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Docente: Erika Carla Aragão
Disciplina: FISIOLOGIAANIMAL – ARA07
Discente: Leonardo Ferreira
MASTITE
Infecção Bacteriológica
1
Porque estudar mastite?
Alimentação Produção
 Brasil 5° maior produtor mundial 31.667.600 toneladas de leite - 5,3%
1.340 L/vaca/ano – 305 dias- 4,49 L/dia
Bahia 7° produtor – 4% da produção nacional – 17° maior fazenda produtora do
Brasil - 15.582,68/dia (Jaborandi)
Mercado do Leite no Brasil
PERDAS RELACIONADAS MASTITE
CCSTQ
(1.000 cél./ mL)
PORCENTAGEM DE
QUARTOS INFECTADOS
NO REBANHO
PORCENTAGEM DE
PERDA NAPRODUÇÃO
200 6 0
500 16 6
1.000 32 18
1.500 48 29
Fonte: Associação Gaúcha de produtores de Leite, 2007
Espécie Número de
Glândulas
Torácicas Abdominais Inguinais
Bovina 4 - - 4
Ovina 2 - - 2
Caprina 2 - - 2
Suina 12 4 6 2
Número e localização de glândulas mamárias por
espécie de importância economica
Fisiologia da Glândula mamária
Glândulas torácicas
Primatas
8 a 10 canais por teto
Elefantes
Porca
2 ou 3 canais por teto
Toracica, abdominar e inguinal
Ovelha
2 canais/teto
1 canal/teto
Cabra
Égua
Gatas e cadelas
5-6 canais por teto
Inguinal
• A Glândula mamária corresponde a uma glândula sudorípara modificada que secreta
leite para nutrição da prole.
• Está composta por um sistema de ductos que conectam massas de epitélio secretor
(parênquima) envolvido por tecido conjuntivo, gordura, vasos e nervos (estroma).
Encontra-se sustentado por uma cápsula fibro-elástica.
• Parênquima = consiste de camada única de células epiteliais secretoras formando os
alvéolos mamários que drenam para ductos pequenos que vão progressivamente se unindo a
ductos maiores até abrir em uma cisterna ou diretamente na teta.
• Os alvéolos são agrupados em unidades conhecidas como lóbulos, cada um deles
envolvido por um septo distinto de tecido conjuntivo.
• Os lóbulos são agrupados em unidades maiores denominadas lobos, que são rodeados
por septos de tecido conjuntivo.
MORFOLOGIA
Estrutura dos sistema de ductos da glândula
mamária e alvéolo secretor
Circulação arterial e venosa da glândula mamária
1
2 3
11
6 7
4
5
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9
10
1. Coração
2. Aorta
3. Veia cava caudal
4. Veia e artéria ilíaca externas
5. Veia e artéria pudenda
externas
6. Veia e artéria ilíaca internas
7. Veia e artéria
perineais
8. Artéria mamária
caudal
9. Artéria mamária
cranial
10. Veia abdominal
subcutânea
11. Veia cava cranial
Para produzir 1 litro de leite: 300-500 litros de sangue
passam pela glândula. Uma vaca que produz 60 litros
leite/dia: 30.000 litros.
SECREÇÃO LEITE
OCITOCINA
ADRENALINA
VASOCONSTRIÇÃO
BLOQUEIO
RECEPTORES
O ÚBERE - Nos ruminantes e éguas, as glândulas individuais estão tão
intimamente associadas e justapostas que a estrutura resultante é chamada
no conjunto de ÚBERE.
A seleção de animais com ligamento medial mais resistente
pode ser uma ferramenta importante para minimizar a
incidência da mastite
PATÓGENOSAMBIENTAIS
ORGANISMOS CONTAGIOSOS Colonizam a Glândula mamária
Stafilococcus, Streptococus, Micoplasmas etc...
Oriundos do ambiente
E.coli, Pseudomonas etc...
DEFINIÇÃO
 É inflamação da Glândula Mamária
 Alterações Físicas, Químicas e Organolépticas
 Mastite Clínica e Sub-Clínica
Quarto anterior esq.
