Este estudo avaliou o impacto de ações de educação em saúde realizadas por uma equipe de saúde da família em profissionais do sexo em Vitória do Jari, Amapá. Concluiu-se que as ações educativas levaram as profissionais do sexo a buscarem mais os serviços de saúde, principalmente para prevenção, e tornarem-se mais responsáveis pelo seu próprio cuidado em saúde.
Educação em saúde para profissionais do sexo no Amapá
1. CIÊNCIA EQUATORIAL ISSN 2179-9563
Artigo Original Volume 3 - Número 2 - 2º Semestre 2013
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROFISSIONAIS DO SEXO: IMPACTO NA MUDANÇA
DE COMPORTAMENTO
Andréa dos Santos Godinho1
; Rubens Alex de Oliveira Menezes2
; Flávio Henrique Ferreira Barbosa3
; Benedito
Pantoja Sacramento4
; Kelly Assunção e Silva5
; Edna Márcia Grahl Brandalize Slob6
RESUMO
Estudo com abordagem quantitativa junto a profissionais do sexo residentes no município de Vitória do Jarí - Amapá,
no ano de 2010. Com o objetivo de analisar o impacto na mudança de comportamento destas, através de ações de
Educação em Saúde realizadas pela equipe de Saúde da Família, visando abordar a questão do cuidado e da saúde junto
às mulheres em situação de prostituição. Esta pesquisa verificará como é o relacionamento entre a equipe de Estratégia
Saúde da Família (ESF) e esse grupo de mulheres, assim como se dá o processo de transformação do pensamento de
auto-cuidado em saúde a partir do aprendizado que a elas é dado nestas ações. Concluiu-se que as ações de saúde são de
grande importância na vida das profissionais do sexo, pois, coopera para que as mesmas se tornem mais responsáveis
pelo cuidado com seu próprio corpo, já que este é o seu instrumento de trabalho. Tais, ações levou-as a buscar cada vez
mais os serviços de saúde, principalmente para a prevenção e não só quando estavam com algum tipo de problema de
saúde.
Palavras-chave: Profissionais do sexo, Estratégia Saúde da Família, Educação em Saúde, Vitória do Jari
HEALTH EDUCATION FOR PROFESSIONALS OF SEX: IMPACT ON CHANGE OF BEHAVIOR
ABSTRACT
Study with a quantitative approach with the sex workers living in the city of Vitória do Jari - Amapá, in 2010. With the
objective of analyzing the impact on behavior change these through actions carried out by Health Education Family
Health Team, aimed at addressing the issue of care and health among women in prostitution. This research will examine
how is the relationship between the team of the Family Health Strategy (FHS) and this group of women, as is the
process of transforming the thought of self-health care from learning that they are given these actions. It was concluded
that health actions are of great importance in the lives of sex workers therefore cooperates so that they become more
responsible for taking care of your own body, since this is your work tool. Such, actions led them to seek ever more
health services, especially for the prevention and not only when they had some sort of health problem.
Keywords: Sex workers, Family Health Strategy, Health Education, Vitória do Jari
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INTRODUÇÃO
A educação em saúde é um recurso
por meio do qual o conhecimento atinge a
vida e o cotidiano das pessoas favorecendo
a compreensão de questões relacionadas à
saúde, doença e prevenção. Vista desta
forma, a educação em saúde favorece a
aquisição de conhecimentos que colaboram
com o bem estar físico, social e ambiental
dos cidadãos (MORAES et al., 2008).
Através das equipes de Estratégia
Saúde da Família (ESF), a educação em
saúde possibilita a troca de informações
com a comunidade, pois se trata de um
contato direto e diário com esta, a qual
acaba por revelar à equipe suas condições
socioeconômicas, culturais e ambientas,
para que assim hajam intervenções
preventivas adequadas naquele meio social
(BRASIL, 2011).
A Educação em Saúde é a
estratégia mais eficiente na prevenção das
Doenças Sexualmente transmissíveis/
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(DST/AIDS), do Câncer do colo do útero e
do conhecimento a respeito do
planejamento familiar, pois somente ela
traz mudança de comportamentos, valores
e atitudes (BRASIL, 2006a).
