SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
O Românico em Portugal
• A arquitectura românica foi introduzida em Portugal no início do séc.
XII e manteve-se até finais do séc. XIII.
• Desenvolve-se num quadro
de afirmação da autonomia
do território, em plena
Reconquista Cristã e luta
pela independência face a
Castela.
• Face a isso, apresenta
características específicas.
Igreja de São Martinho de Mouros, Viseu
• A igreja românica esteve ligada a uma ordem religiosa, a um
mosteiro ou instalada no seio de uma comunidade agrícola.
• Por essa razão, o Românico português possui características
fortemente rurais e ligado à construção de igrejas de dimensões
mais reduzidas.
• A qualidade técnica e a decoração dependiam
da região e da riqueza dos patronos.
• Foi nas cidades como Porto, Braga, Coimbra
ou Lisboa que estas construções (Sés)
possuíram uma riqueza e variedade técnicas
semelhantes às das restantes europeias.
Sé de Lisboa, séc. XII
• As cidades responsáveis pelo assegurar da manutenção do país,
bem como os mosteiros, tornaram-se os principais focos difusores da
arte românica em Portugal.
Igreja de S. Salvador de Resende
Igreja de S. Tiago, Coimbra, séc. XII
• Os materiais usados foram os que existiam em cada região:
no Norte do país foi empregue fundamentalmente o granito;
no Centro o calcário e, no Sul, o tijolo e a taipa (mistura de argila e
cascalho).
Igreja de Gondar
Igreja de S. Salvador
• As igrejas românicas portuguesas, no geral, são caracterizadas:
• pela robustez (dada pelas paredes grossas, pelos contrafortes
salientes e pelo uso da pedra aparelhada). Muitas apresentam
ainda as características ameias.
Sés do Porto e de Coimbra
• pela sobriedade e austeridade, a nível formal e decorativo;
S. Martinho de Cedofeita
• pelo uso de uma única nave com cabeceira em abside redonda
ou quadrangular;
Igreja do Salvador de Fervença
Sé velha
• pela cobertura com
um telhado de duas águas;
• pela utilização
do arco de
volta perfeita.
• pelos relevos didáticos e decorativos, usados interior e
exteriormente, bem como pela aplicação de cachorrada na cornijas;
• Em muitas destas construções permanecem as marcas dos
construtores.
• As fortificações típicas eram os castelos com residência ou alcáçova;
os castelos-refúgio e as torres de atalaia ou proteção.
• Estas construções
tiveram como principal
papel a defesa da
população em situações
de perigo e possuíam as
mesmas características
formais e técnicas que
as igrejas.
• Os castelos com residência possuíam uma sólida construção
castrense, com aparelho de cantaria lavrado, tendo no seu interior
uma residência; apresentavam um aspeto robusto pelo carácter
defensivo que possuíam;
• Os castelos-refúgio tinham como principal função acolher os povos
em perigo; eram construídos em sítios estratégicos como locais
rochosos e propícios e não se encontravam muito afastados das
povoações, para que a proteção fosse quase que imediata.
Castelo de Tomar e Castelo de Vila Viçosa: entrada, muralhas e
fosso defensivo
• Edifício único na Península Ibérica dentro da arquitetura civil românica,
englobava dupla funcionalidade: era uma cisterna e sala de reuniões do
conselho municipal.
DOMUS MUNICIPALIS, Bragança, séc. XII
• Paredes graníticas, definindo uma planta hexagonal, composta de
cinco faces de dimensões diferentes;
• A iluminação é conseguida com uma série contínua de janelas de
arco abatido, ao longo de todas as faces da construção;
• Todas as janelas têm moldura lisa, exceto as sete colocadas a este,
que possuem, interiormente, uma arquivolta com ornatos esteliformes;
• A cornija exterior assenta em 64 cachorros historiados. Ao longo da
cornija corre uma caleira, destinada a recolher a água da chuva,
conduzida depois por algerozes até à cisterna que ocupava todo o
rés-do-chão do edifício;
• O primeiro piso é ocupado
por um salão único, com
pavimento lajeado e
bancada em pedra ao
longo de todas as paredes,
para assento dos membros
do conselho municipal.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A arte românica
A arte românicaA arte românica
A arte românica
becresforte
 
Renascimento em Portugal
Renascimento em PortugalRenascimento em Portugal
Renascimento em Portugal
Carlos Vieira
 
4.romanicoem portugal
4.romanicoem portugal4.romanicoem portugal
4.romanicoem portugal
Ana Barreiros
 
