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O descarte e a segregação de vacas com mastite crônica é o tema
do encarte que encerra o projeto “Saúde Ponto a Ponto Vallée”.
Nesta 6ª edição, saiba quais fatores são determinantes para
o descarte do animal e o que fazer para evitar a introdução
de agentes contagiosos no plantel.
O descarte de vacas com mastite é uma forma rápida e prática de reduzir o nível
de infecção existente no rebanho, uma vez que as vacas com mastite crônica
representam verdadeiros reservatórios de agentes contagiosos, que podem ser
transmitidos a animais sadios, dificultando o controle da doença no rebanho.
Os cuidados não param por aí. Animais comprados de outras propriedades podem
ser fontes de novas infecções, por isso é preciso estar atento ao adquirir novas
fêmeas para o plantel.
Para finalizar o projeto “Saúde Ponto a Ponto Vallée”, daremos algumas dicas
práticas do que deve ser observado nas fêmeas na hora de fazer a reposição.
Com o encerramento desse trabalho, a Vallée acredita ter auxiliado técnicos
e produtores a fortalecerem a pecuária leiteira e contribuído com sua missão
de assegurar a saúde animal.
SAÚDE
Setembro-2015 | Descarte e segregação.
6
Consulte sempre um Médico Veterinário.
www.vallee.com.br
NO LEITE,
TEMPO É DINHEIRO.
Quem acompanha o dia a dia do produtor de leite
sabe que o controle da mastite deve ser rápido e eficaz.
A Vallée tem a linha mais completa para o controle da doença.
Linha Leite Vallée.
Retorno na velocidade que seu negócio exige.
Disponíveis nas melhores lojas
e revendas agropecuárias.
/ValleeOficial/ValleeOficial 0800 882 5533@ValleeSA
2 antibióticos
1 anti-inflamatório
Segregação de vacas com mastite crônica Atenção redobrada na hora de adquirir animais para reposição
Para evitar a introdução de patógenos contagiosos no rebanho, é preciso monitorar os animais comprados
de outras propriedades. A melhor estratégia é verificar como está a saúde desses animais antes da compra*.
A segregação de animais, conhecida como “linha de ordenha”, é uma prática bastante comum
que tem por objetivo impedir a disseminação da mastite no rebanho, pois os animais doentes
são ordenhados por último. Normalmente, as vacas são ordenhadas na seguinte sequência:
O livro “Estratégias para Controle de Mastite e Melhoria da Qualidade
do Leite”, dos autores Marcos Veiga dos Santos e Luís Fernando
Laranja da Fonseca, é uma leitura indispensável para os produtores
de leite. Fartamente ilustrado, serviu de guia para a elaboração
do projeto “Saúde Ponto a Ponto Vallée”. Nele é possível encontrar
as principais estratégias de controle e monitoramento da mastite,
como prevenir a doença em novilhas, o manejo correto da ordenha
e muitas outras informações.
SAÚDE
Fique de olho!
Fonte: Livro: “Estratégias para Controle de Mastite e Melhoria da Qualidade do Leite”. Adaptação Vallée.
6
•	 Vacas devem ter valor de CCS igual ou inferior a 200.000 células/ml.
•	 Rebanhos devem ter valor de CCS igual ou inferior a 250.000 células/ml.
•	 Deve ser realizado teste de CMT para vacas recém-paridas no 4º ou 5º dia após o parto.
	 (O objetivo é prever o status de infecção destes animais no início da lactação).
Sempre que possível, recomenda-se realizar cultura microbiológica do leite dos animais que serão adquiridos a fim de se verificar quais os patógenos
presentes. O ideal é fazer três coletas intercaladas de sete dias, pois dessa forma é possível ser assertivo no diagnóstico de animais infectados
por Staphylococus aureus.
Vacas primíparas (de primeira cria), sem mastite.
Vacas multíparas, que nunca tiveram mastite.
Vacas que já tiveram mastite, mas que foram curadas.
Vacas com mastite subclínica.
1
2
3
4
Descarte de vacas com mastite crônica
Idade da vaca: à medida que aumenta a idade do animal, diminuem as chances de cura
de infecções causadas por Staphylococus aureus, bactéria mais difícil de ser combatida.
Persistência da doença: vacas com mais de dois casos de mastite clínica durante
uma lactação produzem menos leite, além do prejuízo com o descarte do leite durante
o período de carência do medicamento.
Estágio de lactação x produção de leite: vacas de primeira cria com produção
30% menor do que a média do rebanho.
Casos subclínicos: vacas com mastite subclínica crônica, apresentando elevada CCS
que, mesmo passando pelo tratamento da vaca seca, mantém a infecção
na lactação seguinte.
Teste positivo para Staphylococus aureus: por ser uma bactéria de difícil tratamento
recomenda-se o descarte de animais portadores de infecção por esse agente.
O descarte de vacas com mastite crônica é uma forma de eliminar do plantel animais que sejam
fontes de infecção da doença ou que demandem gastos excessivos com medicamentos.