O preservativo é considerado um
dos métodos mais eficazes na prevenção
das DST/AIDS, desde que seja utilizado
em todas as relações sexuais e de forma
adequada. Só que, para que as profissionais
do sexo e o cliente utilizem o preservativo,
são necessários conhecimentos sobre sua
importância, técnica de utilização e de
abordagem com seus clientes (BRASIL,
2006b).
Estudos revelam que as
profissionais do sexo não usam o
preservativo em todas as relações sexuais e
com determinados parceiros, por esses
homens não aceitarem o uso do
preservativo e pagarem mais pelo
“programa”, ou por serem parceiros fixos e
não acharem necessário seu uso (MOURA;
PINHEIRO; BARROSO, 2009).
Dessa forma, todos os envolvidos
nesse ciclo (prostituta, parceiro, outras
parceiras desses homens) se tornam cada
vez mais vulneráveis a contrair uma
doença transmitida pelo sexo, entre elas a
AIDS (MOURA; PINHEIRO; BARROSO,
2009). Nesse contexto, faz-se necessário
instigar a reflexão e conscientização destas
mulheres para que não venham adquirir
Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DSTs), principalmente o HIV, ou até
mesmo uma gravidez indesejada
(OLTRAMI; CAMARGO, 2004).
A partir da década de 60, aumentou
o fluxo de homens de outras cidades do
Brasil e até mesmo de outros países para a
região do Vale do Jari a procura de
trabalho ou para prestarem serviços na Jari
Celulose S/A, os quais foram se instalando
na margem oposta à fábrica, constituindo-
se assim a antiga vila “beiradinho”, hoje
Vitória do Jari, e que acabam por procurar
os serviços das profissionais do sexo
residentes naquela localidade (LINS,
2001).
A metodologia de educação em
saúde pode ser melhor conduzida no
trabalho com grupos, pois este possibilita
um enriquecimento das discussões e uma
expansão de conhecimentos, viabilizando
sentimentos de inclusão, equidade e
valorização, pois os participantes se
identificam entre si e desenvolvem um
fortalecimento entre as relações humanas
que, posteriormente, se transformam em
aprendizado (MORAES et al., 2008).
O profissional enfermeiro é o
principal responsável, dentro da Estratégia
de Saúde da Família, por promover a
educação em saúde a todos os tipos de
grupos atendidos pela atenção básica na
Unidade de Saúde. Tendo assim, papel
primordial de dar a oportunidade aos
educandos de se tornarem parte do
processo de promoção da saúde (MOURA;
PINHEIRO; BARROSO, 2009).
O risco é a exposição dos
indivíduos às situações que possam lhes
tornar suscetíveis às infecções e até mesmo
ao adoecimento, enquanto que
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vulnerabilidade é o conjunto de fatores de
natureza biológica, epidemiológica, social,
cultural, econômica e política cuja
interação amplia ou reduz o risco ou a
proteção de um grupo populacional, diante
de uma determinada doença, condição ou
dano (BRASIL, 2006b).
No caso da prática do sexo
comercial, feito pelas profissionais do
genero feminino, o sexo sem preservativo é
um fator que as deixa em condição de
vulnerabilidade por haver um estigma da
profissão, pelo cliente já ser conhecido
delas, pela oferta maior de pagamento por
parte de alguns clientes, pela idade ou
tempo de profissão ou até mesmo pelo uso
de álcool ou drogas (BRASIL, 2006b).
Para compreender como se dá à
divisão entre o mundo profissional e o
mundo privado é necessário compreender a
unidade da atividade sexual profissional, a
saber, o que as profissionais chamam de
programa. O “programa” é a unidade
elementar da atividade desenvolvida. Sua
execução requer acordos prévios sobre três
itens: as práticas, ou o conteúdo do serviço
que será prestado, o preço, e o tempo
disponível pela prostituta. (OLTRAMARI;
CAMARGO, 2004).
Nos dias atuais a profissional do
sexo é vinculada ao contágio das DST’s
(doenças sexualmente transmissíveis), isso
se dá pelo seu comportamento perante a
moral da sociedade ser de uma pessoa
pervertida, o que acaba por gerar nestas
mulheres vários tipos de problemas
relacionados à depressão, baixa auto-
estima, etc (MORAES et al., 2008).
Em Vitória do Jari, as visitas das
ESF nas áreas de prostituição acontecem
realizando palestras, oferecendo
orientações, ensinando a usar o
preservativo masculino e feminino,
distribuindo os preservativos,
principalmente às profissionais do sexo
(prostitutas) em situação de risco e
identificando crianças e adolescentes em
risco de prostituição.
