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E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 1
A DOM/SP é primeira consultoria 100% nacional focada em estratégia corporativa.
Ela foi planejada desde seu nascimento para:

  Entregar mais por menos,

  Ser mais rápida que a concorrência internacional,

  Aplicar rigor intelectual, domínio de melhores práticas, domínio de metodologias internacionais
   e profundidade de conhecimento setorial,

  E ainda sim ser criativa, ágil, comercialmente flexível e deter profundo entendimento dos
   mercados e da realidade das empresas brasileiras.

  Ela foi planejada desde seu nascimento para:




                                                                     E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 2
Sumário
Da Eficiência em Gestão de Custos à Lógica da Substituição Lucrativa .............................................................................................................................................. 4

Réguas de Sustentabilidade no Brasil .................................................................................................................................................................................................. 7

Pessoas, Processos e Tecnologia – a Base para uma Gestão Eficiente ............................................................................................................................................. 12

Por uma Cadeia Sustentável de Valor................................................................................................................................................................................................ 14

Sustentabilidade – Mais do que Consciência, uma Questão de Renovação ..................................................................................................................................... 17

Cadeia de Suprimentos, a Integração que traz a Convergência de Resultados ................................................................................................................................ 20

O Índice de Sustentabilidade Corporativa (ISE) como Parâmetro do Mercado ................................................................................................................................ 22

Sustentabilidade na Estratégia é Medida de Inteligência ................................................................................................................................................................. 25

Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios .......................................................................................................................................................... 27

Responsabilidade Social Empresarial como Vantagem Competitiva ................................................................................................................................................ 31

Sustentabilidade, uma Aposta de Valor. ........................................................................................................................................................................................... 34

Sustentabilidade: Trazendo o Futuro a Valor Presente ..................................................................................................................................................................... 36




                                                                                                        E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 3
Da Eficiência em Gestão de Custos à Lógica da Substituição Lucrativa




O
           bojo de ações tradicionais para o        O desafio está justamente em, simultaneamen-                evitando reduções de custos arbitrárias
          corte de despesas e custos e a sus-       te com as iniciativas de melhoria de eficiência,            que afetam igualmente áreas de baixa e
          pensão arbitrária de investimentos        manter e desenvolver as competências críticas               alta performance,
(novos projetos, publicidade, inovação, novas       que, no momento de retomada econômica,
                                                                                                             a gestão de custos não é uma decisão
tecnologias, novos produtos) demanda discipli-      sustentem o crescimento e a competitividade,
                                                                                                                arbitrária e, como tal, deve considerar a
na e fundamentação na sua implementação;            gerando capacidade de reinvenção sistemática
                                                                                                                opção de se rever a estrutura e drivers
casos contrários restarão seqüelas na condição      da empresa. Ou seja, os cortes não podem san-
                                                                                                                de custos,
competitiva das empresas no médio prazo.            grar tanto a ponto de macular a capacidade
Estas iniciativas permitem realizar resultados      criativa e geradora da empresa.                          existem oportunidades sinérgicas na
e/ou ganhos imediatos, mas, ao não atacarem                                                                     gestão de custos, dado que os ganhos
                                                    Neste contexto, é fundamental desenvolver
as ineficiências estruturais do modelo de negó-                                                                 mais significativos podem ser atingidos
                                                    uma visão integrada e abrangente que alinhe
cio, pode comprometer os objetivos de longo                                                                     através do SCM (Supply Chain Mana-
                                                    os esforços de gestão de custos.
prazo. Ou seja, cortar custos maus é bom, mas                                                                   gement), ou seja, a integração informa-
cortar custos bons é mau.                           Para isso, devem-se considerar alguns fatores,              cional e de processos da empresa com
                                                    dentre os quais:                                            seu ecossistema de negócios,
Cada vez mais, como já afirmou Gary Hamel, a
competição se dá no âmbito dos modelos de                a gestão de custos faz parte da estraté-           os ganhos de curto prazo devem finan-
negócios. Cada vez mais, complementamos que                gia da empresa, sendo necessário aferir              ciar as iniciativas de longo prazo, garan-
se dá também em quão bem se implementa,                    os impactos decorrentes das iniciativas              tindo o crescimento e longevidade da
diferencia e gerencia esses modelos de negó-               nos objetivos de negócio estabelecidos,              operação,
cios.

  E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Da Eficiência em Gestão de Custos à Lógica da Substituição Lucrativa 4
 as reduções de custos devem ser muito                 otimização e estandardização dos pro-                teturas 3 camadas, além de EAI, XML,
       bem dimensionadas e priorizadas                     cessos possibilitam uma redução drásti-              Servidores de Aplicação, Middleware,
                                                           ca das despesas,                                     Portais Corporativos e componentiza-
    alguns tipos de investimentos, que po-
                                                                                                                ção de aplicativos,
       dem ser “custos”, geram dinheiro, por-            ganhos de eficiência a partir do appro-
       tanto não podem ser cortados (são os                ach self-service do B2E/E2B baseados              otimização da relação entre os custos fi-
       famosos custos de substituição, como                na Internet, conjuntamente com a cen-                xos e as variáveis, que ocorre, por
       digitalização de processos, e custos de             tralização das funções da área de recur-             exemplo, com a subcontratação de ser-
       oportunidade).                                      sos humanos, redução de custos de                    viços e a adoção de outsourcing, crian-
                                                           treinamento (e-learning, dentre outros)              do estruturas de custos mais flexíveis e
Algumas iniciativas com vieses de redução de
                                                           e o enxugamento administrativo                       mantendo foco no core business,
custos e geração de competitividade em proje-
tos voltados à otimização de workflow (proces-           gestão eficiente dos processos, gerando            redução de custos operacionais e de ris-
sos) - ERP, SCM, EAI, CRM, SFA, Portais, Mobili-           ganhos significativos através de melho-              cos, como por exemplo, a partir da ter-
dade e Supply-Chain – ou otimização de infra-              rias introduzidas na utilização do ERP,              ceirização da infra-estrutura tecnológi-
estrutura - Virtualização, ITaaS, Shared Servi-            SCM, EAI e Portais Corporativos, bem                 ca, e, portanto de pessoal, para IDCs,
ces, Outsourcing e TI Verde, dentre outros,                como redução de prazos, níveis de es-                garantindo escala, flexibilidade, manu-
mostram que alguns ganhos são significativa-               toques – principalmente intermediários               tenção 24/7, segurança, dentre outros
mente fundamentados, senão pelo retorno                    ou wip (work in process) - e ciclos de               pontos constantes das SLAs,
direto do projeto, por seu impacto quantificá-             produção,
                                                                                                             collaborative work, garantindo, via en-
vel nos demais processos e atividades da em-
                                                         rentabilização de ativos, gerando eco-                genharia simultânea, eficiência e quali-
presa, tais como:
                                                           nomias de investimentos e maiores ní-                dade na produção dos projetos, menor
    simplificação das operações e integra-                veis de produtividade e eficiência, prin-            nível de erros e consistência com as ex-
       ção real do workflow, isto porque a                 cipalmente depois do conceito de arqui-              pectativas do cliente,

  E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Da Eficiência em Gestão de Custos à Lógica da Substituição Lucrativa 5
 capacidade de geração do conhecimen-           custos de operação mais baixos (fechando as-        tecnologia como meio, caberá aos gestores de
       to, ou seja, capacidade de aprender e        sim a conta positivamente ao longo do tempo)        TI entenderem como alinhar as estruturas que
       armazenar conhecimento, alimentando          a empresa está fazendo essa substituição lucra-     constroem, arquitetam, desenvolvem e imple-
       a organização.                               tiva.                                               mentam (infra-estrutura + processos), com as
                                                                                                        estratégias dos negócios para os quais traba-
Portanto, a digitalização, que definimos como a     Digitalizar empresas significa ERP + CRM + BI +
                                                                                                        lham.
aplicação das tecnologias digitais (TI, Internet,   SCM + EAI + EIS + E-Commerce + E-Learning +
por exemplo) nos negócios, é um caminho ine-        E-Procurement       +      KM        +     Intra-   A boa notícia é que os CIOs e CTOs participarão
xorável para as empresas. Por quê? Por que em       nets/Extranets/Websites/Portais Corporativos        mais e mais das decisões estratégicas. A “má” é
economia (micro, principalmente), tudo o que,       + Webservices... ou seja, qualquer ação de          que também passarão a ser co-responsáveis
mantendo ou aumentando a competitividade,           substituição ou redefinição de processos ana-       pelo sucesso das estratégias, medidos em per-
reduz custos é automático; ou seja, ocorre por      lógicos por digitais. É por isso que dizemos que,   formance e resultados por modelos como o
osmose. Essa é a lógica da sobrevivência pela       cada vez mais, Processos = Tecnologia.              ITValue e BSC, suportadas por métricas como
adaptação, que as espécies corporativas vêm                                                             ROI e TCO.
                                                    A decisão de se digitalizar uma empresa deve
aprendendo e utilizando por estarem involun-
                                                    ser sustentada pelas respostas de duas pergun-      As atuais condições econômicas constituem,
tariamente submetidas ao processo de globali-
                                                    tas: Qual a vantagem competitiva que a empre-       também, uma oportunidade para aquelas em-
zação dos mercados.
                                                    sa poderá aferir ao se digitalizar? Qual o valor    presas que estejam dispostas a enfrentar este
Assim, quando uma empresa toma decisões             gerado/protegido para o acionista?                  desafio.
inexoráveis em função de redução de custos
                                                    Hoje, ainda, a tecnologia está razoavelmente        As soluções existem e os benefícios são tanto
damos o nome de substituição lucrativa. Por
                                                    dissociada de processos. Mas em pouco tempo         maiores quanto a capacidade de adequar a
exemplo, ao trocar um software antigo com
                                                    será uma só arquitetura. No universo da inte-       gestão de custos às oportunidades oferecidas
custo alto de operação, por um mais adequado,
                                                    roperabilidade total, da integração das cadeias     pela conjuntura e ao modelo de negócios prati-
com investimentos iniciais altos, porém com
                                                    produtivas e de valor e da standartização da        cado pela empresa.

                                                                    E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 6
Réguas de Sustentabilidade no Brasil


Organizações têm sido confrontadas com a            sobre o retorno e a desempenho desses inves-        conjunto de atividades sustentáveis ou social-
necessidade de gerir expectativas de uma so-        timentos. O mesmo se dá com consumidores e          mente responsáveis das empresas.
ciedade consciente do impacto do desenvol-          com a comunidade, que buscam ser capazes de
                                                                                                        Seu objetivo principal é permitir aos diversos
vimento econômico sobre o ecossistema.              avaliar e comparar a eficiência das iniciativas
                                                                                                        stakeholders (Investidores, Gestores, Comuni-
                                                    da chamada “postura sustentável” das organi-
Sendo assim, investimentos e iniciativas em                                                             dade, Governo, Consumidores...) das empresas
                                                    zações.
sustentabilidade e responsabilidade social de-                                                          se informarem sobre o impacto de suas ativi-
vem consumir bilhões de dólares em todo o           No entanto, uma combinação de oportunismo,          dades socioeconômicas sobre o ecossistema,
mundo nos próximos anos. Isso será direciona-       urgência e exuberância ao redor do tema sus-        assim como das medidas de mitigação empre-
do, dentre outros fatores, ao aumento da efici-     tentabilidade tem levado muitas organizações a      gadas.
ência energética, reflorestamento, reciclagem       não medirem de maneira eficiente esses inves-
                                                                                                        Nos quadros abaixo apresentamos um breve
e, no caso brasileiro, também em investimen-        timentos e iniciativas.
                                                                                                        relato de algumas das principais ferramentas
tos em cultura.
                                                    Em razão disso, tem surgido um conjunto de          em uso no Brasil. Não cabe aqui comparar a
A comunidade financeira e os gestores das or-       ferramentas para avaliar a sustentabilidade –       aplicabilidade de cada ferramenta, pois cada
ganizações, naturalmente, têm expectativas de       desde aquelas para medição da utilização de         uma tem objetivos, profundidade e públicos de
receberem medições detalhadas e acuradas            recursos, até as direcionadas para avaliar o        interesse distintos.




                                 E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Réguas de Sustentabilidade no Brasil 7
Qual?           Balanço Social – IBASE

                    É um demonstrativo que reúne um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos
O que é?
                       stakeholders da empresa.

                    Tornar pública a responsabilidade social empresarial, construindo maiores vínculos entre a empresa, a sociedade e o meio-
                       ambiente.
Objetivo?
                    Em outras palavras, demonstrar quantitativamente e qualitativamente o papel desempenhado pelas empresas no plano
                       social.

                    O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa.

                       Aos colaboradores fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvol-
                       ve e estimula a participação dos colaboradores na escolha das ações e projetos sociais.

Beneficiários       Aos fornecedores e investidores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos
                       e à natureza, sendo um indicador da forma como a empresa é administrada.

                    Para os consumidores, dá uma idéia de qual é a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, de-
                       monstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca.

Link            http://www.balancosocial.org.br/




                        E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Réguas de Sustentabilidade no Brasil 8
Qual?
                Escala Akatu

                    A Escala Akatu é um conjunto de 60 Referências que, uma vez respondidas, permitem às empresas serem categorizadas em
O que é?
                       quatro grupos homogêneos em sua prática de responsabilidade social.

Objetivo?           Auxiliar o consumidor na avaliação e comparação das práticas de responsabilidade social de diversas empresas.

                    A Escala Akatu é um instrumento para auxiliar o público na avaliação de empresas conforme seu grau de comprometimento
Beneficiários
                       com a prática da Responsabilidade Social Empresarial.

Link
                http://www.akatu.org.br/




Qual?
                Indicadores ETHOS

                    Os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial são uma ferramenta de aprendizado e avaliação da gestão no
O que é?               que se refere à incorporação de práticas de responsabilidade social empresarial ao planejamento estratégico e ao monito-
                       ramento e desempenho geral da empresa.

                    A estrutura dos Indicadores permite que a empresa planeje o modo de alcançar um grau mais elevado de responsabilidade
                       social.
Objetivo?
                       Sua estrutura fornece parâmetros para os passos subsequentes e, juntamente com os indicadores binários e quantitativos,
                       aponta diretrizes para o estabelecimento de metas de aprimoramento dentro do universo de cada tema.

Beneficiários       Trata-se de um instrumento de auto avaliação e aprendizagem de uso essencialmente interno. A empresa interessada em


                        E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Réguas de Sustentabilidade no Brasil 9
avaliar suas práticas de responsabilidade social e se comparar com outras empresas poderá responder os Indicadores Ethos
                  e verificar quais os pontos fortes da gestão e as oportunidades de melhoria.

Link       http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/default.asp




Qual?      GRI (Sustainability Reporting Framework)

               Padrão internacional para divulgação de informações econômicas, sociais e ambientais de uma empresa. Foi desenvolvido
                  por uma organização independente com sede na Holanda (também chamada GRI).

O que é?          Os primeiros relatórios GRI foram publicados em 2000.

               O Framework define os princípios e indicadores que as organizações podem usar para medir e comunicar o seu desempenho
                  econômico, ambiental e social.