O monitoramento pode ser feito por meio da CCS (Controle de Células Somáticas) mensal de cada
animal, assim como o acompanhamento do número e da duração de casos clínicos.
Fatores a serem considerados quanto ao descarte:
•	 A “linha de ordenha” exige a formação de lotes distintos ou que seja realizada a separação
	 dos lotes no momento da ordenha.
•	 O critério de segregação baseada na CCS pode ser limitado, pois mesmo animais com baixa
	 CCS podem apresentar infecções intramamárias, tornando-se em potenciais reservatórios.
•	 A prática exige maior periodicidade de avaliação da CCS para reagrupamento dos lotes,
	 uma vez que a dinâmica das infecções é intensa.
IMPORTANTE: vacas com mastite clínica devem ser ordenhadas separadamente
em virtude da alteração da composição do leite e, principalmente, pela presença
de resíduos de antibióticos.
Garupa
Deve ser larga e ter boa angulosidade. Essa característica permite a fácil passagem para
o bezerro no nascimento e drenagem necessária dos fluídos pós-parto, de modo a prevenir
infecções reprodutivas e problemas de fertilidade.
Pés e pernas
As pernas posteriores devem ter curvatura intermediária, assim como os cascos.
Essas duas características, altamente correlacionadas com a vida útil das vacas,
garantem maior resistência a doenças do pé e claudicação, além de mobilidade para o
animal chegar ao pasto, cocho de alimentação, sala de ordenha e demonstrar cio.
Força leiteira
Relacionada à capacidade torácica e abdominal. Uma vaca com força leiteira desejável
é caracterizada por ter costelas angulosas, abertas e bem arqueadas, com um peito
aberto e boa profundidade corporal.
Sistema mamário
O úbere deve ser alto, largo e fortemente inserido no abdômen da vaca.A profundidade deve
ser adequada, capaz de suportar altos volumes de leite, e os ligamentos e inserções fortes
para mantê-lo livre de infecções. Os tetos devem ter comprimento intermediário, localizados
no centro dos quartos.
Ângulo de garupa Profundidade corporal
Ângulo de casco
Pernas posteriores (vista lateral)
Extremamente baixa
Alta
Extremamente forte
Extremamente alto
Juntos ao ligamento central
Extremamente alto (escarpado)
Extremamente cuvas
Extremamente baixo (achinelado)
Extremamente retas
Intermediário
Intermediárias
Extremamente alta
Baixa
Extremamente fraco
Extremamente baixo
Na periferia externa
Intermediária
Intermediária
Intermediário
Intermediário
No centro dos quartos
Ligamento mediano
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*Fonte:LucianaCasimirodaCosta/TheOhioStateUniversity

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  • 1. O descarte e a segregação de vacas com mastite crônica é o tema do encarte que encerra o projeto “Saúde Ponto a Ponto Vallée”. Nesta 6ª edição, saiba quais fatores são determinantes para o descarte do animal e o que fazer para evitar a introdução de agentes contagiosos no plantel. O descarte de vacas com mastite é uma forma rápida e prática de reduzir o nível de infecção existente no rebanho, uma vez que as vacas com mastite crônica representam verdadeiros reservatórios de agentes contagiosos, que podem ser transmitidos a animais sadios, dificultando o controle da doença no rebanho. Os cuidados não param por aí. Animais comprados de outras propriedades podem ser fontes de novas infecções, por isso é preciso estar atento ao adquirir novas fêmeas para o plantel. Para finalizar o projeto “Saúde Ponto a Ponto Vallée”, daremos algumas dicas práticas do que deve ser observado nas fêmeas na hora de fazer a reposição. Com o encerramento desse trabalho, a Vallée acredita ter auxiliado técnicos e produtores a fortalecerem a pecuária leiteira e contribuído com sua missão de assegurar a saúde animal. SAÚDE Setembro-2015 | Descarte e segregação. 6 Consulte sempre um Médico Veterinário. www.vallee.com.br NO LEITE, TEMPO É DINHEIRO. Quem acompanha o dia a dia do produtor de leite sabe que o controle da mastite deve ser rápido e eficaz. A Vallée tem a linha mais completa para o controle da doença. Linha Leite Vallée. Retorno na velocidade que seu negócio exige. Disponíveis nas melhores lojas e revendas agropecuárias. /ValleeOficial/ValleeOficial 0800 882 5533@ValleeSA 2 antibióticos 1 anti-inflamatório
