SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Baixar para ler offline
CIÊNCIA EQUATORIAL ISSN 2179-9563
Artigo Original Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011
PESQUISA E CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE MICROBIOLÓGICA DO SOLO,
NA REGIÃO DE SÃO JOSÉ DO BURITI – MG, EM DECORRÊNCIA DA SUBSTITUIÇÃO
DE COBERTURA FLORESTAL NATIVA (CERRADO) POR PLANTAÇÕES DE
EUCALIPTO
Samir Burgel Aburjaile1
; Moacir Pereira da Silva2
; Elisângela Aparecida Fidelis Silva Batista3
; Larissa Paula Jardim
de Lima Barbosa4
; Flávio Henrique Ferreira Barbosa5
 
RESUMO
No Brasil o eucalipto tem sido muito utilizado nos programas de reflorestamento, porém questiona-se sobre as
mudanças que ele pode promover ao solo, pois ele apresenta uma alta eficiência de uso de nutrientes, produzindo,
serrapilheira de baixa qualidade nutricional quando comparada àquelas da maioria das florestas tropicais naturais. Neste
sentido, este trabalho objetivou avaliar as alterações de atributos microbiológicos da serrapilheira e da camada
superficial do solo mineral em decorrência da substituição de cobertura florestal nativa por plantações de eucalipto, em
diferentes sítios florestais da região de São José do Buriti - MG. Além disso, buscou-se também, isolar e diferenciar em
grupos (bactérias e fungos) dos microrganismos em amostras de solo; verificar a influência do plantio de eucalipto
sobre a microbiota do solo (fungos e bactérias) e analisar os impactos negativos gerados por atividades de silvicultura
intensiva e ocupação humana na região. O isolamento e diferenciação microbiana nas coleções de solo de estudo foram
feitos utilizando o método de cultivo direto. As amostras foram processadas e inoculadas em meios sólidos visando à
observação direta quanto à contagem e caracterização das UFC’s. Os solos foram analisados para determinação da
microbiota (fungos e bactérias) em relação à localidade de coleta (área de Cerrado e de plantio de eucaliptos). Neste
trabalho verificou-se que a diversidade microbiológica em solos de cerrado preservado e em solos de plantio de
Eucalipto é aparentemente diferente. No que diz respeito aos níveis (contagem) de microrganismos, os resultados se
assemelham em ambas as áreas verificadas, porém, a quantidade de morfotipos de fungos e bactérias se apresenta em
maior número nas áreas de cerrado do que nas áreas de plantio de Eucalipto. Observa-se que o Cerrado apresenta
microhábitats mais satisfatórios, oferecendo condições favoráveis para o crescimento bacteriano, por causa da
disponibilidade de água e substrato (matéria orgânica variada), difusão de gases e proteção contra predadores.
Palavras-chave: Solo, Microbiota, Impacto, Cerrado.
SEARCH AND CHARACTERIZATION OF DIVERSITY MICROBIOLOGICAL SOIL IN THE
AREA OF SÃO JOSÉ DO BURITI - MG, AS A RESULT OF REPLACEMENT NATIVE FOREST
COVER (SAVANNA) IN EUCALYPTUS PLANTATIONS
ABSTRACT
In Brazil, eucalyptus has long been used in reforestation programs, but wonders about the changes he can promote to
the ground because it has high nutrient use efficiency, producing litter of low nutritional quality when compared to
those of most of natural tropical forests. Therefore, this study aimed to evaluate the changes of microbiological
attributes of litter and topsoil mineral due to the replacement of native forest with plantations of eucalyptus in different
forest sites in the region of São Jose do Buriti - MG. Furthermore, we sought to also isolate and differentiate into groups
(bacteria and fungi) microorganisms in soil samples; verify the influence of eucalyptus plantations on soil microbes
(fungi and bacteria) and analyze the negative impacts generated by activities forestry and intensive human occupation in
the region. Isolation and differentiation in the collections of soil microbial study were made using the method of tillage.
The samples were processed and inoculated on solid media in order to direct observation regarding the counting and
characterization of UFC's. Soils were analyzed for determination of microbial (bacteria and fungi) in relation to the
collection site (Savanna area and planting of eucalyptus). In this study it was found that microbial diversity in savanna
soils preserved in soils and planting Eucalyptus is apparently different. Regarding levels (count) of microorganisms, the
results are similar in both areas checked, however, the amount of morphotypes of fungi and bacteria is present in greater
numbers in grassland areas than in areas of planting Eucalyptus. It is observed that the savanna has microhabitats more
satisfactory, providing favorable conditions for bacterial growth, because of the availability of water and substrate
(organic matter varied), gas diffusion and protection from predators.
Keywords: Soil, Microbiota, Impact, Savanna.
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 70
 
INTRODUÇÃO
As atividades humanas estão
transformando o ambiente do globo e estas
mudanças têm muitas faces. As análises e os
dados sobre muitas destas transformações
problemáticas são fragmentários, o
conhecimento científico é incompleto e as
implicações em longo prazo são desconhecidas
(CUNHA, 2004).
De acordo com Balieiro et al., 2008, o
mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL)
proposto pelo Protocolo de Quioto (PQ)
permite que países desenvolvidos e poluidores
invistam em projetos que diminuam a emissão
de gases de efeito-estufa e, ao mesmo tempo,
promovam o desenvolvimento sustentável de
países em desenvolvimento. Na primeira fase
do PQ, com vigência até 2012, somente os
projetos de afflorestation (aflorestamento) e
reforestation (reflorestamento), no contexto de
uso do solo, poderão ser aprovados
(PEARSON et al., 2005). Desse fato, constata-
se a implantação de projetos dessa natureza no
território brasileiro a partir da década de 1990
(MAY et al., 2005).
Diante do exposto, foi realizado um
estudo sobre plantio de Eucalyptus urophylla
S.T. Blake (eucalipto) com 3,5 anos de idade,
com o objetivo de avaliar as mudanças na
fertilidade e nos estoques de C do solo em uma
toposseqüência e suas possíveis interações
com variáveis de crescimento do eucalipto.
Procurou-se explicar também as variações no
crescimento do eucalipto, por meio do seu
consumo de água. O solo contém uma grande
variedade de microrganismos, incluindo
bactérias, fungos, protozoários, algas e vírus.
Apesar desta diversidade, os microrganismos
cultiváveis predominantes entre a microbiota
do solo são fungos e bactérias heterotróficas
do domínio Bacteria. É, contudo, de ter em
consideração que a flora microbiana presente
numa amostra de solo depende de várias
características do solo particular em estudo
(p.ex. da umidade, do pH, da temperatura, do
conteúdo em oxigênio gasoso e da composição
em material orgânico e inorgânico); e que,
alguns destes parâmetros ambientais podem
variar, por exemplo, ao longo do ano ou em
função do tipo de utilização que é dada ao solo
(p.ex. tipo de cultura agrícola, pastoreio, etc.).
No Brasil o eucalipto tem sido muito
utilizado nos programas de reflorestamento,
porém questiona-se sobre as mudanças que ele
pode promover ao solo, pois ele apresenta uma
alta eficiência de uso de nutrientes,
produzindo, serrapilheira de baixa qualidade
nutricional quando comparada àquelas da
maioria das florestas tropicais naturais.
É sabido que os ecossistemas
funcionam de modo metabólico. Os
microrganismos atuam na ciclagem de
nutrientes essenciais à vida, como gases e
outros subprodutos. Os efeitos antrópicos
negativos decorrentes de diversas atividades
podem levar ao desequilíbrio microbiano local
desestabilizando funções importantes voltadas
à manutenção da saúde animal e vegetal
(CAVALLET; SELBACH, 2008).
Em função dos impactos ambientais
provocados pelo cultivo de eucalipto, dando
ênfase nas propriedades do solo, este pode, em
determinados casos, sofrer modificações de
acordo com a vegetação presente. Desta
maneira, estudos sobre a ecologia microbiana
e sua relação com a vegetação e o ambiente
em que vivem, podem fornecer subsídios sobre
técnicas de cultivo e conservação das
propriedades do solo e caracterização das
culturas microbiológicas presentes no solo.
A substituição da vegetação nativa por
eucalipto pode gera variações físicas, químicas
e microbiológicas no solo. Sendo assim, essas
variações estão diretamente relacionadas com
sua qualidade e produtividade.
É sabido que ao se conhecer as
mudanças nas populações microbiológicas do
solo, devido à substituição da cobertura
vegetal, é possível a elaboração de
interessantes modelos para estudos ecológicos
visando diminuir os impactos do plantio
intensivo de eucaliptos.
Neste sentido, este trabalho objetivou
avaliar as alterações de atributos
microbiológicos da serrapilheira e da camada
superficial do solo mineral em decorrência da
substituição de cobertura florestal nativa por
plantações de eucalipto, em diferentes sítios
florestais da região de São José do Buriti -
MG. Além disso, buscou-se também, isolar e
diferenciar em grupos (bactérias e fungos) dos
microrganismos em amostras de solo; verificar
a influência do plantio de eucalipto sobre a
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 71
 
microbiota do solo (fungos e bactérias) e
analisar os impactos negativos gerados por
atividades de silvicultura intensiva e ocupação
humana na região.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Gama-Rodrigues et. al., 2008,
a preocupação com a sustentabilidade de
plantações florestais na região tropical é
crescente, em virtude do aumento da
intensidade das técnicas de manejo utilizadas
(NAMBIAR, 1996; BARROS &
COMERFORD, 2002), visando ao ganho de
produtividade. Isso resulta em alterações no
estoque e no fluxo de nutrientes em magnitude
que variam com as condições iniciais do solo
com o material genético utilizado e com as
técnicas de manejo.
No Brasil, nos últimos anos, estudos de
abrangência local ou regional (GONÇALVES
ET AL., 2000; LAZARI, 2001; GATTO ET
AL., 2003) têm avaliado o impacto de técnicas
de manejo no solo e no crescimento das
árvores. Sítios de alta qualidade, mesmo que
submetidos a ciclos sucessivos de produção,
podem ter as propriedades químicas do solo
menos afetadas. Em outros sítios, a redução da
fertilidade do solo pode atingir níveis que
comprometem a produtividade, a não ser que
as necessidades de nutrientes sejam supridas
por fertilizantes (O'CONNELL &
SANKARAN, 1997).
No Brasil, o eucalipto tem sido a
principal essência utilizada nos programas de
reflorestamento e, quase sempre, questiona-se
sobre as mudanças que podem promover no
solo. Sabe-se, por exemplo, que ele apresenta
alta eficiência de uso de nutrientes,
produzindo, como conseqüência, serrapilheira
de baixa qualidade nutricional quando
comparada àquela da maioria das florestas
tropicais naturais (GAMA-RODRIGUES &
BARROS, 2002). Essa serrapilheira, com
baixa taxa de decomposição, poderia atuar
como uma barreira física contra processos
erosivos e funcionaria como uma reserva de
nutrientes para futuros plantios de eucalipto ou
outra cultura (GAMA-RODRIGUES, 1997).
Pela extensão da área cultivada com
eucalipto no País, há um crescente interesse
em avaliar seus possíveis efeitos nos atributos
do solo. Uma das estratégias utilizadas para
avaliar alterações do solo em decorrência do
tipo de uso e de técnicas de manejo é a
comparação de atributos do solo manejado
com os de solo não manejado sob vegetação
natural (BARROS & COMERFORD, 2002).
Nesse sentido, a biomassa microbiana
tem sido considerada um atributo sensível aos
impactos causados pelo manejo do solo
(GAMA-RODRIGUES, 1997). Ela representa
o compartimento no qual a ciclagem de C
orgânico é mais rápida, e tem sido usada em
estudos de fluxos de C e de nutrientes em
vários ecossistemas terrestres (VAN VEEN
ET AL., 1984; JENKINSON & PARRY,
1989; PAUL & CLARK, 1989; ROSS ET AL.,
1995; GAMA-RODRIGUES ET AL., 1997).
A biomassa e a atividade microbiana
têm sido propostas como bioindicadores dos
níveis de matéria orgânica e da qualidade do
solo, auxiliando na orientação de mudanças
das técnicas de manejo do solo (MELE &
CARTER, 1993).
Matéria Orgânica do Solo (MOS)
Segundo Lima et. al., 2008, a matéria
orgânica do solo (MOS) é o maior reservatório
de C terrestre se as reservas fósseis não forem
consideradas. Ela pode representar cerca de
duas vezes a quantidade de C da atmosfera e
da biomassa vegetal (SWIFT, 2001).
Sua constituição é bastante complexa,
sendo formada por diversas frações com
tempos de residência variando desde semanas
(como a biomassa microbiana) até milhares de
anos (como a fração humina). Na maioria dos
solos, as formas mais recalcitrantes são
dominantes em termos quantitativos e,
portanto, constituem um compartimento que
desempenha papel crucial no seqüestro do C
em formas estáveis, com prolongado tempo de
residência (STEVENSON, 1994;
TRUMBORE, 2000). Em cultivos de ciclo
mais longo, como é o caso florestal, a MOS
parece ser uma das características
estreitamente relacionada com a
sustentabilidade da produção em longo prazo
(MENDHAM ET AL., 2004).
A intervenção na vegetação existente
durante estabelecimento de culturas anuais,
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 72
 
