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Escultura grega

Professora de História e de HCA em Escola Secundária IBN Mucana
7 de Nov de 2011
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Escultura grega

  1. PERÍODOS DA ESCULTURA GREGA ARCAICO VIII-VI a.c. CLÁSSICO V a.c. PÓSCLÁSSICO IV a.c. HELENÍSTICO III-I a.c.
  2. INOVAÇÕES DA ESCULTURA GREGA FACE À DA ARTE PRÉ-CLÁSSICA   Naturalismo das formas Regras de representação do corpo humano    Rigor anatómico Cânone Quebra da Lei da Frontalidade     Contraposto Sorriso Nú Idealização da figura humana (carácter heróico)
  3. NATURALISMO E REALISMO  Naturalismo é a representação de formas da natureza, com base na observação do corpo: um braço é um braço, um músculo é um músculo.  Os escultores gregos estudavam o corpo humano e praticavam o desenho. A escultura grega está relacionada com a evolução da ciência e da medicina da época.
  4. Quebra da lei da frontalidade A quebra da lei da frontalidade vem romper com a tradição egípcia que dispunha os braços e cabeça de perfil e o tronco e um olho de frente: os gregos fazem avançar um braço e uma perna nas figuras, sugerindo movimento
  5. Outras características gerais da escultura grega Que temas?
  6. Outras características gerais da escultura grega Dimensão humanista da escultura “O Homem é a medida de todas as coisas” (Protágoras) A escultura glorifica os seus atletas, heróis e deuses, estes últimos criados à sua imagem
  7. Outras características gerais da escultura grega Quais as funções da escultura grega?
  8. Outras características gerais da escultura grega A escultura grega tinha funções religiosas, políticas, honoríficas, funerárias e ornamentais (estreitamente ligada à arquitetura)
  9. O PERÍODO ARCAICO (séculos VIII-VI a.c.) O relevo estava sujeito às formas e dimensões dos espaços arquitetónicos a ele destinados
  10. O PERÍODO ARCAICO (séculos VIII-VI a.c.) Escultura nos tímpanos: colocação de diversas figuras, em variadas posições, de acordo com o espaço a ocupar; a dimensão e a posição das figuras tinha a ver com a sua importância Nas métopas colocavam-se cenas míticas com 2 ou 3 personagens, com histórias de heróis, gigantes, centauros, …
  11. Relevos no tímpano
  12. O friso jónico No friso jónico o artista tinha maior liberdade criativa, desenvolvendo uma ação sequenciada, numa sucessão narrativa sem interrupção. Os temas mais utilizados eram as procissões, os desfiles, as corridas de cavalos, …
  13. Relevos nas métopas e frisos
  14. Relevos na ordem dórica e jónica
  15. Características do relevo
  16. Características do relevo Movimentos rígidos Anatomia esquemática
  17. Características do relevo Movimentos rígidos Olhos oblíquios e amendoados Anatomia esquemática Maçãs do rosto salientes
  18. Características do relevo Movimentos rígidos Rostos orientalizantes Anatomia esquemática Barba e cabelo geometrizados
  19. Estatuária do período arcaico Kouros Koré
  20. Kouros Kouros = singular de kouroi simboliza o deus da juventude e da plenitude (Apolo ou Hermes) + Há também quem considere que pode representar o jovem Zeus ou atletas-heróis, sendo, portanto, representações heróicas.
  21. Kouros Representações heróicas de jovens: -Vitórias nas competições atléticas -Morte em batalhas na defesa da pólis Os Irmãos Cleobis e Biton, de Polímedes de Argos, Santuário de Apolo, Delfos, séc. VI a.c.