AGENTES
Mastite ou mamite
Tipos de Mastite
Mastite clínica Mastite subclínica
Mastite ou mamite
ENFERMIDADAS - MASTITE
MASTITE CLÍNICA
o Inflamação: Dor, Calor, Enrijecimento,
o Sintomatologia Sistêmica: Febre,
Depressão, Anorexia
oGrumos no leite, podendo haver
sangue
SINAIS CLÍNICOS
sangue
grumos
Obs.: Mastite SC ausência
sinais clínicos, porém
diminui produção
Microrganismos que causam mastite contagiosa:
• Staphylococcus aureus (Gram+)
• Streptococcus agalactiae (Gram+)
Microrganismos que causam mastite ambiental:
• Escherichia coli (Gram–)
• Klebsiella Streptococcus uberis (Gram–)
• Streptococcus dysgalactiae (Gram+)
• Streptococcus bovis Enterococcus
Pseudomonas
Mecanismode defesadaglândula mamária
Uma glândula mamária normal é protegida por uma variedade de mecanismos de
defesa naturais frente às infecções. Esses mecanismos podem ser não imunológicos
(inespecíficos) ou imunológicos.
Linhasde defesa
 barreira física
 sistema imunológico
Na maioria dos casos, a bactéria não coloniza o parênquima mamário, porém verifica-se
por exemplo, que em certas cepas de E.coli são capazes de invadir e se aderirem ao
epitélio mamário, causando infecções intramamárias crônicas e casos recorrentes de
mastite clínica
Resposta Inflamatória Aguda
Penetração da Bactéria
LPS
LPS
LPS
LPS
LPS
Reconhecimento
imunológico da bactéria
Rápidaproliferação dabactéria no leite
 edema agudo;
 ativaçãode fatoresde complemento no leite;
 outros sistemas anti-inflamatórios;
 aumento célulassomáticas no leite; (TCS)
 Enquantocausador, inchaçoe leite anormal(secreçãoserosa), o edema é crítico na mastite por E.coli,
poispermite atransudaçãode anticorpos, complemento e conglutininado sangue parao úbere,
facilitandoaeliminaçãode patógenos opsonizados,pelosneutrófilos.
As citocinas são responsáveis pelos sinais locais da inflamação como inchaço,
vermelhidão e dor, assim como por sinais sistêmicos como febre, taquicardia, aumento
da frequência respiratória, anorexia e depressão. Algumas vacas podem apresentar
septicemia associada a disfunção múltipla de órgãos, hipotensão, acidose lática, falência
renal, choque séptico e morte.
Procura de sinais que
envolvam úbere
ÚBERE
Localização, tamanho e formato Edema
Rubor
TETOS
8 - 10cm comp. 3 cm larg.
40 – 45 cm do chão
ÚBERE e TETOS
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Indesejável
Desejável
EXAME GERAL
EXAME DIRETO
EXAME DO ÚBERE
PALPAÇÃO
QUARTOS
GERAL
Após ordenha
Individualmente
Consistência
Alterações T°
Sensibilidade
Linfonodos
EXAME
DIRETO
EXAMEDOS TETOS
TETOS
 Canal
 Cisternas
 Parede
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EXAME DO ÚBERE-TETOS
...Obstruções, Drenagens...
TESTE DO JATO: Obstrução,
Prendendo Leite, Cor, Conteúdo
Cortesia: HUNOLD-LARA, M. C. C. S.
