A arte românica floresceu na Europa entre os séculos XI e XIII, caracterizada por construções robustas com paredes grossas e poucas janelas. A arquitetura românica inclui igrejas com plantas em cruz latina ou basilical, mosteiros com claustros quadrados, e castelos para defesa. A pintura e escultura eram usadas principalmente para fins religiosos e didáticos de forma simbólica.
2. Definição da arte românica
Arte românica é o nome dado ao estilo artístico
vigente na Europa entre os séculos XI e XIII. O estilo
existe principalmente nas igrejas católicas
construídas após a expansão do cristianismo pela
Europa.
3. Arquitectura românica
A arquitectura românica é o Seguem, geralmente, a planta
estilo arquitectónico que surgiu basilical, uma, três ou cinco
na Europa no século X e naves, colunas que
evoluiu para o estilo gótico no sustentavam as abóbadas e um
fim do século XII. Caracteriza- aspecto maciço e horizontal.
se por construções austeras e Haverá grande decoração,
robustas, com paredes grossas externa e internamente,
e minúsculas janelas, cuja através de esculturas nos
principal função era resistir a tímpanos nas portas de
ataques de exércitos inimigos. entrada e nos capitéis e
colunas, pintura parietal nas
absides e abóbadas das naves.
4. O mosteiro
Os mosteiros foram importantes para o estabelecimento da
arquitectura românica. Desse conjunto característico a destacar-
se é o claustro, por vincular o mosteiro ao templo e por ser a
dependência mais bem cuidada do ponto de vista artístico.
Geralmente possuem quatro lados, com tendência a formar
quadrados perfeitos, e quatro corredores resultantes em
pórticos abertos com arcadas sustentadas por colunas.
5. Arquitectura românica em
Portugal
Tinha como principal função a
construção de castelos, Anexados à igreja estavam o
fortificações e também igrejas. Os campanário (torre sineira), o
templos cristãos eram pesados, baptistério e por vezes claustros
com paredes muito grossas, fortificados, que para além de
poucas aberturas e iluminação. A terem a sua função religiosa
planta era normalmente em cruz serviam de refúgio para os
latina, com três naves, duas populares durante ataques à
laterais mais pequenas, e uma povoação.
central mais larga. Eram
separadas por arcadas ou grossas
colunas de pedra. A cobertura
era feita em abóbada de berço ou
de arestas.
6. Arquitectura românica religiosa
Francesa
França apresenta estilos com a influência
das igrejas de peregrinação. O
ordenamento do extremo oriental evoluiu
para uma planta radiante. Era
acrescentado um deambulatório à volta
do perímetro da abside para permitir o
acesso às capelas. Na planta escalonada
eram introduzidas capelas no lado
oriental do transepto. Na Provença
encontramos igrejas altas, pouco largas
com coberturas de ogivas e arco
quebrado, não tem tribuna mas com altas
janelas.
Em Poitou as naves laterais são estreitas e
elevam-se à altura da nave central.
7. Arquitectura românica religiosa em
Itália
Itália mostrou-se conservadora e não acompanhou a escala de
actividade registada em França. A herança estilística da influência
antiga clássica, bizantina e muçulmana foi explorada ao máximo:
continuaram a usar a cúpula alteada, campanilles e baptistérios
separados, revestimentos a mármore no exterior e uma decoração
miudinha. A torre é separada da igreja, a fachada é ordenada com
colunatas e arcarias cegas. O românico toscano tem influência
muçulmana e bizantina: a cobertura é de madeira, as colunas
clássicas e planta comum às basílicas paleo-cristãs. A fachada é
viva, volta-se para a praça, tradição romana da vida pública na rua.
8. Arquitectura românica religiosa em
Portugal
A igreja românica esteve sempre
ligada a uma ordem religiosa. O
românico português tem três
características rurais sendo
constituído por pequenas igrejas
que consoante a riqueza os seus
recursos se revestiu de maior ou
menor qualidade técnica. O que
caracteriza a arquitectura
românica nas pequenas igrejas
rurais é a sua robustez, a nave
única com cabeceira em abside
redonda ou quadrangular , a
cobertura com telhado de duas
águas, a utilização do arco de
volta inteira e a aplicação de
cachorrada nas cornijas.
9. A arquitectura militar e civil
O românico deixou no território português três tipos
de fortificações: os castelos de residência, as torres da
atalaia e os castelos de refúgio.
As torres da atalaia aparecem nas zonas rurais junto
dos mosteiros. Os castelos-refúgio erguiam-se nas
zonas das fronteiras situados em locais estratégicos.
10. A pintura
A pintura não se destacou tanto quanto a
arquitectura nesse período. Os principais
trabalhos são a pintura mural, as iluminuras
e as tapeçarias. A pintura parietal, ou seja,
executada nas paredes, era dependente da
arquitectura, como pode-se deduzir, tendo
aquela somente função didáctica. A pintura
era uma forma de transmitir os ensinamentos
do Cristianismo.
12. A escultura românica
É um estilo realista, mas simbólico, que antecipa o estilo gótico.
A escultura é sempre condicionada à arquitectura e todo
trabalho é executado sem deixar espaços sem uso. As figuras
entalhadas têm o tamanho do elemento onde foram esculpidas,
e os trabalhos de superfície acomodam-se no lugar em que
ocupam. Dessa característica parte também a ideia de
esquematização.
13. Escultura (continuação)
Outra importante
característica é seu carácter
simbólico e anti naturalista.
Não havia a preocupação com
a representação fiel dos seres
e objectos. Volume, cor, efeito
de luz e sombra, tudo era
confuso e simbólico,
representando muitas vezes
coisas não terrenas, mas sim
provenientes da imaginação.
Em algumas esculturas, nota-
se a aparência clássica,
influência da Antiguidade. A
principal característica da
escultura românica eram as
cores fortes e vivas.