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CIÊNCIA EQUATORIAL ISSN 2179-9563
Artigo Original Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013
DESCARTE ADEQUADO DE PERFUROCORTANTES NUM HOSPITAL DE MACAPÁ-
BRASIL: UM IMPORTANTE FATOR DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Romulo Lima de Sousa1
; Rubens Alex de Oliveira Menezes,2,3,4
; Mauricio Jose Cordeiro Souza2,3
; Vencelau Jackson da
Costa Pantoja5
; Flávio Henrique Ferreira Barbosa6
; Maria de Fátima da C. Almeida7
RESUMO
O descarte inadequado de materiais perfurocortantes podem ser a causa de ocorrência de acidentes ocupacionais. O
gerenciamento adequado dos resíduos e a aplicação das normas de biossegurança podem contribuir para redução de
riscos e execução de trabalho com segurança, especialmente para aqueles que manipulam materiais perfurocortantes.
No Brasil, a escassez de dados sistematizados e de controle sobre acidentes ocupacionais envolvendo material biológico
e, mais especificamente material perfurocortante, impede o conhecimento da magnitude desse problema, dificultando,
assim, a implementação e a avaliação de medidas para prevenção de riscos. O objetivo deste estudo foi analisar o
descarte de material perfurocortante em alguns setores do Hospital das Clinicas Dr. Alberto Lima, Macapá-AP, Brasil.
Os dados foram coletados em vários setores do hospital, durante duas visitas e através da observação dos ambientes e
por entrevistas com os profissionais sobre os tipos de coletores. Os resultados mostraram as condições dos coletores
usados e foram identificados 48 recipientes, dos quais 38 eram recipientes improvisados, 32 apresentavam paredes
rígidas e aspecto resistente à punctura, 40 coletores estavam abaixo da capacidade máxima permitida, 38 coletores não
apresentavam sinalização de risco e 26 coletores não possuíam tampa. Isso enfatiza a falha de planejamento na
distribuição dos coletores nos diversos setores, sendo que o centro cirúrgico possuía 1/3 de todos os recipientes
encontrados, confirmando a deficiência na distribuição. Isso mostrou que as condições para descarte de material
perfurocortantes e seus coletores também podem ser melhoradas. Também, é importante realizar cursos, palestras para
viabilizar o trabalho com condições de segurança.
Palavras-chave: Biossegurança, Hospital, Risco biológico, Risco ocupacional, Resíduos.
PROPER DISPOSAL OF HOSPITAL IN SHARPS MACAPÁ-BRAZIL: AN IMPORTANT FACTOR
FOR PREVENTION OF ACCIDENTS
ABSTRACT
The inadequate discarding of the puncture–cutting objects can provoke occupational accidents. The adequate
management of the residues and use of biosafety proceedings can contribute significantly for the reduction of risk and
the work safe especially whose provoked by sharp instruments. In Brazil, the lack of data systematized and control of
the occupational accidents involving biological materials and, more specifically sharp instruments, block the major
knowledge of this problem, to turn into difficult the implementation and the evaluation and take measures to risk
prevention. The objective of this study was analyse the discarding of the puncture–cutting objects in some places of the
Hospital das Clinicas Dr. Alberto Lima, Macapá–AP, Brazil. The dates were collected in several places of the hospital,
during two visits. Also it was done through the observation of the enviroments, and to talk with its workers about
colletors type. The results had showed the collectors’ conditions and had identified 48 containers, of which 38 receiving
were improvised, 32 presented rigid walls and resistant aspect to the puncture, 40 collectors were below of the allowed
maximum capacity, 38 collectors did not present any identification or risk’s signalling and 26 collectors did not have
covers. This fact emphasize a lack of planning in the collectors’ distribution in the different sectors of the hospital,
where the surgical center presented the 1/3 of all found containers. It confirmed the deficiency of their distribution. This
showed that there are no adequate conditions for discarding of sharp instruments and there is no evidences of right
equipments, neither the use and the control of the sharp instruments colletors. Also, it is important make courses and
performed instructions to make possible the work safety.
Keywords: Biosafety, Hospital, Biohazard, Risk occupational, Waste.
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 70
 
INTRODUÇÃO
Com relação aos resíduos dos serviços
de saúde, só nos últimos anos iniciou-se uma
discussão mais consistente do problema.
Algumas prefeituras já implantaram sistemas
específicos para a coleta destes resíduos, sem,
entretanto, enfatizar o ponto mais delicado da
questão: a manipulação correta dos resíduos
dentro das unidades de saúde, de forma que se
possa fazer a separação de acordo com o real
potencial de contaminação, daqueles que
podem ser considerado resíduos comuns.
Dessa forma, entende-se que o manuseio de
tais resíduos deve ser efetuado com destreza e
segurança, objetivando, dentre outros
aspectos, a prevenção de acidentes e a
qualidade de vida dos funcionários envolvidos
nessa atividade (ARMOND; AMARAL,
2001).
A importância de se mensurar os
resíduos gerados reside na necessidade de
dimensionar o sistema de manejo que deve
estar preparado para funcionar com um
determinado volume de resíduos, fato que
viabiliza o gerenciamento dos mesmos
(ARMOND; AMARAL, 2001). Em tempos
anteriores o armazenamento dos resíduos dos
serviços de saúde eram acondicionados de
qualquer maneira, em geral em sacos
impermeáveis, mas também em outros
invólucros e o local de armazenamento
temporário era a céu aberto. O material
perfurocortante não sofria nenhum tipo de
separação; eram muito comuns acidentes,
principalmente com o pessoal do serviço de
limpeza. (DIAS, 2004).
Historicamente, os trabalhadores da
área da saúde não eram considerados como
categoria profissional de alto risco para
acidentes do trabalho. A preocupação com os
riscos biológicos surgiu somente a partir da
epidemia da AIDS (SÊCCO; LEROUX;
SANTOS, 2002). Os perfurocortantes,
agulhas, seringas e outros objetos capazes de
provocar cortes ou perfurações adquirem uma
enorme importância nesse contexto, exigindo
medidas cuidadosas para seu descarte (DIAS,
2004).
O lixo proveniente dos serviços de
saúde, por conta de sua composição, deve
receber cuidados especiais na separação, no
acondicionamento, na coleta, no tratamento e
no destino final. (FERRER et al., 2004). O
manejo inadequado dos resíduos de serviços
de saúde traz consequências negativas diretas
à saúde pública e ao meio ambiente. Com
relação à saúde pública, os riscos envolvem
diretamente quem manipula esse tipo de
resíduo, seja no estabelecimento gerador, seja
o pessoal ligado a assistência médica, seja o
pessoal ligado ao setor de limpeza ou até
mesmo o usuário do serviço (COFFY FILHO;
RAMPAZZO, 2003).
A consequência da exposição
ocupacional aos patógenos pelo sangue não
está somente relacionada à infecção, uma vez
que, a cada ano, milhares de trabalhadores de
saúde são afetados por trauma psicológico,
ocasionado pela espera do resultado de uma
possível soroconversão. Além disso, muitos
sofrem alterações nas práticas sexuais, efeitos
das drogas profiláticas, no relacionamento
social e familiar e até a perda de emprego
(SÊCCO; LEROUX; SANTOS, 2002).
Os acidentes com materiais
perfurocortantes são considerados problema
para os profissionais da área de saúde, pela
possibilidade de transmissão ocupacional de
patógenos veiculados pelo sangue (AMARAL
et al., 2005). Estudos têm mostrado que a
ocorrência de acidentes com material
biológico contaminado, em profissionais de
saúde durante o exercício de suas atividades,
pode acarretar o desenvolvimento de doenças
infecciosas como Hepatite B (transmitida pelo
vírus HBV), Hepatite C (transmitida pelo
vírus HCV) e a AIDS (transmitida pelo Vírus
da Imunodeficiência Adquirida – HIV).
O risco de transmissão de infecção por
uma agulha contaminada é de um em três para
Hepatite B, um em trinta para Hepatite C e
um em trezentos para HIV. Ressalta-se que os
acidentes ocasionados por picada de agulhas
são responsáveis por 80 a 90% das
transmissões de doenças infecciosas entre os
trabalhadores de saúde (SÊCCO; LEROUX;
SANTOS, 2002). Em contextos hospitalares
os acidentes com instrumentos
perfurocortantes são eventos que ocorrem de
forma intensa entre os profissionais de saúde,
principalmente médicos, enfermeiros e
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 71
 
auxiliares de enfermagem. (ACOSTA;
ECHTERNACHT, 2006).
Dentre as situações favoráveis à
ocorrência de acidentes ocupacionais dos
profissionais de saúde, destacam-se:
realizando procedimentos, descartando
material em local impróprio, descarte de
material perfurocortante, auxiliando os
procedimentos, recapando agulhas, entre
outros. (AMARAL et al., 2005). O descarte
do material perfurocortante em local
inadequado pode contribuir para a ocorrência
de acidentes. A prática inadequada de
descarte foi considerada como responsável
por 14,9 e 26,7% dos acidentes em estudos
com trabalhadores de enfermagem
(OLIVEIRA; GONÇALVES; PAULA, 2008).