  • 2. Segregação de vacas com mastite crônica Atenção redobrada na hora de adquirir animais para reposição Para evitar a introdução de patógenos contagiosos no rebanho, é preciso monitorar os animais comprados de outras propriedades. A melhor estratégia é verificar como está a saúde desses animais antes da compra*. A segregação de animais, conhecida como “linha de ordenha”, é uma prática bastante comum que tem por objetivo impedir a disseminação da mastite no rebanho, pois os animais doentes são ordenhados por último. Normalmente, as vacas são ordenhadas na seguinte sequência: O livro “Estratégias para Controle de Mastite e Melhoria da Qualidade do Leite”, dos autores Marcos Veiga dos Santos e Luís Fernando Laranja da Fonseca, é uma leitura indispensável para os produtores de leite. Fartamente ilustrado, serviu de guia para a elaboração do projeto “Saúde Ponto a Ponto Vallée”. Nele é possível encontrar as principais estratégias de controle e monitoramento da mastite, como prevenir a doença em novilhas, o manejo correto da ordenha e muitas outras informações. SAÚDE Fique de olho! Fonte: Livro: “Estratégias para Controle de Mastite e Melhoria da Qualidade do Leite”. Adaptação Vallée. 6 • Vacas devem ter valor de CCS igual ou inferior a 200.000 células/ml. • Rebanhos devem ter valor de CCS igual ou inferior a 250.000 células/ml. • Deve ser realizado teste de CMT para vacas recém-paridas no 4º ou 5º dia após o parto. (O objetivo é prever o status de infecção destes animais no início da lactação). Sempre que possível, recomenda-se realizar cultura microbiológica do leite dos animais que serão adquiridos a fim de se verificar quais os patógenos presentes. O ideal é fazer três coletas intercaladas de sete dias, pois dessa forma é possível ser assertivo no diagnóstico de animais infectados por Staphylococus aureus. Vacas primíparas (de primeira cria), sem mastite. Vacas multíparas, que nunca tiveram mastite. Vacas que já tiveram mastite, mas que foram curadas. Vacas com mastite subclínica. 1 2 3 4 Descarte de vacas com mastite crônica Idade da vaca: à medida que aumenta a idade do animal, diminuem as chances de cura de infecções causadas por Staphylococus aureus, bactéria mais difícil de ser combatida. Persistência da doença: vacas com mais de dois casos de mastite clínica durante uma lactação produzem menos leite, além do prejuízo com o descarte do leite durante o período de carência do medicamento. Estágio de lactação x produção de leite: vacas de primeira cria com produção 30% menor do que a média do rebanho. Casos subclínicos: vacas com mastite subclínica crônica, apresentando elevada CCS que, mesmo passando pelo tratamento da vaca seca, mantém a infecção na lactação seguinte. Teste positivo para Staphylococus aureus: por ser uma bactéria de difícil tratamento recomenda-se o descarte de animais portadores de infecção por esse agente. O descarte de vacas com mastite crônica é uma forma de eliminar do plantel animais que sejam fontes de infecção da doença ou que demandem gastos excessivos com medicamentos. O monitoramento pode ser feito por meio da CCS (Controle de Células Somáticas) mensal de cada animal, assim como o acompanhamento do número e da duração de casos clínicos. Fatores a serem considerados quanto ao descarte: • A “linha de ordenha” exige a formação de lotes distintos ou que seja realizada a separação dos lotes no momento da ordenha. • O critério de segregação baseada na CCS pode ser limitado, pois mesmo animais com baixa CCS podem apresentar infecções intramamárias, tornando-se em potenciais reservatórios. • A prática exige maior periodicidade de avaliação da CCS para reagrupamento dos lotes, uma vez que a dinâmica das infecções é intensa. IMPORTANTE: vacas com mastite clínica devem ser ordenhadas separadamente em virtude da alteração da composição do leite e, principalmente, pela presença de resíduos de antibióticos. Garupa Deve ser larga e ter boa angulosidade. Essa característica permite a fácil passagem para o bezerro no nascimento e drenagem necessária dos fluídos pós-parto, de modo a prevenir infecções reprodutivas e problemas de fertilidade. Pés e pernas As pernas posteriores devem ter curvatura intermediária, assim como os cascos. Essas duas características, altamente correlacionadas com a vida útil das vacas, garantem maior resistência a doenças do pé e claudicação, além de mobilidade para o animal chegar ao pasto, cocho de alimentação, sala de ordenha e demonstrar cio. Força leiteira Relacionada à capacidade torácica e abdominal. Uma vaca com força leiteira desejável é caracterizada por ter costelas angulosas, abertas e bem arqueadas, com um peito aberto e boa profundidade corporal. Sistema mamário O úbere deve ser alto, largo e fortemente inserido no abdômen da vaca.A profundidade deve ser adequada, capaz de suportar altos volumes de leite, e os ligamentos e inserções fortes para mantê-lo livre de infecções. Os tetos devem ter comprimento intermediário, localizados no centro dos quartos. Ângulo de garupa Profundidade corporal Ângulo de casco Pernas posteriores (vista lateral) Extremamente baixa Alta Extremamente forte Extremamente alto Juntos ao ligamento central Extremamente alto (escarpado) Extremamente cuvas Extremamente baixo (achinelado) Extremamente retas Intermediário Intermediárias Extremamente alta Baixa Extremamente fraco Extremamente baixo Na periferia externa Intermediária Intermediária Intermediário Intermediário No centro dos quartos Ligamento mediano Altura do úbere posterior Colocação dos tetos anteriores e posteriores *Fonte:LucianaCasimirodaCosta/TheOhioStateUniversity