SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Baixar para ler offline
Jornalismo Científico
•Especialização da atividade jornalística
direcionada à cobertura de Ciência e
Tecnologia.

• Para Steve Mirsky, um conceituado
jornalista científico, é a área que tem o
“privilégio de ser a porta-voz da
fronteira do conhecimento humano”.
                                            Steve Mirsky
CONCEITO
Para Wilson Bueno, jornalista científico, trata-se da “Divulgação
da ciência e tecnologia pelos meios de comunicação de massa,
segundo critérios jornalísticos”

Bueno, no entanto, faz uma ressalva: “nem tudo que fala sobre
ciência e está escrito em jornais ou revistas é jornalismo
científico.”
Exemplo
    Textos ou artigos de anunciantes sobre Ciência e
    Tecnologia não podem ser considerados jornalismo
    científico.

    Uma coleção de fascículos sobre história da Ciência
    e da Tecnologia, encartada num jornal ou revista,
    também não se constitui em exemplo de JC.
- Alguns artigos publicados pela revista Ciência Hoje, da SBPC,
  escritos por pesquisadores, apesar de bem ilustrados, não
  podem ser incluídos na categoria Jornalismo Científico. Não
  porque não sejam bons, mas porque nada tem a ver com o
  Jornalismo.
* NÃO QUE ESSES MATERIAIS NÃO SEJAM IMPORTANTES PARA A
  CONSULTA, MAS NÃO FORAM PRODUZIDOS DE ACORDO
  COM AS TÉCNICAS DO “FAZER JORNALÍSTICO” E NÃO SÃO
  DIRECIONADOS AO PÚBLICO EM GERAL (LEIGO NO QUE DIZ
  RESPEITO À CIÊNCIA).
   Textos jornalísticos ou outros materiais sobre temas da
    ciência e tecnologia que não são escritos no formato
    jornalístico são chamados de divulgação científica.

   Portanto, Jornalismo Científicoe Divulgação Científica
    não são a mesma coisa
   Ambos têm o objetivo de divulgar a ciência, mas o
    Jornalismo Científico, na verdade, é uma especialização
    da Divulgação Científica.

   Cada um tem um públio-alvo diferente.

   Um, destina-se ao leigo (Jornalismo Científico). O
    outro, para a comunidade científica (Divulgação
    Cientítica)
SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO

• A divulgação da Ciência teve início com o
próprio advento da imprensa de tipos móveis,
em meados do século XV. Esse invento da
Ciência tornou possível a reprodução em
massa de uma série de ideias, estudos e
ilustrações científicas.
•O público, ainda que restrito à pequena
camada letrada da população (clero, nobreza e
burguesia), começou a ter acesso a estudos
científicos que antes não eram disseminados.
* O jornalismo científico propriamente dito surge 200 anos
depois, no século XVII, mais especificamente em 1610, quando o
astrônomo italiano Galileu Galilei publica o livro Mensageiro
Celeste, no qual, utilizando uma linguagem coloquial, faz um
relato acessível ao público sobre a sua descoberta das três luas
de Júpiter. Seu livro causa sensação em toda a Europa.

“(...) a demonstração por observação direta que os corpos
celestes podiam se mover ao redor de outros centros que não
fossem a Terra era o assunto do momento nos salões da nobreza
e nos bares dos peixeiros”, relata o pesquisador e escritor Joseph
Schwartz (1992).

- Pagou caro por ter utilizado linguagem acessível. A nova ciência
astronômica, que com a evolução do telescópio permitia a
observação direta dos corpos celestes, contrariava as sagradas
escrituras. Foi perseguido pela Inquisição por mais de 20 anos.
Conclusão: nas obras seguintes passou a utilizar linguagem
matemática inacessível ao grande público, inclusive ao clero.
SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO
* Mas apesar das resistências, viveu-se naquele período
na Europa uma verdadeira “revolução científica”, que
implicava não somente o desenvolvimento no campo da
Ciência e Tecnologia (C&T), mas grandes
transformações na filosofia, na religião e nos
pensamentos social, moral e político.                     Descartes


* Além de Galileu, é preciso destacar nomes como o do
francês René Descartes (pai da geometria analítica e
grande filósofo) e do inglês Isaac Newton (criador de
importantes leis da Física). Esses nomes influenciaram
fortemente a cultura científica do Iluminismo nos
séculos XVIII e XIX.


                                                            Newton
SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO

* A Inglaterra no século XVII pode ser tida como o
berço da divulgação científica.

* Ocorre a partir daquele país a circulação intensa de
cartas manuscritas expedidas por cientistas sobre
suas novas ideias e descobertas.
SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO
*Mas o pioneirismo do jornalismo científico se deu
com o alemão Henry Oldenburg, que começou a
difundir cartas IMPRESSAS sobre as principais ideias
científicas da época. A partir de 1666, passou a ser
renumerado pela Real Sociedade Britânica para
fazer essa divulgação, por isso é considerado o
primeiro jornalista científico do mundo.

•Criou em 1665 o periódico científico Philosophical
Transactions, que durante mais de 200 anos foi         Oldenburg

usado como modelo para as modernas publicações
científicas. Era um empreendimento pessoal, que
não lhe dava retorno financeiro.
SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO
* A partir da segunda metade do século XIX o jornalismo científico tem grande
impulso na Europa (em especial na França, que rouba da Inglaterra o título de
nação mais cientificamente avançada) como reflexo do Iluminismo: CIÊNCIA SE
TORNA PARTE INTEGRANTE DO COTIDIANO DAS ELITES.

* No século XX, as duas grandes guerras, em função das diversas invenções
tecnológicas que delas decorrem, também contribuíram para o avanço desse
jornalismo. Havia a necessidade de se relatar o que os cientistas estavam
planejando em termos bélicos: novas armas de grande potencial, gases
venenosos, aeroplanos e submarinos, etc...