Evidenciou-se ainda, que práticas
seguras de biossegurança podem evitar
acidentes ao constatar que profissionais que
relataram descartar material perfurocortante
em local inapropriado apresentaram 3,4 (1,2-
9,3) vezes mais chance de se acidentar
quando comparados àqueles que disseram
descartar adequadamente. E, para os
profissionais que realizaram o reencape de
agulhas tiveram 5,9 (1,5–22,6) vezes mais
chance de se acidentar (OLIVEIRA;
GONÇALVES; PAULA, 2008). Conforme,
estudo realizado em Nova York, 50% dos
acidentes com instrumentos perfurocortantes
aconteceram pelo fato destes objetos estarem
em local impróprio de descarte, sem
condições de segurança (SARQUIS; FELLI
2002).
Em São Paulo, segundo Boletim
Epidemiológico: CRDST/AIDS/CVE,
outubro, 2002, o descarte inadequado é a
segunda maior causa de acidente, 16% entre
os profissionais de enfermagem (SÃO
PAULO, 2007). De acordo com pesquisa
realizada por Sarquis e Felli (2002), o objeto
perfurocortante predomina como causa de
acidente entre os profissionais de enfermagem
(53,70%). As exposições associadas aos
coletores de materiais perfurocortantes são
frequentes, podendo ocorrer durante a
tentativa de descarte de material
perfurocortante, o acondicionamento ou a
manipulação dos coletores (RAPPARINI,
2005).
O desconhecimento dos profissionais
em relação à necessidade de descarte de
qualquer material perfurocortante,
independentemente de estar ou não
contaminado, como por exemplo, agulhas,
vidros, frascos e ampolas, lâminas de bisturi,
em coletores resistentes e específicos para
essa finalidade é responsável por acidentes de
trabalho na equipe de limpeza pela
manipulação de lixo comum (RAPPARINI,
2005). Dentre as causas mais frequentes de
acidentes com material perfurocortante está à
pressa, que tira a atenção e leva os
profissionais a cometerem erros graves como
o descarte inadequado; o esquecimento de
perfurocortantes em locais impróprios como
macas ou balcões; utilização errada dos
coletores, reencape de agulhas, derrubada de
agulhas no chão, quebra de ampolas sem
proteção para as mãos, etc.
Existem ainda outros fatores como a
falta de equipamentos adequados, iluminação
deficiente nos ambientes de trabalho,
pacientes agressivos ou descontrolados, falta
de funcionários causando sobrecarga de
serviço (LIMA, 2006). Spagnuolo, Baldo e
Guerrini (2008) confirmam a alta incidência
de acidentes ocorridos com perfurações
92,5% em Londrina-PR, o que reforça a
necessidade urgente de permanente vigilância
e treinamentos contínuos quanto aos cuidados
na manipulação desses objetos.
Brevidelli e Cianciarullo (2002)
colaboram ao discutir que o descarte de
objetos perfurocortantes em local inadequado
foi a principal fonte de risco para causar
perfurações, atingindo proporções expressivas
entre profissionais de enfermagem (66,7%) e
entre as demais categorias profissionais
(81,2%) que trabalham no hospital
universitário da cidade de São Paulo. Esses
dados sugerem que o descarte inadequado de
objetos perfurocortantes é uma importante
fonte de risco para acidentes ocupacionais, até
mesmo para grupos de profissionais que não
estão em contato direto com o paciente, tais
como, o pessoal da limpeza, incluído nas
demais categorias profissionais.
O gerenciamento adequado dos resíduos
pode contribuir significativamente para a
redução da ocorrência de acidentes de
trabalho, especialmente aqueles provocados
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 72
 
por perfurocortantes (GARCIA; ZANETTI-
RAMOS, 2004). No Brasil, a escassez de
dados sistematizados sobre acidentes
ocupacionais envolvendo material biológico
e, mais especificamente, material
perfurocortante, não nos permite conhecer a
magnitude desse problema, dificultando,
assim, a implementação e a avaliação das
medidas preventivas. (SANTOS et al., 2006).
Este trabalho teve como objetivo
analisar o descarte de material perfurocortante
em alguns setores do Hospital das Clinicas
Dr. Alberto Lima, Macapá-AP, Brasil. Os
dados foram coletados em vários setores do
hospital, durante duas visitas e através da
observação dos ambientes e por entrevistas
com os profissionais sobre os tipos de
coletores.
METODOLOGIA
Estudo analítico-descritivo, utilizando
como estratégia metodológica o levantamento
bibliográfico e documental em obras de maior
relevância sobre o tema abordado, e a partir
do mesmo, foi feita uma análise descritiva,
com observação direta e entrevistas como
forma de alcançar os objetivos propostos.
Desse modo, observa-se a necessidade de uma
ampla divulgação, bem como discussão sobre
as questões que norteiam a gestão dos
resíduos de serviço de saúde visando à
minimização dos impactos deles decorrentes.
O estudo foi realizado no Hospital das
Clínicas Dr. Alberto Lima, localizado no
Estado do Amapá. Esta unidade de saúde é
referência por prestar assistência nas
diferentes especialidades médicas para
população da capital Macapá. A coleta dos
dados foi realizada durante duas visitas no
mês de novembro de 2008, uma no início e
outra no final do mês. A coleta de dados
compreendeu a visita aos diversos setores do
hospital, conversando com alguns
profissionais verificando as condições dos
coletores utilizados para descarte do material
perfurocortante, registrando com fotos.
Todos os procedimentos foram
realizados com a autorização do diretor do
hospital. Para a coleta dos dados foi utilizado
uma planilha, elaborada com base nos
requisitos exigidos pela NBR 13853/97, trata
de coletores para resíduos de serviço de saúde
perfurantes e cortantes. A coleta de dados
realizou-se sob a forma de entrevistas
previamente agendadas utilizando duas fontes
de informações: uma primária, composta por
dados de entrevistas parcialmente estruturadas
e fontes secundárias, constituídas por
observações diretas a etapa correspondente à
destinação final dos perfurocortantes. De
maneira genérica, a investigação pode ser
dividida em cinco etapas:
Etapa 1 – Estudos iniciais: compreende a
busca por literatura especializada referente
aos RSS, como legislações, normas, teses,
dissertações, artigos e livros, e à definição dos
estabelecimentos de saúde a serem estudados;
Etapa 2 – Caracterização do hospital: envolve
o levantamento de dados obtidos por meio de
entrevistas e pesquisa documental. Nesta fase
determinaram-se características relacionadas
ao descarte dos perfurocortante, tipo de
coletores usados para material
perfurocortantes, distribuição dos coletores
para material perfurocortante no Hospital, as
características físicas dos coletores,
capacidade máxima dos coletores de materiais
perfurocortantes, sinalização de risco e
presença de tampa nos recipientes;
Etapa 3 – Análise critica das informações
geradas: com as informações conseguidas nos
estabelecimentos estudados do Hospital Dr.
Alberto lima que inclui as Clinicas: CMM –
Clínica medica masculina, CMF- Clínica
medica feminina, CC – Centro cirúrgico,
CDM – Cínica de distúrbios mentais, C. C. -
Clínica cirúrgica, NEFRO – Nefrologia, CDT
– Centro de doenças transmissíveis, LAB –
Laboratório, CTI – Centro de tratamento
intensivo, CO – Clínica Ortopédica, fez-se
uma análise do descarte de material
perfurocortante, infectante gerados nas
clinicas do hospital da cidade. Para facilitar a
visualização comparativa da tipologia de
coletores de perfurocortantes distribuídos por
setores, no Hospital Dr. Alberto Lima, os
dados foram tabulados em porcentagem e
apresentados de forma gráfica por meio do
Excel;
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 73
 
Etapa 4 – Análise do sistema de
gerenciamento adotado pelo hospital: neste
item efetuou-se uma avaliação do sistema de
gerenciamento dos resíduos gerados pelo
hospital à luz da atual legislação brasileira
referente aos perfurocortantes. A averiguação
do sistema de gerenciamento foi realizada por
intermédio de um diagnóstico intra-hospitalar,
no qual foram observados itens como
segregação, acondicionamento e identificação
dos resíduos, procedimentos de coleta,
transporte interno, armazenamento externo e
destinação final. Com essa análise são
expostos os pontos positivos e os negativos
encontrados na gestão dos resíduos adotada
pelo hospital investigado;
Etapa 5 – Discussão dos resultados sobre o
estudo: para esta última etapa procedeu-se à
discussão dos resultados obtidos em relação à
realidade na pratica do hospital Dr. Alberto
lima e suas respectivas clinicas com o
confronto dos dados obtidos quanto à
realidade regional encontrada.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
- Tipo de coletores usados para material
perfurocortantes
Durante a visita a todos os setores do
Hospital Dr. Alberto Lima foram
identificados 48 recipientes, que eram usados
para desprezar os objetos perfurocortantes.
Basicamente, podemos dividir os coletores
encontrados em dois tipos: os industrializados
(10), que apresentam na sua estrutura as
especificações de risco, limite máximo para
enchimento e simbologia de risco biológico
(Figura 01) e os recipientes improvisados
(38), normalmente embalagens vazias de
plástico ou papelão que foram reaproveitadas
para essa finalidade, não apresentavam aviso
de risco biológico ou inscrição de
perfurocortante (Figura 02).
Figura 01 - Coletores improvisados
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa.
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 74
 
Figura 02 - Coletor industrializado
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa.
A legislação brasileira não define um
coletor especifico, apenas menciona um
conjunto de características comuns que estes
devem possuir para serem usados como
recipientes para descarte de perfurocortante.