A cultura do palacio
A cultura do palacioA cultura do palacio
A cultura do palacio
Ana Barreiros
 
Modelo romano parte 1
Modelo romano   parte 1Modelo romano   parte 1
Modelo romano parte 1
cattonia
 

Mais procurados (20)

Arquitetura barroca
Arquitetura barrocaArquitetura barroca
Arquitetura barroca
 
Estilo Manuelino e Estilo Renascentista Em Portugal
Estilo Manuelino e Estilo Renascentista Em PortugalEstilo Manuelino e Estilo Renascentista Em Portugal
Estilo Manuelino e Estilo Renascentista Em Portugal
 
O espaço português 1
O espaço português 1O espaço português 1
O espaço português 1
 
Arte gótica
Arte gótica Arte gótica
Arte gótica
 
A arte românica
A arte românicaA arte românica
A arte românica
 
Idade Média: Gótico
Idade Média: GóticoIdade Média: Gótico
Idade Média: Gótico
 
A escultura gótica
A escultura góticaA escultura gótica
A escultura gótica
 
Módulo 3 - Caso Prático 2 Igreja de S. Pedro de Rates
Módulo 3 - Caso Prático 2 Igreja de S. Pedro de RatesMódulo 3 - Caso Prático 2 Igreja de S. Pedro de Rates
Módulo 3 - Caso Prático 2 Igreja de S. Pedro de Rates
 
A Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIXA Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIX
 
Românico
RomânicoRomânico
Românico
 
Módulo 2 arquitetura romana
Módulo 2   arquitetura romanaMódulo 2   arquitetura romana
Módulo 2 arquitetura romana
 
Renascimento em Portugal
Renascimento em PortugalRenascimento em Portugal
Renascimento em Portugal
 
Rates
RatesRates
Rates
 
Manuelino
ManuelinoManuelino
Manuelino
 
Módulo 3 a arte românica
Módulo 3   a arte românicaMódulo 3   a arte românica
Módulo 3 a arte românica
 
4.romanicoem portugal
4.romanicoem portugal4.romanicoem portugal
4.romanicoem portugal
 
A cultura do palacio
A cultura do palacioA cultura do palacio
A cultura do palacio
 
Modelo romano parte 1
Modelo romano   parte 1Modelo romano   parte 1
Modelo romano parte 1
 
A arte medieval
A arte medievalA arte medieval
A arte medieval
 
02 história a_revisões_módulo_2
02 história a_revisões_módulo_202 história a_revisões_módulo_2
02 história a_revisões_módulo_2
 

Destaque

Escultura e pintura românica
Escultura e pintura românicaEscultura e pintura românica
Escultura e pintura românica
Ana Barreiros
 
Arte Romanica
Arte RomanicaArte Romanica
Arte Romanica
torga
 
Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica   Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica
Filipa Silva
 
Escultura e pintura românicas
Escultura e pintura românicasEscultura e pintura românicas
Escultura e pintura românicas
cattonia
 
A cultura da catedral escultura e pintura
A cultura da catedral   escultura e pinturaA cultura da catedral   escultura e pintura
A cultura da catedral escultura e pintura
cattonia
 
O mundo muçulmano em expansão
O mundo muçulmano em expansãoO mundo muçulmano em expansão
O mundo muçulmano em expansão
cattonia
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ana Barreiros
 
O romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiagoO romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiago
Goncaloandre95
 
Arte românica
Arte românica Arte românica
Arte românica
10B
 

Destaque (20)

Escultura e pintura românica
Escultura e pintura românicaEscultura e pintura românica
Escultura e pintura românica
 
Arte Romanica
Arte RomanicaArte Romanica
Arte Romanica
 
Românico
RomânicoRomânico
Românico
 
Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica   Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica
 
O românico
O românicoO românico
O românico
 
Arte Românica e Gótica
Arte Românica e GóticaArte Românica e Gótica
Arte Românica e Gótica
 
Escultura e pintura românicas
Escultura e pintura românicasEscultura e pintura românicas
Escultura e pintura românicas
 
Cultura do Mosteiro - Escultura Românica
Cultura do Mosteiro - Escultura RomânicaCultura do Mosteiro - Escultura Românica
Cultura do Mosteiro - Escultura Românica
 
A arte gótica I
A arte gótica IA arte gótica I
A arte gótica I
 
A cultura da catedral contexto
A cultura da catedral   contextoA cultura da catedral   contexto
A cultura da catedral contexto
 
