SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 62
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CAMPUS VIII - MARABÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO BACHARELADO EM MEDICINA
DISCIPLINA: TUTORIAL
MARABÁ-PA
2020
Alunos:
Eduarda Batista Logrado
Ellen Ágatta Marinho Silva;
Gabriela da Silva Leandro;
Gabriela de Souza Lima.
Orientador:
Prof. Norimar Oliveira.
DOENÇA
INFLAMATÓRIA
INTESTINAL
Fonte: Portal Nestle Health Science.
INTRODUÇÃO
Aplica-se a duas doenças intestinais crônicas e idiopáticas:
Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RCU).
• Ambas compartilham muitas características;
• A diferenciação entre RCU e DC é feita por critérios clínicos,
radiológicos, endoscópicos e histológicos;
• O principal fator de risco comprovado para ambas as DII é
uma história familiar positiva.
G.
Lean
dro
(UpToDate, 2020
RETOCOLITE
ULCERATIVA
Fonte: Blog Richet.
G.
Lean
dro
CONCEITO Fonte: Portal
Flaticon.
Condição inflamatória crônica caracterizada por
episódios de inflamação recidivantes e remitentes
limitados à camada mucosa do cólon.
Localização: reto e a extensão geralmente envolve
as porções mais proximais do cólon de forma
contínua.
(UpToDate, 202
G.
Lean
dro
CONCEITO
Proctite
ulcerativa
• doença limitada
ao reto
Proctosigmoidite
• doença limitada
ao reto e cólon
sigmóide e
Colite do lado
esquerdo
• se estende além
do reto, desde o
cólon sigmóide
e até a extensão
proximal até a
flexura
esplênica
Colite extensa
• doença que se
estende
proximal à
flexura
esplênica
GRAU DE
ENVOLVIMENTO
(UpToDate, 2020
• Tendências geográficas e temporais - gradiente norte-
sul;
• Idade - entre 15 e 30 anos;
• Sexo - Foram relatadas pequenas diferenças na
incidência por sexo, maior no homem;
• Raça e etnia - Tanto a colite ulcerosa quanto a doença de
Crohn são mais comuns em populações judias em
com populações não judias.
G.
Lean
dro
EPIDEMIOLOGIA
Fonte: Portal
UFMA.
(UpToDate, 2
Fatores de risco:
 Tabagismo - O aumento do risco associado à cessação do
tabagismo.
 Gorduras - Aumento na incidência de colite ulcerosa e recaída
em pacientes com colite ulcerosa.
 Vitamina D - deficiência de vitamina D é comum entre pacientes
com DII.
 Duração do sono - privação é um risco aumentado de colite
 Infecção e resposta imune - leva a respostas imunológicas
inadequadas aos micróbios intestinais.
 Apendicectomia - Os dados sugerem que a apendicectomia pode
diminuir o risco de desenvolver colite ulcerosa, enquanto o
do efeito protetor é desconhecido.
G.
Lean
dro
ETIOLOGIA
Fonte: Portal Paulo
(UpToDate, 202
 Mecanismos
G.
Lean
dro
FISIOPATOLOGIA
Fonte: Portal
Flaticon.
CARACTERÍSTICAS:
Doença EXCLUSIVA do Cólon;
Doença EXCLUSIVA da Mucosa;
A RCU é tipicamente “ascendente” e uniforme;
Surgimento idiopático.
Fonte: MEDGRUPO,
2019.
(USP, 2016)
 Mecanismos
G.
Lean
dro
FISIOPATOLOGIA
Fonte: Portal
Flaticon.
ASPECTO MACROSCÓPICO:
Desaparecimento do padrão vascular típico do cólon
(precoce);
Hiperemia, edema, mucosa friável, erosões, ulcerações e
exsudação de muco, pus ou sangue;
Formação de Pseudopólipos: 15 a 30% dos casos;
Mucosa pálida, atrófica, com aspecto tubular
(cronicidade).
Fonte: MEDGRUPO,
2019.
(USP, 2016)
 EVOLUÇÃO DA RCU
G.
Lean
dro
FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal
Flaticon.
Na RCU de longa evolução, são comuns alterações da
musculatura colônica, que, ao exame radiológico se
mostram com:
1. Perda das haustrações;
2. Espessamento da musculatura lisa com aspecto de
“cano de chumbo;
3. Na RCU de longa duração pode haver displasia epitelial
e tem forte associação com neoplasias.
Fonte: MEDGRUPO,
2019.
(USP, 2016)
 Dor abdominal sobretudo no QIE;
 Diarreia frequente – pode alternar com constipação;
 Hematoquezia;
 Muco nas fezes;
 Tenesmo;
 Massa abdominal no QIE se o sigmóide estiver inflamado;
 Ausência de estenose.
G.
Lean
dro
QUADRO CLÍNICO
Fonte: Portal
Flaticon.
Manifestações extra intestinais mais comuns:
PIODERMA GANGRENOSO;
MANIFESTAÇÕES HEPATOBILIARES.
(UpToDate, 20
COMPLICAÇÕES:
 Sangramento;
 MegacólonTóxico / Perfuração / Peritonite;
 Estenoses;
 Câncer.
G.
Lean
dro
QUADRO CLÍNICO
Fonte: Portal
Flaticon.
(UpToDate, 2020)
Fonte: Medgrupo, 20
G.
Lean
dro
DIAGNÓSTICO
 EXAMES LABORATORIAIS
 Hemograma – pode revelar anemia hipocrômica
microcítica, lcucocitose de grau não muito
trombocitose;
 Provas de atividade inflamatórias – estão elevadas;
 Albumina – hipoalbuminemia em casos mais graves;
 Pesquisa da infecção por Closrridi1un difficile;
 Marcadores sorológicos – p-ANCA (anticorpo
perinudear contra estruturas citoplasmáticas do
neutrófilo).
Fonte: Portal
GUIA.
(UpToDate, 2
G.
Lean
dro
DIAGNÓSTICO
 OUTROS EXAMES
 Endoscopia – Realiza-se ileocolonoscopia com
biópsias;
 Exames de imagem;
 Sorologia para doença;
 Teste de fezes para elastase fecal Rastreamento