* É nessa época que surgem as primeiras associações de jornalismo científico:
- 1945 é criada a Associação Britânica dos Escritores de Ciência.
- 1971 é criada a União Européia das Associações de Jornalismo Científico – EUSJA
(European Union of Science Journalism Associations).
SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO

* Também nos EUA, país onde o jornalismo científico é melhor
desenvolvido hoje, é possível verificar grande impulsão no século
XX.

* Alva Johnston, do New York Times, ganhou o primeiro prêmio
Pulitzer de jornalismo científico pela cobertura que fez da reunião
da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS), em
1922, que teve entre outros debates, a “teoria da evolução”.

* Em 1921 foi criado, por E.W. Scripps, o Science Service – primeira
agência de notícias científica dos EUA.
SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO
* 1934 - Criada a Associação Nacional de Escritores de Ciência
(National Association of Science Writers - NASW), que congrega hoje
mais de 3000 escritores da área.

* 1945 – Criado o Prêmio de Jornalismo Científico da Associação
Americana para o Progresso da Ciência (AAAS).

* A AAAS é responsável por publicar a prestigiada revista semanal
Science (fundada pelo cientista Thomas Edison em 1880) e possui
um serviço digital de divulgação de notícias sobre a área científica,
o EurekAlert.

* 1965 – Criada a Associação Internacional de Escritores de Ciência
(ISWA)
SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO

•CONTUDO, tanto a comunidade científica como os jornalistas americanos,
desde o século XIX até o século XX, voltaram seus esforços para a
divulgação científica usando a filosofia funcionalista: a Ciência a favor do
Estado. Estimulavam a sociedade a valorizar a Ciência em prol do Estado
americano. Uma visão um tanto quanto acrítica.

* Essa visão permitiu, por exemplo, o avanço do programa espacial
americano nas décadas de 60 e 70, principal mote tecnológico do período
da Guerra Fria.

* A fase do questionamento e de um posicionamento mais crítico só
começa em 1987, com a explosão do ônibus espacial Challenger. Os
jornalistas científicos começaram a debater por que com tantos indícios
não conseguiram prever o acidente.
SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO
* Na década de 90, com os longos debates sobre as mudanças
climáticas globais, a biotecnologia e a enorme possibilidade de
acesso a diferentes fontes, o jornalismo científico norte-
americano ficou mais crítico e menos ufanista.

•O jornalismo científico, não só nos EUA como no mundo,
começou a dar grande importância à questão ambiental.
Eventos como a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas para o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento), realizada entre 3 e 14 de
junho de 1992, no Rio de Janeiro, começaram a ter grande
destaque na cobertura científica, com enfoque de que os danos
ao meio ambiente são majoritariamente causados pelos países
desenvolvidos.
PIONEIROS
•EUCLIDES DA CUNHA, especialmente com
Os Sertões (1897).

- No livro Euclides faz profunda reflexão
sobre a influência do meio ambiente na
formação do homem brasileiro e discute
com primor a vegetação e as variações
climáticas da região de Canudos.
PIONEIROS
•JOSÉ REIS – médico, pesquisador, educador e jornalista,
considerado o patrono do jornalismo científico brasileiro,
em função de diversos feitos:
-Escreveu coluna na Folha de S.Paulo de 1947 (grupo Folha
da Manhã) até o fim da sua vida em 2002;
- Foi o fundador da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência, criada em 1948, como já dissemos.
-Fundou em 1977 a Associação Brasileira de Jornalismo
Científico (ABJC).
-Para reconhecer esse pioneiro, em 1979 o CNPq criou o
Prêmio José Reis de Divulgação Científica, destinado
àqueles que tenham contribuído significativamente para tornar
a Ciência, a Tecnologia e a pesquisa conhecidas do público
leigo.
J. CIENTÍFICO - BRASIL
* Enquanto na Europa e nos EUA o século XVIII foi marcado por grande
efervescência científica, no Brasil até 1808 não existia nada, graças à censura
promovida pela Coroa portuguesa.

* Mesmo após a vinda da família Real, a leitura e os estudos eram privilégio dos
filhos na nobreza, que podiam se dar ao luxo de estudar na Europa. Escolas de
nível superior só surgiram no Brasil na segunda metade do século XIX e as
primeiras universidades na década de 1930.

* A pesquisa científica brasileira só começa a mostrar alguma força a partir do
final do século XIX, quando a comunidade científica começa a se organizar.
J. CIENTÍFICO - BRASIL
-Nas últimas décadas do século XIX surgem os
primeiros periódicos brasileiros que cobriam
Ciência e Tecnologia: Revista Braziliense (1857);
Revista do Rio de Janeiro (1876); Revista
Observatório (1886).

- Maior crescimento a partir da década de 20, com
muitas iniciativas em divulgação e jornalismo
científico, em especial no Rio de Janeiro.
J. CIENTÍFICO - BRASIL
-Seu impulso mesmo só ocorre a partir da década 1940 (após o fim da
ditadura Vargas), quando a Ciência entra para a agenda do governo e da
sociedade.

- O término da II Guerra também acelera a pesquisa científica por aqui.

- Em 1948, foi criada a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC), entidade que hoje congrega todas as sociedades científicas do país.

- Em 1951, foi criado o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), que até hoje
é um dos principais órgãos a regulamentar e fomentar a pesquisa científica
nacional. Apesar de suas origens estarem ligadas à ideologia de “segurança
nacional” defendida por militares e burocratas do aparelho estatal desde
1940, foi essencial para o crescimento da pesquisa científica no país.
J. CIENTÍFICO - BRASIL
-É preciso destacar que o regime militar, apesar de todo o mal que causou
ao país, deu grande impulso ao desenvolvimento científico e tecnológico,
ainda que tenha usado a C& T apenas a seu favor. A Tecnologia e a Ciência
eram vistas como prioridades, como instrumentos para levar o país a ser
soberano e independente. Muitos investimentos na área. As entidades de
pesquisa governamental tinham projetos definidos e verbas alocadas.