Gotico em Portugal
Gotico em PortugalGotico em Portugal
Gotico em Portugal
 
Cultura do Mosteiro - S. Pedro de Rates
Cultura do Mosteiro - S. Pedro de RatesCultura do Mosteiro - S. Pedro de Rates
Cultura do Mosteiro - S. Pedro de Rates
 
Cultura do Mosteiro - Românico Portugal
Cultura do Mosteiro - Românico PortugalCultura do Mosteiro - Românico Portugal
Cultura do Mosteiro - Românico Portugal
 
A cultura da catedral escultura e pintura
A cultura da catedral   escultura e pinturaA cultura da catedral   escultura e pintura
A cultura da catedral escultura e pintura
 
O mundo muçulmano em expansão
O mundo muçulmano em expansãoO mundo muçulmano em expansão
O mundo muçulmano em expansão
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
 
O romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiagoO romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiago
 
Arte romanica
Arte romanicaArte romanica
Arte romanica
 
Arte românica
Arte românica Arte românica
Arte românica
 
Arte Românica
Arte RomânicaArte Românica
Arte Românica
 

Semelhante a Romanico em portugal

Cultura medieval
Cultura medievalCultura medieval
Cultura medieval
cattonia
 
Patrimonio ana-silva_e_yuliya_pavelko
Patrimonio  ana-silva_e_yuliya_pavelkoPatrimonio  ana-silva_e_yuliya_pavelko
Patrimonio ana-silva_e_yuliya_pavelko
yuliyapavelko
 
A Rota do Românico do Vale do Sousa - Prof. Artur Filipe dos Santos - Univers...
A Rota do Românico do Vale do Sousa - Prof. Artur Filipe dos Santos - Univers...A Rota do Românico do Vale do Sousa - Prof. Artur Filipe dos Santos - Univers...
A Rota do Românico do Vale do Sousa - Prof. Artur Filipe dos Santos - Univers...
Universidade Sénior Contemporânea do Porto
 
Património Cultural - As Catedrais de Portugal - Sé Catedral de Évora - Artur...
Património Cultural - As Catedrais de Portugal - Sé Catedral de Évora - Artur...Património Cultural - As Catedrais de Portugal - Sé Catedral de Évora - Artur...
Património Cultural - As Catedrais de Portugal - Sé Catedral de Évora - Artur...
Artur Filipe dos Santos
 
2. a cultura do mosteiro e da catedral
2. a cultura do mosteiro e da catedral2. a cultura do mosteiro e da catedral
2. a cultura do mosteiro e da catedral
cattonia
 
Arte romanica
Arte romanicaArte romanica
Arte romanica
10B
 
18 de abril
18 de abril18 de abril
18 de abril
sandy
 
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
Artur Filipe dos Santos
 

Semelhante a Romanico em portugal (20)

Cultura medieval
Cultura medievalCultura medieval
Cultura medieval
 
Professor Doutor Artur Filipe dos Santos - Património Cultural e Paisagístico...
Professor Doutor Artur Filipe dos Santos - Património Cultural e Paisagístico...Professor Doutor Artur Filipe dos Santos - Património Cultural e Paisagístico...
Professor Doutor Artur Filipe dos Santos - Património Cultural e Paisagístico...
 
Património cultural aula 39 - igreja de S. Domingos - Sé de Vila Real e Tor...
Património cultural   aula 39 - igreja de S. Domingos - Sé de Vila Real e Tor...Património cultural   aula 39 - igreja de S. Domingos - Sé de Vila Real e Tor...
Património cultural aula 39 - igreja de S. Domingos - Sé de Vila Real e Tor...
 
Património cultural aula 39 - igreja de S. Domingos - sé de vila real e tor...
Património cultural   aula 39 - igreja de S. Domingos - sé de vila real e tor...Património cultural   aula 39 - igreja de S. Domingos - sé de vila real e tor...
Património cultural aula 39 - igreja de S. Domingos - sé de vila real e tor...
 
Patrimonio ana-silva_e_yuliya_pavelko
Patrimonio  ana-silva_e_yuliya_pavelkoPatrimonio  ana-silva_e_yuliya_pavelko
Patrimonio ana-silva_e_yuliya_pavelko
 
A Rota do Românico do Vale do Sousa - Prof. Artur Filipe dos Santos - Univers...
A Rota do Românico do Vale do Sousa - Prof. Artur Filipe dos Santos - Univers...A Rota do Românico do Vale do Sousa - Prof. Artur Filipe dos Santos - Univers...
A Rota do Românico do Vale do Sousa - Prof. Artur Filipe dos Santos - Univers...
 