                  E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Réguas de Sustentabilidade no Brasil 10
Razões para empreender medições de susten-            Portanto, para uma organização estar               organização é uma maneira de diferen-
tabilidade:                                           em conformidade com a regulação, ela               ciação da concorrência.
                                                      deve ser capaz de medir com precisão
    As oportunidades para alocação de re-                                                        O caminho é claro é não tem volta. As organi-
                                                      suas iniciativas.
       cursos entre as empresas são diferen-                                                      zações precisarão medir seus esforços, impac-
       tes, mas medir a sustentabilidade e          Organizações podem se beneficiar do          tos e resultados em sustentabilidade. Também
       monitorar as melhorias são os primeiros        envolvimento, influência e colaboração      precisarão referenciar a autonomia de cada
       passos para garantir eficiência nos “in-       de diversos stakeholders ligados à causa    pessoa na organização quando do processo de
       vestimentos sustentáveis”.                     sustentável de maneira a melhorar e         tomada de decisões, alinhar a organização com
                                                      ampliar suas iniciativas.                   benchmarks e metas de desempenho e envol-
    A obrigatoriedade da publicação de re-
                                                                                                  ver as partes interessadas para que o todo fun-
       latórios de sustentabilidade já está sen-    O mesmo se dá em relação ao consumo
                                                                                                  cione da melhor forma possível, para todos os
       do considerada no Brasil (e já é uma re-       de produtos  serviços. Facilitar a com-
                                                                                                  envolvidos.
       alidade no Japão, Noruega e Suécia).           paração dos “atributos sustentáveis” da




                                                               E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 11
Pessoas, Processos e Tecnologia – a Base para uma Gestão Eficiente




O
           ritmo e a complexidade das ativida-     em que aumentam a qualidade dos produtos            cadeia maior de valor podem afetar todo um
          des desenvolvidas nas empresas           finais e a produtividade dos recursos humanos,      resultado corporativo, expondo a empresa a
          vêm aumentando significativamente        automatizam a burocracia, definem papéis e          toda a sua cadeia de valor, potencializando
ao longo dos últimos anos.                         responsabilidades, reduzem erros e inconsis-        riscos e perdas de competitividade.
                                                   tências, enfim, tratam de organizar o fluxo de
Processos interdepartamentais, equipes multi-                                                          Diferenciar-se é sobre ocupar uma posição de
                                                   informações e atividades por etapas a serem
disciplinares atuando de maneira integrada em                                                          destaque no ecossistema corporativo e requer
                                                   cumpridas,    muitas     vezes    por    pesso-
projetos comuns, dispersões geográficas de                                                             agilidade e qualidade nas decisões, sejam elas
                                                   as/áreas/funções distintas e com característi-
equipes e colaboradores, assim como a busca                                                            estratégicas e/ou táticas, que por sua vez re-
                                                   cas e perfis/prerrogativas complementares.
de organização e agilidade na otimização dos                                                           querem dados e informações qualificadas e
processos corporativos acabam por fornecer o       A eficiência da cadeia de atividades e informa-     analíticas acerca das principais variáveis que
pano de fundo para que a eficiência nos pro-       ções depende, principalmente, da eficiência         impactam os resultados, assim como de indica-
cessos corporativos passe a ser um tema de         individual de cada um de seus elos, e, para tal,    dores de performance e valor.
extrema relevância para as empresas.               a necessidade, decorrente do cenário competi-
                                                                                                       Metodologias, melhores práticas, modelos de
                                                   tivo exige níveis de performance cada vez mai-
Tudo o que é produzido dentro de uma empre-                                                            gestão, operações e tecnologia se fundem com
                                                   ores: fazer mais com menos, mais rápido, com
sa, de uma maneira ou outra, acontece via al-                                                          processos.
                                                   menor custo e tudo de maneira organizada e
gum processo (estruturado ou não).
                                                   controlada.                                         Neste cenário vemos os sistemas de ERP (En-
A padronização e a otimização dos processos é,                                                         terprise Resource Planning) como o grande
                                                   A falta de visibilidade das relações de causa e
sem dúvida, um fator que contribui para a efi-                                                         destaque no provimento de soluções corpora-
                                                   efeito entre processos que fazem parte de uma
ciência empresarial, principalmente na medida                                                          tivas de gestão.
  E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Pessoas, Processos e Tecnologia – a Base para uma Gestão Eficiente 12
O amplo escopo de atuação dos sistemas de        Pessoas cada vez mais passam a ter foco em        externas, via de regra, estão presentes nos pro-
ERP, que promovem a gestão e visão integrada     atividades de maior valor agregado e não na       jetos, constituindo-se de uma força tarefa fo-
de processos internos e externos, foram - e      execução mecânica de tarefas, já que são libe-    cada única e exclusiva para o desenvolvimento
tem sido - uma das principais plataformas ge-    radas para atuarem sobre as informações gera-     das atividades relacionadas ao mesmo.
radoras de dados e informações para a tomada     das e assim utilizarem sua capacidade intelec-
                                                                                                   Pessoas, processos e tecnologia, trabalhando
de decisões nas organizações, assim como         tual e experiência como diferencial. Um dos
                                                                                                   de forma integrada, acabam por formar o tripé
promotoras de ganhos de produtividade e efi-     fatores críticos de sucesso para uma correta
                                                                                                   de sustentação, execução e entrega das estra-
ciência operacional.                             implantação de sistemas de gestão (ERPs) está
                                                                                                   tégias corporativas.
                                                 na participação ativa de uma equipe multidisci-
Outro benefício colateral da adoção de siste-
                                                 plinar interna que possua o conhecimento de       Assim, quanto maior a aderência e resposta
mas de gestão (ERPs) constitui-se na definição
                                                 todos ou, pelo menos, dos principais processos    deste tripé às exigências e definições estratégi-
ou homologação formal de regras de negócio,
                                                 que serão integrados. Vale ressaltar que o        cas da empresa, maior será sua capacidade
muitas das quais passíveis de serem realizadas
                                                 acompanhamento e suporte de consultorias          competitiva da mesma.
por um sistema.




                                                                E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 13
Por uma Cadeia Sustentável de Valor




E
        m evento realizado na Fecomércio, o           Grupo Pão de Açúcar espera certificar cerca de       que aumentou as vendas de seus produtos nas
        Grupo Pão de Açúcar entregou a certi-         30 empresas”, conta Hugo Bethlem, Vice Presi-        gôndolas dos supermercados do grupo em
        ficação Top Log a 19 fornecedores que         dente Executivo do Grupo Pão de Açúcar.              quase 20% ao atender as necessidades do pro-
apresentaram as melhores políticas e práticas                                                              grama.
                                                      O Top Log foi criado para melhorar a sinergia
logísticas e de abastecimento verificadas ao
                                                      entre fornecedor e os distribuidores e, com          Neste ano, como parte de evolução do pro-
longo de 2009.
                                                      isso, aumentar cada vez mais a satisfação do         grama e do papel da indústria e do varejo na
Durante o encontro, a empresa também lançou           cliente.                                             construção de uma cadeia de valor mais sus-
o convite aos seus parceiros comerciais e logís-                                                           tentável, foi incluído como avaliação do Top
                                                      Para ganhar a certificação, as empresas são
ticos para que participem da co-construção da                                                              Log, alguns critérios relacionados a Sustentabi-
                                                      avaliadas na pontualidade, prazo e qualidade
cadeia sustentável de valor no varejo.                                                                     lidade.
                                                      nas entregas, transmissão eletrônica de notas
Participaram da cerimônia de premiação 150            fiscais e colaboração entre logística GPA e for-     Assim, para envolver os fornecedores e disse-
representantes da indústria, incluindo as cate-       necedores.                                           minar os conceitos que envolvem esse novo
gorias Mercearia, Perecíveis, Frutas, Legumes e                                                            quesito, o tema foi abordado durante todo o
                                                      Essa parceria com os fornecedores inclui o mo-
Verduras, Eletro, Drogaria, Bazar e Têxtil.                                                                evento, onde se destacou a importância das
                                                      nitoramento do nível de serviço, para evitar
                                                                                                           empresas em desenvolver ações que permitam
O programa Top Log foi criado pelo Grupo Pão          que os produtos faltem nas gôndolas; adequa-
                                                                                                           menor utilização de combustíveis e de emissão
de Açúcar em 2004 como formas de reconhe-             ção e integração, com atenção às necessidades
                                                                                                           de poluentes, no caso especifico da área logís-
cer e estimular os fornecedores na obtenção de        dos consumidores e a redução no custo total
                                                                                                           tica; além de ressaltar a importância do seu
melhores resultados nas operações realizadas          de distribuição por meio de projetos colabora-
                                                                                                           envolvimento em ações voltadas à educação e
pela Cadeia de Abastecimento. “Para 2010 o            tivos. Prova disso foi à certificação da Unilever,
                                   E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Por uma Cadeia Sustentável de Valor 14
disseminação do consumo consciente. Segundo         da cadeia de abastecimento desde a indústria         O ano de 2009 foi marcado pelo início da sus-
Bethlem, “é responsabilidade da Cadeia Ali-         até as gôndolas de nossas lojas”.                    tentabilidade na Cadeia, aproximando os for-
mentar, que envolve varejo/indústria evitar                                                              necedores na troca de informações sobre este
                                                    Em parceria com nossos fornecedores e num
desperdícios e promover a gestão sustentável                                                             tema.
                                                    esforço conjunto, buscamos permanentemente
do negocio durante toda a cadeia”.
                                                    superar os obstáculos decorrentes do cresci-         O objetivo da certificação é garantir melhoria
Durante o evento, os participantes contaram         mento do país.                                       contínua no nível de serviço logístico que se
com palestras e discussões com conceituados                                                              reflete no abastecimento das lojas e sortimen-
                                                    “Somente com o trabalho colaborativo – indús-
consultores como, Daniel Domeneghetti, sócio                                                             to adequado para os clientes, na quantidade e
                                                    tria e varejo – é possível a evolução dos proces-
do Grupo ECC e CEO da DOM Strategy Partners                                                              variedade desejados, sempre respeitando o
                                                    sos de abastecimento, não só para garantirmos
e Carlos Bremer, Sócio Diretor da Axia Consul-                                                           posicionamento de cada rede em todo o Brasil.
                                                    a melhor experiência de compras aos nossos
ting. Além deles o Maestro João Carlos Martins,
                                                    consumidores, mas também para contribuir-            Alguns ganhos promovidos pelo programa:
regente da Fundação Bachiana Filarmônica,
                                                    mos com nossa sociedade através de ações
que falou sobre sua história de superação em                                                             Operação de Back Haul* => Em 2009 houve um
                                                    efetivas que sustentem o meio ambiente”, ava-
uma emocionante palestra.                                                                                crescimento de 9% no número de coletas efe-
                                                    lia Bethlem.
                                                                                                         tuadas em parceria de 41 fornecedores. Para
O evento também contou com a presença do
                                                    Sobre o TopLog                                       2010, a expectativa é que esta operação realize
Presidente do Grupo Pão de Açúcar, Eneas Pes-
                                                                                                         mais de 10.000 coletas, um crescimento de
tana, e dos Vices-Presidentes Executivos, Hugo      Criado em 2004, o Top Log busca, através de
                                                                                                         20% em relação ao ano anterior.
Bethlem, José Roberto Tambasco e Ramatis            maior eficiência logística, criar diferenciais que

Rodrigues.                                          gerem ganhos operacionais para a companhia           * utilização dos veículos vazios que retornam
                                                    com a integração e melhorias das operações da        das entregas em lojas para coleta de produtos
“Nos últimos quatro anos, o Grupo Pão de Açú-
                                                    cadeia de suprimentos.                               nos fornecedores, reduzindo o número de via-
car, por meio do TOP LOG, melhorou a eficácia
                                                                                                         gens na Cadeia.


                                 E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Por uma Cadeia Sustentável de Valor 15
Transmissão de Nota Fiscal => Crescimento de    transmissão. Com isto, há maior agilidade no     Cross Docking => Incremento de 175% em pro-
11% no índice de Notas Fiscais recebidas ele-   recebimento das mercadorias, trazendo ganhos     dutos de Mercearia em SP, representando 42%
tronicamente, atingindo o patamar de 74% de     para os Fornecedores e GPA.                      da linha nesta UF.




                                                              E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 16
Sustentabilidade – Mais do que Consciência, uma Questão de Renovação




S
        ustentabilidade é um tema que vem          De alertas proferidos pelos chamados ecocha-       irão permanecer na atmosfera até 2108 e até
        atraindo grande interesse dos mais va-     tos à pauta de discussão de organizações inter-    para, além disso. É preciso mudar já.
        riados públicos.                           nacionais, grupos de países, países, empresas,
                                                                                                      Os efeitos econômicos decorrentes da poluição
                                                   comunidades e famílias, todos parecem con-
Sua importância cada vez mais é explicitada e                                                         de nosso planeta e do uso indiscriminado dos
                                                   sensar, em alguma dimensão, que o futuro do
comprovada com dados e acontecimentos que                                                             recursos naturais também impactam a riqueza
                                                   mundo e de todos que nele habitam está sob-
impactam a todos nós de forma extremamente                                                            e a competitividade de países e até mesmo
                                                   risco (sem falsos alertas ou extremismos).
perceptível.                                                                                          suas questões sociais.
                                                   Aquecimento global, efeito estufa, desertifica-
Todos percebem ou são afetados diretamente                                                            Em relação à agricultura (segundo estudo da
                                                   ção, derretimento das calotas polares, falta de
pela qualidade do ar, pela pobreza e miséria,                                                         ESALQ /USP), em específico, no Brasil, prevê-se
                                                   água, poluição, extinção de espécies, novas
pelo clima, pelos preços de produtos (que                                                             que a perda de áreas de cultivo de produtos
                                                   doenças, violência, miséria, fome, etc... a ONU
usam insumos cada vez mais escassos), pelos                                                           agrícolas com grande importância econômica
                                                   diz: "O mundo tem menos de uma década para
desastres naturais, pelas plataformas políticas                                                       como soja, cana de açúcar, milho, café, arroz,
                                                   mudar o seu rumo.
(vide Marina Silva na última eleição presidenci-                                                      feijão, mandioca e algodão, até 2020, vão con-
al), dentre outros.                                “Não há assunto que mereça atenção mais ur-        tribuir para diminuir o produto interno bruto
                                                   gente – nem ação mais imediata” (Programa          (PIB) em 0,29% (do que seria), assim como pio-
Neste contexto em que ninguém pode se exi-
                                                   das Nações Unidas para o Desenvolvimento           rar a desigualdade de renda e concentração em
mir das responsabilidades e impactos gerados
                                                   Humano PNUD /ONU/2008). Por exemplo, os            regiões urbanas.
pelas nossas próprias ações, este é assunto que
                                                   gases retentores de calor emitidos em 2008
afeta nada menos do que toda a humanidade.