Existem no mercado, variados tipos de
coletores, de plástico, de papelão, com
diferentes valores que podem facilmente se
enquadrar nos padrões exigidos. Em um
hospital público, como o Dr. Alberto Lima
com recursos financeiros limitados, o
reaproveitamento de recipientes acaba
representando uma economia nos custos da
instituição, isso explica o acentuado número
de coletores improvisados nas dependências
do hospital.
Contudo, essa prática de reaproveitar
embalagens vazias acaba por causar um
problema ainda maior, pois sem identificação
de seu conteúdo, sem limite máximo de
enchimento, elas acabam representando um
enorme risco de acidentes associado aos
demais profissionais que irão manipulá-lo até
seu destino final. Com relação aos setores
investigados do hospital Dr. Alberto lima,
basicamente todos os setores apresentaram
valores superiores de coletores de
perfurocortantes improvisados, sendo que
para determinados setores como Centro
cirúrgico, Nefrologia, Centro de doenças
transmissíveis, laboratório e clinica
ortopédica os coletores improvisados eram a
única alternativa de descarte (Figura 03).
Figura 03 - Dados correspondem a tipos de coletores de perfurocortante distribuídos por setores, no
Hospital Dr. Alberto Lima, 2008.
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa.
*Setores do Hospital Alberto Lima: CMM – Clínica medica masculina, CMF- Clínica medica feminina, CC –
Centro cirúrgico, CDM – Cínica de distúrbios mentais, CLÍ. C. - Clínica cirúrgica, NEFRO – Nefrologia,
CDT – Centro de doenças transmissíveis, LAB – Laboratório, CTI – Centro de tratamento intensivo, ORT. –
Ortopedia.
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 75
 
Como medida preventiva com intuito de
minimizar os riscos de acidentes, seria
adequado padronizar as embalagens utilizadas
no hospital com a simbologia de risco,
reforçar as embalagens de papelão para evitar
punctura e limitar o enchimento dos coletores.
Como afirma Brevidelli e Cianciarullo (2002)
o descarte inadequado de objetos
perfurocortantes foi responsável por
proporções alarmantes de acidentes. Por outro
lado, a introdução de recipientes padronizados
para descarte de objetos perfurocortantes
parece ter incentivado o descarte apropriado
de agulhas, pois foi observada queda na
ocorrência desse tipo de acidente que coincide
com essa medida.
- Distribuição dos coletores para material
perfurocortante no Hospital
Foram encontrados recipientes em todos
os 10 setores pesquisados. Entretanto, foi
constatado uma distribuição desigual desses
recipientes pelos diferentes setores desta
unidade de saúde como podemos analisar na
Figura 04.
Figura 04 - Distribuição dos recipientes perfurocortante por setor - HCAL- (AP), 2008.
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa.
O centro cirúrgico sozinho possui 1/3 de
todos os recipientes encontrados, enquanto
outros ambientes, como por exemplo: a
clínica masculina e a clínica cirúrgica que
possuem uma demanda semelhante tanto de
profissionais, quanto pacientes ao do Centro
Cirúrgico apresentaram apenas 2 recipientes.
Vale salientar que, nesses ambientes o coletor
estava no posto de enfermagem distante das
enfermarias, o que obriga os profissionais a
descolarem-se das enfermarias ao posto para
desprezar o material perfurocortante. Tendo
que transportar agulhas e seringas pelas
enfermarias, tendo que se desviar de
obstáculos como leitos, pacientes, outros
colegas de serviço além de familiares dos
pacientes. Fato comum associado a esse
transporte é a recapagem com o pretexto de se
evitar acidentes durante esse percurso até
chegar ao coletor (Figura 05).
Ao analisar detalhadamente as fontes de
risco de acidentes com agulhas e outros
objetos perfurocortantes, percebemos que a
manutenção de práticas de risco é responsável
por parte significativa dos mesmos. Em
diversos estudos a prática de reencapar
agulhas foi responsável por 15 a 35% dos
acidentes com objetos perfurocortantes,
enquanto o descarte de agulhas em local
inadequado (saco de lixo comum, cama e
mesa de cabeceira do paciente, campos
cirúrgicos, bandejas) ocasionou de 10 a 20%
dos acidentes com profissionais de saúde
(GIR; COSTA; SILVA,1998).
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 76
 
Figura 05 - Exemplo de procedimentos perigos
Fonte: Rapparini (2005).
O correto para prevenir possíveis
acidentes, seria que houvesse um coletor em
cada enfermaria, permitindo descartar o
perfurocortante no local de sua geração,
imediatamente após o uso, evitando assim a
recapagem, deslocamento e o possível risco
de acontecer acidentes. Rapparini (2005)
contribui ao discutir que a falta de coletores
próximos aos leitos ou às áreas de realização
de procedimentos tem sido um motivo para
recapeamento de agulhas. A colocação de um
coletor apropriado próximo ao paciente tem
demonstrado ser uma medida eficaz de
prevenção.
- Características físicas dos coletores
Quanto as características físicas, apesar
da grande maioria dos coletores serem
improvisados, 32 apresentavam paredes
rígidas e aspecto resistente a punctura, com
exceção de algumas caixas de papelão que
apresentaram descontinuidade em suas
paredes, podendo devido ao enchimento
excessivo, uma agulha romper e furar a mão
do profissional na hora da remoção das
caixas. Para resolver essa não conformidade,
seria sensato reforça essas caixas com outra
em seu interior e durante a remoção utilizar
carrinhos destinados para essa finalidade,
devidamente identificado proporcionado
assim maior segurança a todos os
profissionais envolvidos nesta tarefa.
- Capacidade máxima dos coletores de
materiais perfuro cortantes
Dos 48 coletores, 40 estavam abaixo do
limite, de acordo com o que recomenda a lei e
8 estavam acima da capacidade máxima
permitida (Gráfico 06). O fato de tantos
coletores estarem de acordo com a legislação,
a primeira vista, poderia representar ponto
positivo para os representantes da
biossegurança do hospital.
Todavia, examinando o contexto ao
qual essa realidade está inserida e
conversando com funcionários descobrimos
se tratar de recipientes colocados
recentemente nesses locais, e ainda não
levados ao extremo da capacidade, suposição
esta comprovada com a presença de 8
coletores cheios acima do limite permitido.
Segundo Acosta e Echternacht (2006)
fato este comum em hospitais públicos os
coletores de agulhas quase sempre estão
cheios, além de seu limite de segurança,
deixando as pontas expostas para o lado de
fora da caixa, tornando-se uma fonte de
grande perigo, principalmente para a equipe
que transita por esse local e principalmente a
equipe de limpeza e higiene.
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 77
 
Figura 06 - Coletores cheios com descarte inadequado
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa.
O problema com os recipientes cheios
pode ser resolvido com medidas educativas
junto ao pessoal da área técnica, da
importância de respeitar o limite máximo das
caixas, para a sua saúde e de seus colegas.
Pois, coletores cheios representam perigo no
momento do descarte devido a outros
perfurocortantes projetados para fora do
coletor.
Para o correto gerenciamento dos
resíduos e a minimização de possíveis efeitos
danosos ao meio ambiente, os funcionários
envolvidos no gerenciamento dos resíduos,
deverão ser devidamente capacitados. É
manter um registro dos treinamentos,
indicando o conteúdo programático, relação
dos funcionários participantes e suas
respectivas áreas e data do treinamento
(ALMEIDA, 2009a).
- Sinalização de risco e presença de tampa nos
recipientes
Os pontos negativos dos coletores
estavam relacionados à falta de sinalização de
risco, onde 38 coletores não apresentavam
aviso, nem sinalização sobre o conteúdo das
embalagens, o que expõe os profissionais que
vão manipular posteriormente ao risco de
acidentes (Figura 07). Como reconhece
Garcia e Zanetti-Ramos (2004) além dos
trabalhadores dos serviços de saúde, também
os das firmas terceirizadas de limpeza e os
trabalhadores das companhias municipais de
limpeza manuseiam os resíduos de serviços
de saúde e estão expostos aos riscos inerentes
quando esses resíduos são mal gerenciados. O
que infelizmente, devido a falta de notificação
não é possível mensurar os casos.
Assim como, 26 coletores não possuíam
tampa, para fechamento das embalagens.
Existe o risco dessas embalagens caírem e
espalharem agulhas e outros objetos
perfurocortantes pelo chão o que
possivelmente provocará transtornos ao
pessoal da higiene no momento da coleta e
remoção. Já que a tarefa de fechar as caixas
neste local, foi delegada indevidamente a
essas pessoas, que não possuem
conhecimento técnico para realizar essa
função.
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 78
 
Figura 07 - Características físicas dos recipientes perfurocortantes HCAL, 2008.
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa.
De acordo com Barreto (2007) os
materiais perfurocortantes são todos os
objetos e instrumentos contendo cantos,
bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e
agudas capazes de cortar e perfurar ao mesmo
tempo. Precisam de descarte especial para que
não tragam riscos ao ambiente, ao usuário e
nem comprometam a biossegurança do
experimento. De acordo com a resolução Nº
33 da ANVISA esses resíduos são
classificados no Grupo E – Perfurocortante.
Enquadram-se neste grupo: lâminas de
barbear, bisturis, agulhas, escalpes, ampolas
de vidro, lâminas e outros assemelhados
provenientes de serviços de saúde (ANVISA,
2003).