Património Cultural - As Catedrais de Portugal - Sé Catedral de Évora - Artur...
Património Cultural - As Catedrais de Portugal - Sé Catedral de Évora - Artur...Património Cultural - As Catedrais de Portugal - Sé Catedral de Évora - Artur...
Património Cultural - As Catedrais de Portugal - Sé Catedral de Évora - Artur...
 
Coleção de selos - temática Monumento e Paisagens de Portugal
Coleção de selos - temática Monumento e Paisagens de PortugalColeção de selos - temática Monumento e Paisagens de Portugal
Coleção de selos - temática Monumento e Paisagens de Portugal
 
2. a cultura do mosteiro e da catedral
2. a cultura do mosteiro e da catedral2. a cultura do mosteiro e da catedral
2. a cultura do mosteiro e da catedral
 
Arquitetura românica
Arquitetura românicaArquitetura românica
Arquitetura românica
 
Artur filipe dos santos igreja de santa clara - história do porto
Artur filipe dos santos   igreja de santa clara - história do portoArtur filipe dos santos   igreja de santa clara - história do porto
Artur filipe dos santos igreja de santa clara - história do porto
 
Romanico final 2
Romanico final 2Romanico final 2
Romanico final 2
 
Arte românica
Arte românicaArte românica
Arte românica
 
A arte medieval
A arte medievalA arte medieval
A arte medieval
 
Arte romanica
Arte romanicaArte romanica
Arte romanica
 
Monumentos
MonumentosMonumentos
Monumentos
 
A cultura do salão arte rococó
A cultura do salão   arte rococóA cultura do salão   arte rococó
A cultura do salão arte rococó
 
18 de abril
18 de abril18 de abril
18 de abril
 
Convento de Mafra
Convento de MafraConvento de Mafra
Convento de Mafra
 
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
 

Mais de cattonia

Deseq regionais.pptx
Deseq regionais.pptxDeseq regionais.pptx
Deseq regionais.pptx
cattonia
 
arte portuguesa.ppsx
arte portuguesa.ppsxarte portuguesa.ppsx
arte portuguesa.ppsx
cattonia
 
A reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxA reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsx
cattonia
 
A produção cultural renascentista.pptx
A produção cultural renascentista.pptxA produção cultural renascentista.pptx
A produção cultural renascentista.pptx
cattonia
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
cattonia
 
O alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundoO alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundo
cattonia
 
2. o espaço português
2. o espaço português2. o espaço português
2. o espaço português
cattonia
 
Mercantilismo português
Mercantilismo portuguêsMercantilismo português
Mercantilismo português
cattonia
 
O quadro económico e demográfico xii xiv
O quadro económico e demográfico xii xivO quadro económico e demográfico xii xiv
O quadro económico e demográfico xii xiv
cattonia
 
3. hesitações do crescimento
3. hesitações do crescimento3. hesitações do crescimento
3. hesitações do crescimento
cattonia
 
1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa
cattonia
 
Hegemonia inglesa
Hegemonia inglesaHegemonia inglesa
Hegemonia inglesa
cattonia
 
1. uma europa a dois ritmos
1. uma europa a dois ritmos1. uma europa a dois ritmos
1. uma europa a dois ritmos
cattonia
 
Constr do social ii
Constr do social iiConstr do social ii
Constr do social ii
cattonia
 

Mais de cattonia (20)

Deseq regionais.pptx
Deseq regionais.pptxDeseq regionais.pptx
Deseq regionais.pptx
 
arte portuguesa.ppsx
arte portuguesa.ppsxarte portuguesa.ppsx
arte portuguesa.ppsx
 
A reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxA reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsx
 
A produção cultural renascentista.pptx
A produção cultural renascentista.pptxA produção cultural renascentista.pptx
A produção cultural renascentista.pptx
 
Era digital
Era digitalEra digital
Era digital
 
Família
FamíliaFamília
Família
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
 
O alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundoO alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundo
 
2. o espaço português
2. o espaço português2. o espaço português
2. o espaço português
 
Mercantilismo português
Mercantilismo portuguêsMercantilismo português
Mercantilismo português
 
O quadro económico e demográfico xii xiv
O quadro económico e demográfico xii xivO quadro económico e demográfico xii xiv
O quadro económico e demográfico xii xiv
 
3. hesitações do crescimento
3. hesitações do crescimento3. hesitações do crescimento
3. hesitações do crescimento
 
1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa
 
Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Globalização
 
Hegemonia inglesa
Hegemonia inglesaHegemonia inglesa
Hegemonia inglesa
 
Trabalho
TrabalhoTrabalho
Trabalho
 
1. uma europa a dois ritmos
1. uma europa a dois ritmos1. uma europa a dois ritmos
1. uma europa a dois ritmos
 