         E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Sustentabilidade – Mais do que Consciência, uma Questão de 17
                                                                                                                            Renovação
Na medida em que os custos dos alimentos           Outra pesquisa da GS&MD mostra que consu-          conceitos como eco eficiência, políticas de reci-
tenderão a subir, será observado um aumento        mir equilibrando necessidade e desejo é o que      clagem de lixo e detritos, controle de perdas e
no custo de vida dos mais pobres e redução         define a visão de sustentabilidade para 45%        desperdícios, dentre outras, são apenas algu-
dos mais ricos, uma vez que o preço dos ali-       dos brasileiros. Infelizmente, a maioria (86%)     mas das práticas que estão influenciando, cada
mentos, que vai sofrer alta, corresponde a uma     dos brasileiros acredita que sustentabilidade é    vez mais, os processos de decisão dos consu-
proporção maior do orçamento dos mais po-          preservar o meio ambiente. No mundo, essa          midores e, por decorrência, de gestão e inves-
bres. Já para os mais ricos, a maior parte do      percepção atingiu 74% das respostas.               timentos das empresas.
dinheiro é direcionada a serviços e bens indus-
                                                   No Brasil, reciclar o lixo apareceu em segundo     A assunção de responsabilidade e o foco na
triais, cujos preços devem diminuir.
                                                   lugar, com 75% das respostas e a percepção de      ação por parte das empresas nos temas críticos
Os impactos podem ser observados e sentidos        que os recursos são finitos foi citada por 45%     e centrais da sustentabilidade são fundamen-
em praticamente todos os setores da econo-         dos entrevistados (contra 50% dos consumido-       tais para o sucesso de nossa empreitada hu-
mia. Entretanto, mais do que nunca, o cidadão      res de outros países).                             mana contra nossa própria degradação, uma
comum (qualquer um de nós e todos nós ao                                                              vez que, dentre as 100 maiores economias
                                                   É o consumidor, como elo final de toda cadeia
mesmo tempo), como trabalhador, eleitor e                                                             mundiais, mais de 50% são empresas privadas.
                                                   de valor, quem decide o que e de quem com-
consumidor tem o poder para mudar e influen-
                                                   prar quanto pagar e o que valorizar.               Pode-se concluir, portanto, que em termos
ciar este cenário fatídico e catastrófico para
                                                                                                      financeiros, de alteração de paradigmas de
qual está rumando.                                 É por isso que iniciativas relacionadas a aspec-
                                                                                                      mercado, de influência social, de derivação de
                                                   tos sustentáveis já são adotadas por uma cres-
Segundo pesquisa realizada pelo DOM Strategy                                                          recursos e de capacidade de mobilização, a
                                                   cente massa de empresas do varejo.
Partners de 2010, elementos ligados direta-                                                           responsabilidade de transformação econômica,
mente à sustentabilidade, como critério de          Certificação de origem de produtos, incentivos    social e ambiental das empresas – independen-
escolha do consumidor, passaram de 11ª. prio-      à utilização de sacolas retornáveis ou mesmo       temente de seu tamanho e mercado – é tão
ridade (em 2007), para 4ª.                         biodegradáveis, utilização e implementação de

         E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Sustentabilidade – Mais do que Consciência, uma Questão de 18
                                                                                                                            Renovação
importante quanto à dos Governos, principal-         empresas ainda não desenvolveram um                bem conseguem avaliá-la e mais opor-
mente se considerarmos os mercados globais.          caso claro para a sustentabilidade,                tunidades identificam para as empresas.

Para endossar a tese acima, a revista MIT Sloan    Mas, há um pequeno número de em-            Em conclusão, pode-se afirmar que as práticas
Management Review, junto com a consultoria           presas que estão desenvolvendo a sus-      tradicionais de comprar, produzir, fazer negó-
The Boston Consulting Group, lançou uma pes-         tentabilidade mais agressivamente. Es-     cios, venderem, distribuir e manquetear estão
quisa sobre o negócio da sustentabilidade (The       tas empresas estão ganhando vantagem       sendo questionadas radical e irreversivelmen-
Business of Sustainability), que apontou os se-      competitiva e tendo impactos positivos     te.
guintes achados:                                     em seus resultados,
                                                                                                Novos padrões e modelos de negócios virão em
    "É consenso que as empresas terão um          Menos de 25% das empresas reduziram         substituição dos atuais modelos da era indus-
       papel crítico nas questões referentes à       seu compromisso com a sustentabilida-      trial e dos serviços de escala.
       sustentabilidade e 92% dos entrevista-        de no período da crise. Por outro lado,
                                                                                                Aparentemente, estamos diante de uma pro-
       dos dizem que suas empresas já estão          as indústrias automobilísticas e de mí-
                                                                                                funda mudança em um velho e estabelecido
       trabalhando a questão,                        dia/entretenimento aumentaram este
                                                                                                ditado, que nos é ensinado – pelo menos a to-
                                                     compromisso no mesmo período,
    Apesar disso, a maioria dos executivos                                                     dos os administradores: de "Administrar se
       concorda que as empresas ainda não          As lideranças vêem a sustentabilidade       trata de gerenciar recursos escassos", para algo
       estão alavancando as oportunidades e          não apenas como oportunidade para          como:
       mitigando os riscos derivados da sus-         melhorar a imagem, mas como parte in-
                                                                                                "Administrar se trata de criar, gerenciar e circu-
       tentabilidade de maneira decisiva,            tegral da geração de valor do negócio e.
                                                                                                lar recursos renováveis".
    A maioria das ações parece estar limita-      "Quanto maior o conhecimento dos en-
       da a exigências regulatórias. 70% das         trevistados sobre sustentabilidade, mais




                                                             E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 19
Cadeia de Suprimentos, a Integração que traz a Convergência de Resultados




A
          Internet – mais especificamente o        produtos e serviços. Uma cadeia se caracteriza      Com a evolução dos ambientes e tecnologias
         fenômeno da convergência digital –        por se fortalecer com o relacionamento transa-      baseadas em Web, a integração de dados e
         tem impactado sensivelmente o mo-         cional direto e indireto entre fábricas, depósi-    informações proporcionou maior agilidade,
delo tradicional de relacionamento entre em-       tos, centros de distribuição e seus players…        prontidão, melhor planejamento, custos meno-
presas e seus stakeholders.                        fornecedores, atacadistas, varejistas e distri-     res e melhor atendimento e colaboração entre
                                                   buidores; ou seja, toda a rede responsável por      todos os envolvidos na cadeia, propiciando
A possibilidade de a Web proporcionar a exis-
                                                   beneficiar e entregar os produtos aos clientes,     melhores índices de níveis de serviços, redução
tência de diferentes papéis para diferentes
                                                   desde a aquisição da matéria-prima até sua          nos custos de processamento, armazenamento
stakeholders em um mesmo ambiente, ou seja,
                                                   transformação, armazenamento, distribuição,         e distribuição e uma maior capacidade de ge-
para cada agente de relacionamento a Internet
                                                   comercialização e pós-venda/suporte.                rar, tratar e utilizar informações entre fornece-
pode apresentar um ou mais ambientes especí-
                                                                                                       dores e clientes nos diversos pontos da cadeia
ficos de comunicação e interação estruturados      O funcionamento eficiente de uma cadeia de
                                                                                                       produtiva, assim como a escolha dos melhores
em formas, formatos e modelos particulares,        suprimentos envolve altos índices de tráfego
                                                                                                       canais, ambientes e mídias de relacionamento
faz com que toda uma cadeia de valor seja im-      de mercadorias, documentos, informações com
                                                                                                       entre a empresa e seus stakeholders.
pactada na sua forma e finalidade de atuação.      uma grande quantidade de empresas que fa-
                                                   zem com que os processos logísticos, de arma-       A correta e estratégica utilização dos canais e
Um dos principais subconjuntos de uma cadeia
                                                   zenagem e distribuição trabalhem em níveis de       ambientes digitais pelos integrantes das cadei-
de valor é a cadeia de suprimentos, que é dire-
                                                   capacidade ótima para o atendimento das de-         as de suprimento proporcionam consideráveis
tamente relacionada à produção e operação de
                                                   mandas.                                             vantagens competitivas a todos os envolvidos,



      E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Cadeia de Suprimentos, a Integração que traz a Convergência de 20
                                                                                                                             Resultados
que passam a integrar um sistema interativo,      maximizar, pois passam a contar com todas as      protocolos     de    comunicação     entre   seus
intenso e rico em informações e relacionamen-     informações críticas que precisam para plane-     stakeholders        nas   relações      clientes-
tos.                                              jar suas operações produtivas e gerenciais – a    fornecedores.
                                                  qualquer tempo e em qualquer lugar que preci-
Na medida em que a cadeia de suprimentos é                                                          Apesar da tecnologia e dos ambientes estarem
                                                  sarem.Os desafios das empresas integrantes
integrada e interage de forma harmônica (seus                                                       disponíveis a todos, seu uso, estratégia e efici-
                                                  das cadeias de suprimentos passam pela utili-
processos e regras já são mutuamente aceitos                                                        ência alcançada irão ditar a competitividade
                                                  zação estratégica das tecnologias e ambientes
e praticados), a agilidade e a capacidade cola-                                                     das redes de suprimento, bem como a compe-
                                                  digitais, assim como pela capacidade de pro-
borativa de todos os envolvidos em todos os                                                         titividade das empresas que se relacionam e
                                                  cessamento, automação e integração de siste-
processos que demandam insumos tende a se                                                           dependem das mesmas.
                                                  mas e




                                                                 E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 21
O Índice de Sustentabilidade Corporativa (ISE) como Parâmetro do Mercado




A
          o longo dos últimos anos, o contexto      do impacto humano no meio-ambiente são             Porém, o risco derivado de um discurso susten-
          competitivo de grande parte dos se-       alguns dos fatos que mais do que endossam a        tável descolado da prática, sem o fato tangível
          tores e mercados passou por drásti-       tese de que a mudança deve começar a partir        e perceptível de que as empresas fazem o que
cas mudanças derivadas da Sustentabilidade,         do poder privado, de seus representantes com       falam (walk the talk) é iminente e infelizmente
tanto no aspecto ambiental quanto no social,        maior poder de influência e impacto, ou seja,      ainda comum e corriqueiro.
que os stakeholders (clientes e consumidores,       grandes empresas locais, organizações e corpo-
                                                                                                       Para se resguardar e proteger de falsas pro-
opinião pública, funcionários, acionistas, forne-   rações globais.
                                                                                                       messas, os interessados no comércio e negó-
cedores, etc) cada vez mais demandam e exi-
                                                    Tal compreensão já pode ser sentida (e mostrar     cios sustentáveis adotam as mais diversas prá-
gem, conforme cresce seu entendimento sobre
                                                    seus resultados) nas grandes cúpulas do top        ticas e dispositivos para assegurar de que uma
a relevância (e potencial de impactos positivos)
                                                    management global a partir de iniciativas sérias   empresa, produto ou serviço é efetivamente
que uma postura mais consciente por parte das
                                                    e comprometidas, distantes do green washing        sustentável, desde a adoção de procedimentos
empresas pode gerar.
                                                    característico da 1ª onda do posicionamento        de homologação que possuam critérios susten-
A ocorrência de catástrofes climáticas (e desas-    em torno do conceito de “ser sustentável”.         táveis até a busca por selos, certificações e en-
tres sociais derivados) com magnitudes históri-                                                        dossos de entidades e fóruns qualificados que
                                                    No Brasil, o cenário não é diferente e se perce-
cas (Haiti, Chile e Rio de Janeiro são apenas                                                          comprovem a origem e DNA sustentável.
                                                    be o avanço de empresas nacionais, com ampli-
alguns exemplos) e o insucesso do poder públi-
                                                    tude cada vez mais global, assumindo um papel      Dentre as mais diversas siglas que atestam tal
co, governamental e político (COP15?) na defi-
                                                    de liderança e pioneirismo.                        procedência sustentável, a sigla ISE, ou Índice
nição de compromissos e metas para redução



    E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | O Índice de Sustentabilidade Corporativa (ISE) como Parâmetro do 22
                                                                                                                               Mercado
de Sustentabilidade Empresarial, é a principal     uma metodologia desenvolvida pelo Centro de         a) Critérios Gerais, que questionam a posição
referência que investidores, empresas e gover-     Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getú-       da empresa perante acordos globais e se a
nos avaliam para a tomada de decisão em seus       lio Vargas (CES-FGV), composta por um questi-       mesma publica balanços sociais, por exemplo,
negócios.                                          onário que afere o desempenho das compa-
                                                                                                       b) Critérios de Natureza do Produto, que ques-
                                                   nhias emissoras das 150 ações mais negociadas
Iniciativa da BM&FBOVESPA, em conjunto com                                                             tionam, por exemplo, se o produto ou serviço
                                                   da BOVESPA.
várias instituições – ABRAPP, ANBIMA, APIMEC,                                                          da empresa acarreta danos e riscos à saúde dos
IBGC, IFC, Instituto ETHOS e Ministério do Meio    No ISE, as dimensões ambiental, social e eco-       consumidores, dentre outros, e
Ambiente – o ISE é resultado dos esforços para     nômico-financeira foram divididas em quatro
                                                                                                       c) Critérios de Governança Corporativa.
se criar um índice de ações que seja referencia    conjuntos de critérios:
para os investimentos socialmente responsá-                                                            No que se refere especificamente à dimensão
veis.                                              a) Políticas (indicadores de comprometimento)       ambiental, as empresas do setor financeiro
                                                                                                       respondem a um questionário específico (em
O ISE, em essência, tem por objetivo refletir o    b) Gestão (indicadores de programas, metas e
                                                                                                       função da natureza de suas atividades), e as
retorno de uma carteira composta por ações de      monitoramento)
                                                                                                       demais empresas são dividas em categorias
empresas com reconhecido comprometimento
                                                   c) Desempenho                                       conforme o grau de seu impacto ambiental.
com a responsabilidade social e a sustentabili-
dade empresarial, e também atuar como pro-         d) Cumprimento Legal                                Uma vez coletadas as informações que preen-
motor das boas práticas da Sustentabilidade no                                                         chem os indicadores do ISE, as companhias são
                                                   Além dos conceitos basais do Triple Bottom
meio empresarial brasileiro.                                                                           avaliadas e categorizadas em grupos conforme
                                                   Line, a metodologia avalia outras 3 naturezas
                                                                                                       desempenho.
Assim, para avaliar a performance das empre-       de indicadores:
sas listadas na BOVESPA com relação aos as-                                                            O grupo de empresas com melhor desempenho
pectos de Sustentabilidade, o ISE conta com                                                            compõe a carteira final do ISE (que tem núme


    E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | O Índice de Sustentabilidade Corporativa (ISE) como Parâmetro do 23
                                                                                                                               Mercado
ro máximo de 40 empresas).                          – cumpre um papel fundamental na tangibiliza-     das para enfrentar riscos econômicos, sociais e
                                                    ção do conceito da Sustentabilidade e na sua      ambientais. Implementar tais conceitos para a
A partir da aplicação dos critérios e indicadores
                                                    inserção como elemento crucial no processo de     realidade e cotidiano das empresas representa
da metodologia, acompanhamento rotineiro
                                                    tomada de decisão.                                o principal desafio encontrado por empresas e
dos resultados e reavaliações anuais, o ISE –
                                                                                                      organizações engajadas na adoção, dissemina-
assim como outras certificações e réguas de         É sabido, como percepção e fato, que empresas
                                                                                                      ção e transformação positiva de seu entorno.
sustentabilidade, como DOW Jones Sustainabi-        ditas sustentáveis geram maior valor para acio-
lity Index, GRI, Indicadores Ethos, dentre outros   nistas no longo prazo, pois estão mais prepara




                                                                   E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 24
Sustentabilidade na Estratégia é Medida de Inteligência