pastagens e florestas comerciais pode levar a
um decréscimo nos estoques de MOS graças
ao incremento no processo erosivo, aceleração
da decomposição, redução no aporte de
material vegetal ou diferenças na qualidade
dos resíduos. Vários fatores afetam a
magnitude e a rapidez com que essas
mudanças ocorrem, incluindo a natureza do
uso, tipo de solo, clima e vegetação original
(PAUL ET AL., 2002). Leite et al. (2003)
observaram diminuição no estoque de C
orgânico total e em todas as frações húmicas
do solo quando se substituiu a mata nativa
(Floresta Atlântica) por cultivos anuais (milho)
na Zona da Mata-MG.
Guggenberger & Zech (1999)
observaram, na Costa Rica, que a substituição
de floresta natural por agricultura resultou
numa diminuição no conteúdo da MO
particulada, sendo a matéria orgânica
associada às frações silte e argila menos
alterada em relação à matéria orgânica
associada à fração areia e à matéria orgânica
leve.
Esses autores observaram redução na
concentração de C orgânico do solo quando a
floresta natural foi substituída por pastagem.
Entretanto, resultado oposto foi verificado no
Brasil, em solo com 20 anos com pastagem em
área anteriormente ocupada por mata nativa
(MORAES ET AL., 1996). Isto se deve,
provavelmente, ao bom manejo da pastagem,
dando condições para aumento no estoque de
C orgânico do solo.
Em trabalho de revisão, em que foram
envolvidos solos de diversas partes do mundo,
Guo & Gifford (2002) não observaram, de
maneira geral, mudanças no estoque de C
orgânico do solo quando foi substituída a mata
nativa por eucalipto. Mendham et al. (2004)
também não observaram diferença na
concentração de C orgânico do solo ao
comparar plantios de Eucalyptus globulus com
idade de 11–14 anos com pastagem na
Austrália.
No entanto, esses autores observaram
que a concentração de C da matéria orgânica
particulada foi maior no solo sob eucalipto, em
virtude da maior deposição de resíduo
orgânico por essa cultura, podendo ser usada
como indicadora mais sensível à mudança de
uso do solo (WU ET AL., 2004). Leite (2001)
encontrou menores teores de C orgânico total
(COT) no solo sob eucalipto (após três ciclos
de cultivo) em relação ao solo sob mata nativa
na região do Vale do Rio Doce-MG.
Os motivos que levaram a resultados
distintos entre esses estudos não são evidentes,
mas podem incluir diferenças na idade da
floresta por ocasião da coleta das amostras,
tipo de manejo de solo, clima, dentre outros
fatores. Também, não se sabe quais as frações
da MOS foram mais alteradas com o cultivo
do eucalipto.
Nitrogênio, Carbono e Atividade da
Biomassa Microbiana do Solo em
Plantações de Eucalipto.
Para Gama-Rodrigues et. al. (2005), o
eucalipto é a essência florestal mais plantada
nos programas de reflorestamento no Brasil,
normalmente em solos de baixa fertilidade e
onde a quantidade e a distribuição das chuvas
limitam a sobrevivência e o crescimento das
árvores. A técnica de fertilização e o processo
de ciclagem de nutrientes são fundamentais
para elevar e manter a produção florestal
desses plantios. Os ganhos de produtividade
dessas plantações em resposta à aplicação de
N têm sido relativamente baixos, o que indica
que o solo tem sido capaz de suprir boa parte
da demanda deste nutriente para as plantas. O
N da biomassa microbiana é tido como uma
fração facilmente disponível, mas pouco se
sabe sobre como fatores bióticos e abióticos
afetam a sua dinâmica em plantações de
eucalipto no Brasil.
A biomassa microbiana é um
compartimento da matéria orgânica do solo
diretamente influenciado por fatores bióticos e
abióticos, sendo, portanto, sensível às
mudanças ocorridas no sistema. Parton et al.
(1989), em estudos sobre a dinâmica da
matéria orgânica do solo, consideraram três
frações principais, com diferentes tempos de
ciclagem: a ativa (0 a 14 anos), a lenta (cinco
anos) e a passiva (150 anos). Em razão dessas
diferenças temporais, a variação no teor de
matéria orgânica do solo, baseada apenas no
teor de C orgânico do solo, decorrente de
mudanças do uso da terra e de técnicas de
manejo, pode não ser detectável, enquanto a
resposta da fração ativa, que contém a
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 73
 
biomassa microbiana e seus metabólitos,
ocorre muito mais rapidamente.
Gama-Rodrigues (1997), trabalhando
no Sul da Bahia, não encontrou diferença
significativa nos teores de C orgânico e N total
de solos sob diferentes coberturas florestais.
Entretanto, o C e o N da biomassa microbiana
variaram significativamente entre as
coberturas estudadas. Além destes resultados,
por meio de análise estatística multivariada, o
autor observou, dentre os atributos do solo
analisados, que o C da biomassa microbiana
foi o que mais contribuiu (27,73%) para a
distinção entre as coberturas florestais,
enquanto o C orgânico contribuiu com apenas
6,06%.
A biomassa microbiana é
proporcionalmente a menor fração do C
orgânico do solo e constitui uma parte
significativa e potencialmente mineralizável
do N disponível para as plantas. Apresenta
rápida ciclagem, responde intensamente a
flutuações sazonais de umidade e temperatura,
ao cultivo e ao manejo de resíduos. A variação
das condições macroclimáticas tem efeito na
atividade e biomassa microbiana do solo e,
subseqüentemente, no ciclo global do C e N.
Desta forma, é possível utilizar a estimativa da
biomassa microbiana como um indicador
biológico dos níveis da matéria orgânica do
solo, ou como índice de qualidade do solo
(MELE & CARTER, 1993; GAMA-
RODRIGUES, 1999).
A Conservação do Bioma Cerrado
A preocupação com a conservação e
restauração do Cerrado vem crescendo nos
últimos anos, em virtude da ameaça de
extinção das áreas desse ecossistema. Nos
ambientes tropicais e subtropicais de
ocorrência natural do Cerrado há
predominância de solos altamente
intemperizados, e a matéria orgânica do solo
(MOS) tem papel fundamental na sua
fertilidade. Por sua vez, as substâncias
húmicas (SHs) constituem a maior parcela do
compartimento de carbono (C) estável da
MOS.
A maior parte dos resíduos vegetais,
quando chegam ao solo, é rapidamente
transformada, podendo ainda sofrer seqüestro
pela fração mineral ou transformação
bioquímica por meio do processo
genericamente conhecido como humificação.
Tanto a mineralização como a humificação são
dependentes da atividade biológica. De acordo
com Cerri & Volkoff (1988), os principais
fatores que controlam a formação do húmus
são a temperatura, presença ou ausência de
cátions básicos no solo, nitrogênio e
drenagem. Esses são os fatores que mais
influenciam a atividade biológica, os quais
podem variar conforme o ambiente e a ação
antrópica.
As diferentes frações de carbono
orgânico humificado do solo apresentam
características químicas, físicas e morfológicas
distintas, e a distribuição dessas frações pode
indicar a qualidade da MOS (LIMA, 2004). Os
ácidos húmicos (AHs), constituintes das SHs,
são compostos estáveis, ou seja, de difícil
degradação (STEVENSON, 1994). Esses
compostos interagem com o meio circundante,
interferindo nas propriedades químicas, físicas
e biológicas do solo (CANELLAS, 1999). São,
portanto, um sinalizador natural do processo
de humificação e refletem tanto a condição de
gênese como a de manejo do solo (ZECH ET
AL., 1997).
A caracterização da qualidade dos AHs
pode auxiliar na compreensão da MOS,
funcionando como um indicador do ambiente
solo. Assim, um monitoramento mais eficiente
poderá aprimorar o uso das estratégias de
recuperação dos solos, conservação e
ampliação dos remanescentes de Cerrado.
MATERIAL E MÉTODOS
Isolamento e Diferenciação da
Diversidade Microbiana do Solo
O isolamento e diferenciação
microbiana nas coleções de solo de estudo
foram feitos utilizando o método de cultivo
direto. As amostras foram processadas e
inoculadas em meios sólidos visando à
observação direta quanto à contagem e
caracterização das UFC’s.
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 74
 
Amostragem
Amostras de solo e de serrapilheira
foram coletadas em plantios comerciais de
eucalipto, com sete anos de idade e em áreas
contíguas de formação arbórea nativa, em
quatro sítios florestais da região do município
de São José do Buriti - MG em setembro de
2009. Em cada sítio, para cada cobertura
florestal, foram estabelecidas quatro parcelas
(20 x 20 m) para amostragem do solo e da
serrapilheira. Em cada parcela, foram
coletadas quatro amostras compostas (1
amostra composta/ 23 amostras simples) de
solo da camada de 0–10 cm. Para a coleta da
serrapilheira, considerada aqui como todo
material acumulado sobre o solo (folhas,
galhos, cascas etc.), em diferentes graus de
decomposição, foi utilizado um gabarito
quadrado de madeira de 0,25 m2
em quatro
repetições. As amostras de solo e de
serrapilheira foram armazenadas a 4 °C
(WARDLE, 1992) por um período de no
máximo 24 horas, antes das análises.
As amostras de solo foram
destorroadas e passadas em peneira de 1,68
mm de malha, homogeneizadas, retirando-se
as raízes e resíduos visíveis de plantas e
animais do solo. Os solos foram analisados
para determinação da microbiota (fungos e
bactérias) em relação à localidade de coleta
(área de Cerrado e de plantio de eucaliptos).
Determinação dos Parâmetros
Biológicos
Para a determinação de parâmetros
biológicos as amostras de solo foram coletadas
com instrumental esterilizado ou desinfetado.
A terra com umidade natural foi acondicionada
em sacos plásticos firmemente amarrados e
conservados em geladeira. Levo-se as
amostras para o laboratório, preferencialmente
dentro de 24 horas.
Amostras de solo para quantificação de
esporos de fungos micorrízicos arbusculares
são mais bem preservadas se o solo estiver
bem seco.
Isolamento e Enumeração de
Microrganismos Cultiváveis Presentes em
Uma Amostra de Solo
Isolar e contar, a partir de uma amostra
de solo, colônias de microrganismos
pertencentes aos grupos das bactérias
heterotróficas e dos fungos miceliais.
Recorreu-se a diluições sucessivas de uma
suspensão da amostra de solo em solução
salina (contendo 0,9% (p/v) em NaCl) , e ao
espalhamento de um volume conhecido (0,1
ml) das suspensões diluídas, em meios de
cultura agarizados com composição apropriada
para a multiplicação celular de cada tipo de
microrganismo a isolar. Neste trabalho
utilizou-se, concretamente, o meio Sabouraud,
para o isolamento de fungos filamentosos, e o
meio BHI (“Brain Heart Infusion”), que é um
meio não-seletivo, para o isolamento de
bactérias heterotróficas diversas.
Para isolamento e diferenciação
microbiana foi utilizada a metodologia
sugerida por Moreira e Siqueira (2006) de
acordo com as seguintes etapas:
1. Pesar 1 grama da amostra de
solo (total 200 g);
2. Junto à chama do bico de
Bunsen, transferir 1 grama da amostra de solo
para o frasco contendo 100 ml de solução
salina esterilizada;
3. Agitar vigorosamente a
suspensão de solo preparada no passo anterior,
de modo a obter uma suspensão homogênea da
amostra de solo e a facilitar a suspensão na
água da maior parte das células dos
microrganismos adsorvidas nas partículas de
solo;
4. Junto à chama do bico de
Bunsen, transferir 1 mL da suspensão original
(preparada acima) para tubos de ensaio
contendo 9 ml de solução salina estéril, de
modo a diluir a suspensão de 10-1 (ou, 1:10).
Faça diluições sucessivas até 10-4 (1:10000);
5. Proceder ao espalhamento das
suspensões diluídas no passo anterior, sobre
meio sólido adequado contido em placas de
Petri. Para tal, junto à chama do bico de
Bunsen, transferir 0,1 ml da suspensão original
e de cada uma das suspensões diluídas no
passo 4, para a superfície de meio Sabouraud
(até à diluição 10-3) ou de meio BHI (até à
diluição 10-4), contidos em placas de Petri
convenientemente identificadas.
6. Espalhar as suspensões diluídas
sobre o meio sólido com uma alça de
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 75
 
Drigalsky esterilizada por imersão em álcool
etílico e passada pela chama do bico de
Bunsen.
7. Incubar as placas à temperatura
ambiente, durante 3 a 5 dias;
8. Contar as colônias isoladas em
cada placa. Com base nessa contagem, fazer
estimativas do nº de Unidades Formadoras de
Colônias (UFC’s) de cada um dos dois grupos
de microrganismos presentes num grama de
solo. Fazer ainda uma descrição sumária das
características morfológicas das colônias
isoladas de cada um dos dois grupos de
microrganismos pesquisados.
9. Proceder à identificação por
métodos microscópicos (colorações) e
metabólicos.
Análise Estatística
Em cada sítio, os dados serão
submetidos à análise de variância utilizando-se
o delineamento inteiramente casualizado e
adotando-se o teste F, a 5 %, para comparação
entre coberturas vegetais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A agricultura moderna é caracterizada
pela busca constante do aumento da
produtividade das culturas agrícolas por meio
da utilização da mecanização, irrigação,
adubação química e aplicação de pesticidas,
aliadas ao melhoramento dos genótipos
vegetais. Os programas governamentais para o
setor agrícola nas décadas de 70 e 80
contribuíram grandemente para o
desenvolvimento de tecnologias que
possibilitaram a abertura de novas fronteiras
agrícolas, como o Cerrado, onde são
cultivados atualmente mais de 15 milhões de
hectares (dentre estas culturas temos a do
Eucalipto), e a tecnificação da agropecuária
brasileira, a qual tem apresentado profundos
reflexos nas safras agrícolas atuais.
Entretanto, apesar desse cenário
otimista, o impacto ambiental causado pela
intensificação da exploração agrícola nem
sempre recebeu a atenção necessária. A
ausência de conhecimento aprofundado sobre
o ecossistema e/ou planejamento inadequado
na utilização das terras levou a um quadro de
intensa degradação ambiental, com perda de
recursos não-renováveis e da biodiversidade
não só no Brasil como em outros países
(SHIKI, 1997).
Esse cenário “pós-revolução verde”
passou a exigir, em âmbito mundial, a busca
de parâmetros capazes de mostrar e atestar que
um agroecossistema está sendo perturbado ou
que não é sustentável do ponto de vista
ambiental e econômico. Nesse sentido, alguns
indicadores mais facilmente
mensuráveis/visíveis, como a análise da
fertilidade química do solo e, principalmente, a
presença de erosão nas lavouras, começaram a
ser utilizados para avaliar o efeito das práticas
agrícolas, então desenvolvidas, na degradação
das áreas cultivadas (DERPSCH, 2000).
A constatação do aumento de áreas
agrícolas degradadas pelo plantio do
Eucalipto, tem levado a uma mudança de
concepção do uso da terra, baseada em uma
visão holística do processo agrícola, onde os
recursos naturais (solo, água e biodiversidade)
são explorados de forma mais sustentável.
Percebe-se, desde a última década, que a
sociedade tem debatido de forma incisiva os
atuais sistemas de produção agrícola,
observando-se um aumento gradativo do
número de adeptos tanto na sociedade como
no meio científico de uma agricultura menos
impactante ao ambiente. Frutos dessa nova
concepção é o constante crescimento do
plantio direto, que hoje ocupa no Brasil uma
área superior a 15 milhões de hectares
(DERPSCH, 2000), e o surgimento dos
sistemas agrícolas chamados alternativos:
agricultura orgânica, agroecologia, agricultura
biodinâmica, etc.
Sendo assim, se por um lado existe
hoje uma enorme área no País dedicada à
monocultura, especialmente para o Eucalipto,
onde se vislumbra a máxima produtividade,
há, por outro, um apelo emergente ao
desenvolvimento de uma agricultura capaz de
utilizar os recursos naturais de forma racional
e que promova o desenvolvimento de práticas
de conservação do solo.
Apesar de não ser recente, a discussão
sobre o uso de indicadores vem ganhando
força e expõe a dificuldade de se chegar a um
consenso sobre quais parâmetros são capazes
de atestar o impacto do uso agrícola dos solos.
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 76
 