Os resíduos gerados por
estabelecimentos e instituições de saúde
humana, os quais possuem potencial de risco,
em função da presença de materiais
biológicos capazes de causar infecção; objetos
perfurantes-cortantes potencial ou
efetivamente contaminados requerem
cuidados específicos. Esses resíduos pelas
suas características deverão sofrer tratamentos
diferenciados, desde a sua geração até o seu
destino final. Para que se possa ter uma maior
segurança no trabalho e minimização de
impactos (COELHO, 2001).
Os materiais perfurocortantes devem ser
descartados separadamente, no local de sua
geração, imediatamente após o uso, em
recipientes, rígidos, resistentes à punctura,
ruptura e vazamento, com tampa,
devidamente identificados pela inscrição
“Perfurocortante”, baseados nas normas da
ABNT NBR 13853/97 - Coletores para
Resíduos do Serviço de Saúde perfurantes e
cortantes e NBR 9259/97- Agulhas
hipodérmicas estéreis e de uso único, sendo
expressamente proibido o esvaziamento
desses recipientes para o seu
reaproveitamento. As agulhas descartáveis
devem ser desprezadas juntamente com as
seringas, quando descartáveis, sendo proibido
reencapá-las ou proceder a sua retirada
manualmente (ANVISA, 2003).
Dentre as várias condutas estabelecidas,
uma é de grande importância para evitar
acidentes com agulhas. Estas têm que ser
desprezados respeitando-se nos recipientes
sempre os limites de enchimento demarcados.
(ACOSTA; ECHTERNACHT, 2006). Para os
recipientes destinados a coleta de material
perfurocortante, o limite máximo de
enchimento deve estar localizado 5 cm abaixo
do bocal, deve ser mantido em suporte
exclusivo e em altura que permita a
visualização da abertura para descarte e seu
transporte deve ser realizado de forma que
não exista o contato do mesmo com outras
partes do corpo, sendo vedado o arrasto
(MINISTÉRIO DO TRABALHO E
EMPREGO, 2007).
Contudo, circunstâncias comuns de
exposição são: coletores cheios acima do
limite permitido; agulhas ou outros materiais
perfurocortantes projetados para fora do
coletor; dificuldade de descarte do próprio
instrumento, como os escalpes, falta de
coletores específicos para descarte de agulhas
de coleta de sangue a vácuo, montagem
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 79
 
incorreta dos coletores, localização
inadequada, coletores pequenos ou em
número insuficiente para um setor e descarte
incorreto com desconexão da agulha da
seringa (RAPPARINI, 2005).
Em função do volume de resíduos
gerados, deverão ocorrer alguns
procedimentos padronizados como: fluxos
bem definidos para o seu transporte, que
deverão manter constância de horário, sentido
único e fixo, evitando assim cruzamento com
outros (como roupas limpas, distribuição de
alimento, visitas, administração de
medicamentos, etc.). A coleta e transporte
deverão ser realizados por equipe própria do
serviço, devidamente treinada e paramentada
com os Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) necessários (COELHO, 2001).
Com relação aos cuidados na
manipulação e descarte de materiais
perfurocortantes deverão ser tomados em
conjunto com o uso dos EPI (luvas, gorros,
óculos, capotes) que têm como objetivo a
redução dos riscos de exposição do
profissional de saúde a sangue e fluidos
corpóreos (LUCENA, 2004). A Norma NR-
32, estabelece as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à
segurança e à saúde dos trabalhadores dos
serviços de saúde, bem como daqueles que
exercem atividades de promoção e assistência
à saúde em geral (MINISTÉRIO DO
TRABALHO E EMPREGO, 2007).
Estabelece que é dever do empregador
providenciar recipientes e meios de transporte
adequados para materiais infectantes, além de
fornecer instruções escritas, em linguagem
acessível, das medidas de prevenção de
acidentes e de doenças relacionadas ao
trabalho. Em contrapartida, é obrigação de o
empregado utilizar os equipamentos de
segurança e comunicar imediatamente todo
acidente ou incidente ao serviço de segurança
(MINISTÉRIO DO TRABALHO E
EMPREGO, 2007).
Algumas recomendações devem ser
seguidas durante a realização de
procedimentos que envolvam a manipulação
de material perfurocortante. Dentre eles
podemos destacar: Máxima atenção durante a
realização dos procedimentos, Jamais utilizar
os dedos como anteparo durante a realização
de procedimentos que envolvam materiais
perfurocortantes, as agulhas não devem ser
reencapadas, entortadas, quebradas ou
retiradas da seringa com as mãos, não utilizar
agulhas para fixar papéis, todo material
perfurocortante (agulhas, seringas, scalp,
laminas de bisturi, vidrarias, entre outros),
mesmo que esterilizados, devem ser
desprezados em recipientes resistentes à
perfuração e com tampa, os recipientes
específicos para descarte de materiais não
devem ser preenchidos acima do limite de 2/3
de sua capacidade total e devem ser colocados
sempre próximos do local onde é realizado o
procedimento (LARANJEIRAS, 2009).
As medidas de prevenção visam à
melhoria da qualidade do trabalho executado
e privilegiam o cuidado com a saúde do
profissional da área de saúde. No período de
admissão do profissional, a empresa deve
promover palestras sobre acidentes de
trabalho e cobrar as boas práticas,
disponibilizar equipamentos de segurança,
assim como materiais de trabalho com
dispositivos de segurança para minimizar os
riscos e assegurar o descarte adequado
(ALMEIDA, 2009).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No geral os coletores apresentaram
aspecto satisfatório. A ideia de reutilizar
embalagens vazias de plástico e papelão foi
simples é boa em relação ao aspecto de
minimizar os custos. Quando o
reaproveitamento associou agregar função a
embalagens que simplesmente iriam para o
lixo, resta apenas padronizar para que se
encaixe com as recomendações preconizadas
pela legislação brasileira, como sugestão
final.
Os aspectos negativos observados foram
à falta de identificação nos coletores, já que,
sem identificação representam perigo a outros
profissionais que desconhecem o seu
verdadeiro conteúdo. Assim, a falta de
organização na distribuição dos coletores
pelos setores do hospital, é importante como
medida de prevenção que os coletores sejam
distribuídos de acordo com a necessidade dos
vários ambientes, evitando a concentração em
alguns.
Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 80
 
Logo é importante a presença de um
profissional capacitado em biossegurança na
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH), profissional com a função de
desenvolver plano de trabalho, valorizando a
participação dos colaboradores na
organização das tarefas em que estão
inseridos, podendo trabalhar com segurança e
encontrando soluções para sua prática diária,
com auxilio de (palestras, treinamento,
cursos, cartazes, murais). E, que tenha a
responsabilidade de transitar pelos setores
verificando e identificando as reais condições
de trabalho dos profissionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACOSTA, J. M. A.; ECHTERNACHT, E. H.
O. Avaliação de riscos de acidentes com
instrumentos pérfurocortantes na atividade de
limpeza de hospitais públicos através da
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Difusão editora. Capítulo: Segregação de
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acidentes com material biológico registrados
no Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador - Londrina-PR. Revista Brasileira
de Epidemiologia, Londrina-PR, 2008.
____________________________________
1 - Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão,
IBPEX - Programa de Pós-graduação lato sensu em
Biossegurança - Macapá (AP), Brasil.
2 - Unidade Básica de Saúde Congos (UBS-Congos) -
Macapá (AP), Brasil.
3 - Mestrado pelo Programa de Pós Graduação em
Ciência da Saúde da Universidade Federal do Amapá,
UNIFAP - Macapá (AP), Brasil.
4 - Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá -
LACEN-AP, Macapá, Amapá, Brasil.
5 - Vigilância epidemiológica do Estado do Amapá -
Macapá, Amapá, Brasil.
6 - Docente do Programa de Pós Graduação em ciência
da saúde da Universidade Federal do Amapá, UNIFAP
- Macapá (AP), Brasil.
7 - Docente do 1
Instituto Brasileiro de Pós Graduação e
Extensão, IBPEX - Programa de Pós-graduação lato
sensu em Biossegurança - Macapá (AP), Brasil.