U
          ma das principais funções de um            de. Portanto, faz-se necessário que para toda       corretivas que geram, no melhor dos casos,
          planejamento estratégico eficaz é          ação corporativa sejam antecipados, projeta-        desgastes e dispêndios financeiros, no curto,
          criação de vantagens competitivas          dos e mensurados os potenciais impactos cau-        médio ou longo prazo (variando conforme a
sustentáveis, modelando as bases para que a          sados em seu ambiente e na sociedade, a fim         intensidade, tempo e abrangência apresentada
empresa se perpetue em seu ecossistema e             de se antever e prevenir um planejamento que        por cada desequilíbrio).
possa gerar lucros para seus acionistas a partir     acabe gerando conseqüências nocivas à simbi-
                                                                                                         Uma vez que o planejamento estratégico tradi-
da interação produtiva e positiva com seus di-       ose eficaz dos negócios.
                                                                                                         cional projeta ações imediatas com vistas a
versos stakeholders.
                                                     Uma vez compreendida a inter-relação direta         colher resultados positivas no futuro, não faz
Em linhas gerais isso significa criar condições      de causa-efeito entre empresa e entorno, o          sentido ignorar os fatores ambientais, sociais e
para que as atividades corporativas sejam su-        conceito de sustentabilidade se encaixa perfei-     culturais em detrimento simplesmente do fator
pridas com capital e recursos suficientes para       tamente dentro do contexto de um planeja-           econômico, uma vez que esta se caracterizaria
manter em cursos seus investimentos, inova-          mento estratégico sustentável.                      como uma medida de miopia estratégica de
ções, processo de crescimento, atualização                                                               médio e longo prazo.
                                                     Sustentabilidade é um conceito sistêmico, rela-
tecnológica e evolução, atingindo seus objeti-
                                                     cionado com a continuidade dos aspectos             Diversas empresas aprenderam, a duras penas,
vos com a adequada remuneração do capital
                                                     econômicos, sociais, culturais e ambientais da      que o descaso, a desatenção e o desrespeito
empregado.
                                                     sociedade humana.                                   são credores cruéis... e que a conta sempre
Para toda ação realizada por uma organização,                                                            chega.
                                                     Na falta ou desigualdade de um desses fatores,
existem conseqüências em seu entorno, este
                                                     tem-se um desequilíbrio potencial que, via de       Com um racional similar, análogo ao planeja-
composto pelo meio-ambiente e pela socieda-
                                                     regra, determina a necessidade de medidas           mento estratégico, a sustentabilidade prega
               E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Sustentabilidade na Estratégia é Medida de Inteligência 25
que se deve prover o melhor para as pessoas e       de negócios, desde sua concepção estratégica,      É claro que toda empresa tem – e deve ter -
para o ambiente tanto agora, como para o fu-        até suas atividades mais simplórias.               como premissa essencial obter lucro. Porém,
turo indefinido, sem, entretanto, prejudicar a                                                         ainda que velados, os impactos negativos de
                                                    De fato, existem carências estruturais nos
saúde das organizações no curto, ou longo pra-                                                         práticas do tipo “lucro a qualquer preço” deve-
                                                    chamados modelos de planejamento estratégi-
zo.                                                                                                    rão se tornar cada vez mais proibitivos, porque
                                                    co formais, que se traduzem na incapacidade
                                                                                                       intensemante vigiados e punidos pelos diversos
Em tese, na incapacidade de se evitar situações     de incorporar corretamente os princípios da
                                                                                                       stakeholders externos e internos das empresas.
produtivas ou comerciais destrutivas, ainda que     sustentabilidade corporativa de forma alinhada
justificáveis para o negócio, a visão equilibrada   ao modelo de negócios das organizações, visto      Com isso, lucros “a qualquer preço” tenderão a
do processo empresa-entorno prega que o que         que grande parte desses modelos está funda-        se desembocar em “perdas de alto preço”.
for consumido deverá ser reposto, o que for         mentada principalmente em fatores financeiros
                                                                                                       Visão sustentável e práticas equilibradas de
estragado deverá ser consertado, o que for          e competitivos do tipo “no matter what”, prati-
                                                                                                       negócio não devem ter prazo de validade, nem
explorado deverá ser devolvido, e assim por         camente ignorando de forma sistêmica os fato-
                                                                                                       tampouco fazer parte de cartilhas apaixonadas
diante.                                             res intangíveis que compõem a visão sistêmica
                                                                                                       e ingênuas de alguns poucos visionários. Inteli-
                                                    de se fazer negócios que a Sustentabilidade,
Ou seja; cada ação implica numa reação, que                                                            gência competitiva significa compreender, es-
                                                    como prática e conceito, defendem.
deverá ser tratada, planejada e executada, a                                                           trategicamente, seu entorno de negócios (po-
fim de perpetuar o equilíbrio no mundo em           Todas as variáveis ligadas aos negócios das        de-se chamar de mercado) e a interdependên-
que vivemos e viveremos, produzimos e produ-        empresas – e seus impactos derivados - sejam       cia entre seus atores, partícipes – cada qual
ziremos, investimos e investiremos, compreen-       elas endógenas, exógenas, sociais, econômicas,     com seu papel e função – de uma rede intrin-
dendo todo o entorno vivo ou inanimado.             ambientais, culturais, mercadológicas, comer-      cada de interesses e responsabilidades.
                                                    ciais, tecnológicas, competitivas ou colaborati-
Apesar de já se identificar uma forte tendência                                                        E convenhamos... é melhor que exista este en-
                                                    vas, devem ser tratadas de forma integrada,
para que as empresas incorporem os princípios                                                          torno competitivo preservado e em evolução
                                                    abarcando as relações de causa e efeito entre
de sustentabilidade em suas práticas cotidianas                                                        para que as empresas possam fazer negócios.
                                                    si.
                                                                    E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 26
Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios




N
          os últimos anos, passamos a acom-         Pelo fato de acarretar mudanças profundas,              Inserir as práticas sustentáveis no mo-
          panhar mais atentamente como os           tanto na cultura e mind-set corporativo, como              delo de gestão da empresa, tratando o
          acontecimentos relacionados à Sus-        na estrutura e modelos de operação, muitos                 tema como negócio, mensurando seus
tentabilidade impactaram a forma como as            são os obstáculos para a adoção da Sustentabi-             investimentos como ativo, associando
empresas realizam suas atividades habituais.        lidade de forma integral.                                  métricas adequadas e modelo de ge-
                                                                                                               renciamento eficaz para as diversas ini-
Através de análises profundas em empresas em        Nosso objetivo aqui, entretanto, é elencar as
                                                                                                               ciativas,
diversos setores, estudos de caso, acesso a         questões mais materiais e aprofundar a discus-
melhores práticas, benchmarks e entrevistas         são sobre algumas delas, buscando evidenciar            Maximizar o impacto e o transbordo
com executivos de diversos níveis decisórios –      os vetores que nortearam nossas conclusões                 dos conceitos e práticas de Sustentabi-
atividades de research que desenvolvemos de         sobre as fraquezas, resistências, possíveis ame-           lidade para os demais parceiros de ne-
forma recorrente na DOM -, pudemos identifi-        aças e riscos temidos que as empresas geral-               gócios do entorno/cadeia de valor da
car que, à exceção de expoentes isolados, pou-      mente enfrentam e associam às decisões rela-               empresa,
cas empresas puderam concretamente aplicar          cionadas à Sustentabilidade.
                                                                                                            Organizar e racionalizar a transversali-
os preceitos da Sustentabilidade de forma con-
                                                    Dentre os principais desafios que recheiam a               dade dos conceitos, práticas e respon-
sistente e alinhada às suas atividades e mode-
                                                    agenda de Sustentabilidade atualmente nas                  sabilidades ligadas à Sustentabilidade
los de negócio, obtendo resultados significati-
                                                    empresas podemos apontar o que estamos                     nas diversas áreas e processos da em-
vos, fossem tangíveis e/ou intangíveis, com
                                                    batizando de Agenda10:                                     presa,
ela.




          E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios 27
 Vencer as barreiras de competição das                diferencial sustentável em seu modelo        forma ingênua ou até como modismo passagei-
   práticas sustentáveis com os modelos                de consumo,                                  ro.
   business as usual, mais fáceis de se
                                                    Reverter atual percepção negativa de           Grande parte dessa confusão conceitual é ine-
   perpetuarem, por serem onipresentes
                                                       marketing de oportunismo fortemente          rente ao seu surgimento.
   no dia a dia das empresas,
                                                       associada ao tema – principalmente por
                                                                                                    Por ter sido impulsionada essencialmente pelas
 Fugir da justificativa de investimentos              consumidores mais céticos ou dissocia-
                                                                                                    mazelas sociais (principalmente fome e doen-
   padronizada de impacto positivo na                  dos do tema (grande maioria),
                                                                                                    ças) e pelas acentuadas mudanças climáticas
   imagem e buscar transformar a Susten-
                                                    Criar modelos de ações setoriais e par-        decorrentes do crescimento exponencial das
   tabilidade em compromisso de prática
                                                       cerias em causas coletivas com concor-       sociedades ocidentais nos últimos 50 anos, a
   real e consistente, com metas e objeti-
                                                       rentes e demais parceiros de negócios,       Sustentabilidade se tornou sinônimo de preo-
   vos relevantes de valor,
                                                       a fim de buscar alcance mais amplo das       cupação com bem-estar social, com meio-
 Promover a educação e alinhamento                    transformações necessárias nos setores       ambiente e com ecologia (ecossistema global),
   dos públicos internos, principalmente               econômicos e na sociedade.                   temas geralmente distantes do dia a dia dos
   de colaboradores transformadores, alta                                                           negócios das empresas. Este conceito não é
                                                Do Conceito à Prática
   gestão/decisores e acionistas,                                                                   errado, porém é incompleto.
                                                Os conceitos e práticas de Sustentabilidade
 Criar, solidificar e instaurar uma cultura                                                        O fato de não se compreender os elementos do
                                                (inicialmente RSA) vêm ganhando corpo de
   de Sustentabilidade dentro da empresa                                                            Triple Bottom Line da Sustentabilidade (Eco-
                                                maneira mais consistente há cerca de 10-15
   que independa exclusivamente do líder,                                                           nômico, Social e Ambiental) de forma integrada
                                                anos. Como “novidade” gerencial, entretanto,
   mas que seja defendida e praticada pelo                                                          e estrategicamente disseminada nas práticas
                                                ainda não se mostra madura, como disciplina,
   líder,                                                                                           de negócios impacta nos objetivos corporativos
                                                para formar consenso nos diversos mercados e
                                                                                                    e em seus resultados finais para a empresa e
 Investir na educação temática do con-         empresas, muitas vezes sendo interpretada de
   sumidor, que atualmente não valoriza o
      E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios 28
para seus diversos stakeholders, sejam clientes,     Antes de investir estrategicamente nesta mu-        seu propósito maior de existir (visão, missão e
acionistas, colaboradores, comunidades, etc.         dança de postura e atitude corporativa, as em-      valores), atingindo os objetivos socioambien-
                                                     presas devem estar conscientes de seu papel         tais e incrementando os resultados econômicos
Sustentabilidade como Efeito de Mídia...
                                                     específico como agentes de transformação só-        e financeiros no curso de seu desenvolvimento.
A partir do momento em que a Sustentabilida-         cio-ambientais, tendo no excedente do lucro
                                                                                                         Assim, a empresa está habilitada a influenciar
de pode se tornar um elemento real de vanta-         sagrado de sua competitividade e na transpa-
                                                                                                         toda sua cadeia de valor, de fornecedores a
gem competitiva ou diferenciação de negócios,        rência de suas práticas, comunicação e proce-
                                                                                                         clientes, através de suas práticas, projetos, ini-
associar suas premissas ao modelo de negócios        dimentos seus principais meios de mobilização
                                                                                                         ciativas, processos e demais atividades, trans-
da empresa é condição sine qua non para a            e geração de impactos positivos, e não apenas
                                                                                                         bordando os conceitos de Sustentabilidade
sobrevivência e evolução da organização frente       finalidades egoístas ou rituais pouco férteis.
                                                                                                         para todo o entorno como um eficaz agente de
a seus concorrentes.
                                                     Ou Integrada ao Modelo de Negócio?                  transformação.
Este fato, invariavelmente, deturpa o conceito
                                                     Entendemos a aplicação ideal da Sustentabili-       Porém, ao contrário da Sustentabilidade como
de Sustentabilidade, pois muitas empresas,
                                                     dade – assim como algumas empresas pionei-          efeito de mídia, embutir a Sustentabilidade no
para sustentar uma estratégia de alinhamento
                                                     ras – partindo da premissa da integração de         modelo de negócio representa uma decisão
e posicionamento sócio-ambiental, bem como
                                                     seus conceitos centrais ao modelo de negócios       estratégica que exige comprometimento e em-
uma retórica de comunicação e marketing sus-
                                                     da empresa, ou seja, alinhada ao core business,     penho da organização em um processo de sen-
tentável ou MRC, desenvolvem ações pontuais
                                                     core competences e ao mix de produ-                 sível mudança de paradigmas e reinvenção do
e específicas e/ou apóiam organizações e insti-
                                                     tos/serviços e demais processos e práticas que      mind-set corporativo, dos modelos de produ-
tuições de forma desalinhada aos seus objeti-
                                                     determinam o “jeito de ser e fazer” de uma          ção e priorização estratégica, aos modelos de
vos e práticas, jogando fora o dinheiro do acio-
                                                     empresa. Em outras palavras, significa que a        compensação de colaboradores e orçamenta-
nista e pouco mudando status quos vigentes
                                                     empresa deve ter e manter o foco na essência        ção. Questões como “Qual é a arquitetura or-
(efeito “verniz”).
                                                     de seu negócio, i.e., garantir que a seja fiel ao   ganizacional ótima”?


           E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios 29
É necessária uma área específica? Se não, co-     acionistas) não estão dispostos a correr (pelo    visionárias aceitarão pagar o preço de ser as-
mo gerenciar todos os esforços de forma des-      menos até onde der).                              first movers e realizar experiências em seu pró-
centralizada? De quem será a convocatória                                                           prio quintal. Bom para elas, que largam na
                                                  Enquanto o tema não se tornar ordem do dia –
sobre o tema?                                                                                       frente no conhecimento futuro das dinâmicas
                                                  a partir de algum novo fator externo global-
                                                                                                    dos mercados sustentáveis, mostrando desde
Como mensurar a performance e resultados          mente impactante, como pressões de consu-
                                                                                                    hoje que é possível interessante e lucrativo ter
obtidos? Como mostrar o valor gerado por esta     midores, legislações punitivas ou monitora-
                                                                                                    a Sustentabilidade como um de seus principais
postura e práticas?”, dentre outras, implicam     mento explícito da mídia, poucas empresas
                                                                                                    direcionadores estratégicos.
em riscos consideráveis, que muitos gestores (e




                                                                 E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 30
Responsabilidade Social Empresarial como Vantagem Competitiva