Em termos práticos, os agricultores utilizam
indicadores “empíricos”, como a presença de
determinadas plantas, insetos, minhocas, entre
outros, além da análise da fertilidade química
do solo, presença de erosão na propriedade,
teor de matéria orgânica no solo e
compactação do solo (KARLEN et al., 2003).
No meio científico, além desses
parâmetros, figuram as avaliações de atividade
microbiana, como a respiração do solo e a
utilização de fontes de carbono e o tamanho e
biodiversidade de macro e microrganismos
(TURCO & BLUME, 1999).
A diversidade de microrganismos como
indicador da qualidade do solo tem sido
bastante debatida, especialmente na última
década, com o advento de técnicas de biologia
molecular que têm favorecido a avaliação dos
microrganismos em amostras ambientais
(Coutinho et al., 1999; Rosado, 2000; Tiedje et
al., 2001). O principal argumento a favor dessa
característica ambiental é o fato da diversidade
microbiana manter-se naturalmente inalterada
ao longo do ano (SMIT et al., 2001;
JOHNSON et al., 2003).
Neste trabalho verificou-se que a
diversidade microbiológica em solos de
cerrado preservado e em solos de plantio de
Eucalipto é aparentemente diferente. No que
diz respeito aos níveis (contagem) de
microrganismos, os resultados se assemelham
em ambas as áreas verificadas, porém, a
quantidade de morfotipos de fungos e bactérias
se apresentam em maior número nas áreas de
cerrado do que nas áreas de plantio de
Eucalipto (tabela 1). Observa-se que o Cerrado
apresenta microhábitats mais satisfatórios,
oferecendo condições favoráveis para o
crescimento bacteriano, por causa da
disponibilidade de água e substrato (matéria
orgânica variada), difusão de gases e proteção
contra predadores.
Tabela 1. Concentração microbiana e números de
morfotipos para bactérias e fungos nas áreas de
cerrado e plantio de eucalipto.
Amostras
Solo
[ ] UFC/g
de solo
Número de
Morfotipos
Bactérias
Número de
Morfotipos
Fungos
Cerrado
1 2,47 x 104
17 4
2 1,8 x 103
6 2
3 2,16 x 103
9 2
4 1,3 x 105
14 3
Eucalipto
1 1,78 x 103
3 2
2 1,54 x 103
4 3
3 2,38 x 103
5 1
4 2,75 x 104
5 2
A diversidade de microrganismos é tão
vasta quanto desconhecida. Um grama de solo
pode conter 10 bilhões de microrganismos,
representando milhares de espécies
(ROSSELÓ-MORA & AMANN, 2001). O
número de espécies microbianas identificadas
cresce a cada ano, sendo descritos mais de
47.000 fungos, 30.000 protozoários, 26.000
algas, 5.000 bactérias e 1.000 vírus (WILSON,
1988; ROSSELLÓ-MORA & AMMAN,
2001). Esses números são, no entanto,
pequenos diante do total de espécies, estimado
em cerca de dois milhões (ROSSELÓ-MORA
& AMANN, 2001). Isso significa que foram
descobertas e nomeadas até o presente
momento, talvez, menos de 0,1% e no máximo
10% das espécies microbianas, dependendo do
hábitat estudado (TRÜPER, 1992; ROSSELÓ-
MORA & AMMAN, 2001).
A principal razão para isso é que, até
pouco tempo atrás, os microrganismos tinham
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 77
 
que ser cultivados para serem identificados
(PACE, 1986) e, além disso, o tamanho
microscópico dos microrganismos, a
frequência de ocorrência das populações, a
sazonalidade, e em muitos casos, a
dependência de hospedeiros e/ou substratos
específicos para sua sobrevivência e
multiplicação também eram importantes
limitações (TORSVIK & ØVREÅS, 2002).
Em relação à diferença de valores
observados devido às variações de datas para a
coleta das amostras, sabe-se que em um
agroecossistema, a variação da diversidade
microbiana ao longo das estações do ano ainda
não é bem compreendida, já que em cada
estação parece ocorrer uma comunidade
microbiana dominante acompanhada de outras
pouco abundantes que, muitas vezes, estão
abaixo do nível de detecção dos métodos
atuais de avaliação (TORSVIK & ØVREÅS,
2002).
Tais variações estão diretamente
ligadas ao regime hídrico e ao clima da região,
à estrutura e ao manejo do solo, e ao teor e à
qualidade dos resíduos vegetais aportados
(ROGERS & TATE III, 2001; TIEDJE ET
AL., 2001). Um solo com teor elevado de
matéria orgânica tende a manter a população
microbiana mais estável ao longo do ano,
provavelmente, em decorrência da riqueza de
nichos ecológicos, pela heterogeneidade das
fontes de carbono (DE FEDE ET AL., 2001;
GRAYSTON ET AL., 2001).
Figura 1. Exemplo de colônias de bactérias
heterotróficas em meio BHI (diluição 10-2
)
Figura 2. Exemplo de colônias de fungos em meio
Sabouraud (diluição 10-2
)
CONCLUSÃO
Uma moderna concepção de qualidade
de solo deve ser coerente com as
particularidades inerentes a cada ecossistema.
Deve considerar, por exemplo, que o principal
problema nos solos tropicais é a degradação do
solo e a carência ou pobreza de nutrientes
conforme ocorre nas culturas de Eucaliptos.
Essa abordagem diferenciada é
essencial para que se encontrem soluções que
efetivamente contribuam para o
desenvolvimento de manejos sustentáveis do
solo. Além disso, a difusão do conceito de
qualidade do solo tanto entre pesquisadores
como entre agricultores é um fator importante
para o desenvolvimento de aspectos culturais
voltados à agricultura.
Diante dos conhecimentos atuais, o uso
da diversidade microbiana como indicador de
qualidade do solo vem tendo um avanço muito
importante. Isso porque tem se tornado
consenso que a diversidade microbiana possui
importantes vantagens como indicador de
qualidade do solo.
Porém, embora muitos esforços tenham
sido empregados e resultados obtidos,
especialmente nos últimos 10 anos, existem
ainda limitações que dificultam a correlação da
diversidade microbiana com o conceito de
qualidade do solo. Limitações essas que estão
associadas aos métodos de avaliação da
diversidade microbiana e à compreensão da
sua contribuição para os agroecossistemas.
De qualquer forma, espera-se que a
diversidade microbiológica é maior nos solos
preservados do bioma Cerrado e, que
monoculturas como a do Eucalipto podem
atuar diminuindo a diversidade de
microrganismos tanto pela redução das
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 78
 
diversas fontes de matéria orgânica quanto
pelo acúmulo no solo de substâncias
oleaginosas presentes nas folhas do Eucalipto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALIEIRO, Fabiano de Carvalho et al .
Fertilidade e carbono do solo e uso da água
pelo eucalipto numa topossequencia em
Seropédica, RJ. Rev. Árvore, Viçosa, v. 32,
n. 1, fev. 2008.
BARROS, N.F. & COMERFORD, N.B.
Sustentabilidade da produção de florestas
plantadas na região tropical. In: ALVAREZ
V., V.H.; SCHAEFER, C.E.G.R.; BARROS,
N.F.; MELLO, J.W.V. & COSTA, L.M., eds.
Tópicos em ciência do solo. Viçosa, MG,
Sociedade Brasileira Ciência do Solo, 2002.
p.487-592.
CANELLAS, L.P. Avaliação de
características físico-químicas de ácidos
húmicos. Seropédica, Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro, 1999. 164p. (Tese de
Doutorado)
CAVALLET, L. E.; SELBACH, P. A.
Populações microbianas em solo agrícola sob
aplicação de lodos de curtume. Revista.
Brasileira de Ciências do Solo, Viçosa – MG,
vol. 32, p. 2863-2869, Outubro – Dezembro.
2008.
CERRI, C.C. & VOLKOFF, B. Matéria
orgânica de três solos dos campos inundáveis
da Ilha de Marajó/PA. R. Bras. Ci. Solo,
12:93-100, 1988.
CUNHA, A. C. et al. Qualidade
microbiológica da água em rios de áreas
urbanas e periurbanas no baixo Amazonas: o
caso do Amapá. Engenharia Sanitária e
Ambiental, Rio de Janeiro – RJ, vol. 9, nº
4, p. 322-328, Outubro – Dezembro, 2004.
DE FEDE, K. L.; PANACCIONE, D. G.;
SEXTONE, A. J. Characterization of dilution
enrichment cultures obtained from size-
fractionated soil bacteria by BIOLOGR
community-level physiological profiles and
restriction analysis of 16S rDNA genes. Soil
Biology and Biochemistry, Oxford, v. 33, n.
11, p. 1555-1562, 2001.
DERPSCH, R. Expansão mundial do plantio
direto. Revista Plantio Direto, Passo Fundo,
v. 59, n. 1, p. 32 - 40, 2000.
GAMA-RODRIGUES, A.C. & BARROS,
N.F. Ciclagem de nutrientes em floresta
natural e em plantios de eucalipto e de dandá
no sudeste da Bahia, Brasil. R. Árvore,
26:193-207, 2002.
GAMA-RODRIGUES, E.F. Carbono e
nitrogênio da biomassa microbiana do solo
e da serapilheira de povoamentos de
eucalipto. Seropédica, Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro, 1997. 108p. (Tese de
Doutorado)
GAMA-RODRIGUES, E.F.; GAMA-
RODRIGUES, A.C. & BARROS, N.F.
Biomassa microbiana de carbono e de
nitrogênio de solos sob diferentes coberturas
florestais R. Bras.Ci. Solo, 21:361-365, 1997.
GAMA-RODRIGUES, Emanuela Forestieri da
et al . Alterações na biomassa e na atividade
microbiana da serapilheira e do solo, em
decorrência da substituição de cobertura
florestal nativa por plantações de eucalipto, em
diferentes sítios da Região Sudeste do Brasil.
Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa , v. 32, n.
4, ago. 2008.
GAMA-RODRIGUES, Emmanuela Forestieri
da et al . Nitrogênio, carbono e atividade da
biomassa microbiana do solo em plantações de
eucalipto. Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa , v.
29, n. 6, dez. 2005
GATTO, A.; BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.;
COSTA, L.M. & NEVES, J.C.L. Efeito do
método de preparo do solo, em área de
reforma, nas suas características, na
composição mineral e na produtividade de
plantações de Eucalyptus grandis. R. Árvore,
27:635-646, 2003.
GONÇALVES, J.L.M.; STAPE, J.L.;
BENEDETTI, V.; FASSEL, V.A.G. &
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 79
 
GAVA, J.L. Reflexos do cultivo mínimo e
intensivo do solo em sua fertilidade e nutrição
das árvores. In: GONÇALVES, J.L.M. &
BENEDETTI,V., eds. Nutrição e fertilização
florestal. Piracicaba, IPEF, 2000. p.1-57.
GRAYSTON, S. J.; GRIFFTIH, G. S.;
MAWDESLEY, J. L.; CAMPEBELL, C. D.;
BARDGETT, R. D. Accounting of variability
in soil microbial communities of temperate
upland grassland ecosystem. Soil Biology and
Biochemistry, Oxford, v. 33, n. 4/5, p. 533-
551, 2001.
GUGGENBERGER, G. & ZECH, W. Soil
organic matter composition under primary
forest, pasture, and secondary forest
succession, Región Huetar North, Costa Rica.
For. Ecol. Manag., 124:93-104, 1999.
GUO, L.B. & GIFFORD, R.M. Soil carbon
stocks and use change: A meta analysis.
Global Change Biol., 8:345-360, 2002.
JENKINSON, D.S. & PARRY, L.C. The
nitrogen cycle in the broadbalk wheat
experiment: a model for the turnover of
nitrogen through the soil microbial biomass.
Soil Biol. Biochem., 21:535-541, 1989.
JOHNSON, M. J.; LEE, K. Y.; SCOW, K. M.
DNA fingerprint reveals links among
agricultural crops, soil properties, and the
composition of soil microbial communities.
Geoderma, Amsterdam, v. 114, n. 3/4, p. 279-
303, 2003.
KARLEN, D. L.; DITZLER, C. A.;
ANDREWS, S. S. Soil quality: why and how?
Geoderma, Amsterdam, v. 114, n. 3/4, p. 145-
156, 2003.
LAZARI, M.F. Nitrificação em solos sob
plantações de eucaliptos com diferentes
idades. Viçosa, MG, Universidade Federal de
Viçosa, 2001.49p. (Tese de Mestrado)
LEITE, F.P. Relações nutricionais e
alterações de características químicas de
solo da Região do Vale do Rio Doce pelo
cultivo do eucalipto. Viçosa, MG,
Universidade Federal de Viçosa, 2001. 72p.
(Tese de Doutorado)
LEITE, L.F.C.; MENDONÇA, E.S.; NEVES,
J.C.L.; MACHADO, P.L.O. & GALVÃO,
J.C.C. Estoque de carbono orgânico e seus
compartimentos em Argissolo sob floresta e
sob milho cultivado com adubação mineral e
orgânica. R. Bras. Ci. Solo, 27:821-832, 2003.
LIMA, A.M.N. Estoque de carbono e frações
da matéria orgânica do solo sob
povoamento de eucalipto no Vale do Rio
Doce – MG. Viçosa, MG, Universidade
Federal de Viçosa, 2004. 109p. (Tese de
Doutorado)
LIMA, Augusto Miguel Nascimento et al .
Frações da matéria orgânica do solo após três
décadas de cultivo de eucalipto no Vale do Rio
Doce-MG. Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa ,
v. 32, n. 3, jun. 2008
MAY, P. et al. Incorporando o
desenvolvimento sustentável nos projetos de
carbono florestal no Brasil e na Bolívia.
Estudos Sociedade e Agricultura, v.13, n.1,
p.5-50, 2005.
MELE, P.M. & CARTER, M.R. Effect of
climatic factors on the use of microbial
biomass as an indicator of changes in soil
organic matter. In: MULONGOY, K. &
MERCKX, R., eds. Soil organic matter
dynamics and sustainability of tropical
agriculture. New York, Jonh Wiley & Sons,
1993. p.57-64.
MENDHAM, D.S.; HEAGNEY, E.C.;
CORBEELS, M.; O'CONNELL, A.M.;
GROVE, T.S. & McMURTRIE, R.E. Soil
particulate organic matter effects on nitrogen
availability after afforestation with Eucalyptus
globulus. Soil Biol. Biochem., 36:1067-1074,
2004.
MORAES, J.F.L.; VOLKOFF, B.; CERRI,
C.C. & BERNOUX, M. Soil properties under
Amazon forest and changes due to pasture
installation in Rondônia, Brazil. Geoderma,
70:63-81, 1996.
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 80
 