Correspondência: Rubens Alex de Oliveira Menezes
– Laboratório Central de Saúde Pública de Macapá –
LACEN(AP). Endereço: Avenida Tancredo Neves,
1118. Bairro: São Lázaro, CEP - 68908-530, Setor de
Bacteriologia, Tel: 32126175⁄81311306⁄32235534,
Macapá – AP, Brasil. E-mail: ra-
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  • 1. CIÊNCIA EQUATORIAL ISSN 2179-9563 Artigo Original Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 DESCARTE ADEQUADO DE PERFUROCORTANTES NUM HOSPITAL DE MACAPÁ- BRASIL: UM IMPORTANTE FATOR DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES Romulo Lima de Sousa1 ; Rubens Alex de Oliveira Menezes,2,3,4 ; Mauricio Jose Cordeiro Souza2,3 ; Vencelau Jackson da Costa Pantoja5 ; Flávio Henrique Ferreira Barbosa6 ; Maria de Fátima da C. Almeida7 RESUMO O descarte inadequado de materiais perfurocortantes podem ser a causa de ocorrência de acidentes ocupacionais. O gerenciamento adequado dos resíduos e a aplicação das normas de biossegurança podem contribuir para redução de riscos e execução de trabalho com segurança, especialmente para aqueles que manipulam materiais perfurocortantes. No Brasil, a escassez de dados sistematizados e de controle sobre acidentes ocupacionais envolvendo material biológico e, mais especificamente material perfurocortante, impede o conhecimento da magnitude desse problema, dificultando, assim, a implementação e a avaliação de medidas para prevenção de riscos. O objetivo deste estudo foi analisar o descarte de material perfurocortante em alguns setores do Hospital das Clinicas Dr. Alberto Lima, Macapá-AP, Brasil. Os dados foram coletados em vários setores do hospital, durante duas visitas e através da observação dos ambientes e por entrevistas com os profissionais sobre os tipos de coletores. Os resultados mostraram as condições dos coletores usados e foram identificados 48 recipientes, dos quais 38 eram recipientes improvisados, 32 apresentavam paredes rígidas e aspecto resistente à punctura, 40 coletores estavam abaixo da capacidade máxima permitida, 38 coletores não apresentavam sinalização de risco e 26 coletores não possuíam tampa. Isso enfatiza a falha de planejamento na distribuição dos coletores nos diversos setores, sendo que o centro cirúrgico possuía 1/3 de todos os recipientes encontrados, confirmando a deficiência na distribuição. Isso mostrou que as condições para descarte de material perfurocortantes e seus coletores também podem ser melhoradas. Também, é importante realizar cursos, palestras para viabilizar o trabalho com condições de segurança. Palavras-chave: Biossegurança, Hospital, Risco biológico, Risco ocupacional, Resíduos. PROPER DISPOSAL OF HOSPITAL IN SHARPS MACAPÁ-BRAZIL: AN IMPORTANT FACTOR FOR PREVENTION OF ACCIDENTS ABSTRACT The inadequate discarding of the puncture–cutting objects can provoke occupational accidents. The adequate management of the residues and use of biosafety proceedings can contribute significantly for the reduction of risk and the work safe especially whose provoked by sharp instruments. In Brazil, the lack of data systematized and control of the occupational accidents involving biological materials and, more specifically sharp instruments, block the major knowledge of this problem, to turn into difficult the implementation and the evaluation and take measures to risk prevention. The objective of this study was analyse the discarding of the puncture–cutting objects in some places of the Hospital das Clinicas Dr. Alberto Lima, Macapá–AP, Brazil. The dates were collected in several places of the hospital, during two visits. Also it was done through the observation of the enviroments, and to talk with its workers about colletors type. The results had showed the collectors’ conditions and had identified 48 containers, of which 38 receiving were improvised, 32 presented rigid walls and resistant aspect to the puncture, 40 collectors were below of the allowed maximum capacity, 38 collectors did not present any identification or risk’s signalling and 26 collectors did not have covers. This fact emphasize a lack of planning in the collectors’ distribution in the different sectors of the hospital, where the surgical center presented the 1/3 of all found containers. It confirmed the deficiency of their distribution. This showed that there are no adequate conditions for discarding of sharp instruments and there is no evidences of right equipments, neither the use and the control of the sharp instruments colletors. Also, it is important make courses and performed instructions to make possible the work safety. Keywords: Biosafety, Hospital, Biohazard, Risk occupational, Waste.
  • 2. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 70   INTRODUÇÃO Com relação aos resíduos dos serviços de saúde, só nos últimos anos iniciou-se uma discussão mais consistente do problema. Algumas prefeituras já implantaram sistemas específicos para a coleta destes resíduos, sem, entretanto, enfatizar o ponto mais delicado da questão: a manipulação correta dos resíduos dentro das unidades de saúde, de forma que se possa fazer a separação de acordo com o real potencial de contaminação, daqueles que podem ser considerado resíduos comuns. Dessa forma, entende-se que o manuseio de tais resíduos deve ser efetuado com destreza e segurança, objetivando, dentre outros aspectos, a prevenção de acidentes e a qualidade de vida dos funcionários envolvidos nessa atividade (ARMOND; AMARAL, 2001). A importância de se mensurar os resíduos gerados reside na necessidade de dimensionar o sistema de manejo que deve estar preparado para funcionar com um determinado volume de resíduos, fato que viabiliza o gerenciamento dos mesmos (ARMOND; AMARAL, 2001). Em tempos anteriores o armazenamento dos resíduos dos serviços de saúde eram acondicionados de qualquer maneira, em geral em sacos impermeáveis, mas também em outros invólucros e o local de armazenamento temporário era a céu aberto. O material perfurocortante não sofria nenhum tipo de separação; eram muito comuns acidentes, principalmente com o pessoal do serviço de limpeza. (DIAS, 2004). Historicamente, os trabalhadores da área da saúde não eram considerados como categoria profissional de alto risco para acidentes do trabalho. A preocupação com os riscos biológicos surgiu somente a partir da epidemia da AIDS (SÊCCO; LEROUX; SANTOS, 2002). Os perfurocortantes, agulhas, seringas e outros objetos capazes de provocar cortes ou perfurações adquirem uma enorme importância nesse contexto, exigindo medidas cuidadosas para seu descarte (DIAS, 2004). O lixo proveniente dos serviços de saúde, por conta de sua composição, deve receber cuidados especiais na separação, no acondicionamento, na coleta, no tratamento e no destino final. (FERRER et al., 2004). O manejo inadequado dos resíduos de serviços de saúde traz consequências negativas diretas à saúde pública e ao meio ambiente. Com relação à saúde pública, os riscos envolvem diretamente quem manipula esse tipo de resíduo, seja no estabelecimento gerador, seja o pessoal ligado a assistência médica, seja o pessoal ligado ao setor de limpeza ou até mesmo o usuário do serviço (COFFY FILHO; RAMPAZZO, 2003). A consequência da exposição ocupacional aos patógenos pelo sangue não está somente relacionada à infecção, uma vez que, a cada ano, milhares de trabalhadores de saúde são afetados por trauma psicológico, ocasionado pela espera do resultado de uma possível soroconversão. Além disso, muitos sofrem alterações nas práticas sexuais, efeitos das drogas profiláticas, no relacionamento social e familiar e até a perda de emprego (SÊCCO; LEROUX; SANTOS, 2002). Os acidentes com materiais perfurocortantes são considerados problema para os profissionais da área de saúde, pela possibilidade de transmissão ocupacional de patógenos veiculados pelo sangue (AMARAL et al., 2005). Estudos têm mostrado que a ocorrência de acidentes com material biológico contaminado, em profissionais de saúde durante o exercício de suas atividades, pode acarretar o desenvolvimento de doenças infecciosas como Hepatite B (transmitida pelo vírus HBV), Hepatite C (transmitida pelo vírus HCV) e a AIDS (transmitida pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida – HIV). O risco de transmissão de infecção por uma agulha contaminada é de um em três para Hepatite B, um em trinta para Hepatite C e um em trezentos para HIV. Ressalta-se que os acidentes ocasionados por picada de agulhas são responsáveis por 80 a 90% das transmissões de doenças infecciosas entre os trabalhadores de saúde (SÊCCO; LEROUX; SANTOS, 2002). Em contextos hospitalares os acidentes com instrumentos perfurocortantes são eventos que ocorrem de forma intensa entre os profissionais de saúde, principalmente médicos, enfermeiros e
  • 3. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 71   auxiliares de enfermagem. (ACOSTA; ECHTERNACHT, 2006). Dentre as situações favoráveis à ocorrência de acidentes ocupacionais dos profissionais de saúde, destacam-se: realizando procedimentos, descartando material em local impróprio, descarte de material perfurocortante, auxiliando os procedimentos, recapando agulhas, entre outros. (AMARAL et al., 2005). O descarte do material perfurocortante em local inadequado pode contribuir para a ocorrência de acidentes. A prática inadequada de descarte foi considerada como responsável por 14,9 e 26,7% dos acidentes em estudos com trabalhadores de enfermagem (OLIVEIRA; GONÇALVES; PAULA, 2008). Evidenciou-se ainda, que práticas seguras de biossegurança podem evitar acidentes ao constatar que profissionais que relataram descartar material perfurocortante em local inapropriado apresentaram 3,4 (1,2- 9,3) vezes mais chance de se acidentar quando comparados àqueles que disseram descartar adequadamente. E, para os profissionais que realizaram o reencape de agulhas tiveram 5,9 (1,5–22,6) vezes mais chance de se acidentar (OLIVEIRA; GONÇALVES; PAULA, 2008). Conforme, estudo realizado em Nova York, 50% dos acidentes com instrumentos perfurocortantes aconteceram pelo fato destes objetos estarem em local impróprio de descarte, sem condições de segurança (SARQUIS; FELLI 2002). Em São Paulo, segundo Boletim Epidemiológico: CRDST/AIDS/CVE, outubro, 2002, o descarte inadequado é a segunda maior causa de acidente, 16% entre os profissionais de enfermagem (SÃO PAULO, 