EXAME DO LEITE
Fatores de risco
Faltade higiene durante a ordenha;
Defeitos nas ordenhadeiras;
Má administração do sistema de ordenha;
Ferimentos nos tetos; Irritação dos tetos;
Faltade higiene no alojamento das vacas;
Alta carga de patógenos no ambiente;
Estado Fisiológico nos período periparto e seco;
Conformação anatômica do úbere e dos tetos;
Stress animal;
Variação de Temperatura;
DIAGNÓSTIC
OS
Sinais Clínicos
Contagem
Células
Somáticas
Califórnia
Mastite Teste
Caneca Fundo
Escuro
MASTITE - DIAGNÓSTICOS
Califórnia Mastite Teste
• Recomendado 1 x ao mês
• Detecção M.Sub-Clínica
• + CCS
Caneca Fundo Escuro
MASTITE - DIAGNÓSTICOS
Contagem de Células
Somáticas
Céls defesa + céls. descamação
200.000 Indicativo M.SC
GRUMOS
2 Primeiras e 2 últimas semanas
Pico lactação
MASTITE - TRATAMENTO
Secagem dos Quartos
Atf (Edema)
Atb Sistêmico (sinais
sistêmicos)
MastiteAguda
 Atb intramamário
Mastite Crônica
Descarte vaca
Secagem
Atb sistêmico
MASTITE - TRATAMENTO
Via intra - mamária
Ou ainda como sugestão em casos
mais resisitentes:
• Benzil penicilina - 500.000 a 1.000.000 UI
• Estreptomicina - 500 mg
• Terramicina - 500 mg
• Cloranfenicol - 500 mg
• Kanamicina - 500 a 1.000 mg
• Lincomicina - 400 a 600 mg
• Cloxacilina sódica - 500 mg
• Cefalosporina - 250 mg
• Cada tratamento estipulado por 3 dias;
Antibioticoterapia
(Intramuscular ou Endovenoso)
• Ampicilina - 8 g
• Cloranfenicol - 6 g
• Kanamicina - 5 g
• Gentamicina - 5 g
 Sempre que possível cultura do leite e
antibiograma;
 Conhecer o seu sistema de produção;
 Exemplo de tratamento de uma
propriedade que tinha controle da
eficiência dos antibióticos:
• 1ª opção espiramicina e à neomicina intra
mamário (Flumast®);
• 2ª opção Cefoperazona Sódica e
Prednisolona intra mamário (Cefavet®);
• 3ª opção Tetraciclina, Neomicina,
Bacitracina e Prednisolona (Mastijet®)
• Cada tratamento era estipulado por 3
dias;
MASTITE – CONTROLE
Saúde
rebanho
Ordenar
ordenha
Despreza
1° jato
Seca
Papel
Acompanhar
Encaixe
Vácuo Dipping
Higiene Manutenção
• ControleAmbiente
• Higiene Ordenhador
• Alimentação Pós Ordenha
Nada como um copo de leite quente, para aquecer a
alma e aquieta o coração. Recomendo!
Pâmella Ferracini

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Mastite

  • 1. Docente: Erika Carla Aragão Disciplina: FISIOLOGIAANIMAL – ARA07 Discente: Leonardo Ferreira MASTITE Infecção Bacteriológica 1
  • 4.  Brasil 5° maior produtor mundial 31.667.600 toneladas de leite - 5,3% 1.340 L/vaca/ano – 305 dias- 4,49 L/dia Bahia 7° produtor – 4% da produção nacional – 17° maior fazenda produtora do Brasil - 15.582,68/dia (Jaborandi) Mercado do Leite no Brasil
  • 5. PERDAS RELACIONADAS MASTITE CCSTQ (1.000 cél./ mL) PORCENTAGEM DE QUARTOS INFECTADOS NO REBANHO PORCENTAGEM DE PERDA NAPRODUÇÃO 200 6 0 500 16 6 1.000 32 18 1.500 48 29 Fonte: Associação Gaúcha de produtores de Leite, 2007
  • 6. Espécie Número de Glândulas Torácicas Abdominais Inguinais Bovina 4 - - 4 Ovina 2 - - 2 Caprina 2 - - 2 Suina 12 4 6 2 Número e localização de glândulas mamárias por espécie de importância economica Fisiologia da Glândula mamária
  • 7. Glândulas torácicas Primatas 8 a 10 canais por teto Elefantes Porca 2 ou 3 canais por teto Toracica, abdominar e inguinal
  • 8. Ovelha 2 canais/teto 1 canal/teto Cabra Égua Gatas e cadelas 5-6 canais por teto Inguinal
  • 9.
