O documento resume três aulas sobre psicoses, abordando tópicos como: 1) A estrutura como operação de defesa contra o real da carne; 2) A metáfora paterna e como o psicótico se relaciona com ela; 3) As diferenças entre esquizofrenia e paranóia.
3. Lacan e o Contexto das Psicoses
Psiquiatria e Medicina Forense
Surrealismo
A cidadela da Psicanálise
“Não é louco quem quer”
4. Terceiro Seminário (1955-1956)
“Longe de ser a loucura o fato contingente das
fragilidades de um organismo, ela é a virtualidade
permanente de uma falha aberta na sua essência.
Longe de ser para a liberdade ‘um insulto’, ela é
sua mais fiel companheira, ela segue seu
movimento como uma sombra. E o ser do
homem, não somente não pode ser compreendido
sem a loucura, mas também ele não seria o ser do
homem se não trouxesse nele a loucura, como
limite de sua liberdade”.
Jacques Lacan – A Causalidade Psíquica
5. Retomando a Ideia de Estrutura
Clínica psicanalítica <> descritiva ou fenomenológica (o
diagnóstico se estabelece na transferência)
Ausência de “fenômenos”
Estrutura como operação de defesa contra...
...o real da carne: obter um
estatuto simbólico e não se perder
como objeto de gozo do Outro
Estrutura como montagem
7. Estrutura e Defesa
Toda defesa implica um certo tipo de metáfora.
O que se metaforiza é o a demanda do Outro: o que
o Outro quer de mim?
O falo é o significante primordial de qualquer
operação.
8. Metáfora Paterna
“O Pai é uma metáfora” (Seminário 5)
O Psicótico e a Metáfora
O fora do discurso
O Significante Nome-do-Pai
9. Saída Psicótica
Foraclusão como não inscrição do significante da Lei;
Processo forclos: prescrito, direito não usado em
tempo
10. Relação entre Estruturas
ESTRUTURA FORMA DE LOCAL DE FENÔMENO
CLÍNICA NEGAÇÃO RETORNO ELEMENTAR
Neurose Recalque Simbólico Sintoma
Perversão Desmentido Imaginário Fetiche
Psicose Foraclusão Real Alucinação
* Quinet, A. (2005). As 4 + 1 Concições da Análise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. p19
14. D. Sebastião, Rei de Portugal
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?