F
       alar de responsabilidade social não é       Senão vejamos: se uma empresa tem como            ída em torno de uma sociedade pobre, pautada
       algo tão novo assim. Muitos empresá-        objetivo sobreviver, ela precisa vender e, para   em uma minoria capaz de comprar seus produ-
       rios e executivos já estão engajados        isso, precisa de alguém que compre seus pro-      tos?
neste novo modelo de gestão em função do           dutos. Este é o ciclo normal de uma sociedade
                                                                                                     É nesta lógica que a responsabilidade social
peso que este assunto tem assumido em seus         de consumo, aditivada pelo giro do dinheiro.
                                                                                                     empresarial é inserida no mercado e busca res-
negócios.
                                                   Quando esbarramos em diferenças sociais, este     ponder a estas preocupações. Até porque,
Antes de tudo, responsabilidade social empre-      ciclo não se completa de uma maneira saudá-       usando Maslow de analogia, quanto mais re-
sarial se refere a uma postura, uma forma de       vel; o consumo não acontece como deveria e o      cursos uma empresa tem, mais propensa a pra-
conduzir as atividades empresariais. É, portan-    dinheiro não completa seu caminho de giro         ticar responsabilidade social ela está, dado que,
to, muito mais do que simplesmente se realizar     natural (distribuição de renda é nome macro-      teoricamente, já atendeu às suas necessidades
ações sociais pontuais ou de cunho assistencial.   econômico para o efeito resultantes desse         mais básicas.
                                                   emaranhado de ciclos micro econômicos).
A responsabilidade social empresarial nasceu                                                         Uma empresa que trabalha em conjunto com
com o intuito de garantir à sociedade condi-       O problema é que, mesmo com as dificuldades,      todos os outros problemas sociais e ambientais
ções favoráveis de sobrevivência, muito pela       a engrenagem precisa funcionar. As empresas       que a cerca está contribuindo para garantir a
incapacidade do Estado em prover isso de ma-       (espécies) precisam sobreviver, mas não há        sustentabilidade social e um modelo econômi-
neira equilibrada e adequada. Uma vez agindo       dinheiro que gire a economia em uma veloci-       co mais justo e viável.
na construção de ambientes favoráveis à socie-     dade desejável, que permita que todos tenham
                                                                                                     Ter/fazer responsabilidade social empresarial
dade, age também a favor da sobrevivência do       acesso a esses recursos. Ora, o que se pode
                                                                                                     requer um processo de integração construtivo
próprio negócio em si.                             esperar para o futuro de uma empresa constru-
    E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Responsabilidade Social Empresarial como Vantagem Competitiva 31
entre todos os agentes de relacionamento de        Ao mesmo tempo, a sociedade, na figura de         cada vez mais, fundamentalmente dependente
uma empresa ao olhar dos princípios e valores      suas ONGs, dos órgãos governamentais, da          de sua aprovação social, obtida com seus pro-
da própria organização e de sua ética.             imprensa e na própria figura do indivíduo-        cessos de satisfação social (instrumentos que a
                                                   cidadão (como eleitor, consumidor e acionis-      empresa adota para mostrar à sociedade inte-
A forma como a empresa se relaciona com seus
                                                   ta/investidor) passa a exigir das empresas,       ressada que é socialmente responsável, tais
acionistas, clientes, sociedade, fornecedores,
                                                   principalmente as de capital aberto, que estas    como balanço social, instituição de ONGs, PR,
Estado, meio-ambiente ou com os seus funcio-
                                                   adotem a prática da transparência, se obrigan-    programas especiais de apoio, patrocínio, fo-
nários deve refletir esses valores e sua postura
                                                   do a mostrar a quem quer de direito que ela       mento, etc), segundo nosso entendimento. Isso
ética e deve ser questionada e medida sistema-
                                                   está devolvendo à sociedade (em diferentes        quer dizer que, sem aprovação social, a capaci-
ticamente, uma vez que todos esses stakehol-
                                                   formas) os recursos que utiliza para produzir     dade comercial (e, portanto, de sobrevivência
ders da empresa (ou seja, sua cadeia de valor e
                                                   riqueza. Mais que intenção, responsabilidade      da empresa no longo prazo) tende a ser com-
interesses) são corresponsáveis pelo cresci-
                                                   social é sobre resultados aparentes e transpa-    prometida.
mento sustentado e equilibrado do todo.
                                                   rentes.
                                                                                                     E isto afeta aos acionistas, executivos, funcio-
Pensar em lucro é premissa de existência de
                                                   Os consumidores estão cada vez mais cientes       nários e a toda cadeia de stakeholders envolvi-
uma empresa; mas não como finalidade e sim
                                                   do seu poder de transformação social e come-      da.
como meio.
                                                   çam a demandar mais responsabilidade das
                                                                                                     Se isto é verdade, então ter sua postura de res-
O lucro empresarial é imperativo e deve ser        empresas no que se refere às questões sociais
                                                                                                     ponsabilidade social reconhecida pela socieda-
exigido das empresas (como forma de mensu-         e ambientais. Para jogar o jogo de hoje, é pre-
                                                                                                     de (e consumidores) passa a ser tão importante
ração de seu direito de existir como agente        ciso pensar além dos ganhos empresariais, é
                                                                                                     quanto ter/fazer responsabilidade social per si,
econômico de transformação); porém deve ser        preciso avaliar o que o país e o mundo vão ga-
                                                                                                     o que configura Responsabilidade Social e Pos-
entendido como meio, energia, combustível          nhar também.
                                                                                                     tura Ética como um ativo intangível da empre-
que permite à empresa atingir seus objetivos,
                                                   Ou seja, a capacidade de gerar riqueza de uma     sa, uma vez que é ativo, por ter seu valor reco-
sua missão.
                                                   empresa, como agente econômico, passa a ser,      nhecido, mas é intangível, por ser de difícil qua-
    E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Responsabilidade Social Empresarial como Vantagem Competitiva 32
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Gestão de custos sustentável