2007). De acordo com pesquisa realizada por Sarquis e Felli (2002), o objeto perfurocortante predomina como causa de acidente entre os profissionais de enfermagem (53,70%). As exposições associadas aos coletores de materiais perfurocortantes são frequentes, podendo ocorrer durante a tentativa de descarte de material perfurocortante, o acondicionamento ou a manipulação dos coletores (RAPPARINI, 2005). O desconhecimento dos profissionais em relação à necessidade de descarte de qualquer material perfurocortante, independentemente de estar ou não contaminado, como por exemplo, agulhas, vidros, frascos e ampolas, lâminas de bisturi, em coletores resistentes e específicos para essa finalidade é responsável por acidentes de trabalho na equipe de limpeza pela manipulação de lixo comum (RAPPARINI, 2005). Dentre as causas mais frequentes de acidentes com material perfurocortante está à pressa, que tira a atenção e leva os profissionais a cometerem erros graves como o descarte inadequado; o esquecimento de perfurocortantes em locais impróprios como macas ou balcões; utilização errada dos coletores, reencape de agulhas, derrubada de agulhas no chão, quebra de ampolas sem proteção para as mãos, etc. Existem ainda outros fatores como a falta de equipamentos adequados, iluminação deficiente nos ambientes de trabalho, pacientes agressivos ou descontrolados, falta de funcionários causando sobrecarga de serviço (LIMA, 2006). Spagnuolo, Baldo e Guerrini (2008) confirmam a alta incidência de acidentes ocorridos com perfurações 92,5% em Londrina-PR, o que reforça a necessidade urgente de permanente vigilância e treinamentos contínuos quanto aos cuidados na manipulação desses objetos. Brevidelli e Cianciarullo (2002) colaboram ao discutir que o descarte de objetos perfurocortantes em local inadequado foi a principal fonte de risco para causar perfurações, atingindo proporções expressivas entre profissionais de enfermagem (66,7%) e entre as demais categorias profissionais (81,2%) que trabalham no hospital universitário da cidade de São Paulo. Esses dados sugerem que o descarte inadequado de objetos perfurocortantes é uma importante fonte de risco para acidentes ocupacionais, até mesmo para grupos de profissionais que não estão em contato direto com o paciente, tais como, o pessoal da limpeza, incluído nas demais categorias profissionais. O gerenciamento adequado dos resíduos pode contribuir significativamente para a redução da ocorrência de acidentes de trabalho, especialmente aqueles provocados
  • 4. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 72   por perfurocortantes (GARCIA; ZANETTI- RAMOS, 2004). No Brasil, a escassez de dados sistematizados sobre acidentes ocupacionais envolvendo material biológico e, mais especificamente, material perfurocortante, não nos permite conhecer a magnitude desse problema, dificultando, assim, a implementação e a avaliação das medidas preventivas. (SANTOS et al., 2006). Este trabalho teve como objetivo analisar o descarte de material perfurocortante em alguns setores do Hospital das Clinicas Dr. Alberto Lima, Macapá-AP, Brasil. Os dados foram coletados em vários setores do hospital, durante duas visitas e através da observação dos ambientes e por entrevistas com os profissionais sobre os tipos de coletores. METODOLOGIA Estudo analítico-descritivo, utilizando como estratégia metodológica o levantamento bibliográfico e documental em obras de maior relevância sobre o tema abordado, e a partir do mesmo, foi feita uma análise descritiva, com observação direta e entrevistas como forma de alcançar os objetivos propostos. Desse modo, observa-se a necessidade de uma ampla divulgação, bem como discussão sobre as questões que norteiam a gestão dos resíduos de serviço de saúde visando à minimização dos impactos deles decorrentes. O estudo foi realizado no Hospital das Clínicas Dr. Alberto Lima, localizado no Estado do Amapá. Esta unidade de saúde é referência por prestar assistência nas diferentes especialidades médicas para população da capital Macapá. A coleta dos dados foi realizada durante duas visitas no mês de novembro de 2008, uma no início e outra no final do mês. A coleta de dados compreendeu a visita aos diversos setores do hospital, conversando com alguns profissionais verificando as condições dos coletores utilizados para descarte do material perfurocortante, registrando com fotos. Todos os procedimentos foram realizados com a autorização do diretor do hospital. Para a coleta dos dados foi utilizado uma planilha, elaborada com base nos requisitos exigidos pela NBR 13853/97, trata de coletores para resíduos de serviço de saúde perfurantes e cortantes. A coleta de dados realizou-se sob a forma de entrevistas previamente agendadas utilizando duas fontes de informações: uma primária, composta por dados de entrevistas parcialmente estruturadas e fontes secundárias, constituídas por observações diretas a etapa correspondente à destinação final dos perfurocortantes. De maneira genérica, a investigação pode ser dividida em cinco etapas: Etapa 1 – Estudos iniciais: compreende a busca por literatura especializada referente aos RSS, como legislações, normas, teses, dissertações, artigos e livros, e à definição dos estabelecimentos de saúde a serem estudados; Etapa 2 – Caracterização do hospital: envolve o levantamento de dados obtidos por meio de entrevistas e pesquisa documental. Nesta fase determinaram-se características relacionadas ao descarte dos perfurocortante, tipo de coletores usados para material perfurocortantes, distribuição dos coletores para material perfurocortante no Hospital, as características físicas dos coletores, capacidade máxima dos coletores de materiais perfurocortantes, sinalização de risco e presença de tampa nos recipientes; Etapa 3 – Análise critica das informações geradas: com as informações conseguidas nos estabelecimentos estudados do Hospital Dr. Alberto lima que inclui as Clinicas: CMM – Clínica medica masculina, CMF- Clínica medica feminina, CC – Centro cirúrgico, CDM – Cínica de distúrbios mentais, C. C. - Clínica cirúrgica, NEFRO – Nefrologia, CDT – Centro de doenças transmissíveis, LAB – Laboratório, CTI – Centro de tratamento intensivo, CO – Clínica Ortopédica, fez-se uma análise do descarte de material perfurocortante, infectante gerados nas clinicas do hospital da cidade. Para facilitar a visualização comparativa da tipologia de coletores de perfurocortantes distribuídos por setores, no Hospital Dr. Alberto Lima, os dados foram tabulados em porcentagem e apresentados de forma gráfica por meio do Excel;
  • 5. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 73   Etapa 4 – Análise do sistema de gerenciamento adotado pelo hospital: neste item efetuou-se uma avaliação do sistema de gerenciamento dos resíduos gerados pelo hospital à luz da atual legislação brasileira referente aos perfurocortantes. A averiguação do sistema de gerenciamento foi realizada por intermédio de um diagnóstico intra-hospitalar, no qual foram observados itens como segregação, acondicionamento e identificação dos resíduos, procedimentos de coleta, transporte interno, armazenamento externo e destinação final. Com essa análise são expostos os pontos positivos e os negativos encontrados na gestão dos resíduos adotada pelo hospital investigado; Etapa 5 – Discussão dos resultados sobre o estudo: para esta última etapa procedeu-se à discussão dos resultados obtidos em relação à realidade na pratica do hospital Dr. Alberto lima e suas respectivas clinicas com o confronto dos dados obtidos quanto à realidade regional encontrada. RESULTADOS E DISCUSSÃO - Tipo de coletores usados para material perfurocortantes Durante a visita a todos os setores do Hospital Dr. Alberto Lima foram identificados 48 recipientes, que eram usados para desprezar os objetos perfurocortantes. Basicamente, podemos dividir os coletores encontrados em dois tipos: os industrializados (10), que apresentam na sua estrutura as especificações de risco, limite máximo para enchimento e simbologia de risco biológico (Figura 01) e os recipientes improvisados (38), normalmente embalagens vazias de plástico ou papelão que foram reaproveitadas para essa finalidade, não apresentavam aviso de risco biológico ou inscrição de perfurocortante (Figura 02). Figura 01 - Coletores improvisados Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa.
  • 6. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 74   Figura 02 - Coletor industrializado Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa. A legislação brasileira não define um coletor especifico, apenas menciona um conjunto de características comuns que estes devem possuir para serem usados como recipientes para descarte de perfurocortante. Existem no mercado, variados tipos de coletores, de plástico, de papelão, com diferentes valores que podem facilmente se enquadrar nos padrões exigidos. Em um hospital público, como o Dr. Alberto Lima com recursos financeiros limitados, o reaproveitamento de recipientes acaba representando uma economia nos custos da instituição, isso explica o acentuado número de coletores improvisados nas dependências do hospital. Contudo, essa prática de reaproveitar embalagens vazias acaba por causar um problema ainda maior, pois sem identificação de seu conteúdo, sem limite máximo de enchimento, elas acabam representando um enorme risco de acidentes associado aos demais profissionais que irão manipulá-lo até seu destino final. Com relação aos setores investigados do hospital Dr. Alberto lima, basicamente todos os setores apresentaram valores superiores de coletores de perfurocortantes improvisados, sendo que para determinados setores como Centro cirúrgico, Nefrologia, Centro de doenças transmissíveis, laboratório e clinica ortopédica os coletores improvisados eram a única alternativa de descarte (Figura 03). Figura 03 - Dados correspondem a tipos de coletores de perfurocortante distribuídos por setores, no Hospital Dr. Alberto Lima, 2008. Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa. *Setores do Hospital Alberto Lima: CMM – Clínica medica masculina, CMF- Clínica medica feminina, CC – Centro cirúrgico, CDM – Cínica de distúrbios mentais, CLÍ. C. - Clínica cirúrgica, NEFRO – Nefrologia, CDT – Centro de doenças transmissíveis, LAB – Laboratório, CTI – Centro de tratamento intensivo, ORT. – Ortopedia.
