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Esquemas-síntese de
«Reflexões do Poeta.
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dos portugueses» —
Canto VII, estâncias 78-87
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Após a chegada da frota de Vasco da Gama a Calecute, já no Oriente,
o Poeta invoca as ninfas de novo, pois a sua tarefa de louvor dos feitos
dos Portugueses não o impediu de sofrer infortúnios variados. Circunstâncias
semelhantes podem originar a falta de estímulo de novos escritores.
Origem da reflexão:
Paulo da Gama explica ao Catual de Calecute o significado das bandeiras
que estão nas embarcações, e isso leva o Poeta a proferir um longo lamento
sobre o seu sofrimento.
Reflexão:
Consiste num longo diálogo com as Ninfas (apóstrofes contínuas e formas
no imperativo).
Após a chegada da frota de Vasco da Gama a Calecute, já no Oriente,
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dos Portugueses não o impediu de sofrer infortúnios variados. Circunstâncias
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Consiste num longo diálogo com as Ninfas (apóstrofes contínuas e formas
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A presença do perigo
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Poeta
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Logo, o Poeta necessita da ajuda das Ninfas
para não louvar quem não merece
A ironia reforça o sentimento de amargura do Poeta
A ingratidão
• O Poeta louva os Portugueses no seu canto.
• Os Portugueses não o honram nem sentem gratidão pela sua tarefa.
• Os Portugueses são responsáveis pelo seu sofrimento
Estâncias
81, 82 e 83
Crítica aos Portugueses
Não existirão poetas ou escritores que queiram
produzir obras sobre os Portugueses
Consequências da atitude dos nobres portugueses
Os defeitos
Características dos portugueses indignos:
• Aqueles que apenas se centram no seu próprio interesse,
esquecendo o respeito ao seu rei e ao seu país (estância 84, vv. 2 e 3)
• Aqueles que são ambiciosos e desejam atingir cargos elevados
para se tornarem ditadores (estância 84, vv. 5-7)
• Aqueles que são corruptos, manipuladores e falsos
(estância 85, vv. 1-4)
• Aqueles que são dissimulados e usurpam o povo
dos seus meios de subsistência (estância 85, vv. 6-8)
• Aqueles que aplicam a lei conforme a classe social
dos destinatários (estância 86, vv. 1-4)
• Aqueles que não pagam ao povo trabalhador
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• Aqueles que não têm experiência e julgam os trabalhos
dos outros de forma injusta (estância 86, vv. 5-8)
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84, 85 e 86
Enumeração dos nobres que não merecem louvores
Estância 87
Aqueles que arriscam a vida por Deus, pelo Rei
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Ideal de sacrifício virtuoso
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Reflexões do Poeta sobre a ingratidão e defeitos dos portugueses

  • 1. Esquemas-síntese de «Reflexões do Poeta. A ingratidão e os defeitos dos portugueses» — Canto VII, estâncias 78-87 (pp. 204-206)
  • 2. Após a chegada da frota de Vasco da Gama a Calecute, já no Oriente, o Poeta invoca as ninfas de novo, pois a sua tarefa de louvor dos feitos dos Portugueses não o impediu de sofrer infortúnios variados. Circunstâncias semelhantes podem originar a falta de estímulo de novos escritores. Origem da reflexão: Paulo da Gama explica ao Catual de Calecute o significado das bandeiras que estão nas embarcações, e isso leva o Poeta a proferir um longo lamento sobre o seu sofrimento. Reflexão: Consiste num longo diálogo com as Ninfas (apóstrofes contínuas e formas no imperativo).
  • 3. Após a chegada da frota de Vasco da Gama a Calecute, já no Oriente, o Poeta invoca as ninfas de novo, pois a sua tarefa de louvor dos feitos dos Portugueses não o impediu de sofrer infortúnios variados. Circunstâncias semelhantes podem originar a falta de estímulo de novos escritores. Origem da reflexão: Paulo da Gama explica ao Catual de Calecute o significado das bandeiras que estão nas embarcações, e isso leva o Poeta a proferir um longo lamento sobre o seu sofrimento. Reflexão: Consiste num longo diálogo com as Ninfas (apóstrofes contínuas e formas no imperativo). Columbano Bordalo Pinheiro, Camões e as Tágides (1894).
  • 4. Escrita da epopeia = «caminho tão árduo, longo e vário!» Apóstrofe Tripla adjetivação Estância 78 Poeta = ser sofredor Autocaracterização: Eu = «cego», «insano e temerário» Metáfora Nova invocação das ninfas: ninfas do Tejo e do Mondego Escrita da epopeia = navegação «por alto mar, com vento tão contrário» A escrita do poema é um labor difícil e temerário Competência do poeta sem a ajuda das ninfas = «fraco batel»
  • 5. A presença do perigo é constante • no mar • na guerra • pobreza • naufrágios «Nũa mão sempre a espada e noutra a pena» (v. 8) Poeta como exemplo do seu próprio modelo de heroísmo Poeta como vítima da Fortuna Perigos de variada natureza Estâncias 79 e 80 Repetição do advérbio «Agora» Enumeração das contrariedades, dos obstáculos e dos perigos por que tem passado
  • 6. Logo, o Poeta necessita da ajuda das Ninfas para não louvar quem não merece A ironia reforça o sentimento de amargura do Poeta A ingratidão • O Poeta louva os Portugueses no seu canto. • Os Portugueses não o honram nem sentem gratidão pela sua tarefa. • Os Portugueses são responsáveis pelo seu sofrimento Estâncias 81, 82 e 83 Crítica aos Portugueses Não existirão poetas ou escritores que queiram produzir obras sobre os Portugueses Consequências da atitude dos nobres portugueses
  • 7. Os defeitos Características dos portugueses indignos: • Aqueles que apenas se centram no seu próprio interesse, esquecendo o respeito ao seu rei e ao seu país (estância 84, vv. 2 e 3) • Aqueles que são ambiciosos e desejam atingir cargos elevados para se tornarem ditadores (estância 84, vv. 5-7) • Aqueles que são corruptos, manipuladores e falsos (estância 85, vv. 1-4) • Aqueles que são dissimulados e usurpam o povo dos seus meios de subsistência (estância 85, vv. 6-8) • Aqueles que aplicam a lei conforme a classe social dos destinatários (estância 86, vv. 1-4) • Aqueles que não pagam ao povo trabalhador (estância 86, vv. 1-4) • Aqueles que não têm experiência e julgam os trabalhos dos outros de forma injusta (estância 86, vv. 5-8) Estâncias 84, 85 e 86 Enumeração dos nobres que não merecem louvores
  • 8. Estância 87 Aqueles que arriscam a vida por Deus, pelo Rei = Ideal de sacrifício virtuoso Identificação dos verdadeiros heróis