  22. Koré Korai = plural de koré jovens virgens, graciosas e encantadoras, com longas túnicas pregueadas, que eram pintadas de cores vivas, luminosas e cintilantes. + Os seus rostos simétricos, com “meiossorrisos” e cabelos longos , ondulados e por vezes entraçados , são de uma imobilidade serena. + utilizadas como ex-votos, estátuas colocadas em túmulos ou templos em cumprimento de uma promessa
  23. Dama de Auxerre- sec VII a.c Kouros dito de Súnio-sec VI a.c
  24. Características da estatuária figuras rígidas, de ombros hirtos - ombros largos e anca estreita - braços esticados ao longo do corpo - perna esquerda adiantada e punhos cerrados - barba e cabelo simplificados e convencionais - Rosto esquemático, com sorriso enigmático -
  25. Sorriso e nu Sorriso relação mais transparente e destemida entre homens e deuses. As estátuas votivas mostram desde o período arcaico este sorriso.
  26. Sorriso e nu Exibição do corpo humano nu inexistência de tabus a este respeito, certas práticas como o deporto e o respeito pelos valores físicos do homem
  27. Evolução do estilo arcaico Guerreiro do Templo de Afaia, frontão oeste, c. 505-500 a.C. Gliptoteca de Munique. Exemplo precursor do estilo Severo
  28. Período severo (500-450 a.c.) Período de transição entre o estilo arcaico e o estilo clássico. O Auriga de Delfos, 474 a.c. Poseídon (460 a.c.)
  29. Período severo (500-450 a.c.) Período de transição entre o estilo arcaico e o estilo clássico. Caracteriza-se pela: severidade e sobriedade no tratamento dos corpos e rostos (congelamento da - ação em um momento ) abandono da rigidez e atitude estática do corpo (maior naturalismo e um - estudo bem mais detalhado da anatomia)
  30. Período severo (500-450 a.c.) - detalhes decorativos são reduzidos a um mínimo - o ênfase recai nos traços anatómicos principais - o interesse pela caracterização das emoções e pelo seu potencial narrativo conduz a uma exploração de suas repercussões sobre a dinâmica corporal. Kritios: Efebo, c. 480 a.C.,
  31. Período severo (500-450 a.c.) O par de guerreiros de Riaci, fundidos em torno de 450 a.C. (um jovem e um homem maduro).
  32. Período severo (500-450 a.c.) - Expressão sóbria, séria e contemplativa - Movimento imobilizado no tempo - Maior naturalismo na anatomia e nas proporções O par de guerreiros de Riaci, fundidos em torno de 450 a.C. (um jovem e um homem maduro).
  33. Período severo (500-450 a.c.) O par de guerreiros de Riaci, fundidos em torno de 450 a.C., um jovem e um homem maduro. Os seus traços de avançado naturalismo indicam serem obras transicionais para o Classicismo, mas diversas incongruências anatómicas traem a influência Severa. Conclusão: o estilo Severo trouxe uma série de importantes inovações formais, técnicas e ideológicas para a escultura.
  34. O PERÍODO CLÁSSICO (século V a.c.) O Discóbolo de Míron foi a primeira obra deste período a atingir maior expressão devido à introdução de movimento eminente. As caraterísticas deste período são:     Realismo idealizado Naturalismo Equilíbrio serenidade
  35. FÍDIAS (século V a.c.) Réplica de Atena Parteno, relevos e estátuas de frisos, métopas e frontões do Partenon - Perfeição anatómica - Robustez e serenidade - Força e majestade caráter idealista e divinizado
  36. Rigor anatómico e cânone 1 Com base no conhecimento científico do corpo humano, surgem representações com maior rigor anatómico de formas, músculos, posições, tensões, etc. As proporções também são estudadas: no séc. V a.C. Policleto determina o cânone: o corpo é 7 x o tamanho da cabeça 2 3 4 5 6 7
  37. Doriforo, de Policleto Cânone de beleza - HARMONIA DAS PARTES ANATÓMICAS - LIGEIRO MOVIMENTO DE OMBROS E ANCA - ALTURA DO CORPO IGUAL A 7 VEZES A CABEÇA
  38. Doriforo, de Policleto Cânone de beleza Policleto criou padrões de beleza e equilíbrio através do tamanho das estátuas que deveriam ter sete vezes o tamanho da cabeça.