Diante deste contexto e com
finalidade de conhecer um pouco mais
sobre como se dá o trabalho da equipe de
Saúde da Família, o presente estudo visa
abordar a questão do cuidado junto às
mulheres em situação de prostituição a
partir das ações educativas em saúde
oferecidas por esta equipe, com vistas à
mudança no comportamento das
profissionais do sexo.
Esta pesquisa teve como objetivo
verificar como é o relacionamento entre a
equipe de ESF e este grupo social, e o
processo de transformação do pensamento
de cuidado e saúde, a partir do aprendizado
que à elas é dado nas ações de educação
em saúde.
MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa com
abordagem quantitativa realizada como
pesquisa de campo. Primeiramente foi feita
revisão de literatura e levantamento das
participantes para se verificar a viabilidade
da pesquisa. O estudo foi realizado a partir
da experiência de educação em saúde
oferecida às profissionais do sexo do
município de Vitória do Jari - AP, pela
equipe de ESF formação Mina, área 05, no
ano de 2010.
Para obtenção de dados utilizou-se
questionário com 10 perguntas com
respostas de múltiplas escolhas, junto às
mulheres moradoras de uma vila de quartos,
denominado “Brega”, onde são feitos os
“programas”.O contato com as mulheres foi
feito através de telefone pessoal da dona da
vila de quartos, onde elas realizam os
“programas”.
O município de Vitória do Jari
(Figura 1) foi criado em 1994 e possui uma
população de 12.296 mil habitantes. Está
delimitado geograficamente ao norte pelo
município de Laranjal do Jarí e Mazagão-
AP e ao sul pelo município de Almeirim-
PA. Apresenta uma área de extensão
territorial de 2.482.879 km e localiza-se a
aproximadamente 350 km de distância da
capital, Macapá (IBGE, 2011).
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Figura 1 - Vista do município de Vitória do Jari-AP
Fonte: Arquivo pessoal, 2011.
Em se tratando de atenção à saúde,
o município de Vitória do Jari possui
cadastro no Ministério da Saúde (MS)
apenas para atenção básica, recebendo por
meio de pactuação com os outros
municípios fronteiriços, apoio para atenção
de média e alta complexidade em saúde.
Possui uma Unidade Mista que fica sob a
responsabilidade do Estado, onde há
atendimentos de urgência e emergência,
com pequenos procedimentos, além de
partos de baixo risco (VITÓRIA DO JARI,
2011).
Em se tratando da população
feminina existem alguns desafios a serem
ultrapassados para se alcançar a
integralidade na assistência à saúde da
mulher dentro desta estratégia. Por isso,
faz-se importante considerar as
especificidades na população feminina -
negras, indígenas, trabalhadoras da cidade
e do campo, as que estão em situação de
prisão, as lésbicas e aquelas que se
encontram na adolescência, no climatério e
na terceira idade (BRASIL, 2006a).
As estratégias de prevenção e
controle do câncer do colo do útero e da
mama têm como objetivos reduzir a
ocorrência (incidência e mortalidade) do
câncer do colo do útero, a mortalidade do
câncer de mama e as repercussões físicas,
psíquicas e sociais causadas por esses tipos
de câncer, por meio de ações de prevenção,
oferta de serviços para detecção em
estágios iniciais da doença e para o
tratamento e reabilitação das mulheres
(BRASIL, 2006a).
Foram encontradas 16 mulheres
que foram convidadas a participar do
estudo, porém, apenas 09 realizaram o
questionário, somando 56,25 % de
amostragem final. No dia, local e horário
combinado, o objetivo da pesquisa foi
reiterado, o termo de consentimento e a
autorização enfatizava a liberdade de
recusar-se a responder qualquer pergunta
ou mesmo a continuar participando da
pesquisa.
A entrevista procurou abarcar
questões relevantes para um maior
conhecimento deste grupo social. Foram
abordados temas sobre seu ingresso nesta
profissão, há quanto tempo está em
atividade, sobre sua atitude ao adoecer a
quem recorrer (ao serviço público ou
privado), sobre sua participação em ações
de educação e saúde, levando em conta sua
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mudança de comportamento a partir destas
ações a elas oferecidas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da análise dos
questionários, foi verificado que a variação
da idade das profissionais do sexo é de 18
a 45 anos, e seu grau de escolaridade é de
no máximo Ensino Médio incompleto. Ao
serem questionadas sobre seu ingresso
nesta profissão, 33,3% responderam ter
sido por curiosidade e 66,7%, por
necessidade. (Figura 2).