  • 1. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 1
  • 2. A DOM/SP é primeira consultoria 100% nacional focada em estratégia corporativa. Ela foi planejada desde seu nascimento para:  Entregar mais por menos,  Ser mais rápida que a concorrência internacional,  Aplicar rigor intelectual, domínio de melhores práticas, domínio de metodologias internacionais e profundidade de conhecimento setorial,  E ainda sim ser criativa, ágil, comercialmente flexível e deter profundo entendimento dos mercados e da realidade das empresas brasileiras.  Ela foi planejada desde seu nascimento para: E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 2
  • 3. Sumário Da Eficiência em Gestão de Custos à Lógica da Substituição Lucrativa .............................................................................................................................................. 4 Réguas de Sustentabilidade no Brasil .................................................................................................................................................................................................. 7 Pessoas, Processos e Tecnologia – a Base para uma Gestão Eficiente ............................................................................................................................................. 12 Por uma Cadeia Sustentável de Valor................................................................................................................................................................................................ 14 Sustentabilidade – Mais do que Consciência, uma Questão de Renovação ..................................................................................................................................... 17 Cadeia de Suprimentos, a Integração que traz a Convergência de Resultados ................................................................................................................................ 20 O Índice de Sustentabilidade Corporativa (ISE) como Parâmetro do Mercado ................................................................................................................................ 22 Sustentabilidade na Estratégia é Medida de Inteligência ................................................................................................................................................................. 25 Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios .......................................................................................................................................................... 27 Responsabilidade Social Empresarial como Vantagem Competitiva ................................................................................................................................................ 31 Sustentabilidade, uma Aposta de Valor. ........................................................................................................................................................................................... 34 Sustentabilidade: Trazendo o Futuro a Valor Presente ..................................................................................................................................................................... 36 E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 3
  • 4. Da Eficiência em Gestão de Custos à Lógica da Substituição Lucrativa O bojo de ações tradicionais para o O desafio está justamente em, simultaneamen- evitando reduções de custos arbitrárias corte de despesas e custos e a sus- te com as iniciativas de melhoria de eficiência, que afetam igualmente áreas de baixa e pensão arbitrária de investimentos manter e desenvolver as competências críticas alta performance, (novos projetos, publicidade, inovação, novas que, no momento de retomada econômica,  a gestão de custos não é uma decisão tecnologias, novos produtos) demanda discipli- sustentem o crescimento e a competitividade, arbitrária e, como tal, deve considerar a na e fundamentação na sua implementação; gerando capacidade de reinvenção sistemática opção de se rever a estrutura e drivers casos contrários restarão seqüelas na condição da empresa. Ou seja, os cortes não podem san- de custos, competitiva das empresas no médio prazo. grar tanto a ponto de macular a capacidade Estas iniciativas permitem realizar resultados criativa e geradora da empresa.  existem oportunidades sinérgicas na e/ou ganhos imediatos, mas, ao não atacarem gestão de custos, dado que os ganhos Neste contexto, é fundamental desenvolver as ineficiências estruturais do modelo de negó- mais significativos podem ser atingidos uma visão integrada e abrangente que alinhe cio, pode comprometer os objetivos de longo através do SCM (Supply Chain Mana- os esforços de gestão de custos. prazo. Ou seja, cortar custos maus é bom, mas gement), ou seja, a integração informa- cortar custos bons é mau. Para isso, devem-se considerar alguns fatores, cional e de processos da empresa com dentre os quais: seu ecossistema de negócios, Cada vez mais, como já afirmou Gary Hamel, a competição se dá no âmbito dos modelos de  a gestão de custos faz parte da estraté-  os ganhos de curto prazo devem finan- negócios. Cada vez mais, complementamos que gia da empresa, sendo necessário aferir ciar as iniciativas de longo prazo, garan- se dá também em quão bem se implementa, os impactos decorrentes das iniciativas tindo o crescimento e longevidade da diferencia e gerencia esses modelos de negó- nos objetivos de negócio estabelecidos, operação, cios. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Da Eficiência em Gestão de Custos à Lógica da Substituição Lucrativa 4
  • 5.  as reduções de custos devem ser muito otimização e estandardização dos pro- teturas 3 camadas, além de EAI, XML, bem dimensionadas e priorizadas cessos possibilitam uma redução drásti- Servidores de Aplicação, Middleware, ca das despesas, Portais Corporativos e componentiza-  alguns tipos de investimentos, que po- ção de aplicativos, dem ser “custos”, geram dinheiro, por-  ganhos de eficiência a partir do appro- tanto não podem ser cortados (são os ach self-service do B2E/E2B baseados  otimização da relação entre os custos fi- famosos custos de substituição, como na Internet, conjuntamente com a cen- xos e as variáveis, que ocorre, por digitalização de processos, e custos de tralização das funções da área de recur- exemplo, com a subcontratação de ser- oportunidade). sos humanos, redução de custos de viços e a adoção de outsourcing, crian- treinamento (e-learning, dentre outros) do estruturas de custos mais flexíveis e Algumas iniciativas com vieses de redução de e o enxugamento administrativo mantendo foco no core business, custos e geração de competitividade em proje- tos voltados à otimização de workflow (proces-  gestão eficiente dos processos, gerando  redução de custos operacionais e de ris- sos) - ERP, SCM, EAI, CRM, SFA, Portais, Mobili- ganhos significativos através de melho- cos, como por exemplo, a partir da ter- dade e Supply-Chain – ou otimização de infra- rias introduzidas na utilização do ERP, ceirização da infra-estrutura tecnológi- estrutura - Virtualização, ITaaS, Shared Servi- SCM, EAI e Portais Corporativos, bem ca, e, portanto de pessoal, para IDCs, ces, Outsourcing e TI Verde, dentre outros, como redução de prazos, níveis de es- garantindo escala, flexibilidade, manu- mostram que alguns ganhos são significativa- toques – principalmente intermediários tenção 24/7, segurança, dentre outros mente fundamentados, senão pelo retorno ou wip (work in process) - e ciclos de pontos constantes das SLAs, direto do projeto, por seu impacto quantificá- produção,  collaborative work, garantindo, via en- vel nos demais processos e atividades da em-  rentabilização de ativos, gerando eco- genharia simultânea, eficiência e quali- presa, tais como: nomias de investimentos e maiores ní- dade na produção dos projetos, menor  simplificação das operações e integra- veis de produtividade e eficiência, prin- nível de erros e consistência com as ex- ção real do workflow, isto porque a cipalmente depois do conceito de arqui- pectativas do cliente, E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Da Eficiência em Gestão de Custos à Lógica da Substituição Lucrativa 5
  • 6.  capacidade de geração do conhecimen- custos de operação mais baixos (fechando as- tecnologia como meio, caberá aos gestores de to, ou seja, capacidade de aprender e sim a conta positivamente ao longo do tempo) TI entenderem como alinhar as estruturas que armazenar conhecimento, alimentando a empresa está fazendo essa substituição lucra- constroem, arquitetam, desenvolvem e imple- a organização. tiva. mentam (infra-estrutura + processos), com as estratégias dos negócios para os quais traba- Portanto, a digitalização, que definimos como a Digitalizar empresas significa ERP + CRM + BI + lham. aplicação das tecnologias digitais (TI, Internet, SCM + EAI + EIS + E-Commerce + E-Learning + por exemplo) nos negócios, é um caminho ine- E-Procurement + KM + Intra- A boa notícia é que os CIOs e CTOs participarão xorável para as empresas. Por quê? Por que em nets/Extranets/Websites/Portais Corporativos mais e mais das decisões estratégicas. A “má” é economia (micro, principalmente), tudo o que, + Webservices... ou seja, qualquer ação de que também passarão a ser co-responsáveis mantendo ou aumentando a competitividade, substituição ou redefinição de processos ana- pelo sucesso das estratégias, medidos em per- reduz custos é automático; ou seja, ocorre por lógicos por digitais. É por isso que dizemos que, formance e resultados por modelos como o osmose. Essa é a lógica da sobrevivência pela cada vez mais, Processos = Tecnologia. ITValue e BSC, suportadas por métricas como adaptação, que as espécies corporativas vêm ROI e TCO. A decisão de se digitalizar uma empresa deve aprendendo e utilizando por estarem involun- ser sustentada pelas respostas de duas pergun- As atuais condições econômicas constituem, tariamente submetidas ao processo de globali- tas: Qual a vantagem competitiva que a empre- também, uma oportunidade para aquelas em- zação dos mercados. sa poderá aferir ao se digitalizar? Qual o valor presas que estejam dispostas a enfrentar este Assim, quando uma empresa toma decisões gerado/protegido para o acionista? desafio. inexoráveis em função de redução de custos Hoje, ainda, a tecnologia está razoavelmente As soluções existem e os benefícios são tanto damos o nome de substituição lucrativa. Por dissociada de processos. Mas em pouco tempo maiores quanto a capacidade de adequar a exemplo, ao trocar um software antigo com será uma só arquitetura. No universo da inte- gestão de custos às oportunidades oferecidas custo alto de operação, por um mais adequado, roperabilidade total, da integração das cadeias pela conjuntura e ao modelo de negócios prati- com investimentos iniciais altos, porém com produtivas e de valor e da standartização da cado pela empresa. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 6
  • 7. Réguas de Sustentabilidade no Brasil Organizações têm sido confrontadas com a sobre o retorno e a desempenho desses inves- conjunto de atividades sustentáveis ou social- necessidade de gerir expectativas de uma so- timentos. O mesmo se dá com consumidores e mente responsáveis das empresas. ciedade consciente do impacto do desenvol- com a comunidade, que buscam ser capazes de Seu objetivo principal é permitir aos diversos vimento econômico sobre o ecossistema. avaliar e comparar a eficiência das iniciativas stakeholders (Investidores, Gestores, Comuni- da chamada “postura sustentável” das organi- Sendo assim, investimentos e iniciativas em dade, Governo, Consumidores...) das empresas zações. sustentabilidade e responsabilidade social de- se informarem sobre o impacto de suas ativi- vem consumir bilhões de dólares em todo o No entanto, uma combinação de oportunismo, dades socioeconômicas sobre o ecossistema, mundo nos próximos anos. Isso será direciona- urgência e exuberância ao redor do tema sus- assim como das medidas de mitigação empre- do, dentre outros fatores, ao aumento da efici- tentabilidade tem levado muitas organizações a gadas. ência energética, reflorestamento, reciclagem não medirem de maneira eficiente esses inves- Nos quadros abaixo apresentamos um breve e, no caso brasileiro, também em investimen- timentos e iniciativas. relato de algumas das principais ferramentas tos em cultura. Em razão disso, tem surgido um conjunto de em uso no Brasil. Não cabe aqui comparar a A comunidade financeira e os gestores das or- ferramentas para avaliar a sustentabilidade – aplicabilidade de cada ferramenta, pois cada ganizações, naturalmente, têm expectativas de desde aquelas para medição da utilização de uma tem objetivos, profundidade e públicos de receberem medições detalhadas e acuradas recursos, até as direcionadas para avaliar o interesse distintos. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Réguas de Sustentabilidade no Brasil 7
  • 8. Qual? Balanço Social – IBASE  É um demonstrativo que reúne um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos O que é? stakeholders da empresa.  Tornar pública a responsabilidade social empresarial, construindo maiores vínculos entre a empresa, a sociedade e o meio- ambiente. Objetivo?  Em outras palavras, demonstrar quantitativamente e qualitativamente o papel desempenhado pelas empresas no plano social.  O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. Aos colaboradores fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvol- ve e estimula a participação dos colaboradores na escolha das ações e projetos sociais. Beneficiários  Aos fornecedores e investidores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, sendo um indicador da forma como a empresa é administrada.  Para os consumidores, dá uma idéia de qual é a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, de- monstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca. Link http://www.balancosocial.org.br/ E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Réguas de Sustentabilidade no Brasil 8
  • 9. Qual? Escala Akatu  A Escala Akatu é um conjunto de 60 Referências que, uma vez respondidas, permitem às empresas serem categorizadas em O que é? quatro grupos homogêneos em sua prática de responsabilidade social. Objetivo?  Auxiliar o consumidor na avaliação e comparação das práticas de responsabilidade social de diversas empresas.  A Escala Akatu é um instrumento para auxiliar o público na avaliação de empresas conforme seu grau de comprometimento Beneficiários com a prática da Responsabilidade Social Empresarial. Link http://www.akatu.org.br/ Qual? Indicadores ETHOS  Os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial são uma ferramenta de aprendizado e avaliação da gestão no O que é? que se refere à incorporação de práticas de responsabilidade social empresarial ao planejamento estratégico e ao monito- ramento e desempenho geral da empresa.  A estrutura dos Indicadores permite que a empresa planeje o modo de alcançar um grau mais elevado de responsabilidade social. Objetivo? Sua estrutura fornece parâmetros para os passos subsequentes e, juntamente com os indicadores binários e quantitativos, aponta diretrizes para o estabelecimento de metas de aprimoramento dentro do universo de cada tema. Beneficiários  Trata-se de um instrumento de auto avaliação e aprendizagem de uso essencialmente interno. A empresa interessada em E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Réguas de Sustentabilidade no Brasil 9
  • 10. avaliar suas práticas de responsabilidade social e se comparar com outras empresas poderá responder os Indicadores Ethos e verificar quais os pontos fortes da gestão e as oportunidades de melhoria. Link http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/default.asp Qual? GRI (Sustainability Reporting Framework)  Padrão internacional para divulgação de informações econômicas, sociais e ambientais de uma empresa. Foi desenvolvido por uma organização independente com sede na Holanda (também chamada GRI). O que é? Os primeiros relatórios GRI foram publicados em 2000.  O Framework define os princípios e indicadores que as organizações podem usar para medir e comunicar o seu desempenho econômico, ambiental e social. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Réguas de Sustentabilidade no Brasil 10
  • 11. Razões para empreender medições de susten- Portanto, para uma organização estar organização é uma maneira de diferen- tabilidade: em conformidade com a regulação, ela ciação da concorrência. deve ser capaz de medir com precisão  As oportunidades para alocação de re- O caminho é claro é não tem volta. As organi- suas iniciativas. cursos entre as empresas são diferen- zações precisarão medir seus esforços, impac- tes, mas medir a sustentabilidade e  Organizações podem se beneficiar do tos e resultados em sustentabilidade. Também monitorar as melhorias são os primeiros envolvimento, influência e colaboração precisarão referenciar a autonomia de cada passos para garantir eficiência nos “in- de diversos stakeholders ligados à causa pessoa na organização quando do processo de vestimentos sustentáveis”. sustentável de maneira a melhorar e tomada de decisões, alinhar a organização com ampliar suas iniciativas. benchmarks e metas de desempenho e envol-  A obrigatoriedade da publicação de re- ver as partes interessadas para que o todo fun- latórios de sustentabilidade já está sen-  O mesmo se dá em relação ao consumo cione da melhor forma possível, para todos os do considerada no Brasil (e já é uma re- de produtos serviços. Facilitar a com- envolvidos. alidade no Japão, Noruega e Suécia). paração dos “atributos sustentáveis” da E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 11
  • 12. Pessoas, Processos e Tecnologia – a Base para uma Gestão Eficiente O ritmo e a complexidade das ativida- em que aumentam a qualidade dos produtos cadeia maior de valor podem afetar todo um des desenvolvidas nas empresas finais e a produtividade dos recursos humanos, resultado corporativo, expondo a empresa a vêm aumentando significativamente automatizam a burocracia, definem papéis e toda a sua cadeia de valor, potencializando ao longo dos últimos anos. responsabilidades, reduzem erros e inconsis- riscos e perdas de competitividade. tências, enfim, tratam de organizar o fluxo de Processos interdepartamentais, equipes multi- Diferenciar-se é sobre ocupar uma posição de informações e atividades por etapas a serem disciplinares atuando de maneira integrada em destaque no ecossistema corporativo e requer cumpridas, muitas vezes por pesso- projetos comuns, dispersões geográficas de agilidade e qualidade nas decisões, sejam elas as/áreas/funções distintas e com característi- equipes e colaboradores, assim como a busca estratégicas e/ou táticas, que por sua vez re- cas e perfis/prerrogativas complementares. de organização e agilidade na otimização dos querem dados e informações qualificadas e processos corporativos acabam por fornecer o A eficiência da cadeia de atividades e informa- analíticas acerca das principais variáveis que pano de fundo para que a eficiência nos pro- ções depende, principalmente, da eficiência impactam os resultados, assim como de indica- cessos corporativos passe a ser um tema de individual de cada um de seus elos, e, para tal, dores de performance e valor. extrema relevância para as empresas. a necessidade, decorrente do cenário competi- Metodologias, melhores práticas, modelos de tivo exige níveis de performance cada vez mai- Tudo o que é produzido dentro de uma empre- gestão, operações e tecnologia se fundem com ores: fazer mais com menos, mais rápido, com sa, de uma maneira ou outra, acontece via al- processos. menor custo e tudo de maneira organizada e gum processo (estruturado ou não). controlada. Neste cenário vemos os sistemas de ERP (En- A padronização e a otimização dos processos é, terprise Resource Planning) como o grande A falta de visibilidade das relações de causa e sem dúvida, um fator que contribui para a efi- destaque no provimento de soluções corpora- efeito entre processos que fazem parte de uma ciência empresarial, principalmente na medida tivas de gestão. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Pessoas, Processos e Tecnologia – a Base para uma Gestão Eficiente 12
  • 13. O amplo escopo de atuação dos sistemas de Pessoas cada vez mais passam a ter foco em externas, via de regra, estão presentes nos pro- ERP, que promovem a gestão e visão integrada atividades de maior valor agregado e não na jetos, constituindo-se de uma força tarefa fo- de processos internos e externos, foram - e execução mecânica de tarefas, já que são libe- cada única e exclusiva para o desenvolvimento tem sido - uma das principais plataformas ge- radas para atuarem sobre as informações gera- das atividades relacionadas ao mesmo. radoras de dados e informações para a tomada das e assim utilizarem sua capacidade intelec- Pessoas, processos e tecnologia, trabalhando de decisões nas organizações, assim como tual e experiência como diferencial. Um dos de forma integrada, acabam por formar o tripé promotoras de ganhos de produtividade e efi- fatores críticos de sucesso para uma correta de sustentação, execução e entrega das estra- ciência operacional. implantação de sistemas de gestão (ERPs) está tégias corporativas. na participação ativa de uma equipe multidisci- Outro benefício colateral da adoção de siste- plinar interna que possua o conhecimento de Assim, quanto maior a aderência e resposta mas de gestão (ERPs) constitui-se na definição todos ou, pelo menos, dos principais processos deste tripé às exigências e definições estratégi- ou homologação formal de regras de negócio, que serão integrados. Vale ressaltar que o cas da empresa, maior será sua capacidade muitas das quais passíveis de serem realizadas acompanhamento e suporte de consultorias competitiva da mesma. por um sistema. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 13