de sofrimento; psicológico.
Fonte: Portal
GUIA.
(UpToDate, 2
G.
Lean
dro
DIAGNÓSTICO
 DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
 Doença celíaca;
 Diarreia infecciosa;
 Má absorção de lactose;
 Supercrescimento bacteriano no intestino delgado;
 Diarreia por ac. Biliar;
 Insuficiência pancreática exócrina.
Fonte: Portal
GUIA.
(UpToDate, 2
 LEVE:
Uso de mesalamina via retal.
Se não houver resposta clínica essas drogas devem ser
associadas, por exemplo: MESALAMINA RETAL + CORTICOIDE
RETAL / MESALAMINA RETAL + 5-ASA ORAL / MESALAMINA RETAL
RETAL + CORTICOIDE RETAL + 5-ASA ORAL.
Fonte:
br.freepik.com.
TRATAMENTO
 MODERADA:
Terapia de primeira linha consiste de um derivado 5-ASA
pela via oral.
Pacientes que não respondem após 4 semanas de 5-ASA
podem associar um GLICOCORTICOIDE (prednisona ou
Uceris = budesonida de liberação colônica).
Caso continue sem resposta, associa-se um
imunomodulador.
(USP, 2016)
Fonte:
br.freepik.com.
 GRAVE/FULMINANTE
MEDIDAS GERAIS:
 Internar e colocado em dieta zero por no mínimo 24-48h, ou
até surgirem sinais de melhora clínica;
 Cateter nasogástrico deve ser deixado em sifonagem
(descompressão gástrica);
 Hidratação venosa generosa;
 Hemotransfusão é indicada para os casos com hematócrito <
25-28%;
 Tromboprofilaxia.
G.
Lean
dro
TRATAMENTO
(USP, 2016)
Fonte:
br.freepik.com.
 GRAVE/FULMINANTE
MEDICAMENTO
Antimicrobianos de amplo espectro, com cobertura
contra Gram-negativos e aneróbios: (1) ciprofloxacina
+ metronidazol, (2) amoxicilina + clavulanato.
Glicocorticoide IV também deve ser prescrito para
todos os doentes.
Sem melhora clínica: (1) agente anti-TNF, (2)
ciclosporina, (3) partir direto para a cirúrgica.
Cirurgia: Pacientes com colite grave que não
respondem à combinação de ATB, glicocorticoide IV,
infliximab ou ciclosporina, devem ser submetidos à
colectomia total.
TRATAMENTO
(USP, 2016)
DOENÇA DE CROHN
Fonte: Portal Minuto Saúde.
 Caracterizada por inflamação TRANSMURAL e
por áreas puladas de envolvimento.
Natureza inflamatória transmural:
 Fibrose;
 Estenoses;
 Apresentações clínicas obstrutivas;
 Tratos sinusais.
Acometimento  ÍLEO e o CÓLON PROXIMAL; qualquer
parte do TRATO GASTROINTESTINAL pode ser afetada.
E.
Ágatt
a
CONCEITO
(UpToDate, 2
Fonte: Portal
Flaticon.
Fonte: MEDGRUPO,
2019.
• Na América do Norte, a incidência varia de 3,1 a 20,2 casos
por 100.000 pessoas-ano;
• No Brasil, a variação percentual anual (APC) aumentou para a
doença de Crohn em 11,1% e em Taiwan, o APC aumentou
para doença de Crohn em 4%;
• A idade de início é entre 15 e 30 anos, embora possa se
manifestar em qualquer idade;
• Há um possível segundo pico entre 50 e 80 anos de idade;
• Há uma leve predominância do sexo feminino;
• Mais comuns em populações judias.
EPIDEMIOLOGIA
Fonte: Portal
UFMA.
E.
Ágatt
a
(UpToDate, 20
 Fatores de risco
 Tabagismo;
 Atividade física;
 Fatores dietéticos;
 Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) – risco
pequeno.
 Contraceptivos orais e reposição hormanal;
 Apendicectomia;
 Fatores psicológicos;
 Obesidade.
ETIOLOGIA
Fonte: Portal Paulo
E.
Ágatt
a
(UpToDate, 2
 Mecanismos
DOR ABDOMINAL
Estimulação de receptores
localizados na serosa
Aumento da contratilidade ou
distensão visceral
(USP, 2016)
FISIOPATOLOGIA
Fonte: Portal
Flaticon.
DIARREIA
Má absorção de nutrientes ou de
fluidos e eletrólitos
Exsudação de fluido intersticial em área
inflamada do intestino
Má absorção de sais
biliares
ANOREXIA E
NÁUSEAS
Ação, no sistema
nervoso central
Mediadores da
inflamação
Má absorção de
nutrientes
 HISTOPATOLOGIA
Lesões SEGMENTARES ou
SALTEADAS, entremeadas por
ÁREAS inteiramente
PRESERVADAS
MICROSCÓPICO:
Infiltrado inflamatório
focal transmural
predominantemente
linfocitário.
MACROSCÓPICO:
Úlceras profundas,
irregulares, aftóides ou
serpiginosas
Edema
Infiltração da mucosa e da
submucosa e de úlceras
lineares
Estenose
Orifícios de fístulas.
(USP, 2016)
FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal
Flaticon.
1) DIARREIA CRÔNICA INVASIVA associada à DOR ABDOMINAL;
2) Sintomas gerais como FEBRE, ANOREXIA e PERDA DE PESO;
3) MASSA PALPÁVEL no quadrante inferior direito*;
4) DOENÇA PERIANAL.
QUADRO CLÍNICO
(USP, 2016)
Fonte: Portal
Flaticon.
Exame físico:
 Desnutrição;
 Distensão abdominal (grau variável);
 Massa palpável ou plastrão na palpação profunda;
 Dor a descompressão brusca.
Obs.: Exame minucioso das regiões perianal e perineal é obrigatório.
QUADRO CLÍNICO
(USP, 2016)
Fonte: Portal
Flaticon.
Manifestações Extra intestinais:
 Pele;
 Articulações;
 Olhos.
Complicações:
 FISSURAS;
 FÍSTULAS;
 ABSCESSOS;
 ESTENOSE.
Fonte: MEDGRUPO,
2019.
DIAGNÓSTICO
 Ileocolonoscopia com biópsias
 Exame de escolha.
Encontrar-se:
 Comprometimento salteado, manifesto por úlceras
que, quando coalescentes, dão o aspecto de “pedras
calçamento”;
 Granulomas não caseosos  PATOGNOMÔNICOS DE