Figura 2 – Motivo de Ingresso na Profissão
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa
Com relação ao tempo de atuação
como profissional do sexo a pesquisa
demostra de um quantitativo amostral de
nove entrevistadas, três apresentava de
atuação na profissão, entre um a cinco
anos, três entre seis e dez anos e três acima
de dez anos. A pesquisa evidencia que a
variação foi igual para todas as
entrevistadas (Figura 3).
Figura 3 - Tempo de atuação na profissão, em anos.
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa
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Em se tratando da busca por
serviços de saúde, 55,5% responderam ir
via Sistema único de saúde (SUS) à
Unidade Básica de Saúde e 44,5% ao
serviço privado (particular), quando
precisam de atendimento (Figura 4). Quase
igualando os resultados, talvez isso se deva
pela morosidade do serviço público, ou por
se sentirem rejeitadas quando vão procurar
atendimento na Unidade Básica de Saúde,
preferindo assim pagar pela consulta
particular. Sendo que, apenas 02 (duas) das
mulheres tiveram algum tipo de problema
de saúde no ano de 2010.
Figura 4 - Busca pelos serviços de saúde
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa
A totalidade geral, ou seja, 100%
das questionadas participaram de algum
tipo de ação de Educação em Saúde, no
ano do estudo (2010), sobre assuntos
diversos (Tabela 1). E, todas também
responderam achar de grande valia a ida da
equipe de Saúde da Família, até o seu local
de trabalho, pois lá se sentem mais a
vontade para se expressar e tirar suas
dúvidas.
Tabela 1 - Temas das quais já participaram em ações de educação em saúde.
Fonte: Instrumento de coleta de dados da pesquisa
TEMAS N
Planejamento familiar 08
Prevenção DST/AIDS 09
Prevenção do câncer do colo do útero e mamas 07
Higiene íntima, corporal e do ambiente 07
Direitos da mulher (Lei Maria da Penha) 06
Pré natal 05
Sexualidade da mulher 08
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Assim como, as ações serem de
suma importância para melhor
conhecimento do seu corpo e da sua saúde
ajudando-as na prevenção de males
diversos, o conhecimento sobre seus
direitos, enquanto mulher e cidadã tornam-
se imprescindível. O que acabou por ajudá-
las, de alguma maneira, na mudança do
comportamento de risco, antes adotado por
elas (ESPOSITO; KAHHALE, 2006).
Sendo assim, quando perguntadas
sobre isso, 100% afirmaram ter posto em
prática os conhecimentos obtidos em ações
de Educação em Saúde. Procurando
atendimentos para realização de exames
preventivos do câncer de colo do útero e
mama, realização de exames como: HIV,
sífilis e hepatite. Assim como, ter tido bem
mais atenção e responsabilidade quanto ao
uso do preservativo feminino e masculino,
em relações sexuais com clientes,
independente de qualquer coisa.
As atividades educativas orientam
as prostitutas e sua clientela sobre aspectos
relacionados à saúde sexual com o
propósito de motivá-los a realizarem ações
que promovam sua saúde. Essas atividades
são particularmente importantes, pois,
muitas vezes, as prostitutas não conhecem
os serviços de saúde disponíveis. Para
manter boa saúde sexual, as prostitutas
necessitariam saber sobre os diferentes
tipos de sexo, como negociar com os
clientes o uso do preservativo, como obter
preservativos, lubrificantes e cuidados de
saúde.
As informações sobre saúde devem
ir além da prevenção das DST,
necessitando-se incluir outros aspectos,
como o aborto, outras formas de
contracepção, hepatites, prevenção ao uso
de drogas, outras doenças transmissíveis e
saúde materna. Também são relevantes
informações acerca de problemas legais,
autodefesa, administração de finanças e
outros problemas profissionais e pessoais.
(MOURA; PINHEIRO; BARROSO,
2009).