NAMBIAR, E.K.S. Sustaining productivity of
forests as a continuing challenge to soil
science. Soil Sci Soc. Am. J., 60:1629-1642,
1996.
O'CONNELL, A.M. & SANKARAN, K.V.
Organic matter accretion, decomposition and
mineralization. In: NAMBIAR, E.K.S. &
BROWN, A.G., eds. Management of soil,
nutrients and water in tropical plantation
forest. Melbourne, ACIAR, 1997. p.443-480.
PACE, N. R.; STAHL, D. A.; LANE, D. J.;
OLSEN, G. J. The analysis of natural
microbial populations by ribosomal RNA
sequences. Advances in Microbial Ecology,
New York, v. 9, n. 1, p. 1-55, 1986.
PARTON, W.J.; SANFORD, R.L.;
SANCHEZ, P.A. & STEWART, J.W.B.
Modeling soil organic matter dynamics in
tropical soils. In: COLEMAN, D.C.; OADES,
J.M. & WEHARA, G., eds. Dynamics of soil
organic matter in tropical ecosystems.
Honolulu, NifTal Project, 1989. p.153-171.
PAUL, E.A. & CLARK, F.E. Dynamics of
residue decomposition and soil organic matter
turnover In: PAUL, E.A. & CLARK, F.E. Soil
microbiology and biochemistry. California,
Academic Press, 1989. p.117-132.
PAUL, K.I.; POLGLASE, P.J.;
NYAKUENGAMA, J.G. & KHANNA, P.K.
Change in soil carbon following afforestation.
For. Ecol. Manag., 168:241-257, 2002.
PEARSON, T.; WALKER, S.; BROWN, S.
Sourcebook for land use, land-use change and
forestry projects. BioCarbonFund, 2005, 57p.
ROGERS, B. F.; TATE III, R. L. Temporal
analysis of the soil microbial community along
a toposequence in Pineland soils. Soil Biology
and Biochemistry, Oxford, v. 33, n. 10, p.
1389-1401, 2001.
ROSS, D.J.; SPARLING, G.P.; BURKE, C.M.
& SMITH, C.T. Microbial biomass C and N,
and mineralizable-N, in litter and mineral soil
under Pinus radiata on a coastal sand:
Influence of stand age and harvest
management. Plant Soil, 175:167-177, 1995.
ROSSELÓ-MORA, R.; AMANN, R. The
species concept for prokaryotes. FEMS
Microbiology Review, Amsterdam, v. 25, n.
1, p. 39-67, 2001.
SHIKI, S. Sistema agroalimentar no cerrado
brasileiro. In: SHIKI, S.; SILVA, J.G. da;
ORTEGA, A.C. (Org.). Agricultura, meio
ambiente e sustentabilidade do cerrado
brasileiro. Uberlândia: UFU, 1997. p.135-
166.
SMIT, E.; LEEFLANG, P.; GOMMANS, S.;
VAN DEN BROEK, J.; VAN, M. S.;
WERNARS, K. Diversity and seasonal
fluctuations of the dominant members of the
bacterial soil community in a wheat field as
determined by cultivation and molecular
methods. Applied and Environmental
Microbiology, Washington, v. 67, n. 5, p.
2284-2291, 2001.
STEVENSON, F.J. Humus chemistry:
Genesis, composition and reactions. 2.ed.
New York, Willey & Sons, 1994. 496p.
SWIFT, R.S. Method for extraction of IHSS
soil fulvic and humic acids. In: SPARKS,
D.L.; PAGE, A.L.; HELMKE, P.A.;
LOEPPERT, R.H.; SOLTANPOUR, P.N.;
TABATABAI, M.A.; JOHNSTON, C.T. &
SUMMER, M.E., eds. Methods of soil
analysis. Part 3. Chemical methods.
Madison, Soil Science Society of America
Books, 1996. p.1018-1020.
TIEDJE, J. M.; CHO, J. C.; MURRAY, A.;
TREVES, D.; XIA, B.; AHOU, J. Soil teeming
with life: new frontiers for soil science. In:
REES, R. M.; BALL, B. C.; CAMPEBELL, C.
D.; WATSON, C. A. (Org.). Sustainable
management of soil organic matter.
Wallingford: CAB International, 2001. p. 393-
412.
TORSVIK, V.; ØVREÅS, L. Microbial
diversity and function in soil: from genes to
ecosystems. Current Opinion in
Microbiology, Amsterdam, v. 5, n. 3, p. 240–
245, 2002.
Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 81
 
TRUMBORE, S. Age of soil organic matter
and soil respiration: Radiocarbon constraints
on belowground C dynamics. Ecol. Appl.,
10:399-411, 2000.
TRÜPER, H. G. Prokaryotes: an overview
with respect to biodiversity and environmental
importance. Biodiversity and Conservation,
London, v. 1, n. 2, p. 227-236, 1992.
TURCO, R. F.; BLUME, E. Indicators of soil
quality. In: SIQUEIRA, J. O; MOREIRA, F.
M. S.; LOPES, A. S.; GUILHERME, L. G. R.;
FAQUIN, V.; FURTINI NETO, A.;
CARVALHO, J. G. (Org.). Inter-relação
fertilidade, biologia do solo e nutrição de
plantas. Viçosa: SBCS ; Lavras: UFLA/DCS,
1999. p. 529-549.
van VEEN, J.A.; LADD, J.N. & FRISSEL,
M.J. Modelling C and N turnover through the
microbial biomass in soil. Plant Soil, 76:257-
274, 1984.
WARDLE, D.A. A comparative assessment of
factors which influence microbial biomass
carbon and nitrogen levels in soil. Biol. Rev.,
67:321-358, 1992.
WILSON, E. O. The current state of biology
diversity. In: WILSON, E. O. (Org.).
Biodiversity. Washington: National Academy
Press, 1988. p. 3-18.
WU, T.; SCHOENAU, J.J.; LI, F.; QIAN, P.;
MALHI, S.S.; SHI, Y. & XU, F. Influence of
cultivation and fertilization on total organic
carbon and carbon fractions in soils from the
Loess Plateau of China. Soil Till. Res., 77:59-
68, 2004.
ZECH, W.; SENESI, N.; GUGGENBERGER,
G.; KAISER, K.; LEHMANN, J.; MIANO,
T.M.; MILTNER, A. & SCHROTH, G.
Factors controlling humification and
mineralization of soil organic matter in the
tropics. Geoderma, 79:117-161, 1997.
_____________________________________
1 – Samir Burgel Aburjaile
Tecnólogo em Química Ambiental
Fabrai / Anhanguera.
2 – Moacir Pereira da Silva
Tecnólogo em Química Ambiental
Fabrai / Anhanguera.
3 – Elisângela Aparecida Fidelis Silva Batista, BSc,
Bióloga
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Alto São
Francisco – FASF/UNISA.
4 – Larissa Paula Jardim de Lima Barbosa, BSc,
Bióloga / Especialista
Real Biológica Ltda.
5 – Prof. Flávio Henrique Ferreira Barbosa, PhD
Biólogo / Professor Adjunto I
Colegiado Ciências Farmacêuticas
Universidade Federal do Amapá – UNIFAP
flavio.barbosa@unifap.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Variabilidade espacial das frações da matéria orgânica do solo em área degrad...
Variabilidade espacial das frações da matéria orgânica do solo em área degrad...Variabilidade espacial das frações da matéria orgânica do solo em área degrad...
Variabilidade espacial das frações da matéria orgânica do solo em área degrad...Juscélia Ferreira
 
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...Sabrina Thamago
 
Composição química e decomposição de resíduos vegetais da macaúba luciane qui...
Composição química e decomposição de resíduos vegetais da macaúba luciane qui...Composição química e decomposição de resíduos vegetais da macaúba luciane qui...
Composição química e decomposição de resíduos vegetais da macaúba luciane qui...AcessoMacauba
 
Aspectos legais e ecologicos da aval de arvores imunes ao corte
Aspectos legais e ecologicos da aval de arvores imunes ao corteAspectos legais e ecologicos da aval de arvores imunes ao corte
Aspectos legais e ecologicos da aval de arvores imunes ao corteRafael Fernandes
 
Indicadores biológicos de qualidade do solo #SoilScience
Indicadores biológicos de qualidade do solo #SoilScienceIndicadores biológicos de qualidade do solo #SoilScience
Indicadores biológicos de qualidade do solo #SoilScienceJuscélia Ferreira
 
002 solos - apostila técnica corrigida
002   solos - apostila técnica corrigida002   solos - apostila técnica corrigida
002 solos - apostila técnica corrigidaFernando Rodrigo.
 
Itapua floresta estacional_kray
Itapua floresta estacional_krayItapua floresta estacional_kray
Itapua floresta estacional_krayavisaassociacao
 
ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E COMPONENTES AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA PELO ...
ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E COMPONENTES AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA PELO ...ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E COMPONENTES AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA PELO ...
ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E COMPONENTES AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA PELO ...Willian Lange Gomes
 
Documento geral Pacto para a Restauração da Mata Atlântica.
Documento geral Pacto para a Restauração da Mata Atlântica.Documento geral Pacto para a Restauração da Mata Atlântica.
Documento geral Pacto para a Restauração da Mata Atlântica.Carlos Alberto Monteiro
 
Sistemas agroflorestais em espaços protegidos
Sistemas agroflorestais em espaços protegidosSistemas agroflorestais em espaços protegidos
Sistemas agroflorestais em espaços protegidosGeraldo Henrique
 
TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NO BIOMA PAMPA
TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E IMPACTOS   SOCIOAMBIENTAIS NO BIOMA PAMPATRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E IMPACTOS   SOCIOAMBIENTAIS NO BIOMA PAMPA
TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NO BIOMA PAMPAEliege Fante
 
Manejo e conservação do solo e da água modulo iii
Manejo e conservação do solo e da água modulo iiiManejo e conservação do solo e da água modulo iii
Manejo e conservação do solo e da água modulo iiiRita de Cássia Freitas
 
Biomas e sucessão
Biomas e sucessãoBiomas e sucessão
Biomas e sucessãoEdu Rabelo
 
Egas 2013 Tese de Licenciatura-UEM-ESUDER
Egas 2013 Tese de Licenciatura-UEM-ESUDEREgas 2013 Tese de Licenciatura-UEM-ESUDER
Egas 2013 Tese de Licenciatura-UEM-ESUDEREgas Armando
 

Mais procurados (20)

Bento
BentoBento
Bento
 
Materiaorganica
MateriaorganicaMateriaorganica
Materiaorganica
 
Variabilidade espacial das frações da matéria orgânica do solo em área degrad...
Variabilidade espacial das frações da matéria orgânica do solo em área degrad...Variabilidade espacial das frações da matéria orgânica do solo em área degrad...
Variabilidade espacial das frações da matéria orgânica do solo em área degrad...
 
REBIO Mogi Guaçu
REBIO Mogi GuaçuREBIO Mogi Guaçu
REBIO Mogi Guaçu
 
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
 
Composição química e decomposição de resíduos vegetais da macaúba luciane qui...
Composição química e decomposição de resíduos vegetais da macaúba luciane qui...Composição química e decomposição de resíduos vegetais da macaúba luciane qui...
Composição química e decomposição de resíduos vegetais da macaúba luciane qui...
 
Aspectos legais e ecologicos da aval de arvores imunes ao corte
Aspectos legais e ecologicos da aval de arvores imunes ao corteAspectos legais e ecologicos da aval de arvores imunes ao corte
Aspectos legais e ecologicos da aval de arvores imunes ao corte
 
Indicadores biológicos de qualidade do solo #SoilScience
Indicadores biológicos de qualidade do solo #SoilScienceIndicadores biológicos de qualidade do solo #SoilScience
Indicadores biológicos de qualidade do solo #SoilScience
 
Matos 2006
Matos 2006Matos 2006
Matos 2006
 
002 solos - apostila técnica corrigida
002   solos - apostila técnica corrigida002   solos - apostila técnica corrigida
002 solos - apostila técnica corrigida
 
Mata Atlântica - Bahia
Mata Atlântica - BahiaMata Atlântica - Bahia
Mata Atlântica - Bahia
 
Itapua floresta estacional_kray
Itapua floresta estacional_krayItapua floresta estacional_kray
Itapua floresta estacional_kray
 
ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E COMPONENTES AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA PELO ...
ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E COMPONENTES AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA PELO ...ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E COMPONENTES AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA PELO ...
ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E COMPONENTES AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA PELO ...
 
Documento geral Pacto para a Restauração da Mata Atlântica.
Documento geral Pacto para a Restauração da Mata Atlântica.Documento geral Pacto para a Restauração da Mata Atlântica.
Documento geral Pacto para a Restauração da Mata Atlântica.
 
