O documento discute as perspectivas da economia brasileira diante do cenário global de menor crescimento e mais riscos, com a economia brasileira enfrentando desafios como o desequilíbrio fiscal e taxas de juros mais altas, mas também oportunidades em áreas como energia limpa.
ExpoGestão 2020 - Paulo Vicente - Projeções para o século XXI
ExpoGestão 2023 - Maílson da Nóbrega
1. Maílson da Nóbrega
Apresentação no Congresso ExpoGestão
Joinville, 28 de junho de 2023
Perspectivas da Economia
Brasileira
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2. Economia global: menos eficiência, mais
riscos
Covid-19 e Guerra na Ucrânia mudaram o ambiente global
Reconfiguração das redes mundiais de suprimentos. O caso do Iphone
Menos eficiência, menor potencial de crescimento mundial
Banco Mundial: menor potencial de crescimento dos últimos 30 anos
Inflação nos países ricos é a maior em 40 anos: juros mais altos
Permanece risco de recessão nos países ricos, ainda que mais baixo
Novas palavras-chave: reshoring, nearshoring, friendshoring e
slowbalazation (em lugar de offshoring)
3. Brasil: impactos do novo cenário
mundial
Menor exportação de produtos manufaturados
Novas oportunidades
Fazer parte das cadeiras mundiais de suprimentos...
... mas depende de equilíbrio macroeconômico e de
maior crescimento da economia
Powershoring: Competitividade da matriz energética
Brasil tem vantagens para aproveitar mercado de
carbono e energia limpa (solar e eólica) e hidrogênio
verde (energia do futuro)
4. Brasil: situação fiscal delicada
Desequilíbrio fiscal piorou desde a Constituição de 1988
Despesas cresceram em ritmo superior ao da expansão do PIB
Cinco itens representam mais de 90% dos gastos primários da
União: Previdência, pessoal, educação, saúde e gastos socias
Média mundial: 50%
Dívida pública pode chegar a 87% do PIB em 2026 (média dos
países emergentes é 60% do PIB)
Novo arcabouço fiscal veio melhor do que esperado, mas
dificilmente evitará crescimento da relação dívida pública/PIB
5. Período difícil para o governo Lula
Média de crescimento anual do PIB pode ser inferior a 2%
Taxa Selic de dois dígitos nos dois primeiros anos
Sem maioria firme no Congresso: dificuldade de aprovação da
agenda
Busca de retomada mais forte do crescimento pode gerar vários
riscos
Populismo
Voluntarismo
Maior intervencionismo
Proposta de extinção da independência do Banco Central
Aumento da taxa de inflação
O campo fiscal é onde está o risco de fracasso
6. Situações que não vamos enfrentar
Confisco: seria rejeitado pelo Congresso e pelo Judiciário
Comunismo: exige mudar Constituição para confiscar
propriedades e estatizar empresas. Impossível
Argentina: desastre resultou de oito décadas de maus governos e
declínio
Venezuela: país de instituições fracas, sem base industrial, 90% do
setor público dependente do petróleo
9. Democracia consolidada: 38 anos de estabilidade política
Judiciário independente
Investigação autônoma da corrupção
Imprensa livre, competitiva e agressiva (The Economist)
Banco Central Independente
Disciplina de mercado: governo reage
Pobre vota: franquia ampliada para analfabetos (1985)
Resiliência da Economia
Campo institucional
Novas crenças da
sociedade:
Intolerância à inflação
(maior entre os pobres)
Intolerância à corrupção
(maior na classe média)
10. Resiliência da Economia
Mundo dos Negócios
Embraer Votorantim Ambev Grendene
Vale Cosan Gerdau Arezzo
WEG JBS CSN Unipar
Casos empresariais de sucesso mais conhecidos
Agronegócio e setor mineral competitivos
Ausência de vulnerabilidades do passado (crises bancária e cambial)
Sistema financeiro sólido e sofisticado
Contas externas saudáveis. Brasil é credor internacional líquid
Brasil tem 7 das 10 melhores universidades da América Latina
Duas Rodas Portobello Aeris Pão de Açúcar