- Por outro lado, o jornalismo científico ficou prejudicado nesse período.
Seguia à risca a batuta dos censores, divulgando com ufanismo os
grandiosos projetos da época (Transamazônica, grandes hidrelétricas,
programa nuclear e programa espacial).
J. CIENTÍFICO - BRASIL
-Da década de 80 até a atualidade, a divulgação e o jornalismo científico no
Brasil cresceram significativamente. Surgem novas revistas como Ciência
Hoje, da SBPC.

-Em 1990, a editora Globo lançou a Revista Globo Ciência e no mesmo ano a
Abril lançou Superinteressante.

-Além disso surgiram programas na tevê como Globo Ciência (Globo).

- o CNPq reeditou a Revista Brasileira de Tecnologia (RBT), criada nos anos 60,
que passou a ser feita por jornalistas.

- Em 1985, foi criado o Ministério da Ciência e Tecnologia, refletindo a
importância que o tema ganhou no país.
J. CIENTÍFICO - BRASIL
-Grandes eventos de repercussão internacional influenciaram esse
boom, como a passagem do cometa Halley (1986), as viagens
espaciais e a questão ambiental.

-À época da Rio-92 já era grande o número de jornais brasileiros com
editoria de Ciência e Tecnologia.

-Cresce também o número de Assessorias de Imprensa das
universidades, instituições de pesquisa e agências de fomento,
com a produção de informativos e maior divulgação de
informações sobre o que vem sendo estudado.
 Física
 Química
 Sociologia
 Comunicação
 Astronomia
 Antropologia
 descobertas científicas
 marcos no desenvolvimento tecnológico
 Curiosidades
 Pesquisa científica
 Polêmicas na comunidade acadêmica
Jornalistas
 Wilson da Costa Bueno
 Carlos Vogt
 Marcelo Leite


Divulgadores:
 Marcelo Gleiser
 Miguel Nicolelis
   Ciência Hoje
   Superinteressante
   Galileu
   Revista da Fapesp
   Mente & Cérebro
   Natures
   Scientific American

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Jornalismo científico
Jornalismo científicoJornalismo científico
Jornalismo científicoLaércio Góes
 
Teorias do Jornalismo - Interacionista
Teorias do Jornalismo - InteracionistaTeorias do Jornalismo - Interacionista
Teorias do Jornalismo - InteracionistaMariana Castro
 
Conteúdos e Géneros Jornalísticos
Conteúdos e Géneros JornalísticosConteúdos e Géneros Jornalísticos
Conteúdos e Géneros JornalísticosManuel Pinto
 
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneasAula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneasElizeu Nascimento Silva
 
Redação jornalística
Redação jornalísticaRedação jornalística
Redação jornalísticaLaércio Góes
 
Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...
Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...
Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...Revista Curinga Ufop
 
Storytelling no Jornalismo - Jornalismo Multimídia 2022
Storytelling no Jornalismo - Jornalismo Multimídia 2022Storytelling no Jornalismo - Jornalismo Multimídia 2022
Storytelling no Jornalismo - Jornalismo Multimídia 2022Renato Melo
 
Assessoria de imprensa - O que é e como funciona
Assessoria de imprensa - O que é e como funcionaAssessoria de imprensa - O que é e como funciona
Assessoria de imprensa - O que é e como funcionaHappy Hour Comunicação
 
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E GatekeeperAula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E GatekeeperRTimponi
 
Aula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda Setting
Aula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda SettingAula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda Setting
Aula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda SettingElizeu Nascimento Silva
 
Newsmaking - teorias da comunicação
Newsmaking - teorias da comunicaçãoNewsmaking - teorias da comunicação
Newsmaking - teorias da comunicaçãoLaércio Góes
 
Assessoria de imprensa - Produtos e Serviços
Assessoria de imprensa - Produtos e ServiçosAssessoria de imprensa - Produtos e Serviços
Assessoria de imprensa - Produtos e ServiçosLaércio Góes
 
Ética no Jornalismo
Ética no JornalismoÉtica no Jornalismo
Ética no Jornalismoisisnogueira
 

Mais procurados (20)

Jornalismo científico
Jornalismo científicoJornalismo científico
Jornalismo científico
 
Teorias do Jornalismo - Interacionista
Teorias do Jornalismo - InteracionistaTeorias do Jornalismo - Interacionista
Teorias do Jornalismo - Interacionista
 
Conteúdos e Géneros Jornalísticos
Conteúdos e Géneros JornalísticosConteúdos e Géneros Jornalísticos
Conteúdos e Géneros Jornalísticos
 
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneasAula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
 
Redação jornalística
Redação jornalísticaRedação jornalística
Redação jornalística
 
Efeitos a longo prazo
Efeitos a longo prazoEfeitos a longo prazo
Efeitos a longo prazo
 
Aula 02 cim comunicação institucional
Aula 02 cim comunicação institucionalAula 02 cim comunicação institucional
Aula 02 cim comunicação institucional
 
Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...
Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...
Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...
 