Itapua peixes artigo
Itapua peixes artigoItapua peixes artigo
Itapua peixes artigo
 
Sistemas agroflorestais em espaços protegidos
Sistemas agroflorestais em espaços protegidosSistemas agroflorestais em espaços protegidos
Sistemas agroflorestais em espaços protegidos
 
TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NO BIOMA PAMPA
TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E IMPACTOS   SOCIOAMBIENTAIS NO BIOMA PAMPATRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E IMPACTOS   SOCIOAMBIENTAIS NO BIOMA PAMPA
TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NO BIOMA PAMPA
 
Manejo e conservação do solo e da água modulo iii
Manejo e conservação do solo e da água modulo iiiManejo e conservação do solo e da água modulo iii
Manejo e conservação do solo e da água modulo iii
 
Biomas e sucessão
Biomas e sucessãoBiomas e sucessão
Biomas e sucessão
 
Egas 2013 Tese de Licenciatura-UEM-ESUDER
Egas 2013 Tese de Licenciatura-UEM-ESUDEREgas 2013 Tese de Licenciatura-UEM-ESUDER
Egas 2013 Tese de Licenciatura-UEM-ESUDER
 

Semelhante a Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011

PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTURAS SOB PLANTIO DI...
PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE  CULTURAS SOB PLANTIO DI...PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE  CULTURAS SOB PLANTIO DI...
PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTURAS SOB PLANTIO DI...Francihele Müller
 
Rotacao feijao
Rotacao feijaoRotacao feijao
Rotacao feijaomvezzone
 
Estoque de Carbono orgânico total e fracionamento granulométrico
Estoque de Carbono orgânico total e fracionamento granulométricoEstoque de Carbono orgânico total e fracionamento granulométrico
Estoque de Carbono orgânico total e fracionamento granulométricoWellingthon Júnnyor
 
Elsa projecto de pesquisa
Elsa projecto de pesquisaElsa projecto de pesquisa
Elsa projecto de pesquisaEgas Armando
 
Solos no contexto florestal brasileiro
Solos no contexto florestal brasileiroSolos no contexto florestal brasileiro
Solos no contexto florestal brasileirobarretopab
 
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...Ana Aguiar
 
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURAS
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURASINFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURAS
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURASLuciana Ramos
 
Caracterização de solos brasileiros com elevados teores de mo
Caracterização de solos brasileiros com elevados teores de moCaracterização de solos brasileiros com elevados teores de mo
Caracterização de solos brasileiros com elevados teores de moLuiz Felipe
 
Agregados em um latossolo sob sistema plantio direto e rotação de culturas
Agregados em um latossolo sob sistema plantio direto e rotação de culturasAgregados em um latossolo sob sistema plantio direto e rotação de culturas
Agregados em um latossolo sob sistema plantio direto e rotação de culturasLuciana Ramos
 
Aplicacao_de_molibidenio.pdf
Aplicacao_de_molibidenio.pdfAplicacao_de_molibidenio.pdf
Aplicacao_de_molibidenio.pdfVinicius Marca
 
Inic1056 03 o
Inic1056 03 oInic1056 03 o
Inic1056 03 oAline Li
 
Revisao de ecologia para o enem
Revisao de ecologia para o enemRevisao de ecologia para o enem
Revisao de ecologia para o enemEstude Mais
 

Semelhante a Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011 (20)

PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTURAS SOB PLANTIO DI...
PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE  CULTURAS SOB PLANTIO DI...PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE  CULTURAS SOB PLANTIO DI...
PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTURAS SOB PLANTIO DI...
 
Rotacao feijao
Rotacao feijaoRotacao feijao
Rotacao feijao
 
Biogeografia
BiogeografiaBiogeografia
Biogeografia
 
A21v37n2
A21v37n2A21v37n2
A21v37n2
 
Estoque de Carbono orgânico total e fracionamento granulométrico
Estoque de Carbono orgânico total e fracionamento granulométricoEstoque de Carbono orgânico total e fracionamento granulométrico
Estoque de Carbono orgânico total e fracionamento granulométrico
 
Elsa projecto de pesquisa
Elsa projecto de pesquisaElsa projecto de pesquisa
Elsa projecto de pesquisa
 
Ec
EcEc
Ec
 
32 2-2008 01
32 2-2008 0132 2-2008 01
32 2-2008 01
 
Solos no contexto florestal brasileiro
Solos no contexto florestal brasileiroSolos no contexto florestal brasileiro
Solos no contexto florestal brasileiro
 
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
 
47 180-1-pb
47 180-1-pb47 180-1-pb
47 180-1-pb
 
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURAS
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURASINFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURAS
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURAS
 
Caracterização de solos brasileiros com elevados teores de mo
Caracterização de solos brasileiros com elevados teores de moCaracterização de solos brasileiros com elevados teores de mo
Caracterização de solos brasileiros com elevados teores de mo
 
Agregados em um latossolo sob sistema plantio direto e rotação de culturas
Agregados em um latossolo sob sistema plantio direto e rotação de culturasAgregados em um latossolo sob sistema plantio direto e rotação de culturas
Agregados em um latossolo sob sistema plantio direto e rotação de culturas
 
Fungos micorrízicos
Fungos micorrízicosFungos micorrízicos
Fungos micorrízicos
 
Aplicacao_de_molibidenio.pdf
Aplicacao_de_molibidenio.pdfAplicacao_de_molibidenio.pdf
Aplicacao_de_molibidenio.pdf
 
Inic1056 03 o
Inic1056 03 oInic1056 03 o
Inic1056 03 o
 
Mas
MasMas
Mas
 
Revisao de ecologia para o enem
Revisao de ecologia para o enemRevisao de ecologia para o enem
Revisao de ecologia para o enem
 
A02v34n1
A02v34n1A02v34n1
A02v34n1
 

Mais de Flávio Henrique Ferreira Barbosa

Mais de Flávio Henrique Ferreira Barbosa (20)

Artigo abmba v9_n1_2021_02
Artigo abmba v9_n1_2021_02Artigo abmba v9_n1_2021_02
Artigo abmba v9_n1_2021_02
 
Artigo abmba v9_n1_2021_01
Artigo abmba v9_n1_2021_01Artigo abmba v9_n1_2021_01
Artigo abmba v9_n1_2021_01
 
Artigo abmba v8_n2_2020_01
Artigo abmba v8_n2_2020_01Artigo abmba v8_n2_2020_01
Artigo abmba v8_n2_2020_01
 
Artigo abmba v8_n1_2020_01
Artigo abmba v8_n1_2020_01Artigo abmba v8_n1_2020_01
Artigo abmba v8_n1_2020_01
 
Artigo abmba v7_n2_2019_01
Artigo abmba v7_n2_2019_01Artigo abmba v7_n2_2019_01
Artigo abmba v7_n2_2019_01
 
Artigo abmba v7_n1_2019_01
Artigo abmba v7_n1_2019_01Artigo abmba v7_n1_2019_01
Artigo abmba v7_n1_2019_01
 
Artigo abmba v6_n2_2018_01
Artigo abmba v6_n2_2018_01Artigo abmba v6_n2_2018_01
Artigo abmba v6_n2_2018_01
 
Artigo abmba v6_n1_2018_01
Artigo abmba v6_n1_2018_01Artigo abmba v6_n1_2018_01
Artigo abmba v6_n1_2018_01
 
Artigo abmba v5_n2_2017_01
Artigo abmba v5_n2_2017_01Artigo abmba v5_n2_2017_01
Artigo abmba v5_n2_2017_01
 
Artigo abmba v5_n1_2017_01
Artigo abmba v5_n1_2017_01Artigo abmba v5_n1_2017_01
Artigo abmba v5_n1_2017_01
 
Artigo abmba v4_n2_2016_01
Artigo abmba v4_n2_2016_01Artigo abmba v4_n2_2016_01
Artigo abmba v4_n2_2016_01
 
Artigo abmba v4_n1_2016_01
Artigo abmba v4_n1_2016_01Artigo abmba v4_n1_2016_01
Artigo abmba v4_n1_2016_01
 
Artigo abmba v3_n2_2015_01
Artigo abmba v3_n2_2015_01Artigo abmba v3_n2_2015_01
Artigo abmba v3_n2_2015_01
 
Artigo abmba v3_n1_2015_01
Artigo abmba v3_n1_2015_01Artigo abmba v3_n1_2015_01
Artigo abmba v3_n1_2015_01
 
Artigo abmba v2_n2_2014_01
Artigo abmba v2_n2_2014_01Artigo abmba v2_n2_2014_01
Artigo abmba v2_n2_2014_01
 
Artigo abmba v2_n1_2014_01
Artigo abmba v2_n1_2014_01Artigo abmba v2_n1_2014_01
Artigo abmba v2_n1_2014_01
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 

Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011

  • 1. CIÊNCIA EQUATORIAL ISSN 2179-9563 Artigo Original Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 PESQUISA E CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE MICROBIOLÓGICA DO SOLO, NA REGIÃO DE SÃO JOSÉ DO BURITI – MG, EM DECORRÊNCIA DA SUBSTITUIÇÃO DE COBERTURA FLORESTAL NATIVA (CERRADO) POR PLANTAÇÕES DE EUCALIPTO Samir Burgel Aburjaile1 ; Moacir Pereira da Silva2 ; Elisângela Aparecida Fidelis Silva Batista3 ; Larissa Paula Jardim de Lima Barbosa4 ; Flávio Henrique Ferreira Barbosa5   RESUMO No Brasil o eucalipto tem sido muito utilizado nos programas de reflorestamento, porém questiona-se sobre as mudanças que ele pode promover ao solo, pois ele apresenta uma alta eficiência de uso de nutrientes, produzindo, serrapilheira de baixa qualidade nutricional quando comparada àquelas da maioria das florestas tropicais naturais. Neste sentido, este trabalho objetivou avaliar as alterações de atributos microbiológicos da serrapilheira e da camada superficial do solo mineral em decorrência da substituição de cobertura florestal nativa por plantações de eucalipto, em diferentes sítios florestais da região de São José do Buriti - MG. Além disso, buscou-se também, isolar e diferenciar em grupos (bactérias e fungos) dos microrganismos em amostras de solo; verificar a influência do plantio de eucalipto sobre a microbiota do solo (fungos e bactérias) e analisar os impactos negativos gerados por atividades de silvicultura intensiva e ocupação humana na região. O isolamento e diferenciação microbiana nas coleções de solo de estudo foram feitos utilizando o método de cultivo direto. As amostras foram processadas e inoculadas em meios sólidos visando à observação direta quanto à contagem e caracterização das UFC’s. Os solos foram analisados para determinação da microbiota (fungos e bactérias) em relação à localidade de coleta (área de Cerrado e de plantio de eucaliptos). Neste trabalho verificou-se que a diversidade microbiológica em solos de cerrado preservado e em solos de plantio de Eucalipto é aparentemente diferente. No que diz respeito aos níveis (contagem) de microrganismos, os resultados se assemelham em ambas as áreas verificadas, porém, a quantidade de morfotipos de fungos e bactérias se apresenta em maior número nas áreas de cerrado do que nas áreas de plantio de Eucalipto. Observa-se que o Cerrado apresenta microhábitats mais satisfatórios, oferecendo condições favoráveis para o crescimento bacteriano, por causa da disponibilidade de água e substrato (matéria orgânica variada), difusão de gases e proteção contra predadores. Palavras-chave: Solo, Microbiota, Impacto, Cerrado. SEARCH AND CHARACTERIZATION OF DIVERSITY MICROBIOLOGICAL SOIL IN THE AREA OF SÃO JOSÉ DO BURITI - MG, AS A RESULT OF REPLACEMENT NATIVE FOREST COVER (SAVANNA) IN EUCALYPTUS PLANTATIONS ABSTRACT In Brazil, eucalyptus has long been used in reforestation programs, but wonders about the changes he can promote to the ground because it has high nutrient use efficiency, producing litter of low nutritional quality when compared to those of most of natural tropical forests. Therefore, this study aimed to evaluate the changes of microbiological attributes of litter and topsoil mineral due to the replacement of native forest with plantations of eucalyptus in different forest sites in the region of São Jose do Buriti - MG. Furthermore, we sought to also isolate and differentiate into groups (bacteria and fungi) microorganisms in soil samples; verify the influence of eucalyptus plantations on soil microbes (fungi and bacteria) and analyze the negative impacts generated by activities forestry and intensive human occupation in the region. Isolation and differentiation in the collections of soil microbial study were made using the method of tillage. The samples were processed and inoculated on solid media in order to direct observation regarding the counting and characterization of UFC's. Soils were analyzed for determination of microbial (bacteria and fungi) in relation to the collection site (Savanna area and planting of eucalyptus). In this study it was found that microbial diversity in savanna soils preserved in soils and planting Eucalyptus is apparently different. Regarding levels (count) of microorganisms, the results are similar in both areas checked, however, the amount of morphotypes of fungi and bacteria is present in greater numbers in grassland areas than in areas of planting Eucalyptus. It is observed that the savanna has microhabitats more satisfactory, providing favorable conditions for bacterial growth, because of the availability of water and substrate (organic matter varied), gas diffusion and protection from predators. Keywords: Soil, Microbiota, Impact, Savanna.
  • 2. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 70   INTRODUÇÃO As atividades humanas estão transformando o ambiente do globo e estas mudanças têm muitas faces. As análises e os dados sobre muitas destas transformações problemáticas são fragmentários, o conhecimento científico é incompleto e as implicações em longo prazo são desconhecidas (CUNHA, 2004). De acordo com Balieiro et al., 2008, o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) proposto pelo Protocolo de Quioto (PQ) permite que países desenvolvidos e poluidores invistam em projetos que diminuam a emissão de gases de efeito-estufa e, ao mesmo tempo, promovam o desenvolvimento sustentável de países em desenvolvimento. Na primeira fase do PQ, com vigência até 2012, somente os projetos de afflorestation (aflorestamento) e reforestation (reflorestamento), no contexto de uso do solo, poderão ser aprovados (PEARSON et al., 2005). Desse fato, constata- se a implantação de projetos dessa natureza no território brasileiro a partir da década de 1990 (MAY et al., 2005). Diante do exposto, foi realizado um estudo sobre plantio de Eucalyptus urophylla S.T. Blake (eucalipto) com 3,5 anos de idade, com o objetivo de avaliar as mudanças na fertilidade e nos estoques de C do solo em uma toposseqüência e suas possíveis interações com variáveis de crescimento do eucalipto. Procurou-se explicar também as variações no crescimento do eucalipto, por meio do seu consumo de água. O solo contém uma grande variedade de microrganismos, incluindo bactérias, fungos, protozoários, algas e vírus. Apesar desta diversidade, os microrganismos cultiváveis predominantes entre a microbiota do solo são fungos e bactérias heterotróficas do domínio Bacteria. É, contudo, de ter em consideração que a flora microbiana presente numa amostra de solo depende de várias características do solo particular em estudo (p.ex. da umidade, do pH, da temperatura, do conteúdo em oxigênio gasoso e da composição em material orgânico e inorgânico); e que, alguns destes parâmetros ambientais podem variar, por exemplo, ao longo do ano ou em função do tipo de utilização que é dada ao solo (p.ex. tipo de cultura agrícola, pastoreio, etc.). No Brasil o eucalipto tem sido muito utilizado nos programas de reflorestamento, porém questiona-se sobre as mudanças que ele pode promover ao solo, pois ele apresenta uma alta eficiência de uso de nutrientes, produzindo, serrapilheira de baixa qualidade nutricional quando comparada àquelas da maioria das florestas tropicais naturais. É sabido que os ecossistemas funcionam de modo metabólico. Os microrganismos atuam na ciclagem de nutrientes essenciais à vida, como gases e outros subprodutos. Os efeitos antrópicos negativos decorrentes de diversas atividades podem levar ao desequilíbrio microbiano local desestabilizando funções importantes voltadas à manutenção da saúde animal e vegetal (CAVALLET; SELBACH, 2008). Em função dos impactos ambientais provocados pelo cultivo de eucalipto, dando ênfase nas propriedades do solo, este pode, em determinados casos, sofrer modificações de acordo com a vegetação presente. Desta maneira, estudos sobre a ecologia microbiana e sua relação com a vegetação e o ambiente em que vivem, podem fornecer subsídios sobre técnicas de cultivo e conservação das propriedades do solo e caracterização das culturas microbiológicas presentes no solo. A substituição da vegetação nativa por eucalipto pode gera variações físicas, químicas e microbiológicas no solo. Sendo assim, essas variações estão diretamente relacionadas com sua qualidade e produtividade. É sabido que ao se conhecer as mudanças nas populações microbiológicas do solo, devido à substituição da cobertura vegetal, é possível a elaboração de interessantes modelos para estudos ecológicos visando diminuir os impactos do plantio intensivo de eucaliptos. Neste sentido, este trabalho objetivou avaliar as alterações de atributos microbiológicos da serrapilheira e da camada superficial do solo mineral em decorrência da substituição de cobertura florestal nativa por plantações de eucalipto, em diferentes sítios florestais da região de São José do Buriti - MG. Além disso, buscou-se também, isolar e diferenciar em grupos (bactérias e fungos) dos microrganismos em amostras de solo; verificar a influência do plantio de eucalipto sobre a
  • 3. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 71   microbiota do solo (fungos e bactérias) e analisar os impactos negativos gerados por atividades de silvicultura intensiva e ocupação humana na região. REFERENCIAL TEÓRICO Segundo Gama-Rodrigues et. al., 2008, a preocupação com a sustentabilidade de plantações florestais na região tropical é crescente, em virtude do aumento da intensidade das técnicas de manejo utilizadas (NAMBIAR, 1996; BARROS & COMERFORD, 2002), visando ao ganho de produtividade. Isso resulta em alterações no estoque e no fluxo de nutrientes em magnitude que variam com as condições iniciais do solo com o material genético utilizado e com as técnicas de manejo. No Brasil, nos últimos anos, estudos de abrangência local ou regional (GONÇALVES ET AL., 2000; LAZARI, 2001; GATTO ET AL., 2003) têm avaliado o impacto de técnicas de manejo no solo e no crescimento das árvores. Sítios de alta qualidade, mesmo que submetidos a ciclos sucessivos de produção, podem ter as propriedades químicas do solo menos afetadas. Em outros sítios, a redução da fertilidade do solo pode atingir níveis que comprometem a produtividade, a não ser que as necessidades de nutrientes sejam supridas por fertilizantes (O'CONNELL & SANKARAN, 1997). No Brasil, o eucalipto tem sido a principal essência utilizada nos programas de reflorestamento e, quase sempre, questiona-se sobre as mudanças que podem promover no solo. Sabe-se, por exemplo, que ele apresenta alta eficiência de uso de nutrientes, produzindo, como conseqüência, serrapilheira de baixa qualidade nutricional quando comparada àquela da maioria das florestas tropicais naturais (GAMA-RODRIGUES & BARROS, 2002). Essa serrapilheira, com baixa taxa de decomposição, poderia atuar como uma barreira física contra processos erosivos e funcionaria como uma reserva de nutrientes para futuros plantios de eucalipto ou outra cultura (GAMA-RODRIGUES, 1997). Pela extensão da área cultivada com eucalipto no País, há um crescente interesse em avaliar seus possíveis efeitos nos atributos do solo. Uma das estratégias utilizadas para avaliar alterações do solo em decorrência do tipo de uso e de técnicas de manejo é a comparação de atributos do solo manejado com os de solo não manejado sob vegetação natural (BARROS & COMERFORD, 2002). Nesse sentido, a biomassa microbiana tem sido considerada um atributo sensível aos impactos causados pelo manejo do solo (GAMA-RODRIGUES, 1997). Ela representa o compartimento no qual a ciclagem de C orgânico é mais rápida, e tem sido usada em estudos de fluxos de C e de nutrientes em vários ecossistemas terrestres (VAN VEEN ET AL., 1984; JENKINSON & PARRY, 1989; PAUL & CLARK, 1989; ROSS ET AL., 1995; GAMA-RODRIGUES ET AL., 1997). A biomassa e a atividade microbiana têm sido propostas como bioindicadores dos níveis de matéria orgânica e da qualidade do solo, auxiliando na orientação de mudanças das técnicas de manejo do solo (MELE & CARTER, 1993). Matéria Orgânica do Solo (MOS) Segundo Lima et. al., 2008, a matéria orgânica do solo (MOS) é o maior reservatório de C terrestre se as reservas fósseis não forem consideradas. Ela pode representar cerca de duas vezes a quantidade de C da atmosfera e da biomassa vegetal (SWIFT, 2001). Sua constituição é bastante complexa, sendo formada por diversas frações com tempos de residência variando desde semanas (como a biomassa microbiana) até milhares de anos (como a fração humina). Na maioria dos solos, as formas mais recalcitrantes são dominantes em termos quantitativos e, portanto, constituem um compartimento que desempenha papel crucial no seqüestro do C em formas estáveis, com prolongado tempo de residência (STEVENSON, 1994; TRUMBORE, 2000). Em cultivos de ciclo mais longo, como é o caso florestal, a MOS parece ser uma das características estreitamente relacionada com a sustentabilidade da produção em longo prazo (MENDHAM ET AL., 2004). A intervenção na vegetação existente durante estabelecimento de culturas anuais,
  • 4. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 72   pastagens e florestas comerciais pode levar a um decréscimo nos estoques de MOS graças ao incremento no processo erosivo, aceleração da decomposição, redução no aporte de material vegetal ou diferenças na qualidade dos resíduos. Vários fatores afetam a magnitude e a rapidez com que essas mudanças ocorrem, incluindo a natureza do uso, tipo de solo, clima e vegetação original (PAUL ET AL., 2002). Leite et al. (2003) observaram diminuição no estoque de C orgânico total e em todas as frações húmicas do solo quando se substituiu a mata nativa (Floresta Atlântica) por cultivos anuais (milho) na Zona da Mata-MG. Guggenberger & Zech (1999) observaram, na Costa Rica, que a substituição de floresta natural por agricultura resultou numa diminuição no conteúdo da MO particulada, sendo a matéria orgânica associada às frações silte e argila menos alterada em relação à matéria orgânica associada à fração areia e à matéria orgânica leve. Esses autores observaram redução na concentração de C orgânico do solo quando a floresta natural foi substituída por pastagem. Entretanto, resultado oposto foi verificado no Brasil, em solo com 20 anos com pastagem em área anteriormente ocupada por mata nativa (MORAES ET AL., 1996). Isto se deve, provavelmente, ao bom manejo da pastagem, dando condições para aumento no estoque de C orgânico do solo. Em trabalho de revisão, em que foram envolvidos solos de diversas partes do mundo, Guo & Gifford (2002) não observaram, de maneira geral, mudanças no estoque de C orgânico do solo quando foi substituída a mata nativa por eucalipto. Mendham et al. (2004) também não observaram diferença na concentração de C orgânico do solo ao comparar plantios de Eucalyptus globulus com idade de 11–14 anos com pastagem na Austrália. No entanto, esses autores observaram que a concentração de C da matéria orgânica particulada foi maior no solo sob eucalipto, em virtude da maior deposição de resíduo orgânico por essa cultura, podendo ser usada como indicadora mais sensível à mudança de uso do solo (WU ET AL., 2004). Leite (2001) encontrou menores teores de C orgânico total (COT) no solo sob eucalipto (após três ciclos de cultivo) em relação ao solo sob mata nativa na região do Vale do Rio Doce-MG. Os motivos que levaram a resultados distintos entre esses estudos não são evidentes, mas podem incluir diferenças na idade da floresta por ocasião da coleta das amostras, tipo de manejo de solo, clima, dentre outros fatores. Também, não se sabe quais as frações da MOS foram mais alteradas com o cultivo do eucalipto. Nitrogênio, Carbono e Atividade da Biomassa Microbiana do Solo em Plantações de Eucalipto. Para Gama-Rodrigues et. al. (2005), o eucalipto é a essência florestal mais plantada nos programas de reflorestamento no Brasil, normalmente em solos de baixa fertilidade e onde a quantidade e a distribuição das chuvas limitam a sobrevivência e o crescimento das árvores. A técnica de fertilização e o processo de ciclagem de nutrientes são fundamentais para elevar e manter a produção florestal desses plantios. Os ganhos de produtividade dessas plantações em resposta à aplicação de N têm sido relativamente baixos, o que indica que o solo tem sido capaz de suprir boa parte da demanda deste nutriente para as plantas. O N da biomassa microbiana é tido como uma fração facilmente disponível, mas pouco se sabe sobre como fatores bióticos e abióticos afetam a sua dinâmica em plantações de eucalipto no Brasil. A biomassa microbiana é um compartimento da matéria orgânica do solo diretamente influenciado por fatores bióticos e abióticos, sendo, portanto, sensível às mudanças ocorridas no sistema. Parton et al. (1989), em estudos sobre a dinâmica da matéria orgânica do solo, consideraram três frações principais, com diferentes tempos de ciclagem: a ativa (0 a 14 anos), a lenta (cinco anos) e a passiva (150 anos). Em razão dessas diferenças temporais, a variação no teor de matéria orgânica do solo, baseada apenas no teor de C orgânico do solo, decorrente de mudanças do uso da terra e de técnicas de manejo, pode não ser detectável, enquanto a resposta da fração ativa, que contém a