  • 7. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 75   Como medida preventiva com intuito de minimizar os riscos de acidentes, seria adequado padronizar as embalagens utilizadas no hospital com a simbologia de risco, reforçar as embalagens de papelão para evitar punctura e limitar o enchimento dos coletores. Como afirma Brevidelli e Cianciarullo (2002) o descarte inadequado de objetos perfurocortantes foi responsável por proporções alarmantes de acidentes. Por outro lado, a introdução de recipientes padronizados para descarte de objetos perfurocortantes parece ter incentivado o descarte apropriado de agulhas, pois foi observada queda na ocorrência desse tipo de acidente que coincide com essa medida. - Distribuição dos coletores para material perfurocortante no Hospital Foram encontrados recipientes em todos os 10 setores pesquisados. Entretanto, foi constatado uma distribuição desigual desses recipientes pelos diferentes setores desta unidade de saúde como podemos analisar na Figura 04. Figura 04 - Distribuição dos recipientes perfurocortante por setor - HCAL- (AP), 2008. Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa. O centro cirúrgico sozinho possui 1/3 de todos os recipientes encontrados, enquanto outros ambientes, como por exemplo: a clínica masculina e a clínica cirúrgica que possuem uma demanda semelhante tanto de profissionais, quanto pacientes ao do Centro Cirúrgico apresentaram apenas 2 recipientes. Vale salientar que, nesses ambientes o coletor estava no posto de enfermagem distante das enfermarias, o que obriga os profissionais a descolarem-se das enfermarias ao posto para desprezar o material perfurocortante. Tendo que transportar agulhas e seringas pelas enfermarias, tendo que se desviar de obstáculos como leitos, pacientes, outros colegas de serviço além de familiares dos pacientes. Fato comum associado a esse transporte é a recapagem com o pretexto de se evitar acidentes durante esse percurso até chegar ao coletor (Figura 05). Ao analisar detalhadamente as fontes de risco de acidentes com agulhas e outros objetos perfurocortantes, percebemos que a manutenção de práticas de risco é responsável por parte significativa dos mesmos. Em diversos estudos a prática de reencapar agulhas foi responsável por 15 a 35% dos acidentes com objetos perfurocortantes, enquanto o descarte de agulhas em local inadequado (saco de lixo comum, cama e mesa de cabeceira do paciente, campos cirúrgicos, bandejas) ocasionou de 10 a 20% dos acidentes com profissionais de saúde (GIR; COSTA; SILVA,1998).
  • 8. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 76   Figura 05 - Exemplo de procedimentos perigos Fonte: Rapparini (2005). O correto para prevenir possíveis acidentes, seria que houvesse um coletor em cada enfermaria, permitindo descartar o perfurocortante no local de sua geração, imediatamente após o uso, evitando assim a recapagem, deslocamento e o possível risco de acontecer acidentes. Rapparini (2005) contribui ao discutir que a falta de coletores próximos aos leitos ou às áreas de realização de procedimentos tem sido um motivo para recapeamento de agulhas. A colocação de um coletor apropriado próximo ao paciente tem demonstrado ser uma medida eficaz de prevenção. - Características físicas dos coletores Quanto as características físicas, apesar da grande maioria dos coletores serem improvisados, 32 apresentavam paredes rígidas e aspecto resistente a punctura, com exceção de algumas caixas de papelão que apresentaram descontinuidade em suas paredes, podendo devido ao enchimento excessivo, uma agulha romper e furar a mão do profissional na hora da remoção das caixas. Para resolver essa não conformidade, seria sensato reforça essas caixas com outra em seu interior e durante a remoção utilizar carrinhos destinados para essa finalidade, devidamente identificado proporcionado assim maior segurança a todos os profissionais envolvidos nesta tarefa. - Capacidade máxima dos coletores de materiais perfuro cortantes Dos 48 coletores, 40 estavam abaixo do limite, de acordo com o que recomenda a lei e 8 estavam acima da capacidade máxima permitida (Gráfico 06). O fato de tantos coletores estarem de acordo com a legislação, a primeira vista, poderia representar ponto positivo para os representantes da biossegurança do hospital. Todavia, examinando o contexto ao qual essa realidade está inserida e conversando com funcionários descobrimos se tratar de recipientes colocados recentemente nesses locais, e ainda não levados ao extremo da capacidade, suposição esta comprovada com a presença de 8 coletores cheios acima do limite permitido. Segundo Acosta e Echternacht (2006) fato este comum em hospitais públicos os coletores de agulhas quase sempre estão cheios, além de seu limite de segurança, deixando as pontas expostas para o lado de fora da caixa, tornando-se uma fonte de grande perigo, principalmente para a equipe que transita por esse local e principalmente a equipe de limpeza e higiene.
  • 9. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 77   Figura 06 - Coletores cheios com descarte inadequado Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa. O problema com os recipientes cheios pode ser resolvido com medidas educativas junto ao pessoal da área técnica, da importância de respeitar o limite máximo das caixas, para a sua saúde e de seus colegas. Pois, coletores cheios representam perigo no momento do descarte devido a outros perfurocortantes projetados para fora do coletor. Para o correto gerenciamento dos resíduos e a minimização de possíveis efeitos danosos ao meio ambiente, os funcionários envolvidos no gerenciamento dos resíduos, deverão ser devidamente capacitados. É manter um registro dos treinamentos, indicando o conteúdo programático, relação dos funcionários participantes e suas respectivas áreas e data do treinamento (ALMEIDA, 2009a). - Sinalização de risco e presença de tampa nos recipientes Os pontos negativos dos coletores estavam relacionados à falta de sinalização de risco, onde 38 coletores não apresentavam aviso, nem sinalização sobre o conteúdo das embalagens, o que expõe os profissionais que vão manipular posteriormente ao risco de acidentes (Figura 07). Como reconhece Garcia e Zanetti-Ramos (2004) além dos trabalhadores dos serviços de saúde, também os das firmas terceirizadas de limpeza e os trabalhadores das companhias municipais de limpeza manuseiam os resíduos de serviços de saúde e estão expostos aos riscos inerentes quando esses resíduos são mal gerenciados. O que infelizmente, devido a falta de notificação não é possível mensurar os casos. Assim como, 26 coletores não possuíam tampa, para fechamento das embalagens. Existe o risco dessas embalagens caírem e espalharem agulhas e outros objetos perfurocortantes pelo chão o que possivelmente provocará transtornos ao pessoal da higiene no momento da coleta e remoção. Já que a tarefa de fechar as caixas neste local, foi delegada indevidamente a essas pessoas, que não possuem conhecimento técnico para realizar essa função.
  • 10. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 78   Figura 07 - Características físicas dos recipientes perfurocortantes HCAL, 2008. Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa. De acordo com Barreto (2007) os materiais perfurocortantes são todos os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar e perfurar ao mesmo tempo. Precisam de descarte especial para que não tragam riscos ao ambiente, ao usuário e nem comprometam a biossegurança do experimento. De acordo com a resolução Nº 33 da ANVISA esses resíduos são classificados no Grupo E – Perfurocortante. Enquadram-se neste grupo: lâminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas e outros assemelhados provenientes de serviços de saúde (ANVISA, 2003). Os resíduos gerados por estabelecimentos e instituições de saúde humana, os quais possuem potencial de risco, em função da presença de materiais biológicos capazes de causar infecção; objetos perfurantes-cortantes potencial ou efetivamente contaminados requerem cuidados específicos. Esses resíduos pelas suas características deverão sofrer tratamentos diferenciados, desde a sua geração até o seu destino final. Para que se possa ter uma maior segurança no trabalho e minimização de impactos (COELHO, 2001). Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso, em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados pela inscrição “Perfurocortante”, baseados nas normas da ABNT NBR 13853/97 - Coletores para Resíduos do Serviço de Saúde perfurantes e cortantes e NBR 9259/97- Agulhas hipodérmicas estéreis e de uso único, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente (ANVISA, 2003). Dentre as várias condutas estabelecidas, uma é de grande importância para evitar acidentes com agulhas. Estas têm que ser desprezados respeitando-se nos recipientes sempre os limites de enchimento demarcados. (ACOSTA; ECHTERNACHT, 2006). Para os recipientes destinados a coleta de material perfurocortante, o limite máximo de enchimento deve estar localizado 5 cm abaixo do bocal, deve ser mantido em suporte exclusivo e em altura que permita a visualização da abertura para descarte e seu transporte deve ser realizado de forma que não exista o contato do mesmo com outras partes do corpo, sendo vedado o arrasto (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2007). Contudo, circunstâncias comuns de exposição são: coletores cheios acima do limite permitido; agulhas ou outros materiais perfurocortantes projetados para fora do coletor; dificuldade de descarte do próprio instrumento, como os escalpes, falta de coletores específicos para descarte de agulhas de coleta de sangue a vácuo, montagem
  • 11. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 79   incorreta dos coletores, localização inadequada, coletores pequenos ou em número insuficiente para um setor e descarte incorreto com desconexão da agulha da seringa (RAPPARINI, 2005). Em função do volume de resíduos gerados, deverão ocorrer alguns procedimentos padronizados como: fluxos bem definidos para o seu transporte, que deverão manter constância de horário, sentido único e fixo, evitando assim cruzamento com outros (como roupas limpas, distribuição de alimento, visitas, administração de medicamentos, etc.). A coleta e transporte deverão ser realizados por equipe própria do serviço, devidamente treinada e paramentada com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários (COELHO, 2001). Com relação aos cuidados na manipulação e descarte de materiais perfurocortantes deverão ser tomados em conjunto com o uso dos EPI (luvas, gorros, óculos, capotes) que têm como objetivo a redução dos riscos de exposição do profissional de saúde a sangue e fluidos corpóreos (LUCENA, 2004). A Norma NR- 32, estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2007). Estabelece que é dever do empregador providenciar recipientes e meios de transporte adequados para materiais infectantes, além de fornecer instruções escritas, em linguagem acessível, das medidas de prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho. Em contrapartida, é obrigação de o empregado utilizar os equipamentos de segurança e comunicar imediatamente todo acidente ou incidente ao serviço de segurança (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2007). Algumas recomendações devem ser seguidas durante a realização de procedimentos que envolvam a manipulação de material perfurocortante. Dentre eles podemos destacar: Máxima atenção durante a realização dos procedimentos, Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes, as agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos, não utilizar agulhas para fixar papéis, todo material perfurocortante (agulhas, seringas, scalp, laminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que esterilizados, devem ser desprezados em recipientes resistentes à perfuração e com tampa, os recipientes específicos para descarte de materiais não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento (LARANJEIRAS, 2009). As medidas de prevenção visam à melhoria da qualidade do trabalho executado e privilegiam o cuidado com a saúde do profissional da área de saúde. No período de admissão do profissional, a empresa deve promover palestras sobre acidentes de trabalho e cobrar as boas práticas, disponibilizar equipamentos de segurança, assim como materiais de trabalho com dispositivos de segurança para minimizar os riscos e assegurar o descarte adequado (ALMEIDA, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS No geral os coletores apresentaram aspecto satisfatório. A ideia de reutilizar embalagens vazias de plástico e papelão foi simples é boa em relação ao aspecto de minimizar os custos. Quando o reaproveitamento associou agregar função a embalagens que simplesmente iriam para o lixo, resta apenas padronizar para que se encaixe com as recomendações preconizadas pela legislação brasileira, como sugestão final. Os aspectos negativos observados foram à falta de identificação nos coletores, já que, sem identificação representam perigo a outros profissionais que desconhecem o seu verdadeiro conteúdo. Assim, a falta de organização na distribuição dos coletores pelos setores do hospital, é importante como medida de prevenção que os coletores sejam distribuídos de acordo com a necessidade dos vários ambientes, evitando a concentração em alguns.