CROHN.
Fonte: Portal
GUIA.
E.
Ágatt
a (MED CURSO, 20
DIAGNÓSTICO
 Métodos de imagem
 Entero-TC
 Entero-RNM
Encontrar-se:
 Parede intestinal “doente” com aumento de
 Hipercaptação focal de contraste.
São obtidos de forma mais rápida, além de garantir a
visualização de TODO o tubo digestivo (delgado + cólon).
Fonte: Portal
GUIA.
E.
Ágatt
a (MED CURSO, 20
DIAGNÓSTICO
 Marcadores sorológicos
 ASCA (anti-Saccharomyces cerevisiae)  presente em
70% nos pacientes.
Encontrar-se:
 ANTI-OMPC (antiporina);
 anti-CBir1 (antiflagelina).
Ambos estão mais associados à DC, e parecem
um pior prognóstico nesta condição.
Fonte: Portal
GUIA.
E.
Ágatt
a
(MED CURSO, 20
Fonte:
br.freepik.com.
 Medidas não farmacológicas:
• Tabagismo  abandonar;
• Risco de desnutrição  dieta bem equilibrada;
• Intolerância à lactose  diminuir ou abolir a ingesta
de laticínios;
• Sintomas de sub-oclusão intestinal crônica  dieta
pobre em resíduos;
• Ressecção > 100 cm do íleo  dieta pobre em
gordura;
• Crianças com baixa ingesta oral e déficit de
(MED CURSO, 20
TRATAMENTO
 Doença Leve a Moderada:
1. Linha
Ileíte  derivado 5-ASA de liberação ileal (Pentasa e
Colite  todos os derivados 5-ASA (Sulfasalazina,
Asacol e os enemas de mesalamina).
Região gastroduodenal  Glicocorticoides (Prednisona).
2. Linha
Antibióticos (metronidazol, ciprofloxacina ou rifamixina).
3. Linha
Glicocorticoides (Budesonida).
Terapia de manutenção  derivado 5-ASA.
Fonte:
br.freepik.com.
TRATAMENTO
(MED CURSO, 20
 Doença Moderada a Grave:
1. Linha
Biológicos  Anti-TNF.
Associado de um imunomodulador.
Terapia de manutenção  anti-TNF + imunomodulador.
Remissão completa  TERAPIA DUPLA seja mantida por
no mínimo um ano.
Fonte:
br.freepik.com.
TRATAMENTO
(MED CURSO, 20
 Doença Grave a Fulminante:
 Realizar um EXAME DE IMAGEM em caráter
PERFURAÇÃO  CORREÇÃO CIRÚRGICA
ABSCESSO  DRENAGEM (via percutânea)
OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Dieta zero;
Drenagem nasogástrica;
Reposição volêmica/hidroeletrolítica;
Antibioticoterapia de amplo espectro  ciprofloxacina +
metronidazol; amoxicilina + clavulanato.
Obstrução TOTAL  CORREÇÃO CIRÚRGICA
Fonte:
br.freepik.com.
TRATAMENTO
(MED CURSO, 20
 Doença Grave a Fulminante:
AGENTES BIOLÓGICOS + GLICOCORTICOIDES iniciados
após o tratamento das complicações intra-abdominais.
FÍSTULAS
Biológicos;
Antibioticoterapia;
Drenagem dos abscessos encontrados;
Fístulas Refratárias  tratadas cirurgicamente.
Fonte:
br.freepik.com.
TRATAMENTO
(MED CURSO, 20
SÍNDROMES
MÁ
ABSORTIVAS
Fonte: Portal Clínica e SPA Vida
Natural.
INTRODUÇÃO
É a absorção deficiente de um ou mais nutriente da
dieta, independentemente de haver diarreia ou
esteatorreia”.
 Decorrente de:
• Hidrólise ineficiente de nutrientes (má digestão);
• Defeito na absorção intestinal pela mucosa (má
propriamente dita);
• Deficiência no transporte de nutriente adequadamente
digeridos.
(USP, 2016)
Eduar
da L.
 Mecanismos
A ABSORÇÃO DE NUTRIENTES
DEPENDEM
Solubilização
Liberação do substrato ou ligação
a fatores
FISIOPATOLOGIA
Fonte: Portal
Flaticon.
Alteração química
Digestão de macromoléculas
Funcionamento motor e sensitivo
do intestino
Funções hormonais e neuro-
humorais
Absorção e transporte pós-mucosas – Qualquer
uma delas pode estar comprometida na
síndrome de má absorção
(USP, 2016)
 Mecanismos
FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal
Flaticon.
Eduar
da L. (USP, 2016)
 Mecanismos
FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal
Flaticon.
Eduar
da L. (USP, 2016)
DOENÇA
CELÍACA
Fonte: Blog Wix.
 É uma ENTEROPATIA induzida por glúten.
 Doença autoimune de caráter permanente -
geneticamente predispostos;
 Desencadeada pela exposição ao glúten na dieta;
GLÚTEN  mistura de proteínas presentes no
endosperma das sementes de cereais. A gliadina é a
tóxica envolvida na gênese da doença;
CONCEITO
Fonte: Portal
Flaticon.
Eduar
da L.
Fonte: Portal Bio
em Foco.
(USP, 2016)
• Acomete, principalmente, brancos de origem
caucasiana;
• Proporção – 1:100 indivíduos;
• Cerca de 10% recebe o diagnóstico – maioria é oligo
ou assintomáticos;
• Casos com franca síndrome é a minoria;
• Maioria – quadros brandos.
EPIDEMIOLOGIA
(xx, xxxx)
Fonte: Portal
UFMA.
Eduar
da L.
1. GLIADINA (metabolito da degradação glúten)  se
liga à enzima transglutaminase tecidual (tTG) =
macromolecular;
2. Complexo é reconhecido por células apresentadoras
que possuem determinados alelos do complexo
histocompatibilidade (MHC) classe II: HLA-DQ2
em 95%) e HLA-DQ8 (5%);
3. Linfócitos T desencadeiam resposta imune
adaptativa contra aquele “neoantígeno”;
4. Infiltração linfocítica + produção de autoanticorpos
contra o glúten, gliadina e Ttg = Destruição da
mucosa intestinal.
FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal
Flaticon.
Eduar
da L. (USP, 2016)
SÍNDROME DE MÁ ABSORÇÃO INTESTINAL COMPLETA