  • 5. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 73   biomassa microbiana e seus metabólitos, ocorre muito mais rapidamente. Gama-Rodrigues (1997), trabalhando no Sul da Bahia, não encontrou diferença significativa nos teores de C orgânico e N total de solos sob diferentes coberturas florestais. Entretanto, o C e o N da biomassa microbiana variaram significativamente entre as coberturas estudadas. Além destes resultados, por meio de análise estatística multivariada, o autor observou, dentre os atributos do solo analisados, que o C da biomassa microbiana foi o que mais contribuiu (27,73%) para a distinção entre as coberturas florestais, enquanto o C orgânico contribuiu com apenas 6,06%. A biomassa microbiana é proporcionalmente a menor fração do C orgânico do solo e constitui uma parte significativa e potencialmente mineralizável do N disponível para as plantas. Apresenta rápida ciclagem, responde intensamente a flutuações sazonais de umidade e temperatura, ao cultivo e ao manejo de resíduos. A variação das condições macroclimáticas tem efeito na atividade e biomassa microbiana do solo e, subseqüentemente, no ciclo global do C e N. Desta forma, é possível utilizar a estimativa da biomassa microbiana como um indicador biológico dos níveis da matéria orgânica do solo, ou como índice de qualidade do solo (MELE & CARTER, 1993; GAMA- RODRIGUES, 1999). A Conservação do Bioma Cerrado A preocupação com a conservação e restauração do Cerrado vem crescendo nos últimos anos, em virtude da ameaça de extinção das áreas desse ecossistema. Nos ambientes tropicais e subtropicais de ocorrência natural do Cerrado há predominância de solos altamente intemperizados, e a matéria orgânica do solo (MOS) tem papel fundamental na sua fertilidade. Por sua vez, as substâncias húmicas (SHs) constituem a maior parcela do compartimento de carbono (C) estável da MOS. A maior parte dos resíduos vegetais, quando chegam ao solo, é rapidamente transformada, podendo ainda sofrer seqüestro pela fração mineral ou transformação bioquímica por meio do processo genericamente conhecido como humificação. Tanto a mineralização como a humificação são dependentes da atividade biológica. De acordo com Cerri & Volkoff (1988), os principais fatores que controlam a formação do húmus são a temperatura, presença ou ausência de cátions básicos no solo, nitrogênio e drenagem. Esses são os fatores que mais influenciam a atividade biológica, os quais podem variar conforme o ambiente e a ação antrópica. As diferentes frações de carbono orgânico humificado do solo apresentam características químicas, físicas e morfológicas distintas, e a distribuição dessas frações pode indicar a qualidade da MOS (LIMA, 2004). Os ácidos húmicos (AHs), constituintes das SHs, são compostos estáveis, ou seja, de difícil degradação (STEVENSON, 1994). Esses compostos interagem com o meio circundante, interferindo nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo (CANELLAS, 1999). São, portanto, um sinalizador natural do processo de humificação e refletem tanto a condição de gênese como a de manejo do solo (ZECH ET AL., 1997). A caracterização da qualidade dos AHs pode auxiliar na compreensão da MOS, funcionando como um indicador do ambiente solo. Assim, um monitoramento mais eficiente poderá aprimorar o uso das estratégias de recuperação dos solos, conservação e ampliação dos remanescentes de Cerrado. MATERIAL E MÉTODOS Isolamento e Diferenciação da Diversidade Microbiana do Solo O isolamento e diferenciação microbiana nas coleções de solo de estudo foram feitos utilizando o método de cultivo direto. As amostras foram processadas e inoculadas em meios sólidos visando à observação direta quanto à contagem e caracterização das UFC’s.
  • 6. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 74   Amostragem Amostras de solo e de serrapilheira foram coletadas em plantios comerciais de eucalipto, com sete anos de idade e em áreas contíguas de formação arbórea nativa, em quatro sítios florestais da região do município de São José do Buriti - MG em setembro de 2009. Em cada sítio, para cada cobertura florestal, foram estabelecidas quatro parcelas (20 x 20 m) para amostragem do solo e da serrapilheira. Em cada parcela, foram coletadas quatro amostras compostas (1 amostra composta/ 23 amostras simples) de solo da camada de 0–10 cm. Para a coleta da serrapilheira, considerada aqui como todo material acumulado sobre o solo (folhas, galhos, cascas etc.), em diferentes graus de decomposição, foi utilizado um gabarito quadrado de madeira de 0,25 m2 em quatro repetições. As amostras de solo e de serrapilheira foram armazenadas a 4 °C (WARDLE, 1992) por um período de no máximo 24 horas, antes das análises. As amostras de solo foram destorroadas e passadas em peneira de 1,68 mm de malha, homogeneizadas, retirando-se as raízes e resíduos visíveis de plantas e animais do solo. Os solos foram analisados para determinação da microbiota (fungos e bactérias) em relação à localidade de coleta (área de Cerrado e de plantio de eucaliptos). Determinação dos Parâmetros Biológicos Para a determinação de parâmetros biológicos as amostras de solo foram coletadas com instrumental esterilizado ou desinfetado. A terra com umidade natural foi acondicionada em sacos plásticos firmemente amarrados e conservados em geladeira. Levo-se as amostras para o laboratório, preferencialmente dentro de 24 horas. Amostras de solo para quantificação de esporos de fungos micorrízicos arbusculares são mais bem preservadas se o solo estiver bem seco. Isolamento e Enumeração de Microrganismos Cultiváveis Presentes em Uma Amostra de Solo Isolar e contar, a partir de uma amostra de solo, colônias de microrganismos pertencentes aos grupos das bactérias heterotróficas e dos fungos miceliais. Recorreu-se a diluições sucessivas de uma suspensão da amostra de solo em solução salina (contendo 0,9% (p/v) em NaCl) , e ao espalhamento de um volume conhecido (0,1 ml) das suspensões diluídas, em meios de cultura agarizados com composição apropriada para a multiplicação celular de cada tipo de microrganismo a isolar. Neste trabalho utilizou-se, concretamente, o meio Sabouraud, para o isolamento de fungos filamentosos, e o meio BHI (“Brain Heart Infusion”), que é um meio não-seletivo, para o isolamento de bactérias heterotróficas diversas. Para isolamento e diferenciação microbiana foi utilizada a metodologia sugerida por Moreira e Siqueira (2006) de acordo com as seguintes etapas: 1. Pesar 1 grama da amostra de solo (total 200 g); 2. Junto à chama do bico de Bunsen, transferir 1 grama da amostra de solo para o frasco contendo 100 ml de solução salina esterilizada; 3. Agitar vigorosamente a suspensão de solo preparada no passo anterior, de modo a obter uma suspensão homogênea da amostra de solo e a facilitar a suspensão na água da maior parte das células dos microrganismos adsorvidas nas partículas de solo; 4. Junto à chama do bico de Bunsen, transferir 1 mL da suspensão original (preparada acima) para tubos de ensaio contendo 9 ml de solução salina estéril, de modo a diluir a suspensão de 10-1 (ou, 1:10). Faça diluições sucessivas até 10-4 (1:10000); 5. Proceder ao espalhamento das suspensões diluídas no passo anterior, sobre meio sólido adequado contido em placas de Petri. Para tal, junto à chama do bico de Bunsen, transferir 0,1 ml da suspensão original e de cada uma das suspensões diluídas no passo 4, para a superfície de meio Sabouraud (até à diluição 10-3) ou de meio BHI (até à diluição 10-4), contidos em placas de Petri convenientemente identificadas. 6. Espalhar as suspensões diluídas sobre o meio sólido com uma alça de
  • 7. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 75   Drigalsky esterilizada por imersão em álcool etílico e passada pela chama do bico de Bunsen. 7. Incubar as placas à temperatura ambiente, durante 3 a 5 dias; 8. Contar as colônias isoladas em cada placa. Com base nessa contagem, fazer estimativas do nº de Unidades Formadoras de Colônias (UFC’s) de cada um dos dois grupos de microrganismos presentes num grama de solo. Fazer ainda uma descrição sumária das características morfológicas das colônias isoladas de cada um dos dois grupos de microrganismos pesquisados. 9. Proceder à identificação por métodos microscópicos (colorações) e metabólicos. Análise Estatística Em cada sítio, os dados serão submetidos à análise de variância utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado e adotando-se o teste F, a 5 %, para comparação entre coberturas vegetais. RESULTADOS E DISCUSSÃO A agricultura moderna é caracterizada pela busca constante do aumento da produtividade das culturas agrícolas por meio da utilização da mecanização, irrigação, adubação química e aplicação de pesticidas, aliadas ao melhoramento dos genótipos vegetais. Os programas governamentais para o setor agrícola nas décadas de 70 e 80 contribuíram grandemente para o desenvolvimento de tecnologias que possibilitaram a abertura de novas fronteiras agrícolas, como o Cerrado, onde são cultivados atualmente mais de 15 milhões de hectares (dentre estas culturas temos a do Eucalipto), e a tecnificação da agropecuária brasileira, a qual tem apresentado profundos reflexos nas safras agrícolas atuais. Entretanto, apesar desse cenário otimista, o impacto ambiental causado pela intensificação da exploração agrícola nem sempre recebeu a atenção necessária. A ausência de conhecimento aprofundado sobre o ecossistema e/ou planejamento inadequado na utilização das terras levou a um quadro de intensa degradação ambiental, com perda de recursos não-renováveis e da biodiversidade não só no Brasil como em outros países (SHIKI, 1997). Esse cenário “pós-revolução verde” passou a exigir, em âmbito mundial, a busca de parâmetros capazes de mostrar e atestar que um agroecossistema está sendo perturbado ou que não é sustentável do ponto de vista ambiental e econômico. Nesse sentido, alguns indicadores mais facilmente mensuráveis/visíveis, como a análise da fertilidade química do solo e, principalmente, a presença de erosão nas lavouras, começaram a ser utilizados para avaliar o efeito das práticas agrícolas, então desenvolvidas, na degradação das áreas cultivadas (DERPSCH, 2000). A constatação do aumento de áreas agrícolas degradadas pelo plantio do Eucalipto, tem levado a uma mudança de concepção do uso da terra, baseada em uma visão holística do processo agrícola, onde os recursos naturais (solo, água e biodiversidade) são explorados de forma mais sustentável. Percebe-se, desde a última década, que a sociedade tem debatido de forma incisiva os atuais sistemas de produção agrícola, observando-se um aumento gradativo do número de adeptos tanto na sociedade como no meio científico de uma agricultura menos impactante ao ambiente. Frutos dessa nova concepção é o constante crescimento do plantio direto, que hoje ocupa no Brasil uma área superior a 15 milhões de hectares (DERPSCH, 2000), e o surgimento dos sistemas agrícolas chamados alternativos: agricultura orgânica, agroecologia, agricultura biodinâmica, etc. Sendo assim, se por um lado existe hoje uma enorme área no País dedicada à monocultura, especialmente para o Eucalipto, onde se vislumbra a máxima produtividade, há, por outro, um apelo emergente ao desenvolvimento de uma agricultura capaz de utilizar os recursos naturais de forma racional e que promova o desenvolvimento de práticas de conservação do solo. Apesar de não ser recente, a discussão sobre o uso de indicadores vem ganhando força e expõe a dificuldade de se chegar a um consenso sobre quais parâmetros são capazes de atestar o impacto do uso agrícola dos solos.
  • 8. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 76   Em termos práticos, os agricultores utilizam indicadores “empíricos”, como a presença de determinadas plantas, insetos, minhocas, entre outros, além da análise da fertilidade química do solo, presença de erosão na propriedade, teor de matéria orgânica no solo e compactação do solo (KARLEN et al., 2003). No meio científico, além desses parâmetros, figuram as avaliações de atividade microbiana, como a respiração do solo e a utilização de fontes de carbono e o tamanho e biodiversidade de macro e microrganismos (TURCO & BLUME, 1999). A diversidade de microrganismos como indicador da qualidade do solo tem sido bastante debatida, especialmente na última década, com o advento de técnicas de biologia molecular que têm favorecido a avaliação dos microrganismos em amostras ambientais (Coutinho et al., 1999; Rosado, 2000; Tiedje et al., 2001). O principal argumento a favor dessa característica ambiental é o fato da diversidade microbiana manter-se naturalmente inalterada ao longo do ano (SMIT et al., 2001; JOHNSON et al., 2003). Neste trabalho verificou-se que a diversidade microbiológica em solos de cerrado preservado e em solos de plantio de Eucalipto é aparentemente diferente. No que diz respeito aos níveis (contagem) de microrganismos, os resultados se assemelham em ambas as áreas verificadas, porém, a quantidade de morfotipos de fungos e bactérias se apresentam em maior número nas áreas de cerrado do que nas áreas de plantio de Eucalipto (tabela 1). Observa-se que o Cerrado apresenta microhábitats mais satisfatórios, oferecendo condições favoráveis para o crescimento bacteriano, por causa da disponibilidade de água e substrato (matéria orgânica variada), difusão de gases e proteção contra predadores. Tabela 1. Concentração microbiana e números de morfotipos para bactérias e fungos nas áreas de cerrado e plantio de eucalipto. Amostras Solo [ ] UFC/g de solo Número de Morfotipos Bactérias Número de Morfotipos Fungos Cerrado 1 2,47 x 104 17 4 2 1,8 x 103 6 2 3 2,16 x 103 9 2 4 1,3 x 105 14 3 Eucalipto 1 1,78 x 103 3 2 2 1,54 x 103 4 3 3 2,38 x 103 5 1 4 2,75 x 104 5 2 A diversidade de microrganismos é tão vasta quanto desconhecida. Um grama de solo pode conter 10 bilhões de microrganismos, representando milhares de espécies (ROSSELÓ-MORA & AMANN, 2001). O número de espécies microbianas identificadas cresce a cada ano, sendo descritos mais de 47.000 fungos, 30.000 protozoários, 26.000 algas, 5.000 bactérias e 1.000 vírus (WILSON, 1988; ROSSELLÓ-MORA & AMMAN, 2001). Esses números são, no entanto, pequenos diante do total de espécies, estimado em cerca de dois milhões (ROSSELÓ-MORA & AMANN, 2001). Isso significa que foram descobertas e nomeadas até o presente momento, talvez, menos de 0,1% e no máximo 10% das espécies microbianas, dependendo do hábitat estudado (TRÜPER, 1992; ROSSELÓ- MORA & AMMAN, 2001). A principal razão para isso é que, até pouco tempo atrás, os microrganismos tinham