  • 12. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 80   Logo é importante a presença de um profissional capacitado em biossegurança na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), profissional com a função de desenvolver plano de trabalho, valorizando a participação dos colaboradores na organização das tarefas em que estão inseridos, podendo trabalhar com segurança e encontrando soluções para sua prática diária, com auxilio de (palestras, treinamento, cursos, cartazes, murais). E, que tenha a responsabilidade de transitar pelos setores verificando e identificando as reais condições de trabalho dos profissionais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACOSTA, J. M. A.; ECHTERNACHT, E. H. O. Avaliação de riscos de acidentes com instrumentos pérfurocortantes na atividade de limpeza de hospitais públicos através da análise ergonômica do trabalho. XXVI ENEGEP - Fortaleza, 2006. ALMEIDA, M.F.C. Boas práticas de laboratório. Difusão editora. Capítulo: Biossegurança. SP, 2009. __________. Boas práticas de laboratório. Difusão editora. Capítulo: Segregação de resíduos. SP, 2009a AMARAL, S. A. et al. Acidente com material perfurocortante entre profissionais de saúde em hospital privado de Vitória da Conquista – BA. Sitientibus, Feira de Santana, 2005. ANVISA, Resolução RDC n.º 33, de 25 de fevereiro de 2003. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucao _sanitaria/33.pdf> Acesso em 20 jun. 2008. ARMOND, G. A.; AMARAL, A. F. H. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (Lixo Hospitalar). In: MARTINS, M. A. (Coord.). Manual de Infecção Hospitalar: Epidemiologia, Prevenção e Controle. 2. ed. Rio de Janeiro: Medsi Editora Médica e Científica Ltda.; 2001. p. 734. BARRETO, G. Como descartar material perfurocortante? Informe IOC. 2007. Disponível: <http://www.ioc.fiocruz.br/pages/informerede/ corpo/informeemail/2007/2308/mat_04_23_08 .html> Acesso em: 23 jun. 2008. BREVIDELLI, M. M.; CIANCIARULLO, T. I. Analise dos acidentes com agulhas em um hospital universitário: situações de ocorrência e tendências. Revista Latino-americana de Enfermagem, 2002. COELHO H. Manual de gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2001. COFFY FILHO, A. I.; RAMPAZZO, S. E. R. Gestão dos Resíduos hospitalares no município de Erechim (RS). Revista de Pesquisa e Pós-Graduação – Santo Ângelo, 2003. DIAS, M. A. A. Resíduos dos serviços de saúde e a contribuição do hospital para a preservação do meio ambiente. Revista da Academia de Enfermagem, 2004. FERRER, A. L. M. et al. Perfurantes e Infectantes: tratamento dos resíduos provenientes de atividades de imunização nos Serviços Públicos de Maringá. Maringá-PR, 2004. GARCIA, L. P.; ZANETTI-RAMOS, B. G. Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: uma questão de biossegurança. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2004. GIR, E.; COSTA, F. P. P.; SILVA, A. M. A. Enfermagem frente acidentes de trabalho potencialmente contaminado na era do HIV. Revista Escola de Enfermagem USP, 1998. LARANJEIRAS, L. Objetos perfurocortantes, [on-line], 2009. Disponível em: <http://www.coladaweb.com/medicina/per.ht m>. Acesso em: 10 mar. 2009. LIMA, F. D. Enquanto profissional de saúde, como devo proceder ao me acidentar com
  • 13. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 1 - 1º Semestre 2013 Página 81   material perfurocortante? [on-line], Julho/2006. Disponível em: < http://189.75.118.68/cbcenf/sistemainscricoes /arquivosTrabalhos/0174.pdf> Acesso em: 10 mar. 2009. LUCENA, N. O. Estudo da prevalência dos acidentes ocupacionais, envolvendo sangue e fluidos corpóreos, na transmissão do HIV, VHB e VHC, ocorridos com profissionais da saúde na Fundação de Medicina Tropical do Estado do Amazonas. [tese de doutorado] Manaus (AM): Universidade Estadual do Amazonas; 2004. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Legislação. Normas Regulamentadoras. NR32. [on-line], 2007. Disponível em: <www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulam entadoras/nr_32.pdf>.Acesso em:10 mai. 2009. OLIVEIRA, A. C.; GONÇALVES, J. A.; PAULA, A. O. Subnotificação dos acidentes de trabalho envolvendo material perfurocortante em um centro cirúrgico. Revista de Enfermagem UFPE, 2008. RAPPARINI, C. Riscos biológicos e profissionais de saúde, [on-line]. 2005. Disponível em: <http://www.riscobiologico.org>. Acesso em: 10 mar 2009. SANTOS, A. P. T. et al. Biossegurança: uma questão da Biomedicina. NewsLab - edição 75 – 2006. SÃO PAULO, Secretaria da Saúde Risco biológico, biossegurança: recomendações gerais/Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Atenção Básica. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde – CODEPPS. Coordenação de Vigilância em Saúde – COVISA – São Paulo: SMS, 2007. SARQUIS, L. M. M.; FELLI, V. E. A. Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes entre os trabalhadores de enfermagem. Revista Escola de Enfermagem, 2002. SÊCCO, I. A. O.; LEROUX, A. M. R.; SANTOS, C. F. Epidemiologia dos acidentes de trabalho com material biológico na equipe de enfermagem de hospital público do Paraná. UNOPAR Cient., Ciênc. Biol. Saúde, Londrina, 2002. SPAGNUOLO, R. S.; BALDO.; R. C. S.; GUERRINI, I. A. Análise epidemiológica dos acidentes com material biológico registrados no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador - Londrina-PR. Revista Brasileira de Epidemiologia, Londrina-PR, 2008. ____________________________________ 1 - Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão, IBPEX - Programa de Pós-graduação lato sensu em Biossegurança - Macapá (AP), Brasil. 2 - Unidade Básica de Saúde Congos (UBS-Congos) - Macapá (AP), Brasil. 3 - Mestrado pelo Programa de Pós Graduação em Ciência da Saúde da Universidade Federal do Amapá, UNIFAP - Macapá (AP), Brasil. 4 - Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá - LACEN-AP, Macapá, Amapá, Brasil. 5 - Vigilância epidemiológica do Estado do Amapá - Macapá, Amapá, Brasil. 6 - Docente do Programa de Pós Graduação em ciência da saúde da Universidade Federal do Amapá, UNIFAP - Macapá (AP), Brasil. 7 - Docente do 1 Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão, IBPEX - Programa de Pós-graduação lato sensu em Biossegurança - Macapá (AP), Brasil. Correspondência: Rubens Alex de Oliveira Menezes – Laboratório Central de Saúde Pública de Macapá – LACEN(AP). Endereço: Avenida Tancredo Neves, 1118. Bairro: São Lázaro, CEP - 68908-530, Setor de Bacteriologia, Tel: 32126175⁄81311306⁄32235534, Macapá – AP, Brasil. E-mail: ra- menezes@hotmail.com