 Distensão abdominal;
 Diarreia crônica com esteatorreia,
 Déficit Pondero Estatural;
 Carência de múltiplos nutrientes;
 Ferro, vit. B12 e ácido fólico = anemia; Cálcio e vit. D
doença óssea;
 Vitamina K = COAGULOPATIA;
 Vitamina A = HIPERCERATOSE CUTÂNEA;
 Vitamina E = NEUROPATIA.
Essa forma mais grave é mais comum em crianças < 2
QUADRO CLÍNICO
Fonte: Portal
Flaticon.
Eduar
da L. (USP, 2016)
EM CRIANÇAS MAIS VELHAS OU ADULTOS
 Diarreia crônica;
 Dispepsia;
 Flatulência;
 Perda ponderal.
QUADRO CLÍNICO
Fonte: Portal
Flaticon.
Eduar
da L. (USP, 2016)
PACIENTES ASSINTOMÁTICO DO PONTO DE VISTA
GASTROINTESTINAL, MANIFESTAÇÕES
EXTRAINTESTINAIS
 Fadiga;
 Depressão;
 Anemia ferropriva;
 Osteopenia/osteoporose;
 Baixa estatura;
 Atraso na puberdade;
 Amenorreia;
 Infertilidade;
 Dermatite herpetiforme.
QUADRO CLÍNICO
Eduar
da L.
(USP, 2016)
Fonte: MEDGRUPO,
2019.
DIAGNÓSTICO
 Exames laboratoriais;
 Sorologia;
 Endoscopia Digestiva Alta – pacientes com
sorologia positiva ou clínica forte.
Fonte: Portal
GUIA.
Eduar
da L.
Fonte: MEDGRUPO,
2019.
(MED CURSO, 201
 TRATAMENTO
 DIETA SEM GLÚTEN;
 CORTICOTERAPIA?
Fonte:
br.freepik.com.
TRATAMENTO
Eduar
da L.
(MED CURSO, 201
DOENÇA DE WHIPPLE
Fonte: Blog Dr. Mar
Doença infecciosa multissistêmica causada pelo bacilo
Gram-positivo Tropheryma whipple.
G.
Lima
CONCEITO
(UpToDate, 2020)
• Extremamente rara (aproximadamente 30 casos ao ano);
• Homens brancos de meia-idade (média = 49 anos);
• alta prevalência em moradores de zona rural;
• A contaminação ainda é misteriosa, mas parece ser através do
solo.
EPIDEMIOLOGIA
Fonte: Portal
UFMA.
G.
Lima (UpToDate, 2020)
Pode cursar com dois estágios:
1) Sinais/sintomas inespecíficos como FEBRE e POLIARTRALGIA;
2) Sinais/sintomas gastrintestinais, como: DOR ABDOMINAL,
EMAGRECIMENTO, DIARREIA CRÔNICA; e generalizados, como
CAQUEXIA, LINFONODOMEGALIA e alterações cardiovasculares,
pulmonares ou neurológicas.
O tempo médio de evolução da fase inicial para sintomatologia
específica é de seis anos.
QUADRO CLÍNICO
Fonte: Portal
Flaticon.
G.
Lima (UpToDate, 2020)
 O quadro articular (65% a 90%) é de poliartralgia ou artrite
migratória de grandes articulações periféricas;
 O quadro neurológico costuma cursar com disfunção cognitiva
(demência) e alteração de pares cranianos.
Existe um achado patognomônico: a miorritmia oculomastigatória.
QUADRO CLÍNICO
Fonte: Portal
Flaticon.
G.
Lima (UpToDate, 2020)
 BIÓPSIA + COLETA DE LIQUOR
BIÓPSIA DE INTESTINO
DELGADO
Infiltração da mucosa
Macrófagos PAS-
positivo
DIAGNÓSTICO
Fonte: Portal
GUIA.
G.
Lima (UpToDate, 2020)
 Antibioticoterapia:
 Ceftriaxone (1g IV de 12/12h) ou Meropenem (1 g IV de 8/8h) por 2
semanas;
 Sulfametoxazol-Trimetoprim 800/160 mg VO (Bactrim F 12/12h)
durante 1 ano.
Fonte:
br.freepik.com.
TRATAMENTO
G.
Lima (UpToDate, 2020
DEFICIÊNCIA DE
LACTOSE
Fonte: Blog Dr. Mar
Entende-se como intolerância a lactose a repercussão clínica da
redução dos níveis de lactase na mucosa intestinal.
 A intolerância a lactose está presente em 65% da população
mundial.
 Existem dois tipos diferentes de deficiência de lactase:
• Primária (redução ou ausência de lactase genética);
• Secundária (ocorre nas doenças de mucosa do delgado).
G.
Lima
CONCEITO
(UpToDate, 2020)
G.
Lima
FISIOPATOLOGIA
(UpToDate, 2020
 Exames:
• Excreção respiratória de hidrogênio;
• Teste da absorção de lactose.
CLINICO
Distensão
abdominal
Flatulência
Ingestão de
lactose
Dor
DIAGNÓSTICO
Fonte: Portal
GUIA.
G.
Lima (UpToDate, 2020
Fonte:
br.freepik.com.
 Redução da Lactose na dieta:
• Restrição a 2 copos de leite (ou lactose equivalente)
diariamente, divididas em 2 refeições;
• Reposição enzimática;
• Reposição de Vitamina D e Cálcio.
TRATAMENTO
G.
Lima
(HAMMER; HÖGENAUER
REFERÊNCIAS
APSTEIN, M. D.; SCHNEIDER, T. Whipple's disease. UpToDate. 2020.
HAMMER, Heinz F.; HÖGENAUER, Christoph. Lactose intolerance: Clinical manifestations,
diagnosis, and management. UpToDate. Waltham, Mass.: UpToDate, 2020.
Joel B Mason. Approach to the adult patient with suspected malabsorption. Official reprint from
UpToDate. Jul 2020.
Joel B Mason. Overview of nutrient absorption and etiopathogenesis of malabsorption. Official
reprint from UpToDate. Jul 2020.
Joel B Mason. Overview of the treatment of malabsorption in adults. Official reprint from
UpToDate. Jul 2020.
Mark A Peppercorn, MD, Adam S Cheifetz, MD. Definitions, epidemiology, and risk factors for
inflammatory bowel disease in adults. Official reprint from UpToDate. Jul 2020.
MEDCURSO. Gastroenterologia - intestinos parte 1.Volume 2. 2019.
Peter Gibson. Approach to functional gastrointestinal symptoms in adults with inflammatory
bowel disease. Official reprint from UpToDate. Jul 2020.
USP. Clínica Médica.Volume 4. 2 ed. Manole. 2016.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx

Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruziResposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruziHugo Fialho
 
Doença inflamatória intestinal
Doença inflamatória intestinalDoença inflamatória intestinal
Doença inflamatória intestinalFernanda Amorim
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaFranciskelly
 
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesMycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesRenato Varges - UFF
 
Pcdt doenca celiaca_livro_2010
Pcdt doenca celiaca_livro_2010Pcdt doenca celiaca_livro_2010
Pcdt doenca celiaca_livro_2010Arquivo-FClinico
 
Resumo Artigos Microbiologia Ambiental - Daniele B. Gehrke.docx
Resumo Artigos Microbiologia Ambiental - Daniele B. Gehrke.docxResumo Artigos Microbiologia Ambiental - Daniele B. Gehrke.docx
Resumo Artigos Microbiologia Ambiental - Daniele B. Gehrke.docxdanieleGehrke
 
HEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptx
HEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptxHEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptx
HEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptxWerla Mirela
 
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISDOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISUrovideo.org
 
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicosesMódulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicosesFlávia Salame
 
Caso clínico leishmaniose visceral
Caso clínico leishmaniose visceralCaso clínico leishmaniose visceral
Caso clínico leishmaniose visceralProfessor Robson
 
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.ppt
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.pptDOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.ppt
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.pptGladys126266
 
Nefrologia infeccao trato urinario sbp
Nefrologia infeccao trato urinario sbpNefrologia infeccao trato urinario sbp
Nefrologia infeccao trato urinario sbpMarieana Medeiros
 
SAUDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
SAUDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE TERAPIA INTENSIVA NEONATALSAUDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
SAUDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE TERAPIA INTENSIVA NEONATALpamelacastro71
 

Semelhante a Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx (20)

Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruziResposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
 
apresentação toxoplasmose.pptx
apresentação toxoplasmose.pptxapresentação toxoplasmose.pptx
apresentação toxoplasmose.pptx
 
Doença inflamatória intestinal
Doença inflamatória intestinalDoença inflamatória intestinal
Doença inflamatória intestinal
 
Ppt0000037
Ppt0000037Ppt0000037
Ppt0000037
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologia
 
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesMycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
 
Pcdt doenca celiaca_livro_2010
Pcdt doenca celiaca_livro_2010Pcdt doenca celiaca_livro_2010
Pcdt doenca celiaca_livro_2010
 
Resumo Artigos Microbiologia Ambiental - Daniele B. Gehrke.docx
Resumo Artigos Microbiologia Ambiental - Daniele B. Gehrke.docxResumo Artigos Microbiologia Ambiental - Daniele B. Gehrke.docx
Resumo Artigos Microbiologia Ambiental - Daniele B. Gehrke.docx
 
V33n5a12
V33n5a12V33n5a12
V33n5a12
 
Gonococo Clamidia 2018
Gonococo Clamidia 2018Gonococo Clamidia 2018
Gonococo Clamidia 2018
 
Aula EstôMago
Aula EstôMagoAula EstôMago
Aula EstôMago
 
HEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptx
HEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptxHEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptx
HEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptx
 
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISDOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
 
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicosesMódulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
 
viroses
virosesviroses
viroses
 
Caso clínico leishmaniose visceral
Caso clínico leishmaniose visceralCaso clínico leishmaniose visceral
Caso clínico leishmaniose visceral
 
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.ppt
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.pptDOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.ppt
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.ppt
 
Febre amarela (1)
Febre amarela (1)Febre amarela (1)
Febre amarela (1)
 
Nefrologia infeccao trato urinario sbp
Nefrologia infeccao trato urinario sbpNefrologia infeccao trato urinario sbp
Nefrologia infeccao trato urinario sbp
 
SAUDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
SAUDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE TERAPIA INTENSIVA NEONATALSAUDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
SAUDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
 

Último

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 

Último (8)