Storytelling no Jornalismo - Jornalismo Multimídia 2022
Storytelling no Jornalismo - Jornalismo Multimídia 2022Storytelling no Jornalismo - Jornalismo Multimídia 2022
Storytelling no Jornalismo - Jornalismo Multimídia 2022
 
Pautas e fontes
Pautas e fontesPautas e fontes
Pautas e fontes
 
Os mass media géneros
Os mass media génerosOs mass media géneros
Os mass media géneros
 
Aula 1 GÊNEROS
Aula 1  GÊNEROSAula 1  GÊNEROS
Aula 1 GÊNEROS
 
Assessoria de imprensa - O que é e como funciona
Assessoria de imprensa - O que é e como funcionaAssessoria de imprensa - O que é e como funciona
Assessoria de imprensa - O que é e como funciona
 
A imprensa
A imprensaA imprensa
A imprensa
 
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E GatekeeperAula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
 
Aula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda Setting
Aula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda SettingAula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda Setting
Aula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda Setting
 
Newsmaking - teorias da comunicação
Newsmaking - teorias da comunicaçãoNewsmaking - teorias da comunicação
Newsmaking - teorias da comunicação
 
Assessoria de imprensa - Produtos e Serviços
Assessoria de imprensa - Produtos e ServiçosAssessoria de imprensa - Produtos e Serviços
Assessoria de imprensa - Produtos e Serviços
 
Ética no Jornalismo
Ética no JornalismoÉtica no Jornalismo
Ética no Jornalismo
 
Aula 04 - Teoria Funcionalista
Aula 04 - Teoria FuncionalistaAula 04 - Teoria Funcionalista
Aula 04 - Teoria Funcionalista
 

Destaque

Aula 2 o jornalismo na internet
Aula 2   o jornalismo na internetAula 2   o jornalismo na internet
Aula 2 o jornalismo na internetaulasdejornalismo
 
Jornalismo literário atmosfera e descrição
Jornalismo literário   atmosfera e descriçãoJornalismo literário   atmosfera e descrição
Jornalismo literário atmosfera e descriçãoaulasdejornalismo
 
Jornalismo literário formas de abertura
Jornalismo literário   formas de aberturaJornalismo literário   formas de abertura
Jornalismo literário formas de aberturaaulasdejornalismo
 
Oficina de jornalismo literário 2014
Oficina de jornalismo literário   2014Oficina de jornalismo literário   2014
Oficina de jornalismo literário 2014aulasdejornalismo
 
Jornalismo literário tecnicas - pratica
Jornalismo literário  tecnicas - praticaJornalismo literário  tecnicas - pratica
Jornalismo literário tecnicas - praticaaulasdejornalismo
 
Aula 1 Surgimento das Agências de Notícias
Aula 1   Surgimento das Agências de NotíciasAula 1   Surgimento das Agências de Notícias
Aula 1 Surgimento das Agências de Notíciasaulasdejornalismo
 
Roteiro de trabalho- Seminário Língua Inglesa
Roteiro de trabalho- Seminário Língua Inglesa Roteiro de trabalho- Seminário Língua Inglesa
Roteiro de trabalho- Seminário Língua Inglesa SHEILA MONTEIRO
 
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICOAULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICOaulasdejornalismo
 
Aula 3 caracteristicas do jornalismo na internet
Aula 3   caracteristicas do jornalismo na internetAula 3   caracteristicas do jornalismo na internet
Aula 3 caracteristicas do jornalismo na internetaulasdejornalismo
 
Transgênicos e aspectos éticos - slide
  Transgênicos e aspectos éticos - slide  Transgênicos e aspectos éticos - slide
Transgênicos e aspectos éticos - slideConceição Áquila
 
Roteiro seminário
Roteiro seminárioRoteiro seminário
Roteiro seminárioAlda JS
 

Destaque (20)

Aula 2 o jornalismo na internet
Aula 2   o jornalismo na internetAula 2   o jornalismo na internet
Aula 2 o jornalismo na internet
 
AULA I_SOCIEDADE_INFORMACAO
AULA I_SOCIEDADE_INFORMACAOAULA I_SOCIEDADE_INFORMACAO
AULA I_SOCIEDADE_INFORMACAO
 
Jornalismo literário atmosfera e descrição
Jornalismo literário   atmosfera e descriçãoJornalismo literário   atmosfera e descrição
Jornalismo literário atmosfera e descrição
 
Jornalismo literário formas de abertura
Jornalismo literário   formas de aberturaJornalismo literário   formas de abertura
Jornalismo literário formas de abertura
 
AULA_1_SOCIEDADE_INFORMACAO
AULA_1_SOCIEDADE_INFORMACAOAULA_1_SOCIEDADE_INFORMACAO
AULA_1_SOCIEDADE_INFORMACAO
 
Oficina de jornalismo literário 2014
Oficina de jornalismo literário   2014Oficina de jornalismo literário   2014
Oficina de jornalismo literário 2014
 
Aula 4 classificação 2
Aula 4   classificação 2Aula 4   classificação 2
Aula 4 classificação 2
 
Jornalismo literário tecnicas - pratica
Jornalismo literário  tecnicas - praticaJornalismo literário  tecnicas - pratica
Jornalismo literário tecnicas - pratica
 
Aula 1 Surgimento das Agências de Notícias
Aula 1   Surgimento das Agências de NotíciasAula 1   Surgimento das Agências de Notícias
Aula 1 Surgimento das Agências de Notícias
 
Roteiro de trabalho- Seminário Língua Inglesa
Roteiro de trabalho- Seminário Língua Inglesa Roteiro de trabalho- Seminário Língua Inglesa
Roteiro de trabalho- Seminário Língua Inglesa
 
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICOAULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
AULA 2 - JORNALISMO ECONOMICO
 
Aula 3 caracteristicas do jornalismo na internet
Aula 3   caracteristicas do jornalismo na internetAula 3   caracteristicas do jornalismo na internet
Aula 3 caracteristicas do jornalismo na internet
 
Transgênicos e aspectos éticos - slide
  Transgênicos e aspectos éticos - slide  Transgênicos e aspectos éticos - slide
Transgênicos e aspectos éticos - slide
 