Roma
RomaRoma
Roma
 
Constr do social ii
Constr do social iiConstr do social ii
Constr do social ii
 
A constr do social
A constr do socialA constr do social
A constr do social
 

Último

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
Ana Lemos
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 

Último (20)

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 

Romanico em portugal

  • 1. O Românico em Portugal
  • 2. • A arquitectura românica foi introduzida em Portugal no início do séc. XII e manteve-se até finais do séc. XIII. • Desenvolve-se num quadro de afirmação da autonomia do território, em plena Reconquista Cristã e luta pela independência face a Castela. • Face a isso, apresenta características específicas. Igreja de São Martinho de Mouros, Viseu
  • 3. • A igreja românica esteve ligada a uma ordem religiosa, a um mosteiro ou instalada no seio de uma comunidade agrícola. • Por essa razão, o Românico português possui características fortemente rurais e ligado à construção de igrejas de dimensões mais reduzidas. • A qualidade técnica e a decoração dependiam da região e da riqueza dos patronos. • Foi nas cidades como Porto, Braga, Coimbra ou Lisboa que estas construções (Sés) possuíram uma riqueza e variedade técnicas semelhantes às das restantes europeias. Sé de Lisboa, séc. XII
  • 4. • As cidades responsáveis pelo assegurar da manutenção do país, bem como os mosteiros, tornaram-se os principais focos difusores da arte românica em Portugal. Igreja de S. Salvador de Resende Igreja de S. Tiago, Coimbra, séc. XII
  • 5. • Os materiais usados foram os que existiam em cada região: no Norte do país foi empregue fundamentalmente o granito; no Centro o calcário e, no Sul, o tijolo e a taipa (mistura de argila e cascalho). Igreja de Gondar Igreja de S. Salvador
  • 6. • As igrejas românicas portuguesas, no geral, são caracterizadas: • pela robustez (dada pelas paredes grossas, pelos contrafortes salientes e pelo uso da pedra aparelhada). Muitas apresentam ainda as características ameias. Sés do Porto e de Coimbra
  • 7. • pela sobriedade e austeridade, a nível formal e decorativo; S. Martinho de Cedofeita
  • 8. • pelo uso de uma única nave com cabeceira em abside redonda ou quadrangular; Igreja do Salvador de Fervença Sé velha
  • 9. • pela cobertura com um telhado de duas águas; • pela utilização do arco de volta perfeita.
  • 10. • pelos relevos didáticos e decorativos, usados interior e exteriormente, bem como pela aplicação de cachorrada na cornijas; • Em muitas destas construções permanecem as marcas dos construtores.
  • 11. • As fortificações típicas eram os castelos com residência ou alcáçova; os castelos-refúgio e as torres de atalaia ou proteção. • Estas construções tiveram como principal papel a defesa da população em situações de perigo e possuíam as mesmas características formais e técnicas que as igrejas.
  • 12. • Os castelos com residência possuíam uma sólida construção castrense, com aparelho de cantaria lavrado, tendo no seu interior uma residência; apresentavam um aspeto robusto pelo carácter defensivo que possuíam;
  • 13. • Os castelos-refúgio tinham como principal função acolher os povos em perigo; eram construídos em sítios estratégicos como locais rochosos e propícios e não se encontravam muito afastados das povoações, para que a proteção fosse quase que imediata. Castelo de Tomar e Castelo de Vila Viçosa: entrada, muralhas e fosso defensivo
  • 14. • Edifício único na Península Ibérica dentro da arquitetura civil românica, englobava dupla funcionalidade: era uma cisterna e sala de reuniões do conselho municipal. DOMUS MUNICIPALIS, Bragança, séc. XII
  • 15. • Paredes graníticas, definindo uma planta hexagonal, composta de cinco faces de dimensões diferentes; • A iluminação é conseguida com uma série contínua de janelas de arco abatido, ao longo de todas as faces da construção; • Todas as janelas têm moldura lisa, exceto as sete colocadas a este, que possuem, interiormente, uma arquivolta com ornatos esteliformes;
  • 16. • A cornija exterior assenta em 64 cachorros historiados. Ao longo da cornija corre uma caleira, destinada a recolher a água da chuva, conduzida depois por algerozes até à cisterna que ocupava todo o rés-do-chão do edifício; • O primeiro piso é ocupado por um salão único, com pavimento lajeado e bancada em pedra ao longo de todas as paredes, para assento dos membros do conselho municipal.