O documento discute o problema filosófico do mal, apresentando os tipos de mal, as premissas do problema e respostas dos teístas. O problema do mal consiste em conciliar a existência de Deus com a existência de mal no mundo, já que Deus seria onipotente, onisciente e bom. Os teístas argumentam que o mal é resultado do livre-arbítrio ou necessário para o nosso aperfeiçoamento, mas há objeções a essas respostas.
1. O PROBLEMA DO MAL
Tipos de Mal O mal moral é o sofrimento e
a dor que os seres humanos
infligem uns aos outros
(guerras, assassínios,
violência gratuita,
discriminação, etc.).
O mal natural é o sofrimento que
é causado pela natureza –
catástrofes, como tsunamis e
terramotos, doenças, epidemias,
etc.
Dados do Problema do Mal 1. Existência de um Ser Perfeito (omnipotente, Omnisciente e
Sumamente Bom);
2. Existência de mal no mundo.
Formulação do Problema do Mal O problema do mal consiste em saber se é possível conciliar a
existência de Deus com a existência de mal no mundo.
O problema do mal consiste em que a existência do mal parece
inconciliável com a existência de um Deus que:
a) É o criador do universo e de tudo o que nele existe;
b) É absolutamente bom e só faz o que é bom;
c) É omnisciente e porisso sabiao queo universo porsi criado iria
ser;
d) É omnipotente e por isso pode fazer ou impedir que aconteça o
que bem entender.
Argumento do Mal é um argumento contra a existência de
Deus:
Se Deus é omnisciente, não pode ignorar a existência do mal.
Se é absolutamente bom, deve querer impedi-lo.
Se é omnipotente, pode impedi-lo.
Se Deus existisse, então não haveria mal. Mas o mal existe.
Logo, Deus não existe.
Respostas dos teístas ao
Problema do Mal
1.ARGUMENTO DO LIVRE-
ARBÍTRIO:
Deus poderia ter feito com
que os seres humanos
agissem como computadores,
programando-os para
escolherem só o bem.
Teríamos um mundo sem mal
e sem livre-arbítrio. Ora,
segundo os defensores desta
teoria, um mundo sem mal e
sem livre-arbítrio seria pior
do que o mundo em que
vivemos. Porquê? A nossa
liberdade é a fonte da nossa
dignidade e do nosso valor
superior em relação às outras
criaturas.
O mal é inevitável, e Deus não
quer nem causa o mal. Mas, de
modo a permitir que agentes
livres como nós existam, tem
2. O ARGUMENTO DA
SANTIDADE:
O mal é necessário porque é a
condição do nosso
aperfeiçoamento moral e
espiritual. O mal, o sofrimento, é
uma espécie de teste que
devemos superar para
aperfeiçoar o nosso caráter
moral, a nossa capacidade de
enfrentar as adversidades. O mal
dá-nos a oportunidade de crescer
como seres humanos. Sem o mal
não poderia existir santos e
heróis.
DE
US
Imut
ável
2. de permitir que existam os
maus resultados do uso dessa
liberdade.
Objeções às resposta ao Problema
do Mal
1º Objeção:
Livre-arbítrio sem mal:
Se Deus é omnipotente,
poderia ter criado um mundo
no qual existisse liberdade
sem que existisse mal. A
existência do livre arbítrio
implica sempre a
possibilidade de fazer o mal.
No entanto, não há razão para
que esta possibilidade se
torne efetiva, pois é
logicamente possível que
todos os indivíduos com livre
arbítrio tivessem decidido
evitar sempre escolher fazer o
mal.
2ªobjeção:
Não explica o mal natural.
Este argumento, na melhor
das hipóteses, “justifica” a
existência do mal moral.
Não há qualquer relação entre
a posse de livre arbítrio e a
existência de males naturais,
como cheias, terramotos,
doenças, etc.
3º Objeção:
Deus poderia intervir no
mundo.
Os teístas acreditam que Deus
pode intervir e que intervém
no mundo.
Então por que é que Deus não
interveio de forma a prevenir
o Holocausto?
1ª Objeção:
O grau e a dimensão do
sofrimento:
Para permitir a existência de
santos e de heróis (atos de bem
moral) não era necessário haver
tanto (grau) e tão grande
(dimensão) sofrimento, ou seja,
há muito mais mal do que o
necessário para esse efeito.
É evidente que a quantidade de
mal existente no mundo excede
em muito essemínimo necessário
para nos tornarmos melhores
pessoas.
2º objeção:
Não seria preferível um mundo
com menos santos e heróis. mas
no qual existisse menos mal?