Infografia aula 1
Infografia   aula 1Infografia   aula 1
Infografia aula 1
 
Projeto seminario
Projeto seminarioProjeto seminario
Projeto seminario
 
Texto jornalístico
Texto jornalísticoTexto jornalístico
Texto jornalístico
 
Roteiro seminário
Roteiro seminárioRoteiro seminário
Roteiro seminário
 
Generos jornalisticos
Generos jornalisticosGeneros jornalisticos
Generos jornalisticos
 
AULA 4 - ENTREVISTA
AULA 4 - ENTREVISTAAULA 4 - ENTREVISTA
AULA 4 - ENTREVISTA
 
A entrevista
A entrevistaA entrevista
A entrevista
 

Semelhante a Jornalismo Científico - Divulgação da Ciência

Divulgação científica no brasil
Divulgação científica no brasilDivulgação científica no brasil
Divulgação científica no brasilMyrian Del Vecchio
 
O que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
O que é divulgação científica? - Henrique César da SilvaO que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
O que é divulgação científica? - Henrique César da SilvaCleberson Moura
 
Ciência e Literatura: A ficção cientifica como uma forma de pensar e divulgar...
Ciência e Literatura: A ficção cientifica como uma forma de pensar e divulgar...Ciência e Literatura: A ficção cientifica como uma forma de pensar e divulgar...
Ciência e Literatura: A ficção cientifica como uma forma de pensar e divulgar...Rafael Nascimento dos Santos
 
Renascimento Científico - Prof. Altair Aguilar
Renascimento Científico - Prof. Altair AguilarRenascimento Científico - Prof. Altair Aguilar
Renascimento Científico - Prof. Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
Renascimento científico
Renascimento científicoRenascimento científico
Renascimento científicoNelma Andrade
 
A Revolução Científica
A Revolução CientíficaA Revolução Científica
A Revolução CientíficaRui Neto
 
Renascimento cientifico
Renascimento cientificoRenascimento cientifico
Renascimento cientificoSamuel Moura
 
A prática científica e a religião durante o Empirismo e o Iluminismo.
A prática científica e a religião durante o Empirismo e o Iluminismo.A prática científica e a religião durante o Empirismo e o Iluminismo.
A prática científica e a religião durante o Empirismo e o Iluminismo.Carlos Ribeiro
 
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1Roberto Lopes
 
A Ciência Através dos Tempos
A Ciência Através dos TemposA Ciência Através dos Tempos
A Ciência Através dos TemposLucas Campos
 
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica Fábio de Albuquerque
 
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de AlbuquerqueDivulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de AlbuquerqueSemana Biblioteconomia
 
Caminho da Cultura
Caminho  da CulturaCaminho  da Cultura
Caminho da CulturaMaita Landim
 
Jornadas Jornalismo Ufp 2008vsfinal
Jornadas Jornalismo Ufp 2008vsfinalJornadas Jornalismo Ufp 2008vsfinal
Jornadas Jornalismo Ufp 2008vsfinalFilipa M. Ribeiro
 
Aula 01 Teoria do Jornalismo - Introdução
Aula 01   Teoria do Jornalismo - IntroduçãoAula 01   Teoria do Jornalismo - Introdução
Aula 01 Teoria do Jornalismo - IntroduçãoElizeu Nascimento Silva
 
O papel do cientista na sociedade artigo de schwartzman
O papel do cientista na sociedade   artigo de schwartzmanO papel do cientista na sociedade   artigo de schwartzman
O papel do cientista na sociedade artigo de schwartzmanElias Brasilino
 

Semelhante a Jornalismo Científico - Divulgação da Ciência (20)

Divulgação científica no brasil
Divulgação científica no brasilDivulgação científica no brasil
Divulgação científica no brasil
 
O que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
O que é divulgação científica? - Henrique César da SilvaO que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
O que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
 
39 319-1-pb (1)
39 319-1-pb (1)39 319-1-pb (1)
39 319-1-pb (1)
 
Ciência e Literatura: A ficção cientifica como uma forma de pensar e divulgar...
Ciência e Literatura: A ficção cientifica como uma forma de pensar e divulgar...Ciência e Literatura: A ficção cientifica como uma forma de pensar e divulgar...
Ciência e Literatura: A ficção cientifica como uma forma de pensar e divulgar...
 
Renascimento Científico - Prof. Altair Aguilar
Renascimento Científico - Prof. Altair AguilarRenascimento Científico - Prof. Altair Aguilar
Renascimento Científico - Prof. Altair Aguilar
 
Renascimento científico
Renascimento científicoRenascimento científico
Renascimento científico
 
A Revolução Científica
A Revolução CientíficaA Revolução Científica
A Revolução Científica
 
O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O Renascimento
 
Renascimento cientifico
Renascimento cientificoRenascimento cientifico
Renascimento cientifico
 
A prática científica e a religião durante o Empirismo e o Iluminismo.
A prática científica e a religião durante o Empirismo e o Iluminismo.A prática científica e a religião durante o Empirismo e o Iluminismo.
A prática científica e a religião durante o Empirismo e o Iluminismo.
 
