar-se? Sabe lidar com dinheiro, receber troco corretamente? Qual a escolaridade do paciente? Repetiu de ano? Quantas vezes? Porque?