  • 9. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 77   que ser cultivados para serem identificados (PACE, 1986) e, além disso, o tamanho microscópico dos microrganismos, a frequência de ocorrência das populações, a sazonalidade, e em muitos casos, a dependência de hospedeiros e/ou substratos específicos para sua sobrevivência e multiplicação também eram importantes limitações (TORSVIK & ØVREÅS, 2002). Em relação à diferença de valores observados devido às variações de datas para a coleta das amostras, sabe-se que em um agroecossistema, a variação da diversidade microbiana ao longo das estações do ano ainda não é bem compreendida, já que em cada estação parece ocorrer uma comunidade microbiana dominante acompanhada de outras pouco abundantes que, muitas vezes, estão abaixo do nível de detecção dos métodos atuais de avaliação (TORSVIK & ØVREÅS, 2002). Tais variações estão diretamente ligadas ao regime hídrico e ao clima da região, à estrutura e ao manejo do solo, e ao teor e à qualidade dos resíduos vegetais aportados (ROGERS & TATE III, 2001; TIEDJE ET AL., 2001). Um solo com teor elevado de matéria orgânica tende a manter a população microbiana mais estável ao longo do ano, provavelmente, em decorrência da riqueza de nichos ecológicos, pela heterogeneidade das fontes de carbono (DE FEDE ET AL., 2001; GRAYSTON ET AL., 2001). Figura 1. Exemplo de colônias de bactérias heterotróficas em meio BHI (diluição 10-2 ) Figura 2. Exemplo de colônias de fungos em meio Sabouraud (diluição 10-2 ) CONCLUSÃO Uma moderna concepção de qualidade de solo deve ser coerente com as particularidades inerentes a cada ecossistema. Deve considerar, por exemplo, que o principal problema nos solos tropicais é a degradação do solo e a carência ou pobreza de nutrientes conforme ocorre nas culturas de Eucaliptos. Essa abordagem diferenciada é essencial para que se encontrem soluções que efetivamente contribuam para o desenvolvimento de manejos sustentáveis do solo. Além disso, a difusão do conceito de qualidade do solo tanto entre pesquisadores como entre agricultores é um fator importante para o desenvolvimento de aspectos culturais voltados à agricultura. Diante dos conhecimentos atuais, o uso da diversidade microbiana como indicador de qualidade do solo vem tendo um avanço muito importante. Isso porque tem se tornado consenso que a diversidade microbiana possui importantes vantagens como indicador de qualidade do solo. Porém, embora muitos esforços tenham sido empregados e resultados obtidos, especialmente nos últimos 10 anos, existem ainda limitações que dificultam a correlação da diversidade microbiana com o conceito de qualidade do solo. Limitações essas que estão associadas aos métodos de avaliação da diversidade microbiana e à compreensão da sua contribuição para os agroecossistemas. De qualquer forma, espera-se que a diversidade microbiológica é maior nos solos preservados do bioma Cerrado e, que monoculturas como a do Eucalipto podem atuar diminuindo a diversidade de microrganismos tanto pela redução das
  • 10. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 78   diversas fontes de matéria orgânica quanto pelo acúmulo no solo de substâncias oleaginosas presentes nas folhas do Eucalipto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALIEIRO, Fabiano de Carvalho et al . Fertilidade e carbono do solo e uso da água pelo eucalipto numa topossequencia em Seropédica, RJ. Rev. Árvore, Viçosa, v. 32, n. 1, fev. 2008. BARROS, N.F. & COMERFORD, N.B. Sustentabilidade da produção de florestas plantadas na região tropical. In: ALVAREZ V., V.H.; SCHAEFER, C.E.G.R.; BARROS, N.F.; MELLO, J.W.V. & COSTA, L.M., eds. Tópicos em ciência do solo. Viçosa, MG, Sociedade Brasileira Ciência do Solo, 2002. p.487-592. CANELLAS, L.P. Avaliação de características físico-químicas de ácidos húmicos. Seropédica, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 1999. 164p. (Tese de Doutorado) CAVALLET, L. E.; SELBACH, P. A. Populações microbianas em solo agrícola sob aplicação de lodos de curtume. Revista. Brasileira de Ciências do Solo, Viçosa – MG, vol. 32, p. 2863-2869, Outubro – Dezembro. 2008. CERRI, C.C. & VOLKOFF, B. Matéria orgânica de três solos dos campos inundáveis da Ilha de Marajó/PA. R. Bras. Ci. Solo, 12:93-100, 1988. CUNHA, A. C. et al. Qualidade microbiológica da água em rios de áreas urbanas e periurbanas no baixo Amazonas: o caso do Amapá. Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro – RJ, vol. 9, nº 4, p. 322-328, Outubro – Dezembro, 2004. DE FEDE, K. L.; PANACCIONE, D. G.; SEXTONE, A. J. Characterization of dilution enrichment cultures obtained from size- fractionated soil bacteria by BIOLOGR community-level physiological profiles and restriction analysis of 16S rDNA genes. Soil Biology and Biochemistry, Oxford, v. 33, n. 11, p. 1555-1562, 2001. DERPSCH, R. Expansão mundial do plantio direto. Revista Plantio Direto, Passo Fundo, v. 59, n. 1, p. 32 - 40, 2000. GAMA-RODRIGUES, A.C. & BARROS, N.F. Ciclagem de nutrientes em floresta natural e em plantios de eucalipto e de dandá no sudeste da Bahia, Brasil. R. Árvore, 26:193-207, 2002. GAMA-RODRIGUES, E.F. Carbono e nitrogênio da biomassa microbiana do solo e da serapilheira de povoamentos de eucalipto. Seropédica, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 1997. 108p. (Tese de Doutorado) GAMA-RODRIGUES, E.F.; GAMA- RODRIGUES, A.C. & BARROS, N.F. Biomassa microbiana de carbono e de nitrogênio de solos sob diferentes coberturas florestais R. Bras.Ci. Solo, 21:361-365, 1997. GAMA-RODRIGUES, Emanuela Forestieri da et al . Alterações na biomassa e na atividade microbiana da serapilheira e do solo, em decorrência da substituição de cobertura florestal nativa por plantações de eucalipto, em diferentes sítios da Região Sudeste do Brasil. Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa , v. 32, n. 4, ago. 2008. GAMA-RODRIGUES, Emmanuela Forestieri da et al . Nitrogênio, carbono e atividade da biomassa microbiana do solo em plantações de eucalipto. Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa , v. 29, n. 6, dez. 2005 GATTO, A.; BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.; COSTA, L.M. & NEVES, J.C.L. Efeito do método de preparo do solo, em área de reforma, nas suas características, na composição mineral e na produtividade de plantações de Eucalyptus grandis. R. Árvore, 27:635-646, 2003. GONÇALVES, J.L.M.; STAPE, J.L.; BENEDETTI, V.; FASSEL, V.A.G. &
  • 11. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 79   GAVA, J.L. Reflexos do cultivo mínimo e intensivo do solo em sua fertilidade e nutrição das árvores. In: GONÇALVES, J.L.M. & BENEDETTI,V., eds. Nutrição e fertilização florestal. Piracicaba, IPEF, 2000. p.1-57. GRAYSTON, S. J.; GRIFFTIH, G. S.; MAWDESLEY, J. L.; CAMPEBELL, C. D.; BARDGETT, R. D. Accounting of variability in soil microbial communities of temperate upland grassland ecosystem. Soil Biology and Biochemistry, Oxford, v. 33, n. 4/5, p. 533- 551, 2001. GUGGENBERGER, G. & ZECH, W. Soil organic matter composition under primary forest, pasture, and secondary forest succession, Región Huetar North, Costa Rica. For. Ecol. Manag., 124:93-104, 1999. GUO, L.B. & GIFFORD, R.M. Soil carbon stocks and use change: A meta analysis. Global Change Biol., 8:345-360, 2002. JENKINSON, D.S. & PARRY, L.C. The nitrogen cycle in the broadbalk wheat experiment: a model for the turnover of nitrogen through the soil microbial biomass. Soil Biol. Biochem., 21:535-541, 1989. JOHNSON, M. J.; LEE, K. Y.; SCOW, K. M. DNA fingerprint reveals links among agricultural crops, soil properties, and the composition of soil microbial communities. Geoderma, Amsterdam, v. 114, n. 3/4, p. 279- 303, 2003. KARLEN, D. L.; DITZLER, C. A.; ANDREWS, S. S. Soil quality: why and how? Geoderma, Amsterdam, v. 114, n. 3/4, p. 145- 156, 2003. LAZARI, M.F. Nitrificação em solos sob plantações de eucaliptos com diferentes idades. Viçosa, MG, Universidade Federal de Viçosa, 2001.49p. (Tese de Mestrado) LEITE, F.P. Relações nutricionais e alterações de características químicas de solo da Região do Vale do Rio Doce pelo cultivo do eucalipto. Viçosa, MG, Universidade Federal de Viçosa, 2001. 72p. (Tese de Doutorado) LEITE, L.F.C.; MENDONÇA, E.S.; NEVES, J.C.L.; MACHADO, P.L.O. & GALVÃO, J.C.C. Estoque de carbono orgânico e seus compartimentos em Argissolo sob floresta e sob milho cultivado com adubação mineral e orgânica. R. Bras. Ci. Solo, 27:821-832, 2003. LIMA, A.M.N. Estoque de carbono e frações da matéria orgânica do solo sob povoamento de eucalipto no Vale do Rio Doce – MG. Viçosa, MG, Universidade Federal de Viçosa, 2004. 109p. (Tese de Doutorado) LIMA, Augusto Miguel Nascimento et al . Frações da matéria orgânica do solo após três décadas de cultivo de eucalipto no Vale do Rio Doce-MG. Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa , v. 32, n. 3, jun. 2008 MAY, P. et al. Incorporando o desenvolvimento sustentável nos projetos de carbono florestal no Brasil e na Bolívia. Estudos Sociedade e Agricultura, v.13, n.1, p.5-50, 2005. MELE, P.M. & CARTER, M.R. Effect of climatic factors on the use of microbial biomass as an indicator of changes in soil organic matter. In: MULONGOY, K. & MERCKX, R., eds. Soil organic matter dynamics and sustainability of tropical agriculture. New York, Jonh Wiley & Sons, 1993. p.57-64. MENDHAM, D.S.; HEAGNEY, E.C.; CORBEELS, M.; O'CONNELL, A.M.; GROVE, T.S. & McMURTRIE, R.E. Soil particulate organic matter effects on nitrogen availability after afforestation with Eucalyptus globulus. Soil Biol. Biochem., 36:1067-1074, 2004. MORAES, J.F.L.; VOLKOFF, B.; CERRI, C.C. & BERNOUX, M. Soil properties under Amazon forest and changes due to pasture installation in Rondônia, Brazil. Geoderma, 70:63-81, 1996.
  • 12. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 80   NAMBIAR, E.K.S. Sustaining productivity of forests as a continuing challenge to soil science. Soil Sci Soc. Am. J., 60:1629-1642, 1996. O'CONNELL, A.M. & SANKARAN, K.V. Organic matter accretion, decomposition and mineralization. In: NAMBIAR, E.K.S. & BROWN, A.G., eds. Management of soil, nutrients and water in tropical plantation forest. Melbourne, ACIAR, 1997. p.443-480. PACE, N. R.; STAHL, D. A.; LANE, D. J.; OLSEN, G. J. The analysis of natural microbial populations by ribosomal RNA sequences. Advances in Microbial Ecology, New York, v. 9, n. 1, p. 1-55, 1986. PARTON, W.J.; SANFORD, R.L.; SANCHEZ, P.A. & STEWART, J.W.B. Modeling soil organic matter dynamics in tropical soils. In: COLEMAN, D.C.; OADES, J.M. & WEHARA, G., eds. Dynamics of soil organic matter in tropical ecosystems. Honolulu, NifTal Project, 1989. p.153-171. PAUL, E.A. & CLARK, F.E. Dynamics of residue decomposition and soil organic matter turnover In: PAUL, E.A. & CLARK, F.E. Soil microbiology and biochemistry. California, Academic Press, 1989. p.117-132. PAUL, K.I.; POLGLASE, P.J.; NYAKUENGAMA, J.G. & KHANNA, P.K. Change in soil carbon following afforestation. For. Ecol. Manag., 168:241-257, 2002. PEARSON, T.; WALKER, S.; BROWN, S. Sourcebook for land use, land-use change and forestry projects. BioCarbonFund, 2005, 57p. ROGERS, B. F.; TATE III, R. L. Temporal analysis of the soil microbial community along a toposequence in Pineland soils. Soil Biology and Biochemistry, Oxford, v. 33, n. 10, p. 1389-1401, 2001. ROSS, D.J.; SPARLING, G.P.; BURKE, C.M. & SMITH, C.T. Microbial biomass C and N, and mineralizable-N, in litter and mineral soil under Pinus radiata on a coastal sand: Influence of stand age and harvest management. Plant Soil, 175:167-177, 1995. ROSSELÓ-MORA, R.; AMANN, R. The species concept for prokaryotes. FEMS Microbiology Review, Amsterdam, v. 25, n. 1, p. 39-67, 2001. SHIKI, S. Sistema agroalimentar no cerrado brasileiro. In: SHIKI, S.; SILVA, J.G. da; ORTEGA, A.C. (Org.). Agricultura, meio ambiente e sustentabilidade do cerrado brasileiro. Uberlândia: UFU, 1997. p.135- 166. SMIT, E.; LEEFLANG, P.; GOMMANS, S.; VAN DEN BROEK, J.; VAN, M. S.; WERNARS, K. Diversity and seasonal fluctuations of the dominant members of the bacterial soil community in a wheat field as determined by cultivation and molecular methods. Applied and Environmental Microbiology, Washington, v. 67, n. 5, p. 2284-2291, 2001. STEVENSON, F.J. Humus chemistry: Genesis, composition and reactions. 2.ed. New York, Willey & Sons, 1994. 496p. SWIFT, R.S. Method for extraction of IHSS soil fulvic and humic acids. In: SPARKS, D.L.; PAGE, A.L.; HELMKE, P.A.; LOEPPERT, R.H.; SOLTANPOUR, P.N.; TABATABAI, M.A.; JOHNSTON, C.T. & SUMMER, M.E., eds. Methods of soil analysis. Part 3. Chemical methods. Madison, Soil Science Society of America Books, 1996. p.1018-1020. TIEDJE, J. M.; CHO, J. C.; MURRAY, A.; TREVES, D.; XIA, B.; AHOU, J. Soil teeming with life: new frontiers for soil science. In: REES, R. M.; BALL, B. C.; CAMPEBELL, C. D.; WATSON, C. A. (Org.). Sustainable management of soil organic matter. Wallingford: CAB International, 2001. p. 393- 412. TORSVIK, V.; ØVREÅS, L. Microbial diversity and function in soil: from genes to ecosystems. Current Opinion in Microbiology, Amsterdam, v. 5, n. 3, p. 240– 245, 2002.
  • 13. Ciência Equatorial, Volume 1 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Página 81   TRUMBORE, S. Age of soil organic matter and soil respiration: Radiocarbon constraints on belowground C dynamics. Ecol. Appl., 10:399-411, 2000. TRÜPER, H. G. Prokaryotes: an overview with respect to biodiversity and environmental importance. Biodiversity and Conservation, London, v. 1, n. 2, p. 227-236, 1992. TURCO, R. F.; BLUME, E. Indicators of soil quality. In: SIQUEIRA, J. O; MOREIRA, F. M. S.; LOPES, A. S.; GUILHERME, L. G. R.; FAQUIN, V.; FURTINI NETO, A.; CARVALHO, J. G. (Org.). Inter-relação fertilidade, biologia do solo e nutrição de plantas. Viçosa: SBCS ; Lavras: UFLA/DCS, 1999. p. 529-549. van VEEN, J.A.; LADD, J.N. & FRISSEL, M.J. Modelling C and N turnover through the microbial biomass in soil. Plant Soil, 76:257- 274, 1984. WARDLE, D.A. A comparative assessment of factors which influence microbial biomass carbon and nitrogen levels in soil. Biol. Rev., 67:321-358, 1992. WILSON, E. O. The current state of biology diversity. In: WILSON, E. O. (Org.). Biodiversity. Washington: National Academy Press, 1988. p. 3-18. WU, T.; SCHOENAU, J.J.; LI, F.; QIAN, P.; MALHI, S.S.; SHI, Y. & XU, F. Influence of cultivation and fertilization on total organic carbon and carbon fractions in soils from the Loess Plateau of China. Soil Till. Res., 77:59- 68, 2004. ZECH, W.; SENESI, N.; GUGGENBERGER, G.; KAISER, K.; LEHMANN, J.; MIANO, T.M.; MILTNER, A. & SCHROTH, G. Factors controlling humification and mineralization of soil organic matter in the tropics. Geoderma, 79:117-161, 1997. _____________________________________ 1 – Samir Burgel Aburjaile Tecnólogo em Química Ambiental Fabrai / Anhanguera. 2 – Moacir Pereira da Silva Tecnólogo em Química Ambiental Fabrai / Anhanguera. 3 – Elisângela Aparecida Fidelis Silva Batista, BSc, Bióloga Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Alto São Francisco – FASF/UNISA. 4 – Larissa Paula Jardim de Lima Barbosa, BSc, Bióloga / Especialista Real Biológica Ltda. 5 – Prof. Flávio Henrique Ferreira Barbosa, PhD Biólogo / Professor Adjunto I Colegiado Ciências Farmacêuticas Universidade Federal do Amapá – UNIFAP flavio.barbosa@unifap.br