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
 
A Ciência Através dos Tempos
A Ciência Através dos TemposA Ciência Através dos Tempos
A Ciência Através dos Tempos
 
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
Palestra Biblio.lab Divulgação Científica
 
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de AlbuquerqueDivulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
 
RENASCIMENTO
RENASCIMENTORENASCIMENTO
RENASCIMENTO
 
Caminho da Cultura
Caminho  da CulturaCaminho  da Cultura
Caminho da Cultura
 
Jornadas Jornalismo Ufp 2008vsfinal
Jornadas Jornalismo Ufp 2008vsfinalJornadas Jornalismo Ufp 2008vsfinal
Jornadas Jornalismo Ufp 2008vsfinal
 
Aula 01 Teoria do Jornalismo - Introdução
Aula 01   Teoria do Jornalismo - IntroduçãoAula 01   Teoria do Jornalismo - Introdução
Aula 01 Teoria do Jornalismo - Introdução
 
Escola dos annales
Escola dos annalesEscola dos annales
Escola dos annales
 
O papel do cientista na sociedade artigo de schwartzman
O papel do cientista na sociedade   artigo de schwartzmanO papel do cientista na sociedade   artigo de schwartzman
O papel do cientista na sociedade artigo de schwartzman
 

Mais de aulasdejornalismo

Mais de aulasdejornalismo (20)

Modelo de pauta para jornal laboratório
Modelo de pauta para jornal laboratórioModelo de pauta para jornal laboratório
Modelo de pauta para jornal laboratório
 
Modelo de Espelho
Modelo de EspelhoModelo de Espelho
Modelo de Espelho
 
ANÁLISE DE IMAGEM - EXERCÍCIO
ANÁLISE DE IMAGEM - EXERCÍCIOANÁLISE DE IMAGEM - EXERCÍCIO
ANÁLISE DE IMAGEM - EXERCÍCIO
 
Análise de imagem
Análise de imagemAnálise de imagem
Análise de imagem
 
Aula 5 ENTREVISTA
Aula 5   ENTREVISTAAula 5   ENTREVISTA
Aula 5 ENTREVISTA
 
Aula 4 FONTES
Aula 4  FONTESAula 4  FONTES
Aula 4 FONTES
 
Aula 3 PAUTA
Aula 3   PAUTAAula 3   PAUTA
Aula 3 PAUTA
 
Aula 2 SER REPÓRTER
Aula 2   SER REPÓRTERAula 2   SER REPÓRTER
Aula 2 SER REPÓRTER
 
Aula 1 Introducao, Tipologia - Agencias
Aula 1   Introducao, Tipologia  - AgenciasAula 1   Introducao, Tipologia  - Agencias
Aula 1 Introducao, Tipologia - Agencias
 
Aula 3 - Infografia
Aula 3 - InfografiaAula 3 - Infografia
Aula 3 - Infografia
 
Aula 2 - Infografia
Aula 2 - InfografiaAula 2 - Infografia
Aula 2 - Infografia
 
PLANO DE ENSINO - EDITORAÇÃO ELETRONICA
PLANO DE ENSINO - EDITORAÇÃO ELETRONICAPLANO DE ENSINO - EDITORAÇÃO ELETRONICA
PLANO DE ENSINO - EDITORAÇÃO ELETRONICA
 
PLANO DE ENSINO - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
PLANO DE ENSINO - AGÊNCIA DE NOTÍCIASPLANO DE ENSINO - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
PLANO DE ENSINO - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
 
Eduardo campos texto
Eduardo campos   textoEduardo campos   texto
Eduardo campos texto
 
Paradigma culturológico
Paradigma culturológicoParadigma culturológico
Paradigma culturológico
 
Paradigma midiológico tecnológico
Paradigma midiológico tecnológicoParadigma midiológico tecnológico
Paradigma midiológico tecnológico
 
Paradigma critico radical
Paradigma critico radicalParadigma critico radical
Paradigma critico radical
 
Diagramação de revistas
Diagramação de revistasDiagramação de revistas
Diagramação de revistas
 
Diagramação de revistas
Diagramação de revistasDiagramação de revistas
Diagramação de revistas
 