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 

Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CAMPUS VIII - MARABÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO BACHARELADO EM MEDICINA DISCIPLINA: TUTORIAL MARABÁ-PA 2020 Alunos: Eduarda Batista Logrado Ellen Ágatta Marinho Silva; Gabriela da Silva Leandro; Gabriela de Souza Lima. Orientador: Prof. Norimar Oliveira.
  • 3. INTRODUÇÃO Aplica-se a duas doenças intestinais crônicas e idiopáticas: Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RCU). • Ambas compartilham muitas características; • A diferenciação entre RCU e DC é feita por critérios clínicos, radiológicos, endoscópicos e histológicos; • O principal fator de risco comprovado para ambas as DII é uma história familiar positiva. G. Lean dro (UpToDate, 2020
  • 5. G. Lean dro CONCEITO Fonte: Portal Flaticon. Condição inflamatória crônica caracterizada por episódios de inflamação recidivantes e remitentes limitados à camada mucosa do cólon. Localização: reto e a extensão geralmente envolve as porções mais proximais do cólon de forma contínua. (UpToDate, 202
  • 6. G. Lean dro CONCEITO Proctite ulcerativa • doença limitada ao reto Proctosigmoidite • doença limitada ao reto e cólon sigmóide e Colite do lado esquerdo • se estende além do reto, desde o cólon sigmóide e até a extensão proximal até a flexura esplênica Colite extensa • doença que se estende proximal à flexura esplênica GRAU DE ENVOLVIMENTO (UpToDate, 2020
  • 7. • Tendências geográficas e temporais - gradiente norte- sul; • Idade - entre 15 e 30 anos; • Sexo - Foram relatadas pequenas diferenças na incidência por sexo, maior no homem; • Raça e etnia - Tanto a colite ulcerosa quanto a doença de Crohn são mais comuns em populações judias em com populações não judias. G. Lean dro EPIDEMIOLOGIA Fonte: Portal UFMA. (UpToDate, 2
  • 8. Fatores de risco:  Tabagismo - O aumento do risco associado à cessação do tabagismo.  Gorduras - Aumento na incidência de colite ulcerosa e recaída em pacientes com colite ulcerosa.  Vitamina D - deficiência de vitamina D é comum entre pacientes com DII.  Duração do sono - privação é um risco aumentado de colite  Infecção e resposta imune - leva a respostas imunológicas inadequadas aos micróbios intestinais.  Apendicectomia - Os dados sugerem que a apendicectomia pode diminuir o risco de desenvolver colite ulcerosa, enquanto o do efeito protetor é desconhecido. G. Lean dro ETIOLOGIA Fonte: Portal Paulo (UpToDate, 202
  • 9.  Mecanismos G. Lean dro FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal Flaticon. CARACTERÍSTICAS: Doença EXCLUSIVA do Cólon; Doença EXCLUSIVA da Mucosa; A RCU é tipicamente “ascendente” e uniforme; Surgimento idiopático. Fonte: MEDGRUPO, 2019. (USP, 2016)
  • 10.  Mecanismos G. Lean dro FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal Flaticon. ASPECTO MACROSCÓPICO: Desaparecimento do padrão vascular típico do cólon (precoce); Hiperemia, edema, mucosa friável, erosões, ulcerações e exsudação de muco, pus ou sangue; Formação de Pseudopólipos: 15 a 30% dos casos; Mucosa pálida, atrófica, com aspecto tubular (cronicidade). Fonte: MEDGRUPO, 2019. (USP, 2016)
  • 11.  EVOLUÇÃO DA RCU G. Lean dro FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal Flaticon. Na RCU de longa evolução, são comuns alterações da musculatura colônica, que, ao exame radiológico se mostram com: 1. Perda das haustrações; 2. Espessamento da musculatura lisa com aspecto de “cano de chumbo; 3. Na RCU de longa duração pode haver displasia epitelial e tem forte associação com neoplasias. Fonte: MEDGRUPO, 2019. (USP, 2016)
  • 12.  Dor abdominal sobretudo no QIE;  Diarreia frequente – pode alternar com constipação;  Hematoquezia;  Muco nas fezes;  Tenesmo;  Massa abdominal no QIE se o sigmóide estiver inflamado;  Ausência de estenose. G. Lean dro QUADRO CLÍNICO Fonte: Portal Flaticon. Manifestações extra intestinais mais comuns: PIODERMA GANGRENOSO; MANIFESTAÇÕES HEPATOBILIARES. (UpToDate, 20
  • 13. COMPLICAÇÕES:  Sangramento;  MegacólonTóxico / Perfuração / Peritonite;  Estenoses;  Câncer. G. Lean dro QUADRO CLÍNICO Fonte: Portal Flaticon. (UpToDate, 2020) Fonte: Medgrupo, 20
  • 14. G. Lean dro DIAGNÓSTICO  EXAMES LABORATORIAIS  Hemograma – pode revelar anemia hipocrômica microcítica, lcucocitose de grau não muito trombocitose;  Provas de atividade inflamatórias – estão elevadas;  Albumina – hipoalbuminemia em casos mais graves;  Pesquisa da infecção por Closrridi1un difficile;  Marcadores sorológicos – p-ANCA (anticorpo perinudear contra estruturas citoplasmáticas do neutrófilo). Fonte: Portal GUIA. (UpToDate, 2
  • 15. G. Lean dro DIAGNÓSTICO  OUTROS EXAMES  Endoscopia – Realiza-se ileocolonoscopia com biópsias;  Exames de imagem;  Sorologia para doença;  Teste de fezes para elastase fecal Rastreamento de sofrimento; psicológico. Fonte: Portal GUIA. (UpToDate, 2
  • 16. G. Lean dro DIAGNÓSTICO  DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS  Doença celíaca;  Diarreia infecciosa;  Má absorção de lactose;  Supercrescimento bacteriano no intestino delgado;  Diarreia por ac. Biliar;  Insuficiência pancreática exócrina. Fonte: Portal GUIA. (UpToDate, 2
  • 17.  LEVE: Uso de mesalamina via retal. Se não houver resposta clínica essas drogas devem ser associadas, por exemplo: MESALAMINA RETAL + CORTICOIDE RETAL / MESALAMINA RETAL + 5-ASA ORAL / MESALAMINA RETAL RETAL + CORTICOIDE RETAL + 5-ASA ORAL. Fonte: br.freepik.com. TRATAMENTO  MODERADA: Terapia de primeira linha consiste de um derivado 5-ASA pela via oral. Pacientes que não respondem após 4 semanas de 5-ASA podem associar um GLICOCORTICOIDE (prednisona ou Uceris = budesonida de liberação colônica). Caso continue sem resposta, associa-se um imunomodulador. (USP, 2016)
  • 18. Fonte: br.freepik.com.  GRAVE/FULMINANTE MEDIDAS GERAIS:  Internar e colocado em dieta zero por no mínimo 24-48h, ou até surgirem sinais de melhora clínica;  Cateter nasogástrico deve ser deixado em sifonagem (descompressão gástrica);  Hidratação venosa generosa;  Hemotransfusão é indicada para os casos com hematócrito < 25-28%;  Tromboprofilaxia. G. Lean dro TRATAMENTO (USP, 2016)
  • 19. Fonte: br.freepik.com.  GRAVE/FULMINANTE MEDICAMENTO Antimicrobianos de amplo espectro, com cobertura contra Gram-negativos e aneróbios: (1) ciprofloxacina + metronidazol, (2) amoxicilina + clavulanato. Glicocorticoide IV também deve ser prescrito para todos os doentes. Sem melhora clínica: (1) agente anti-TNF, (2) ciclosporina, (3) partir direto para a cirúrgica. Cirurgia: Pacientes com colite grave que não respondem à combinação de ATB, glicocorticoide IV, infliximab ou ciclosporina, devem ser submetidos à colectomia total. TRATAMENTO (USP, 2016)