  • 14. Por uma Cadeia Sustentável de Valor E m evento realizado na Fecomércio, o Grupo Pão de Açúcar espera certificar cerca de que aumentou as vendas de seus produtos nas Grupo Pão de Açúcar entregou a certi- 30 empresas”, conta Hugo Bethlem, Vice Presi- gôndolas dos supermercados do grupo em ficação Top Log a 19 fornecedores que dente Executivo do Grupo Pão de Açúcar. quase 20% ao atender as necessidades do pro- apresentaram as melhores políticas e práticas grama. O Top Log foi criado para melhorar a sinergia logísticas e de abastecimento verificadas ao entre fornecedor e os distribuidores e, com Neste ano, como parte de evolução do pro- longo de 2009. isso, aumentar cada vez mais a satisfação do grama e do papel da indústria e do varejo na Durante o encontro, a empresa também lançou cliente. construção de uma cadeia de valor mais sus- o convite aos seus parceiros comerciais e logís- tentável, foi incluído como avaliação do Top Para ganhar a certificação, as empresas são ticos para que participem da co-construção da Log, alguns critérios relacionados a Sustentabi- avaliadas na pontualidade, prazo e qualidade cadeia sustentável de valor no varejo. lidade. nas entregas, transmissão eletrônica de notas Participaram da cerimônia de premiação 150 fiscais e colaboração entre logística GPA e for- Assim, para envolver os fornecedores e disse- representantes da indústria, incluindo as cate- necedores. minar os conceitos que envolvem esse novo gorias Mercearia, Perecíveis, Frutas, Legumes e quesito, o tema foi abordado durante todo o Essa parceria com os fornecedores inclui o mo- Verduras, Eletro, Drogaria, Bazar e Têxtil. evento, onde se destacou a importância das nitoramento do nível de serviço, para evitar empresas em desenvolver ações que permitam O programa Top Log foi criado pelo Grupo Pão que os produtos faltem nas gôndolas; adequa- menor utilização de combustíveis e de emissão de Açúcar em 2004 como formas de reconhe- ção e integração, com atenção às necessidades de poluentes, no caso especifico da área logís- cer e estimular os fornecedores na obtenção de dos consumidores e a redução no custo total tica; além de ressaltar a importância do seu melhores resultados nas operações realizadas de distribuição por meio de projetos colabora- envolvimento em ações voltadas à educação e pela Cadeia de Abastecimento. “Para 2010 o tivos. Prova disso foi à certificação da Unilever, E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Por uma Cadeia Sustentável de Valor 14
  • 15. disseminação do consumo consciente. Segundo da cadeia de abastecimento desde a indústria O ano de 2009 foi marcado pelo início da sus- Bethlem, “é responsabilidade da Cadeia Ali- até as gôndolas de nossas lojas”. tentabilidade na Cadeia, aproximando os for- mentar, que envolve varejo/indústria evitar necedores na troca de informações sobre este Em parceria com nossos fornecedores e num desperdícios e promover a gestão sustentável tema. esforço conjunto, buscamos permanentemente do negocio durante toda a cadeia”. superar os obstáculos decorrentes do cresci- O objetivo da certificação é garantir melhoria Durante o evento, os participantes contaram mento do país. contínua no nível de serviço logístico que se com palestras e discussões com conceituados reflete no abastecimento das lojas e sortimen- “Somente com o trabalho colaborativo – indús- consultores como, Daniel Domeneghetti, sócio to adequado para os clientes, na quantidade e tria e varejo – é possível a evolução dos proces- do Grupo ECC e CEO da DOM Strategy Partners variedade desejados, sempre respeitando o sos de abastecimento, não só para garantirmos e Carlos Bremer, Sócio Diretor da Axia Consul- posicionamento de cada rede em todo o Brasil. a melhor experiência de compras aos nossos ting. Além deles o Maestro João Carlos Martins, consumidores, mas também para contribuir- Alguns ganhos promovidos pelo programa: regente da Fundação Bachiana Filarmônica, mos com nossa sociedade através de ações que falou sobre sua história de superação em Operação de Back Haul* => Em 2009 houve um efetivas que sustentem o meio ambiente”, ava- uma emocionante palestra. crescimento de 9% no número de coletas efe- lia Bethlem. tuadas em parceria de 41 fornecedores. Para O evento também contou com a presença do Sobre o TopLog 2010, a expectativa é que esta operação realize Presidente do Grupo Pão de Açúcar, Eneas Pes- mais de 10.000 coletas, um crescimento de tana, e dos Vices-Presidentes Executivos, Hugo Criado em 2004, o Top Log busca, através de 20% em relação ao ano anterior. Bethlem, José Roberto Tambasco e Ramatis maior eficiência logística, criar diferenciais que Rodrigues. gerem ganhos operacionais para a companhia * utilização dos veículos vazios que retornam com a integração e melhorias das operações da das entregas em lojas para coleta de produtos “Nos últimos quatro anos, o Grupo Pão de Açú- cadeia de suprimentos. nos fornecedores, reduzindo o número de via- car, por meio do TOP LOG, melhorou a eficácia gens na Cadeia. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Por uma Cadeia Sustentável de Valor 15
  • 16. Transmissão de Nota Fiscal => Crescimento de transmissão. Com isto, há maior agilidade no Cross Docking => Incremento de 175% em pro- 11% no índice de Notas Fiscais recebidas ele- recebimento das mercadorias, trazendo ganhos dutos de Mercearia em SP, representando 42% tronicamente, atingindo o patamar de 74% de para os Fornecedores e GPA. da linha nesta UF. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 16
  • 17. Sustentabilidade – Mais do que Consciência, uma Questão de Renovação S ustentabilidade é um tema que vem De alertas proferidos pelos chamados ecocha- irão permanecer na atmosfera até 2108 e até atraindo grande interesse dos mais va- tos à pauta de discussão de organizações inter- para, além disso. É preciso mudar já. riados públicos. nacionais, grupos de países, países, empresas, Os efeitos econômicos decorrentes da poluição comunidades e famílias, todos parecem con- Sua importância cada vez mais é explicitada e de nosso planeta e do uso indiscriminado dos sensar, em alguma dimensão, que o futuro do comprovada com dados e acontecimentos que recursos naturais também impactam a riqueza mundo e de todos que nele habitam está sob- impactam a todos nós de forma extremamente e a competitividade de países e até mesmo risco (sem falsos alertas ou extremismos). perceptível. suas questões sociais. Aquecimento global, efeito estufa, desertifica- Todos percebem ou são afetados diretamente Em relação à agricultura (segundo estudo da ção, derretimento das calotas polares, falta de pela qualidade do ar, pela pobreza e miséria, ESALQ /USP), em específico, no Brasil, prevê-se água, poluição, extinção de espécies, novas pelo clima, pelos preços de produtos (que que a perda de áreas de cultivo de produtos doenças, violência, miséria, fome, etc... a ONU usam insumos cada vez mais escassos), pelos agrícolas com grande importância econômica diz: "O mundo tem menos de uma década para desastres naturais, pelas plataformas políticas como soja, cana de açúcar, milho, café, arroz, mudar o seu rumo. (vide Marina Silva na última eleição presidenci- feijão, mandioca e algodão, até 2020, vão con- al), dentre outros. “Não há assunto que mereça atenção mais ur- tribuir para diminuir o produto interno bruto gente – nem ação mais imediata” (Programa (PIB) em 0,29% (do que seria), assim como pio- Neste contexto em que ninguém pode se exi- das Nações Unidas para o Desenvolvimento rar a desigualdade de renda e concentração em mir das responsabilidades e impactos gerados Humano PNUD /ONU/2008). Por exemplo, os regiões urbanas. pelas nossas próprias ações, este é assunto que gases retentores de calor emitidos em 2008 afeta nada menos do que toda a humanidade. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Sustentabilidade – Mais do que Consciência, uma Questão de 17 Renovação
  • 18. Na medida em que os custos dos alimentos Outra pesquisa da GS&MD mostra que consu- conceitos como eco eficiência, políticas de reci- tenderão a subir, será observado um aumento mir equilibrando necessidade e desejo é o que clagem de lixo e detritos, controle de perdas e no custo de vida dos mais pobres e redução define a visão de sustentabilidade para 45% desperdícios, dentre outras, são apenas algu- dos mais ricos, uma vez que o preço dos ali- dos brasileiros. Infelizmente, a maioria (86%) mas das práticas que estão influenciando, cada mentos, que vai sofrer alta, corresponde a uma dos brasileiros acredita que sustentabilidade é vez mais, os processos de decisão dos consu- proporção maior do orçamento dos mais po- preservar o meio ambiente. No mundo, essa midores e, por decorrência, de gestão e inves- bres. Já para os mais ricos, a maior parte do percepção atingiu 74% das respostas. timentos das empresas. dinheiro é direcionada a serviços e bens indus- No Brasil, reciclar o lixo apareceu em segundo A assunção de responsabilidade e o foco na triais, cujos preços devem diminuir. lugar, com 75% das respostas e a percepção de ação por parte das empresas nos temas críticos Os impactos podem ser observados e sentidos que os recursos são finitos foi citada por 45% e centrais da sustentabilidade são fundamen- em praticamente todos os setores da econo- dos entrevistados (contra 50% dos consumido- tais para o sucesso de nossa empreitada hu- mia. Entretanto, mais do que nunca, o cidadão res de outros países). mana contra nossa própria degradação, uma comum (qualquer um de nós e todos nós ao vez que, dentre as 100 maiores economias É o consumidor, como elo final de toda cadeia mesmo tempo), como trabalhador, eleitor e mundiais, mais de 50% são empresas privadas. de valor, quem decide o que e de quem com- consumidor tem o poder para mudar e influen- prar quanto pagar e o que valorizar. Pode-se concluir, portanto, que em termos ciar este cenário fatídico e catastrófico para financeiros, de alteração de paradigmas de qual está rumando. É por isso que iniciativas relacionadas a aspec- mercado, de influência social, de derivação de tos sustentáveis já são adotadas por uma cres- Segundo pesquisa realizada pelo DOM Strategy recursos e de capacidade de mobilização, a cente massa de empresas do varejo. Partners de 2010, elementos ligados direta- responsabilidade de transformação econômica, mente à sustentabilidade, como critério de Certificação de origem de produtos, incentivos social e ambiental das empresas – independen- escolha do consumidor, passaram de 11ª. prio- à utilização de sacolas retornáveis ou mesmo temente de seu tamanho e mercado – é tão ridade (em 2007), para 4ª. biodegradáveis, utilização e implementação de E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Sustentabilidade – Mais do que Consciência, uma Questão de 18 Renovação
  • 19. importante quanto à dos Governos, principal- empresas ainda não desenvolveram um bem conseguem avaliá-la e mais opor- mente se considerarmos os mercados globais. caso claro para a sustentabilidade, tunidades identificam para as empresas. Para endossar a tese acima, a revista MIT Sloan  Mas, há um pequeno número de em- Em conclusão, pode-se afirmar que as práticas Management Review, junto com a consultoria presas que estão desenvolvendo a sus- tradicionais de comprar, produzir, fazer negó- The Boston Consulting Group, lançou uma pes- tentabilidade mais agressivamente. Es- cios, venderem, distribuir e manquetear estão quisa sobre o negócio da sustentabilidade (The tas empresas estão ganhando vantagem sendo questionadas radical e irreversivelmen- Business of Sustainability), que apontou os se- competitiva e tendo impactos positivos te. guintes achados: em seus resultados, Novos padrões e modelos de negócios virão em  "É consenso que as empresas terão um  Menos de 25% das empresas reduziram substituição dos atuais modelos da era indus- papel crítico nas questões referentes à seu compromisso com a sustentabilida- trial e dos serviços de escala. sustentabilidade e 92% dos entrevista- de no período da crise. Por outro lado, Aparentemente, estamos diante de uma pro- dos dizem que suas empresas já estão as indústrias automobilísticas e de mí- funda mudança em um velho e estabelecido trabalhando a questão, dia/entretenimento aumentaram este ditado, que nos é ensinado – pelo menos a to- compromisso no mesmo período,  Apesar disso, a maioria dos executivos dos os administradores: de "Administrar se concorda que as empresas ainda não  As lideranças vêem a sustentabilidade trata de gerenciar recursos escassos", para algo estão alavancando as oportunidades e não apenas como oportunidade para como: mitigando os riscos derivados da sus- melhorar a imagem, mas como parte in- "Administrar se trata de criar, gerenciar e circu- tentabilidade de maneira decisiva, tegral da geração de valor do negócio e. lar recursos renováveis".  A maioria das ações parece estar limita-  "Quanto maior o conhecimento dos en- da a exigências regulatórias. 70% das trevistados sobre sustentabilidade, mais E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 19
  • 20. Cadeia de Suprimentos, a Integração que traz a Convergência de Resultados A Internet – mais especificamente o produtos e serviços. Uma cadeia se caracteriza Com a evolução dos ambientes e tecnologias fenômeno da convergência digital – por se fortalecer com o relacionamento transa- baseadas em Web, a integração de dados e tem impactado sensivelmente o mo- cional direto e indireto entre fábricas, depósi- informações proporcionou maior agilidade, delo tradicional de relacionamento entre em- tos, centros de distribuição e seus players… prontidão, melhor planejamento, custos meno- presas e seus stakeholders. fornecedores, atacadistas, varejistas e distri- res e melhor atendimento e colaboração entre buidores; ou seja, toda a rede responsável por todos os envolvidos na cadeia, propiciando A possibilidade de a Web proporcionar a exis- beneficiar e entregar os produtos aos clientes, melhores índices de níveis de serviços, redução tência de diferentes papéis para diferentes desde a aquisição da matéria-prima até sua nos custos de processamento, armazenamento stakeholders em um mesmo ambiente, ou seja, transformação, armazenamento, distribuição, e distribuição e uma maior capacidade de ge- para cada agente de relacionamento a Internet comercialização e pós-venda/suporte. rar, tratar e utilizar informações entre fornece- pode apresentar um ou mais ambientes especí- dores e clientes nos diversos pontos da cadeia ficos de comunicação e interação estruturados O funcionamento eficiente de uma cadeia de produtiva, assim como a escolha dos melhores em formas, formatos e modelos particulares, suprimentos envolve altos índices de tráfego canais, ambientes e mídias de relacionamento faz com que toda uma cadeia de valor seja im- de mercadorias, documentos, informações com entre a empresa e seus stakeholders. pactada na sua forma e finalidade de atuação. uma grande quantidade de empresas que fa- zem com que os processos logísticos, de arma- A correta e estratégica utilização dos canais e Um dos principais subconjuntos de uma cadeia zenagem e distribuição trabalhem em níveis de ambientes digitais pelos integrantes das cadei- de valor é a cadeia de suprimentos, que é dire- capacidade ótima para o atendimento das de- as de suprimento proporcionam consideráveis tamente relacionada à produção e operação de mandas. vantagens competitivas a todos os envolvidos, E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Cadeia de Suprimentos, a Integração que traz a Convergência de 20 Resultados
  • 21. que passam a integrar um sistema interativo, maximizar, pois passam a contar com todas as protocolos de comunicação entre seus intenso e rico em informações e relacionamen- informações críticas que precisam para plane- stakeholders nas relações clientes- tos. jar suas operações produtivas e gerenciais – a fornecedores. qualquer tempo e em qualquer lugar que preci- Na medida em que a cadeia de suprimentos é Apesar da tecnologia e dos ambientes estarem sarem.Os desafios das empresas integrantes integrada e interage de forma harmônica (seus disponíveis a todos, seu uso, estratégia e efici- das cadeias de suprimentos passam pela utili- processos e regras já são mutuamente aceitos ência alcançada irão ditar a competitividade zação estratégica das tecnologias e ambientes e praticados), a agilidade e a capacidade cola- das redes de suprimento, bem como a compe- digitais, assim como pela capacidade de pro- borativa de todos os envolvidos em todos os titividade das empresas que se relacionam e cessamento, automação e integração de siste- processos que demandam insumos tende a se dependem das mesmas. mas e E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 21
  • 22. O Índice de Sustentabilidade Corporativa (ISE) como Parâmetro do Mercado A o longo dos últimos anos, o contexto do impacto humano no meio-ambiente são Porém, o risco derivado de um discurso susten- competitivo de grande parte dos se- alguns dos fatos que mais do que endossam a tável descolado da prática, sem o fato tangível tores e mercados passou por drásti- tese de que a mudança deve começar a partir e perceptível de que as empresas fazem o que cas mudanças derivadas da Sustentabilidade, do poder privado, de seus representantes com falam (walk the talk) é iminente e infelizmente tanto no aspecto ambiental quanto no social, maior poder de influência e impacto, ou seja, ainda comum e corriqueiro. que os stakeholders (clientes e consumidores, grandes empresas locais, organizações e corpo- Para se resguardar e proteger de falsas pro- opinião pública, funcionários, acionistas, forne- rações globais. messas, os interessados no comércio e negó- cedores, etc) cada vez mais demandam e exi- Tal compreensão já pode ser sentida (e mostrar cios sustentáveis adotam as mais diversas prá- gem, conforme cresce seu entendimento sobre seus resultados) nas grandes cúpulas do top ticas e dispositivos para assegurar de que uma a relevância (e potencial de impactos positivos) management global a partir de iniciativas sérias empresa, produto ou serviço é efetivamente que uma postura mais consciente por parte das e comprometidas, distantes do green washing sustentável, desde a adoção de procedimentos empresas pode gerar. característico da 1ª onda do posicionamento de homologação que possuam critérios susten- A ocorrência de catástrofes climáticas (e desas- em torno do conceito de “ser sustentável”. táveis até a busca por selos, certificações e en- tres sociais derivados) com magnitudes históri- dossos de entidades e fóruns qualificados que No Brasil, o cenário não é diferente e se perce- cas (Haiti, Chile e Rio de Janeiro são apenas comprovem a origem e DNA sustentável. be o avanço de empresas nacionais, com ampli- alguns exemplos) e o insucesso do poder públi- tude cada vez mais global, assumindo um papel Dentre as mais diversas siglas que atestam tal co, governamental e político (COP15?) na defi- de liderança e pioneirismo. procedência sustentável, a sigla ISE, ou Índice nição de compromissos e metas para redução E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | O Índice de Sustentabilidade Corporativa (ISE) como Parâmetro do 22 Mercado
  • 23. de Sustentabilidade Empresarial, é a principal uma metodologia desenvolvida pelo Centro de a) Critérios Gerais, que questionam a posição referência que investidores, empresas e gover- Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getú- da empresa perante acordos globais e se a nos avaliam para a tomada de decisão em seus lio Vargas (CES-FGV), composta por um questi- mesma publica balanços sociais, por exemplo, negócios. onário que afere o desempenho das compa- b) Critérios de Natureza do Produto, que ques- nhias emissoras das 150 ações mais negociadas Iniciativa da BM&FBOVESPA, em conjunto com tionam, por exemplo, se o produto ou serviço da BOVESPA. várias instituições – ABRAPP, ANBIMA, APIMEC, da empresa acarreta danos e riscos à saúde dos IBGC, IFC, Instituto ETHOS e Ministério do Meio No ISE, as dimensões ambiental, social e eco- consumidores, dentre outros, e Ambiente – o ISE é resultado dos esforços para nômico-financeira foram divididas em quatro c) Critérios de Governança Corporativa. se criar um índice de ações que seja referencia conjuntos de critérios: para os investimentos socialmente responsá- No que se refere especificamente à dimensão veis. a) Políticas (indicadores de comprometimento) ambiental, as empresas do setor financeiro respondem a um questionário específico (em O ISE, em essência, tem por objetivo refletir o b) Gestão (indicadores de programas, metas e função da natureza de suas atividades), e as retorno de uma carteira composta por ações de monitoramento) demais empresas são dividas em categorias empresas com reconhecido comprometimento c) Desempenho conforme o grau de seu impacto ambiental. com a responsabilidade social e a sustentabili- dade empresarial, e também atuar como pro- d) Cumprimento Legal Uma vez coletadas as informações que preen- motor das boas práticas da Sustentabilidade no chem os indicadores do ISE, as companhias são Além dos conceitos basais do Triple Bottom meio empresarial brasileiro. avaliadas e categorizadas em grupos conforme Line, a metodologia avalia outras 3 naturezas desempenho. Assim, para avaliar a performance das empre- de indicadores: sas listadas na BOVESPA com relação aos as- O grupo de empresas com melhor desempenho pectos de Sustentabilidade, o ISE conta com compõe a carteira final do ISE (que tem núme E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | O Índice de Sustentabilidade Corporativa (ISE) como Parâmetro do 23 Mercado