DIAGRAMAÇÃO DE JORNAIS
DIAGRAMAÇÃO DE JORNAISDIAGRAMAÇÃO DE JORNAIS
DIAGRAMAÇÃO DE JORNAIS
 

Jornalismo Científico - Divulgação da Ciência

  • 2. •Especialização da atividade jornalística direcionada à cobertura de Ciência e Tecnologia. • Para Steve Mirsky, um conceituado jornalista científico, é a área que tem o “privilégio de ser a porta-voz da fronteira do conhecimento humano”. Steve Mirsky
  • 3. CONCEITO Para Wilson Bueno, jornalista científico, trata-se da “Divulgação da ciência e tecnologia pelos meios de comunicação de massa, segundo critérios jornalísticos” Bueno, no entanto, faz uma ressalva: “nem tudo que fala sobre ciência e está escrito em jornais ou revistas é jornalismo científico.”
  • 4. Exemplo  Textos ou artigos de anunciantes sobre Ciência e Tecnologia não podem ser considerados jornalismo científico.  Uma coleção de fascículos sobre história da Ciência e da Tecnologia, encartada num jornal ou revista, também não se constitui em exemplo de JC.
  • 5. - Alguns artigos publicados pela revista Ciência Hoje, da SBPC, escritos por pesquisadores, apesar de bem ilustrados, não podem ser incluídos na categoria Jornalismo Científico. Não porque não sejam bons, mas porque nada tem a ver com o Jornalismo. * NÃO QUE ESSES MATERIAIS NÃO SEJAM IMPORTANTES PARA A CONSULTA, MAS NÃO FORAM PRODUZIDOS DE ACORDO COM AS TÉCNICAS DO “FAZER JORNALÍSTICO” E NÃO SÃO DIRECIONADOS AO PÚBLICO EM GERAL (LEIGO NO QUE DIZ RESPEITO À CIÊNCIA).
  • 6. Textos jornalísticos ou outros materiais sobre temas da ciência e tecnologia que não são escritos no formato jornalístico são chamados de divulgação científica.  Portanto, Jornalismo Científicoe Divulgação Científica não são a mesma coisa
  • 7. Ambos têm o objetivo de divulgar a ciência, mas o Jornalismo Científico, na verdade, é uma especialização da Divulgação Científica.  Cada um tem um públio-alvo diferente.  Um, destina-se ao leigo (Jornalismo Científico). O outro, para a comunidade científica (Divulgação Cientítica)
  • 8. SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO • A divulgação da Ciência teve início com o próprio advento da imprensa de tipos móveis, em meados do século XV. Esse invento da Ciência tornou possível a reprodução em massa de uma série de ideias, estudos e ilustrações científicas. •O público, ainda que restrito à pequena camada letrada da população (clero, nobreza e burguesia), começou a ter acesso a estudos científicos que antes não eram disseminados.
  • 9. * O jornalismo científico propriamente dito surge 200 anos depois, no século XVII, mais especificamente em 1610, quando o astrônomo italiano Galileu Galilei publica o livro Mensageiro Celeste, no qual, utilizando uma linguagem coloquial, faz um relato acessível ao público sobre a sua descoberta das três luas de Júpiter. Seu livro causa sensação em toda a Europa. “(...) a demonstração por observação direta que os corpos celestes podiam se mover ao redor de outros centros que não fossem a Terra era o assunto do momento nos salões da nobreza e nos bares dos peixeiros”, relata o pesquisador e escritor Joseph Schwartz (1992). - Pagou caro por ter utilizado linguagem acessível. A nova ciência astronômica, que com a evolução do telescópio permitia a observação direta dos corpos celestes, contrariava as sagradas escrituras. Foi perseguido pela Inquisição por mais de 20 anos. Conclusão: nas obras seguintes passou a utilizar linguagem matemática inacessível ao grande público, inclusive ao clero.
  • 10. SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO * Mas apesar das resistências, viveu-se naquele período na Europa uma verdadeira “revolução científica”, que implicava não somente o desenvolvimento no campo da Ciência e Tecnologia (C&T), mas grandes transformações na filosofia, na religião e nos pensamentos social, moral e político. Descartes * Além de Galileu, é preciso destacar nomes como o do francês René Descartes (pai da geometria analítica e grande filósofo) e do inglês Isaac Newton (criador de importantes leis da Física). Esses nomes influenciaram fortemente a cultura científica do Iluminismo nos séculos XVIII e XIX. Newton
  • 11. SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO * A Inglaterra no século XVII pode ser tida como o berço da divulgação científica. * Ocorre a partir daquele país a circulação intensa de cartas manuscritas expedidas por cientistas sobre suas novas ideias e descobertas.
  • 12. SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO *Mas o pioneirismo do jornalismo científico se deu com o alemão Henry Oldenburg, que começou a difundir cartas IMPRESSAS sobre as principais ideias científicas da época. A partir de 1666, passou a ser renumerado pela Real Sociedade Britânica para fazer essa divulgação, por isso é considerado o primeiro jornalista científico do mundo. •Criou em 1665 o periódico científico Philosophical Transactions, que durante mais de 200 anos foi Oldenburg usado como modelo para as modernas publicações científicas. Era um empreendimento pessoal, que não lhe dava retorno financeiro.
  • 13. SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO * A partir da segunda metade do século XIX o jornalismo científico tem grande impulso na Europa (em especial na França, que rouba da Inglaterra o título de nação mais cientificamente avançada) como reflexo do Iluminismo: CIÊNCIA SE TORNA PARTE INTEGRANTE DO COTIDIANO DAS ELITES. * No século XX, as duas grandes guerras, em função das diversas invenções tecnológicas que delas decorrem, também contribuíram para o avanço desse jornalismo. Havia a necessidade de se relatar o que os cientistas estavam planejando em termos bélicos: novas armas de grande potencial, gases venenosos, aeroplanos e submarinos, etc... * É nessa época que surgem as primeiras associações de jornalismo científico: - 1945 é criada a Associação Britânica dos Escritores de Ciência. - 1971 é criada a União Européia das Associações de Jornalismo Científico – EUSJA (European Union of Science Journalism Associations).
  • 14. SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO * Também nos EUA, país onde o jornalismo científico é melhor desenvolvido hoje, é possível verificar grande impulsão no século XX. * Alva Johnston, do New York Times, ganhou o primeiro prêmio Pulitzer de jornalismo científico pela cobertura que fez da reunião da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS), em 1922, que teve entre outros debates, a “teoria da evolução”. * Em 1921 foi criado, por E.W. Scripps, o Science Service – primeira agência de notícias científica dos EUA.