  39. POLICLETO, Doríforo (século V a.c.) O contraposto é uma característica já do período clássico: os corpos dispõem-se a ¾, levemente torcidos, com o peso assente numa das pernas e a outra semi-flectida ACENTUADO CONTRAPPOSTO
  40. O cânone de Lisipo No séc. IV a.C. – Lisipo: passa a 8 x. Isto traduz-se no alongamento e sinuosidade da figura humana. Neste período pós-clássico, as figuras são mais torcidas e precisam de apoio (coluna, tronco de árvore, etc.) 
  41. LISIPO, APOXIOMENO (séc. IV a.c.) -corpo mais esbelto -vulto redondo -elevado naturalismo -rompe com a frontalidade ao projectar os braços no espaço -cabeça menor que a do Doríforo, mas mais expressiva
  42. PRAXÍTELES (séc.IV a.c.) criou a curva praxitiliana (contrapostto mais acentuado) jovem em posição indolente: os músculos não são acentuados - - - sorriso malicioso - Hermes e Dionísio tronco fletido Introduz o nu feminino Afrodite de Cnido
  43. ESCOPAS (século IV a.c.) - Introdução do patético na arte (expressividade dramática comovente) - valorização do pathos (exteriorização das emoções) Estela funerária Ménade
  44. Mausoléu de Halicarnasso (século IV a.c.) É um monumento funerário dedicado a Mausolo, um sátrapa (governador) do Império Persa, considerado por Plínio como uma das 7 maravilhas. Na sua construção participaram vários mestres gregos, como Leócares.
  45. Período helenístico (século III a I a.c.) - pathos muito pronunciado - composição desequilibrada, para valorizar o dramatismo - expressão de dor física expressa no rosto e na tensão muscular - grupo escultórico Realismo expressivo, dramático de efeito teatral - abandono do “realismo idealista” e da serenidade - LAOCOONTE, século I a.c.
  46. ALTAR DE ZEUS (Pérgamo, século II a.c.) O maior altar da Antiguidade, repleto de efeitos teatrais dramáticos, sendo considerado um “barroco helenístico”. Representa a luta dos deuses e dos gigantes num estilo agitado, violento e convulsivo
  47. VITORIA DE SAMOTRACIA (século II a.c.) Representa uma deusa alada. É considerada uma das obras primas deste período. Capta o momento em que a deusa poisa na proa do navio, de asas abertas, num perfeito equilíbrio ente o movimento do corpo e a força do vento que se lhe opõe A atitude e os drapeados esvoaçantes, colados ao corpo, transmitem dinamismo. Repare-se no tratamento plástico e expressivo dado às pregas fluidas do tecido transparente, o que contribui para uma sublimação que vai para além da estética.
  48. VENUS DE MILO (século II a.c.) A figura ergue-se sobre a perna direita, pousando o pé esquerdo numa espécie de degrau. Nas mãos supõe-se que segurava as pregas do manto que lhe cobre as pernas
  49. O Gaulês moribundo (século III a.c.) Esta obra comemora a vitória dos gregos contra os gauleses. No entanto, o adversário é tratado com dignidade e compaixão através da atitude curvada e exausta do guerreiro. Transmite um realismo capaz de traduzir emoções fortes.
  50. Conclusões: A evolução da escultura grega antiga compreende três grandes períodos: arcaico, clássico e helenístico. No início as formas são mais rudes e pouco naturais; vão evoluindo para um tipo heróico de representação do homem, sempre jovem belo e modelar; no fim, o naturalismo dá lugar ao realismo, com a representação da várias idades do homem e de modelos menos “regulares” e patéticos, como bêbados, moribundos, figuras dolorosas, anões, etc.
  51. Conclusões:    A escultura grega assume um conjunto alargado de inovações estéticas e formais que a distinguem da plástica pré-clássica Essas inovações prendem-se com as características da cultura grega, nomeadamente a religião aberta e humanista, os valores filosóficos e estéticos e o desenvolvimento da vida pública e cívica As inovações são: naturalismo das formas mas com idealização geral da figura humana; regras de representação dos corpos (rigor anatómico e cânone), quebra da lei da frontalidade e surgimento do sorriso e do nu
  52. FIM

Notas do Editor

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