CONCLUSÃO
As metodologias participativas são
estratégias que permitem uma maior
conscientização e influenciam
positivamente nas mudanças de
comportamento, induzindo a uma melhor
condição de saúde. Dentre esses métodos,
enfatiza-se o emprego da Educação em
Saúde como forma de se proporcionar um
sentimento de valorização, equidade e
inclusão do sujeito envolvido.
A partir da proposta de
investigação desta pesquisa, mediante as
entrevistas realizadas, foi possível
identificar como se dá o processo de
aceitação e acesso aos serviços de saúde
oferecidos a um grupo de profissionais do
sexo, residentes no município de Vitória do
Jari-AP de modo a contribuir para
melhoria da assistência realizada pelos
profissionais da Estratégia Saúde da
Família, neste grupo social. As ações de
Educação em Saúde realizadas pela ESF
com o grupo de prostitutas foi fator
estimulador na adesão ao serviço de saúde.
Faz-se aqui a sugestão de ser criado
um grupo para realização de oficinas com
de atividades diversas com integração e
aliado ao atendimento integral a saúde de
modo a propiciar até mesmo uma
conscientização, por parte delas, para que
futuramente talvez haja organização de
movimentos reivindicatórios da categoria
pela melhoria das condições de trabalho,
diminuindo o sentimento de desprazer em
relação à atividade, coibindo possíveis
abusos, além de diminuir a vulnerabilidade
para DST/AIDS.
Esta pesquisa procurou revelar
aspectos importantes em relação às
mudanças de comportamento relacionado à
saúde, envolvendo vários temas, tais como:
contracepção, pré-natal, cuidados com o
corpo, prevenção de câncer do útero e
mamas, dentre outros, cujos resultados
podem auxiliar os programas de prevenção
voltados aos grupos de mulheres
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profissionais do sexo, recomendando que
esses programas privilegiem as diferenças
existentes dentro desse grupo de atividade.
Ao acompanhar o trabalho das ESF
no município de Vitória do Jari, verificou-
se que há reconhecimento do trabalho
educativo pelas prostitutas, podendo
perceber que tais estratégias estimulam a
reflexão, a criticidade e a mudança de
comportamento, evidenciando ainda mais a
necessidade da atuação de Enfermeiros
como educadores e orientadores, pois
nenhuma ação de promoção da saúde
oferecidas as profissionais do sexo
avançará sem a participação de um
componente educativo que atinja a
população das mulheres e de suas
organizações sociais.
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junho de 2011.
__________________________________
1 - Enfermeira Graduada pela Faculdade Integrada
do Tapajós-FIT, Especialista em Nefrologia –
IBPEX, e em Saúde Pública com ênfase em Saúde
da Família –FACINTER/FATEC. Enfermeira da
Estratégia Saúde da Família (ESF) de Laranjal do
Jari-AP, Amapá, Brasil.
2 - Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá
- LACEN-AP, Macapá, Amapá, Mestrado pelo
Programa de Pós Graduação em Ciência da Saúde
da Universidade Federal do Amapá, UNIFAP -
Macapá (AP), Brasil.
9. Ciência Equatorial, Volume 3 - Número 2 - 2º Semestre 2013 Página 9
3 - Docente do Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Saúde da Universidade Federal do
Amapá, UNIFAP - Macapá (AP), Brasil.
4 - Coodenador Municipal do Programa de
Imunizações do município de Laranjal do Jari
Amapá e Especialista em Pneumologia Sanitária
pela Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro (RJ),
Brasil
5 - Fisioterapeuta Graduada pela Universidade da
Amazônia – UNAMA Fisioterapeuta do Núcleo de
Apoio à Saúde da Família (NASF) de Laranjal do
Jari-AP, Amapá, Brasil.
6 - Enfermeira obstétrica e Licenciatura de
Enfermagem pela UFPR, Especialista em
Metodologia da Ciência e Magistério Superior e
Auditora de qualidade na FATEC/FACINTER.
Correspondência: Rubens Alex de Oliveira
Menezes – Laboratório Central de Saúde Pública de
Macapá – LACEN (AP). Endereço: Avenida
Tancredo Neves, 1118. Bairro: São Lázaro, CEP -
68908-530, Setor de Bacteriologia, Tel:
(96)32126175⁄ (96)81311306⁄ (96)32235534,
Macapá – AP, Brasil. E-mail: ra-
menezes@hotmail.com