  • 15. SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO * 1934 - Criada a Associação Nacional de Escritores de Ciência (National Association of Science Writers - NASW), que congrega hoje mais de 3000 escritores da área. * 1945 – Criado o Prêmio de Jornalismo Científico da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS). * A AAAS é responsável por publicar a prestigiada revista semanal Science (fundada pelo cientista Thomas Edison em 1880) e possui um serviço digital de divulgação de notícias sobre a área científica, o EurekAlert. * 1965 – Criada a Associação Internacional de Escritores de Ciência (ISWA)
  • 16. SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO •CONTUDO, tanto a comunidade científica como os jornalistas americanos, desde o século XIX até o século XX, voltaram seus esforços para a divulgação científica usando a filosofia funcionalista: a Ciência a favor do Estado. Estimulavam a sociedade a valorizar a Ciência em prol do Estado americano. Uma visão um tanto quanto acrítica. * Essa visão permitiu, por exemplo, o avanço do programa espacial americano nas décadas de 60 e 70, principal mote tecnológico do período da Guerra Fria. * A fase do questionamento e de um posicionamento mais crítico só começa em 1987, com a explosão do ônibus espacial Challenger. Os jornalistas científicos começaram a debater por que com tantos indícios não conseguiram prever o acidente.
  • 17. SURGIMENTO DO J. CIENTÍFICO * Na década de 90, com os longos debates sobre as mudanças climáticas globais, a biotecnologia e a enorme possibilidade de acesso a diferentes fontes, o jornalismo científico norte- americano ficou mais crítico e menos ufanista. •O jornalismo científico, não só nos EUA como no mundo, começou a dar grande importância à questão ambiental. Eventos como a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento), realizada entre 3 e 14 de junho de 1992, no Rio de Janeiro, começaram a ter grande destaque na cobertura científica, com enfoque de que os danos ao meio ambiente são majoritariamente causados pelos países desenvolvidos.
  • 18. PIONEIROS •EUCLIDES DA CUNHA, especialmente com Os Sertões (1897). - No livro Euclides faz profunda reflexão sobre a influência do meio ambiente na formação do homem brasileiro e discute com primor a vegetação e as variações climáticas da região de Canudos.
  • 19. PIONEIROS •JOSÉ REIS – médico, pesquisador, educador e jornalista, considerado o patrono do jornalismo científico brasileiro, em função de diversos feitos: -Escreveu coluna na Folha de S.Paulo de 1947 (grupo Folha da Manhã) até o fim da sua vida em 2002; - Foi o fundador da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, criada em 1948, como já dissemos. -Fundou em 1977 a Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC). -Para reconhecer esse pioneiro, em 1979 o CNPq criou o Prêmio José Reis de Divulgação Científica, destinado àqueles que tenham contribuído significativamente para tornar a Ciência, a Tecnologia e a pesquisa conhecidas do público leigo.
  • 20. J. CIENTÍFICO - BRASIL * Enquanto na Europa e nos EUA o século XVIII foi marcado por grande efervescência científica, no Brasil até 1808 não existia nada, graças à censura promovida pela Coroa portuguesa. * Mesmo após a vinda da família Real, a leitura e os estudos eram privilégio dos filhos na nobreza, que podiam se dar ao luxo de estudar na Europa. Escolas de nível superior só surgiram no Brasil na segunda metade do século XIX e as primeiras universidades na década de 1930. * A pesquisa científica brasileira só começa a mostrar alguma força a partir do final do século XIX, quando a comunidade científica começa a se organizar.
  • 21. J. CIENTÍFICO - BRASIL -Nas últimas décadas do século XIX surgem os primeiros periódicos brasileiros que cobriam Ciência e Tecnologia: Revista Braziliense (1857); Revista do Rio de Janeiro (1876); Revista Observatório (1886). - Maior crescimento a partir da década de 20, com muitas iniciativas em divulgação e jornalismo científico, em especial no Rio de Janeiro.
  • 22. J. CIENTÍFICO - BRASIL -Seu impulso mesmo só ocorre a partir da década 1940 (após o fim da ditadura Vargas), quando a Ciência entra para a agenda do governo e da sociedade. - O término da II Guerra também acelera a pesquisa científica por aqui. - Em 1948, foi criada a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entidade que hoje congrega todas as sociedades científicas do país. - Em 1951, foi criado o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), que até hoje é um dos principais órgãos a regulamentar e fomentar a pesquisa científica nacional. Apesar de suas origens estarem ligadas à ideologia de “segurança nacional” defendida por militares e burocratas do aparelho estatal desde 1940, foi essencial para o crescimento da pesquisa científica no país.
  • 23. J. CIENTÍFICO - BRASIL -É preciso destacar que o regime militar, apesar de todo o mal que causou ao país, deu grande impulso ao desenvolvimento científico e tecnológico, ainda que tenha usado a C& T apenas a seu favor. A Tecnologia e a Ciência eram vistas como prioridades, como instrumentos para levar o país a ser soberano e independente. Muitos investimentos na área. As entidades de pesquisa governamental tinham projetos definidos e verbas alocadas. - Por outro lado, o jornalismo científico ficou prejudicado nesse período. Seguia à risca a batuta dos censores, divulgando com ufanismo os grandiosos projetos da época (Transamazônica, grandes hidrelétricas, programa nuclear e programa espacial).
  • 24. J. CIENTÍFICO - BRASIL -Da década de 80 até a atualidade, a divulgação e o jornalismo científico no Brasil cresceram significativamente. Surgem novas revistas como Ciência Hoje, da SBPC. -Em 1990, a editora Globo lançou a Revista Globo Ciência e no mesmo ano a Abril lançou Superinteressante. -Além disso surgiram programas na tevê como Globo Ciência (Globo). - o CNPq reeditou a Revista Brasileira de Tecnologia (RBT), criada nos anos 60, que passou a ser feita por jornalistas. - Em 1985, foi criado o Ministério da Ciência e Tecnologia, refletindo a importância que o tema ganhou no país.
  • 25. J. CIENTÍFICO - BRASIL -Grandes eventos de repercussão internacional influenciaram esse boom, como a passagem do cometa Halley (1986), as viagens espaciais e a questão ambiental. -À época da Rio-92 já era grande o número de jornais brasileiros com editoria de Ciência e Tecnologia. -Cresce também o número de Assessorias de Imprensa das universidades, instituições de pesquisa e agências de fomento, com a produção de informativos e maior divulgação de informações sobre o que vem sendo estudado.
  • 26.  Física  Química  Sociologia  Comunicação  Astronomia  Antropologia
  • 27.  descobertas científicas  marcos no desenvolvimento tecnológico  Curiosidades  Pesquisa científica  Polêmicas na comunidade acadêmica
  • 28. Jornalistas  Wilson da Costa Bueno  Carlos Vogt  Marcelo Leite Divulgadores:  Marcelo Gleiser  Miguel Nicolelis
  • 29. Ciência Hoje  Superinteressante  Galileu  Revista da Fapesp  Mente & Cérebro  Natures  Scientific American