  • 20. DOENÇA DE CROHN Fonte: Portal Minuto Saúde.
  • 21.  Caracterizada por inflamação TRANSMURAL e por áreas puladas de envolvimento. Natureza inflamatória transmural:  Fibrose;  Estenoses;  Apresentações clínicas obstrutivas;  Tratos sinusais. Acometimento  ÍLEO e o CÓLON PROXIMAL; qualquer parte do TRATO GASTROINTESTINAL pode ser afetada. E. Ágatt a CONCEITO (UpToDate, 2 Fonte: Portal Flaticon. Fonte: MEDGRUPO, 2019.
  • 22. • Na América do Norte, a incidência varia de 3,1 a 20,2 casos por 100.000 pessoas-ano; • No Brasil, a variação percentual anual (APC) aumentou para a doença de Crohn em 11,1% e em Taiwan, o APC aumentou para doença de Crohn em 4%; • A idade de início é entre 15 e 30 anos, embora possa se manifestar em qualquer idade; • Há um possível segundo pico entre 50 e 80 anos de idade; • Há uma leve predominância do sexo feminino; • Mais comuns em populações judias. EPIDEMIOLOGIA Fonte: Portal UFMA. E. Ágatt a (UpToDate, 20
  • 23.  Fatores de risco  Tabagismo;  Atividade física;  Fatores dietéticos;  Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) – risco pequeno.  Contraceptivos orais e reposição hormanal;  Apendicectomia;  Fatores psicológicos;  Obesidade. ETIOLOGIA Fonte: Portal Paulo E. Ágatt a (UpToDate, 2
  • 24.  Mecanismos DOR ABDOMINAL Estimulação de receptores localizados na serosa Aumento da contratilidade ou distensão visceral (USP, 2016) FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal Flaticon. DIARREIA Má absorção de nutrientes ou de fluidos e eletrólitos Exsudação de fluido intersticial em área inflamada do intestino Má absorção de sais biliares ANOREXIA E NÁUSEAS Ação, no sistema nervoso central Mediadores da inflamação Má absorção de nutrientes
  • 25.  HISTOPATOLOGIA Lesões SEGMENTARES ou SALTEADAS, entremeadas por ÁREAS inteiramente PRESERVADAS MICROSCÓPICO: Infiltrado inflamatório focal transmural predominantemente linfocitário. MACROSCÓPICO: Úlceras profundas, irregulares, aftóides ou serpiginosas Edema Infiltração da mucosa e da submucosa e de úlceras lineares Estenose Orifícios de fístulas. (USP, 2016) FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal Flaticon.
  • 26. 1) DIARREIA CRÔNICA INVASIVA associada à DOR ABDOMINAL; 2) Sintomas gerais como FEBRE, ANOREXIA e PERDA DE PESO; 3) MASSA PALPÁVEL no quadrante inferior direito*; 4) DOENÇA PERIANAL. QUADRO CLÍNICO (USP, 2016) Fonte: Portal Flaticon. Exame físico:  Desnutrição;  Distensão abdominal (grau variável);  Massa palpável ou plastrão na palpação profunda;  Dor a descompressão brusca. Obs.: Exame minucioso das regiões perianal e perineal é obrigatório.
  • 27. QUADRO CLÍNICO (USP, 2016) Fonte: Portal Flaticon. Manifestações Extra intestinais:  Pele;  Articulações;  Olhos. Complicações:  FISSURAS;  FÍSTULAS;  ABSCESSOS;  ESTENOSE. Fonte: MEDGRUPO, 2019.
  • 28. DIAGNÓSTICO  Ileocolonoscopia com biópsias  Exame de escolha. Encontrar-se:  Comprometimento salteado, manifesto por úlceras que, quando coalescentes, dão o aspecto de “pedras calçamento”;  Granulomas não caseosos  PATOGNOMÔNICOS DE CROHN. Fonte: Portal GUIA. E. Ágatt a (MED CURSO, 20
  • 29. DIAGNÓSTICO  Métodos de imagem  Entero-TC  Entero-RNM Encontrar-se:  Parede intestinal “doente” com aumento de  Hipercaptação focal de contraste. São obtidos de forma mais rápida, além de garantir a visualização de TODO o tubo digestivo (delgado + cólon). Fonte: Portal GUIA. E. Ágatt a (MED CURSO, 20
  • 30. DIAGNÓSTICO  Marcadores sorológicos  ASCA (anti-Saccharomyces cerevisiae)  presente em 70% nos pacientes. Encontrar-se:  ANTI-OMPC (antiporina);  anti-CBir1 (antiflagelina). Ambos estão mais associados à DC, e parecem um pior prognóstico nesta condição. Fonte: Portal GUIA. E. Ágatt a (MED CURSO, 20
  • 31. Fonte: br.freepik.com.  Medidas não farmacológicas: • Tabagismo  abandonar; • Risco de desnutrição  dieta bem equilibrada; • Intolerância à lactose  diminuir ou abolir a ingesta de laticínios; • Sintomas de sub-oclusão intestinal crônica  dieta pobre em resíduos; • Ressecção > 100 cm do íleo  dieta pobre em gordura; • Crianças com baixa ingesta oral e déficit de (MED CURSO, 20 TRATAMENTO
  • 32.  Doença Leve a Moderada: 1. Linha Ileíte  derivado 5-ASA de liberação ileal (Pentasa e Colite  todos os derivados 5-ASA (Sulfasalazina, Asacol e os enemas de mesalamina). Região gastroduodenal  Glicocorticoides (Prednisona). 2. Linha Antibióticos (metronidazol, ciprofloxacina ou rifamixina). 3. Linha Glicocorticoides (Budesonida). Terapia de manutenção  derivado 5-ASA. Fonte: br.freepik.com. TRATAMENTO (MED CURSO, 20
  • 33.  Doença Moderada a Grave: 1. Linha Biológicos  Anti-TNF. Associado de um imunomodulador. Terapia de manutenção  anti-TNF + imunomodulador. Remissão completa  TERAPIA DUPLA seja mantida por no mínimo um ano. Fonte: br.freepik.com. TRATAMENTO (MED CURSO, 20
  • 34.  Doença Grave a Fulminante:  Realizar um EXAME DE IMAGEM em caráter PERFURAÇÃO  CORREÇÃO CIRÚRGICA ABSCESSO  DRENAGEM (via percutânea) OBSTRUÇÃO INTESTINAL Dieta zero; Drenagem nasogástrica; Reposição volêmica/hidroeletrolítica; Antibioticoterapia de amplo espectro  ciprofloxacina + metronidazol; amoxicilina + clavulanato. Obstrução TOTAL  CORREÇÃO CIRÚRGICA Fonte: br.freepik.com. TRATAMENTO (MED CURSO, 20
  • 35.  Doença Grave a Fulminante: AGENTES BIOLÓGICOS + GLICOCORTICOIDES iniciados após o tratamento das complicações intra-abdominais. FÍSTULAS Biológicos; Antibioticoterapia; Drenagem dos abscessos encontrados; Fístulas Refratárias  tratadas cirurgicamente. Fonte: br.freepik.com. TRATAMENTO (MED CURSO, 20
  • 37. INTRODUÇÃO É a absorção deficiente de um ou mais nutriente da dieta, independentemente de haver diarreia ou esteatorreia”.  Decorrente de: • Hidrólise ineficiente de nutrientes (má digestão); • Defeito na absorção intestinal pela mucosa (má propriamente dita); • Deficiência no transporte de nutriente adequadamente digeridos. (USP, 2016) Eduar da L.
  • 38.  Mecanismos A ABSORÇÃO DE NUTRIENTES DEPENDEM Solubilização Liberação do substrato ou ligação a fatores FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal Flaticon. Alteração química Digestão de macromoléculas Funcionamento motor e sensitivo do intestino Funções hormonais e neuro- humorais Absorção e transporte pós-mucosas – Qualquer uma delas pode estar comprometida na síndrome de má absorção (USP, 2016)
