O documento discute as perspectivas econômicas de países desenvolvidos e emergentes, incluindo desafios enfrentados por EUA, Europa, Japão, China e Índia. Também analisa o Brasil, destacando sua recuperação nos últimos anos, mas alertando para desequilíbrios atuais que ameaçam o crescimento contínuo.
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Palestra: Um Mundo de Incertezas - Albert Fishlow
1. Que Tipo de Futuro nos Espera?
Albert Fishlow
Junho 2011
2. As economias desenvolvidas em agonia
Estados Unidos
Europa
Japão
Uma Dupla Emergente
China
Índia
Outras estrelas ascendentes
E o Brasil?
3. Esta tem sido uma década difícil para os EUA
Em 1999, o colapso da NASDAQ enterrou os sonhos da
'Nova Economia' de crescimento contínuo
Em 2001 houve as Torres Gêmeas e aparente recuperação
Em seguida veio a “Grande Moderação” de Ben Bernanke
em 2004
Declínio substancial na volatilidade macroeconômica, devido
a uma política monetária melhor
Infelizmente, logo depois, em 2007, veio a “Grande
Recessão”
Uma bolha imobiliária
Colapso da intermediação financeira
A recuperação foi apenas parcial
Não o “Duplo mergulho”, mas permanecem grandes déficits
do setor público e elevada taxa de desemprego
5. O Grande Debate
Mais déficits keynesianos
Redução dos impostos e do tamanho do Governo
Dívida do Governo
Qual número: bruto ou líquido?
Isto pode ser ignorado a curto prazo?
Taxas de poupança baixas e dependência
externa
Déficits de transações correntes sobem novamente
Em busca de um novo rumo após 2008, mas a
política conta
6. Consolidação política e econômica desde 1956
De 6 a 27 nações, e ainda negociando
Maastricht e o Euro
Uma moeda comum sem uniformidade fiscal
Um Banco Central Europeu e convergência das taxas de juros
Comércio intrazona expande, assim como os déficits da
balança comercial e a dívida dos PIIGS financiada por
bancos alemães e franceses
Taxas de crescimento sobem a princípio mas a
Europa também entra em colapso
Finanças são um fenômeno multinacional
E Grécia, Irlanda e Portugal recebem ajuda
8. Uma estratégia diferente: redução do déficit
Estado grande demais, privilégios especiais demais
Privatizar
São necessários ganhos de produtividade
Bancos eventualmente terão de assumir perdas
Primeiro vem o reescalonamento da dívida, depois
vem a redução da dívida
A zona do Euro sobreviverá?
9. Uma queda constante do nº.1 no final dos anos 80
Índice do mercado japonês de ações atingiu 39.000 em
1989
Proteção contra as importações japonesas cresceu
Então o colapso financeiro – o setor bancário não foi
ajudado e emerge lentamente
A recuperação vem em 2002-2007, através de
rápido crescimento das exportações para a China e
o resto da Ásia
A Grande Recessão tem um efeito negativo
Assim como um déficit fiscal contínuo e novos
investimentos internos limitados
A liderança política é fraca
11. De repente, há Fukushima em março
Isso só contribui para o problema corrente
Um déficit fiscal maior e um crescimento ainda menor
Necessidade de fontes de energia alternativas
A China é maior parceiro comercial do Japão;
EUA e Coreia do Sul vêm em seguida
O Japão depende do crescimento em outros lugares
da Ásia em vez da demanda interna
Os desafios atuais podem revigorar a economia
japonesa?
12. A China emergiu nos últimos 25 anos como a
economia de mais rápido crescimento no mundo
O comércio internacional tem sido a força motriz
Importações de matérias-primas, Exportações de
manufaturados
Excedentes regulares de exportação resultaram em grandes
reservas estrangeiras
Grande poupança interna tem financiado investimentos
Agora, o PIB da China só perde para os EUA
Programado para superar em 2016 (PPP ajustado) e 2030
Mas persistem questões
14. Uma economia desequilibrada
Poupança interna muito alta e consumo interno limitado
Setor financeiro nacional tem problemas
Papel dos setores públicos e privados ainda não estão
definidos
O Futuro pode ser menos positivo
A mudança demográfica é substancial
A necessidade de matérias-primas é reforçada
As regras da OMC - e valorização da taxa de câmbio - têm
efeitos
A política pode começar a ser mais importante
Nacional e Internacional
15. Evolução contínua nos últimos 20 anos
Saída do planejamento nacional e importação limitada
por maior dependência do mercado
Importância do setor de serviços no comércio
internacional
Uma nova geração de empresários
Ganhos de produtividade agrícola
Um nível elevado de investimento: mais de 35%
Pobreza e desnutrição regularmente declinantes
Mas a renda per capita (PPP) permanece baixa: US$3200
17. A Índia tem muito mais a fazer
Infraestrutura, incluindo gestão da água
Necessidades energéticas futuras
Privatização
Educação
Migração para áreas urbanas
Mas se beneficiará com a futura evolução
demográfica
Procurando um novo alinhamento exterior
18. China e Índia não esgotam a lista
Hoje, os países em desenvolvimento representam
mais da metade dos ganhos de crescimento anual do
PIB
A Ásia lidera, mas a África e a América Latina têm se
destacado na última década
A Turquia emergiu com predominância, tanto
econômica como politicamente
E, há o Brasil
19. O Brasil passou por mais de 15 anos de avanços
Reformas internas e condições externas interagiram
positivamente
A política macroeconômica se tornou mais estável
Houve progressos sociais
As oportunidades para as exportações agrícolas, de
minerais e de petróleo aumentaram
As condições de comércio melhoraram, especialmente nos
últimos tempos
O investimento externo tem crescido, tanto interna
quanto externamente
21. Agora, um momento decisivo
Após a recuperação rápida do ano passado, o
desequilíbrio ameaça
Taxa de câmbio supervalorizada
As taxas de juros reais são as mais altas do mundo
A inflação subiu e o salário mínimo crescerá rapidamente no
próximo ano
Uma escolha estratégica
Intervir mais para conter preços, limitar as importações e
subsidiar o setor industrial para acelerar a atividade
Estabilizar de vez: eliminar o déficit fiscal, desencorajar o
consumo, reduzir o crescimento do crédito
É necessário passar para questões de médio prazo,
para conseguir manter crescimentos maiores
22. O Brasil poupa e investe muito pouco, para crescer
a uma taxa mais alta
O setor público tem de poupar mais
Uma maneira de começar é com as reformas da previdência
social
As necessidades da Petrobras serão enormes
É preciso ter melhor educação
A matrícula na educação básica é universal, mas a
qualidade é baixa
Os custos com universidade estão acima da média da
OCDE
As despesas totais com saúde são altas
23. O Estado brasileiro continuará a ser um agente
decisivo do futuro desenvolvimento econômico
Não vai desaparecer, nem mesmo encolher
Mas é preciso aumentar a eficiência, se o objetivo for
continuar tendo produtividade crescente
Mudanças dramáticas e ousadas não são a
resposta
Reforma duradoura e evolutiva neste r Século
21 é