  • 24. ro máximo de 40 empresas). – cumpre um papel fundamental na tangibiliza- das para enfrentar riscos econômicos, sociais e ção do conceito da Sustentabilidade e na sua ambientais. Implementar tais conceitos para a A partir da aplicação dos critérios e indicadores inserção como elemento crucial no processo de realidade e cotidiano das empresas representa da metodologia, acompanhamento rotineiro tomada de decisão. o principal desafio encontrado por empresas e dos resultados e reavaliações anuais, o ISE – organizações engajadas na adoção, dissemina- assim como outras certificações e réguas de É sabido, como percepção e fato, que empresas ção e transformação positiva de seu entorno. sustentabilidade, como DOW Jones Sustainabi- ditas sustentáveis geram maior valor para acio- lity Index, GRI, Indicadores Ethos, dentre outros nistas no longo prazo, pois estão mais prepara E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 24
  • 25. Sustentabilidade na Estratégia é Medida de Inteligência U ma das principais funções de um de. Portanto, faz-se necessário que para toda corretivas que geram, no melhor dos casos, planejamento estratégico eficaz é ação corporativa sejam antecipados, projeta- desgastes e dispêndios financeiros, no curto, criação de vantagens competitivas dos e mensurados os potenciais impactos cau- médio ou longo prazo (variando conforme a sustentáveis, modelando as bases para que a sados em seu ambiente e na sociedade, a fim intensidade, tempo e abrangência apresentada empresa se perpetue em seu ecossistema e de se antever e prevenir um planejamento que por cada desequilíbrio). possa gerar lucros para seus acionistas a partir acabe gerando conseqüências nocivas à simbi- Uma vez que o planejamento estratégico tradi- da interação produtiva e positiva com seus di- ose eficaz dos negócios. cional projeta ações imediatas com vistas a versos stakeholders. Uma vez compreendida a inter-relação direta colher resultados positivas no futuro, não faz Em linhas gerais isso significa criar condições de causa-efeito entre empresa e entorno, o sentido ignorar os fatores ambientais, sociais e para que as atividades corporativas sejam su- conceito de sustentabilidade se encaixa perfei- culturais em detrimento simplesmente do fator pridas com capital e recursos suficientes para tamente dentro do contexto de um planeja- econômico, uma vez que esta se caracterizaria manter em cursos seus investimentos, inova- mento estratégico sustentável. como uma medida de miopia estratégica de ções, processo de crescimento, atualização médio e longo prazo. Sustentabilidade é um conceito sistêmico, rela- tecnológica e evolução, atingindo seus objeti- cionado com a continuidade dos aspectos Diversas empresas aprenderam, a duras penas, vos com a adequada remuneração do capital econômicos, sociais, culturais e ambientais da que o descaso, a desatenção e o desrespeito empregado. sociedade humana. são credores cruéis... e que a conta sempre Para toda ação realizada por uma organização, chega. Na falta ou desigualdade de um desses fatores, existem conseqüências em seu entorno, este tem-se um desequilíbrio potencial que, via de Com um racional similar, análogo ao planeja- composto pelo meio-ambiente e pela socieda- regra, determina a necessidade de medidas mento estratégico, a sustentabilidade prega E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Sustentabilidade na Estratégia é Medida de Inteligência 25
  • 26. que se deve prover o melhor para as pessoas e de negócios, desde sua concepção estratégica, É claro que toda empresa tem – e deve ter - para o ambiente tanto agora, como para o fu- até suas atividades mais simplórias. como premissa essencial obter lucro. Porém, turo indefinido, sem, entretanto, prejudicar a ainda que velados, os impactos negativos de De fato, existem carências estruturais nos saúde das organizações no curto, ou longo pra- práticas do tipo “lucro a qualquer preço” deve- chamados modelos de planejamento estratégi- zo. rão se tornar cada vez mais proibitivos, porque co formais, que se traduzem na incapacidade intensemante vigiados e punidos pelos diversos Em tese, na incapacidade de se evitar situações de incorporar corretamente os princípios da stakeholders externos e internos das empresas. produtivas ou comerciais destrutivas, ainda que sustentabilidade corporativa de forma alinhada justificáveis para o negócio, a visão equilibrada ao modelo de negócios das organizações, visto Com isso, lucros “a qualquer preço” tenderão a do processo empresa-entorno prega que o que que grande parte desses modelos está funda- se desembocar em “perdas de alto preço”. for consumido deverá ser reposto, o que for mentada principalmente em fatores financeiros Visão sustentável e práticas equilibradas de estragado deverá ser consertado, o que for e competitivos do tipo “no matter what”, prati- negócio não devem ter prazo de validade, nem explorado deverá ser devolvido, e assim por camente ignorando de forma sistêmica os fato- tampouco fazer parte de cartilhas apaixonadas diante. res intangíveis que compõem a visão sistêmica e ingênuas de alguns poucos visionários. Inteli- de se fazer negócios que a Sustentabilidade, Ou seja; cada ação implica numa reação, que gência competitiva significa compreender, es- como prática e conceito, defendem. deverá ser tratada, planejada e executada, a trategicamente, seu entorno de negócios (po- fim de perpetuar o equilíbrio no mundo em Todas as variáveis ligadas aos negócios das de-se chamar de mercado) e a interdependên- que vivemos e viveremos, produzimos e produ- empresas – e seus impactos derivados - sejam cia entre seus atores, partícipes – cada qual ziremos, investimos e investiremos, compreen- elas endógenas, exógenas, sociais, econômicas, com seu papel e função – de uma rede intrin- dendo todo o entorno vivo ou inanimado. ambientais, culturais, mercadológicas, comer- cada de interesses e responsabilidades. ciais, tecnológicas, competitivas ou colaborati- Apesar de já se identificar uma forte tendência E convenhamos... é melhor que exista este en- vas, devem ser tratadas de forma integrada, para que as empresas incorporem os princípios torno competitivo preservado e em evolução abarcando as relações de causa e efeito entre de sustentabilidade em suas práticas cotidianas para que as empresas possam fazer negócios. si. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 26
  • 27. Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios N os últimos anos, passamos a acom- Pelo fato de acarretar mudanças profundas,  Inserir as práticas sustentáveis no mo- panhar mais atentamente como os tanto na cultura e mind-set corporativo, como delo de gestão da empresa, tratando o acontecimentos relacionados à Sus- na estrutura e modelos de operação, muitos tema como negócio, mensurando seus tentabilidade impactaram a forma como as são os obstáculos para a adoção da Sustentabi- investimentos como ativo, associando empresas realizam suas atividades habituais. lidade de forma integral. métricas adequadas e modelo de ge- renciamento eficaz para as diversas ini- Através de análises profundas em empresas em Nosso objetivo aqui, entretanto, é elencar as ciativas, diversos setores, estudos de caso, acesso a questões mais materiais e aprofundar a discus- melhores práticas, benchmarks e entrevistas são sobre algumas delas, buscando evidenciar  Maximizar o impacto e o transbordo com executivos de diversos níveis decisórios – os vetores que nortearam nossas conclusões dos conceitos e práticas de Sustentabi- atividades de research que desenvolvemos de sobre as fraquezas, resistências, possíveis ame- lidade para os demais parceiros de ne- forma recorrente na DOM -, pudemos identifi- aças e riscos temidos que as empresas geral- gócios do entorno/cadeia de valor da car que, à exceção de expoentes isolados, pou- mente enfrentam e associam às decisões rela- empresa, cas empresas puderam concretamente aplicar cionadas à Sustentabilidade.  Organizar e racionalizar a transversali- os preceitos da Sustentabilidade de forma con- Dentre os principais desafios que recheiam a dade dos conceitos, práticas e respon- sistente e alinhada às suas atividades e mode- agenda de Sustentabilidade atualmente nas sabilidades ligadas à Sustentabilidade los de negócio, obtendo resultados significati- empresas podemos apontar o que estamos nas diversas áreas e processos da em- vos, fossem tangíveis e/ou intangíveis, com batizando de Agenda10: presa, ela. E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios 27
  • 28.  Vencer as barreiras de competição das diferencial sustentável em seu modelo forma ingênua ou até como modismo passagei- práticas sustentáveis com os modelos de consumo, ro. business as usual, mais fáceis de se  Reverter atual percepção negativa de Grande parte dessa confusão conceitual é ine- perpetuarem, por serem onipresentes marketing de oportunismo fortemente rente ao seu surgimento. no dia a dia das empresas, associada ao tema – principalmente por Por ter sido impulsionada essencialmente pelas  Fugir da justificativa de investimentos consumidores mais céticos ou dissocia- mazelas sociais (principalmente fome e doen- padronizada de impacto positivo na dos do tema (grande maioria), ças) e pelas acentuadas mudanças climáticas imagem e buscar transformar a Susten-  Criar modelos de ações setoriais e par- decorrentes do crescimento exponencial das tabilidade em compromisso de prática cerias em causas coletivas com concor- sociedades ocidentais nos últimos 50 anos, a real e consistente, com metas e objeti- rentes e demais parceiros de negócios, Sustentabilidade se tornou sinônimo de preo- vos relevantes de valor, a fim de buscar alcance mais amplo das cupação com bem-estar social, com meio-  Promover a educação e alinhamento transformações necessárias nos setores ambiente e com ecologia (ecossistema global), dos públicos internos, principalmente econômicos e na sociedade. temas geralmente distantes do dia a dia dos de colaboradores transformadores, alta negócios das empresas. Este conceito não é Do Conceito à Prática gestão/decisores e acionistas, errado, porém é incompleto. Os conceitos e práticas de Sustentabilidade  Criar, solidificar e instaurar uma cultura O fato de não se compreender os elementos do (inicialmente RSA) vêm ganhando corpo de de Sustentabilidade dentro da empresa Triple Bottom Line da Sustentabilidade (Eco- maneira mais consistente há cerca de 10-15 que independa exclusivamente do líder, nômico, Social e Ambiental) de forma integrada anos. Como “novidade” gerencial, entretanto, mas que seja defendida e praticada pelo e estrategicamente disseminada nas práticas ainda não se mostra madura, como disciplina, líder, de negócios impacta nos objetivos corporativos para formar consenso nos diversos mercados e e em seus resultados finais para a empresa e  Investir na educação temática do con- empresas, muitas vezes sendo interpretada de sumidor, que atualmente não valoriza o E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios 28
  • 29. para seus diversos stakeholders, sejam clientes, Antes de investir estrategicamente nesta mu- seu propósito maior de existir (visão, missão e acionistas, colaboradores, comunidades, etc. dança de postura e atitude corporativa, as em- valores), atingindo os objetivos socioambien- presas devem estar conscientes de seu papel tais e incrementando os resultados econômicos Sustentabilidade como Efeito de Mídia... específico como agentes de transformação só- e financeiros no curso de seu desenvolvimento. A partir do momento em que a Sustentabilida- cio-ambientais, tendo no excedente do lucro Assim, a empresa está habilitada a influenciar de pode se tornar um elemento real de vanta- sagrado de sua competitividade e na transpa- toda sua cadeia de valor, de fornecedores a gem competitiva ou diferenciação de negócios, rência de suas práticas, comunicação e proce- clientes, através de suas práticas, projetos, ini- associar suas premissas ao modelo de negócios dimentos seus principais meios de mobilização ciativas, processos e demais atividades, trans- da empresa é condição sine qua non para a e geração de impactos positivos, e não apenas bordando os conceitos de Sustentabilidade sobrevivência e evolução da organização frente finalidades egoístas ou rituais pouco férteis. para todo o entorno como um eficaz agente de a seus concorrentes. Ou Integrada ao Modelo de Negócio? transformação. Este fato, invariavelmente, deturpa o conceito Entendemos a aplicação ideal da Sustentabili- Porém, ao contrário da Sustentabilidade como de Sustentabilidade, pois muitas empresas, dade – assim como algumas empresas pionei- efeito de mídia, embutir a Sustentabilidade no para sustentar uma estratégia de alinhamento ras – partindo da premissa da integração de modelo de negócio representa uma decisão e posicionamento sócio-ambiental, bem como seus conceitos centrais ao modelo de negócios estratégica que exige comprometimento e em- uma retórica de comunicação e marketing sus- da empresa, ou seja, alinhada ao core business, penho da organização em um processo de sen- tentável ou MRC, desenvolvem ações pontuais core competences e ao mix de produ- sível mudança de paradigmas e reinvenção do e específicas e/ou apóiam organizações e insti- tos/serviços e demais processos e práticas que mind-set corporativo, dos modelos de produ- tuições de forma desalinhada aos seus objeti- determinam o “jeito de ser e fazer” de uma ção e priorização estratégica, aos modelos de vos e práticas, jogando fora o dinheiro do acio- empresa. Em outras palavras, significa que a compensação de colaboradores e orçamenta- nista e pouco mudando status quos vigentes empresa deve ter e manter o foco na essência ção. Questões como “Qual é a arquitetura or- (efeito “verniz”). de seu negócio, i.e., garantir que a seja fiel ao ganizacional ótima”? E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Agenda Corporativa da Sustentabilidade: Principais Desafios 29
  • 30. É necessária uma área específica? Se não, co- acionistas) não estão dispostos a correr (pelo visionárias aceitarão pagar o preço de ser as- mo gerenciar todos os esforços de forma des- menos até onde der). first movers e realizar experiências em seu pró- centralizada? De quem será a convocatória prio quintal. Bom para elas, que largam na Enquanto o tema não se tornar ordem do dia – sobre o tema? frente no conhecimento futuro das dinâmicas a partir de algum novo fator externo global- dos mercados sustentáveis, mostrando desde Como mensurar a performance e resultados mente impactante, como pressões de consu- hoje que é possível interessante e lucrativo ter obtidos? Como mostrar o valor gerado por esta midores, legislações punitivas ou monitora- a Sustentabilidade como um de seus principais postura e práticas?”, dentre outras, implicam mento explícito da mídia, poucas empresas direcionadores estratégicos. em riscos consideráveis, que muitos gestores (e E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | 30
  • 31. Responsabilidade Social Empresarial como Vantagem Competitiva F alar de responsabilidade social não é Senão vejamos: se uma empresa tem como ída em torno de uma sociedade pobre, pautada algo tão novo assim. Muitos empresá- objetivo sobreviver, ela precisa vender e, para em uma minoria capaz de comprar seus produ- rios e executivos já estão engajados isso, precisa de alguém que compre seus pro- tos? neste novo modelo de gestão em função do dutos. Este é o ciclo normal de uma sociedade É nesta lógica que a responsabilidade social peso que este assunto tem assumido em seus de consumo, aditivada pelo giro do dinheiro. empresarial é inserida no mercado e busca res- negócios. Quando esbarramos em diferenças sociais, este ponder a estas preocupações. Até porque, Antes de tudo, responsabilidade social empre- ciclo não se completa de uma maneira saudá- usando Maslow de analogia, quanto mais re- sarial se refere a uma postura, uma forma de vel; o consumo não acontece como deveria e o cursos uma empresa tem, mais propensa a pra- conduzir as atividades empresariais. É, portan- dinheiro não completa seu caminho de giro ticar responsabilidade social ela está, dado que, to, muito mais do que simplesmente se realizar natural (distribuição de renda é nome macro- teoricamente, já atendeu às suas necessidades ações sociais pontuais ou de cunho assistencial. econômico para o efeito resultantes desse mais básicas. emaranhado de ciclos micro econômicos). A responsabilidade social empresarial nasceu Uma empresa que trabalha em conjunto com com o intuito de garantir à sociedade condi- O problema é que, mesmo com as dificuldades, todos os outros problemas sociais e ambientais ções favoráveis de sobrevivência, muito pela a engrenagem precisa funcionar. As empresas que a cerca está contribuindo para garantir a incapacidade do Estado em prover isso de ma- (espécies) precisam sobreviver, mas não há sustentabilidade social e um modelo econômi- neira equilibrada e adequada. Uma vez agindo dinheiro que gire a economia em uma veloci- co mais justo e viável. na construção de ambientes favoráveis à socie- dade desejável, que permita que todos tenham Ter/fazer responsabilidade social empresarial dade, age também a favor da sobrevivência do acesso a esses recursos. Ora, o que se pode requer um processo de integração construtivo próprio negócio em si. esperar para o futuro de uma empresa constru- E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Responsabilidade Social Empresarial como Vantagem Competitiva 31
  • 32. entre todos os agentes de relacionamento de Ao mesmo tempo, a sociedade, na figura de cada vez mais, fundamentalmente dependente uma empresa ao olhar dos princípios e valores suas ONGs, dos órgãos governamentais, da de sua aprovação social, obtida com seus pro- da própria organização e de sua ética. imprensa e na própria figura do indivíduo- cessos de satisfação social (instrumentos que a cidadão (como eleitor, consumidor e acionis- empresa adota para mostrar à sociedade inte- A forma como a empresa se relaciona com seus ta/investidor) passa a exigir das empresas, ressada que é socialmente responsável, tais acionistas, clientes, sociedade, fornecedores, principalmente as de capital aberto, que estas como balanço social, instituição de ONGs, PR, Estado, meio-ambiente ou com os seus funcio- adotem a prática da transparência, se obrigan- programas especiais de apoio, patrocínio, fo- nários deve refletir esses valores e sua postura do a mostrar a quem quer de direito que ela mento, etc), segundo nosso entendimento. Isso ética e deve ser questionada e medida sistema- está devolvendo à sociedade (em diferentes quer dizer que, sem aprovação social, a capaci- ticamente, uma vez que todos esses stakehol- formas) os recursos que utiliza para produzir dade comercial (e, portanto, de sobrevivência ders da empresa (ou seja, sua cadeia de valor e riqueza. Mais que intenção, responsabilidade da empresa no longo prazo) tende a ser com- interesses) são corresponsáveis pelo cresci- social é sobre resultados aparentes e transpa- prometida. mento sustentado e equilibrado do todo. rentes. E isto afeta aos acionistas, executivos, funcio- Pensar em lucro é premissa de existência de Os consumidores estão cada vez mais cientes nários e a toda cadeia de stakeholders envolvi- uma empresa; mas não como finalidade e sim do seu poder de transformação social e come- da. como meio. çam a demandar mais responsabilidade das Se isto é verdade, então ter sua postura de res- O lucro empresarial é imperativo e deve ser empresas no que se refere às questões sociais ponsabilidade social reconhecida pela socieda- exigido das empresas (como forma de mensu- e ambientais. Para jogar o jogo de hoje, é pre- de (e consumidores) passa a ser tão importante ração de seu direito de existir como agente ciso pensar além dos ganhos empresariais, é quanto ter/fazer responsabilidade social per si, econômico de transformação); porém deve ser preciso avaliar o que o país e o mundo vão ga- o que configura Responsabilidade Social e Pos- entendido como meio, energia, combustível nhar também. tura Ética como um ativo intangível da empre- que permite à empresa atingir seus objetivos, Ou seja, a capacidade de gerar riqueza de uma sa, uma vez que é ativo, por ter seu valor reco- sua missão. empresa, como agente econômico, passa a ser, nhecido, mas é intangível, por ser de difícil qua- E-Book Sustentabilidade É Bom Negócio DOM Strategy Partners 2011 | Responsabilidade Social Empresarial como Vantagem Competitiva 32