  • 39.  Mecanismos FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal Flaticon. Eduar da L. (USP, 2016)
  • 40.  Mecanismos FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal Flaticon. Eduar da L. (USP, 2016)
  • 42.  É uma ENTEROPATIA induzida por glúten.  Doença autoimune de caráter permanente - geneticamente predispostos;  Desencadeada pela exposição ao glúten na dieta; GLÚTEN  mistura de proteínas presentes no endosperma das sementes de cereais. A gliadina é a tóxica envolvida na gênese da doença; CONCEITO Fonte: Portal Flaticon. Eduar da L. Fonte: Portal Bio em Foco. (USP, 2016)
  • 43. • Acomete, principalmente, brancos de origem caucasiana; • Proporção – 1:100 indivíduos; • Cerca de 10% recebe o diagnóstico – maioria é oligo ou assintomáticos; • Casos com franca síndrome é a minoria; • Maioria – quadros brandos. EPIDEMIOLOGIA (xx, xxxx) Fonte: Portal UFMA. Eduar da L.
  • 44. 1. GLIADINA (metabolito da degradação glúten)  se liga à enzima transglutaminase tecidual (tTG) = macromolecular; 2. Complexo é reconhecido por células apresentadoras que possuem determinados alelos do complexo histocompatibilidade (MHC) classe II: HLA-DQ2 em 95%) e HLA-DQ8 (5%); 3. Linfócitos T desencadeiam resposta imune adaptativa contra aquele “neoantígeno”; 4. Infiltração linfocítica + produção de autoanticorpos contra o glúten, gliadina e Ttg = Destruição da mucosa intestinal. FISIOPATOLOGIA Fonte: Portal Flaticon. Eduar da L. (USP, 2016)
  • 45. SÍNDROME DE MÁ ABSORÇÃO INTESTINAL COMPLETA  Distensão abdominal;  Diarreia crônica com esteatorreia,  Déficit Pondero Estatural;  Carência de múltiplos nutrientes;  Ferro, vit. B12 e ácido fólico = anemia; Cálcio e vit. D doença óssea;  Vitamina K = COAGULOPATIA;  Vitamina A = HIPERCERATOSE CUTÂNEA;  Vitamina E = NEUROPATIA. Essa forma mais grave é mais comum em crianças < 2 QUADRO CLÍNICO Fonte: Portal Flaticon. Eduar da L. (USP, 2016)
  • 46. EM CRIANÇAS MAIS VELHAS OU ADULTOS  Diarreia crônica;  Dispepsia;  Flatulência;  Perda ponderal. QUADRO CLÍNICO Fonte: Portal Flaticon. Eduar da L. (USP, 2016)
  • 47. PACIENTES ASSINTOMÁTICO DO PONTO DE VISTA GASTROINTESTINAL, MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS  Fadiga;  Depressão;  Anemia ferropriva;  Osteopenia/osteoporose;  Baixa estatura;  Atraso na puberdade;  Amenorreia;  Infertilidade;  Dermatite herpetiforme. QUADRO CLÍNICO Eduar da L. (USP, 2016) Fonte: MEDGRUPO, 2019.
  • 48. DIAGNÓSTICO  Exames laboratoriais;  Sorologia;  Endoscopia Digestiva Alta – pacientes com sorologia positiva ou clínica forte. Fonte: Portal GUIA. Eduar da L. Fonte: MEDGRUPO, 2019. (MED CURSO, 201
  • 49.  TRATAMENTO  DIETA SEM GLÚTEN;  CORTICOTERAPIA? Fonte: br.freepik.com. TRATAMENTO Eduar da L. (MED CURSO, 201
  • 51. Doença infecciosa multissistêmica causada pelo bacilo Gram-positivo Tropheryma whipple. G. Lima CONCEITO (UpToDate, 2020)
  • 52. • Extremamente rara (aproximadamente 30 casos ao ano); • Homens brancos de meia-idade (média = 49 anos); • alta prevalência em moradores de zona rural; • A contaminação ainda é misteriosa, mas parece ser através do solo. EPIDEMIOLOGIA Fonte: Portal UFMA. G. Lima (UpToDate, 2020)
  • 53. Pode cursar com dois estágios: 1) Sinais/sintomas inespecíficos como FEBRE e POLIARTRALGIA; 2) Sinais/sintomas gastrintestinais, como: DOR ABDOMINAL, EMAGRECIMENTO, DIARREIA CRÔNICA; e generalizados, como CAQUEXIA, LINFONODOMEGALIA e alterações cardiovasculares, pulmonares ou neurológicas. O tempo médio de evolução da fase inicial para sintomatologia específica é de seis anos. QUADRO CLÍNICO Fonte: Portal Flaticon. G. Lima (UpToDate, 2020)
  • 54.  O quadro articular (65% a 90%) é de poliartralgia ou artrite migratória de grandes articulações periféricas;  O quadro neurológico costuma cursar com disfunção cognitiva (demência) e alteração de pares cranianos. Existe um achado patognomônico: a miorritmia oculomastigatória. QUADRO CLÍNICO Fonte: Portal Flaticon. G. Lima (UpToDate, 2020)
  • 55.  BIÓPSIA + COLETA DE LIQUOR BIÓPSIA DE INTESTINO DELGADO Infiltração da mucosa Macrófagos PAS- positivo DIAGNÓSTICO Fonte: Portal GUIA. G. Lima (UpToDate, 2020)
  • 56.  Antibioticoterapia:  Ceftriaxone (1g IV de 12/12h) ou Meropenem (1 g IV de 8/8h) por 2 semanas;  Sulfametoxazol-Trimetoprim 800/160 mg VO (Bactrim F 12/12h) durante 1 ano. Fonte: br.freepik.com. TRATAMENTO G. Lima (UpToDate, 2020
  • 58. Entende-se como intolerância a lactose a repercussão clínica da redução dos níveis de lactase na mucosa intestinal.  A intolerância a lactose está presente em 65% da população mundial.  Existem dois tipos diferentes de deficiência de lactase: • Primária (redução ou ausência de lactase genética); • Secundária (ocorre nas doenças de mucosa do delgado). G. Lima CONCEITO (UpToDate, 2020)
  • 60.  Exames: • Excreção respiratória de hidrogênio; • Teste da absorção de lactose. CLINICO Distensão abdominal Flatulência Ingestão de lactose Dor DIAGNÓSTICO Fonte: Portal GUIA. G. Lima (UpToDate, 2020
  • 61. Fonte: br.freepik.com.  Redução da Lactose na dieta: • Restrição a 2 copos de leite (ou lactose equivalente) diariamente, divididas em 2 refeições; • Reposição enzimática; • Reposição de Vitamina D e Cálcio. TRATAMENTO G. Lima (HAMMER; HÖGENAUER
  • 62. REFERÊNCIAS APSTEIN, M. D.; SCHNEIDER, T. Whipple's disease. UpToDate. 2020. HAMMER, Heinz F.; HÖGENAUER, Christoph. Lactose intolerance: Clinical manifestations, diagnosis, and management. UpToDate. Waltham, Mass.: UpToDate, 2020. Joel B Mason. Approach to the adult patient with suspected malabsorption. Official reprint from UpToDate. Jul 2020. Joel B Mason. Overview of nutrient absorption and etiopathogenesis of malabsorption. Official reprint from UpToDate. Jul 2020. Joel B Mason. Overview of the treatment of malabsorption in adults. Official reprint from UpToDate. Jul 2020. Mark A Peppercorn, MD, Adam S Cheifetz, MD. Definitions, epidemiology, and risk factors for inflammatory bowel disease in adults. Official reprint from UpToDate. Jul 2020. MEDCURSO. Gastroenterologia - intestinos parte 1.Volume 2. 2019. Peter Gibson. Approach to functional gastrointestinal symptoms in adults with inflammatory bowel disease. Official reprint from UpToDate. Jul 2020. USP. Clínica Médica.Volume 4. 2 ed. Manole. 2016.