  • 10. • A Glândula mamária corresponde a uma glândula sudorípara modificada que secreta leite para nutrição da prole. • Está composta por um sistema de ductos que conectam massas de epitélio secretor (parênquima) envolvido por tecido conjuntivo, gordura, vasos e nervos (estroma). Encontra-se sustentado por uma cápsula fibro-elástica. • Parênquima = consiste de camada única de células epiteliais secretoras formando os alvéolos mamários que drenam para ductos pequenos que vão progressivamente se unindo a ductos maiores até abrir em uma cisterna ou diretamente na teta. • Os alvéolos são agrupados em unidades conhecidas como lóbulos, cada um deles envolvido por um septo distinto de tecido conjuntivo. • Os lóbulos são agrupados em unidades maiores denominadas lobos, que são rodeados por septos de tecido conjuntivo. MORFOLOGIA
  • 11. Estrutura dos sistema de ductos da glândula mamária e alvéolo secretor
  • 12. Circulação arterial e venosa da glândula mamária 1 2 3 11 6 7 4 5 8 9 10 1. Coração 2. Aorta 3. Veia cava caudal 4. Veia e artéria ilíaca externas 5. Veia e artéria pudenda externas 6. Veia e artéria ilíaca internas 7. Veia e artéria perineais 8. Artéria mamária caudal 9. Artéria mamária cranial 10. Veia abdominal subcutânea 11. Veia cava cranial Para produzir 1 litro de leite: 300-500 litros de sangue passam pela glândula. Uma vaca que produz 60 litros leite/dia: 30.000 litros.
  • 13.
  • 16. O ÚBERE - Nos ruminantes e éguas, as glândulas individuais estão tão intimamente associadas e justapostas que a estrutura resultante é chamada no conjunto de ÚBERE.
  • 17. A seleção de animais com ligamento medial mais resistente pode ser uma ferramenta importante para minimizar a incidência da mastite
  • 18.
  • 19. PATÓGENOSAMBIENTAIS ORGANISMOS CONTAGIOSOS Colonizam a Glândula mamária Stafilococcus, Streptococus, Micoplasmas etc... Oriundos do ambiente E.coli, Pseudomonas etc... DEFINIÇÃO  É inflamação da Glândula Mamária  Alterações Físicas, Químicas e Organolépticas  Mastite Clínica e Sub-Clínica Quarto anterior esq. AGENTES Mastite ou mamite
  • 20.
  • 21. Tipos de Mastite Mastite clínica Mastite subclínica Mastite ou mamite
  • 22. ENFERMIDADAS - MASTITE MASTITE CLÍNICA o Inflamação: Dor, Calor, Enrijecimento, o Sintomatologia Sistêmica: Febre, Depressão, Anorexia oGrumos no leite, podendo haver sangue SINAIS CLÍNICOS sangue grumos Obs.: Mastite SC ausência sinais clínicos, porém diminui produção
  • 23. Microrganismos que causam mastite contagiosa: • Staphylococcus aureus (Gram+) • Streptococcus agalactiae (Gram+) Microrganismos que causam mastite ambiental: • Escherichia coli (Gram–) • Klebsiella Streptococcus uberis (Gram–) • Streptococcus dysgalactiae (Gram+) • Streptococcus bovis Enterococcus Pseudomonas
  • 24. Mecanismode defesadaglândula mamária Uma glândula mamária normal é protegida por uma variedade de mecanismos de defesa naturais frente às infecções. Esses mecanismos podem ser não imunológicos (inespecíficos) ou imunológicos. Linhasde defesa  barreira física  sistema imunológico Na maioria dos casos, a bactéria não coloniza o parênquima mamário, porém verifica-se por exemplo, que em certas cepas de E.coli são capazes de invadir e se aderirem ao epitélio mamário, causando infecções intramamárias crônicas e casos recorrentes de mastite clínica
  • 25. Resposta Inflamatória Aguda Penetração da Bactéria LPS LPS LPS LPS LPS Reconhecimento imunológico da bactéria
  • 26. Rápidaproliferação dabactéria no leite  edema agudo;  ativaçãode fatoresde complemento no leite;  outros sistemas anti-inflamatórios;  aumento célulassomáticas no leite; (TCS)  Enquantocausador, inchaçoe leite anormal(secreçãoserosa), o edema é crítico na mastite por E.coli, poispermite atransudaçãode anticorpos, complemento e conglutininado sangue parao úbere, facilitandoaeliminaçãode patógenos opsonizados,pelosneutrófilos. As citocinas são responsáveis pelos sinais locais da inflamação como inchaço, vermelhidão e dor, assim como por sinais sistêmicos como febre, taquicardia, aumento da frequência respiratória, anorexia e depressão. Algumas vacas podem apresentar septicemia associada a disfunção múltipla de órgãos, hipotensão, acidose lática, falência renal, choque séptico e morte.
  • 27. Procura de sinais que envolvam úbere ÚBERE Localização, tamanho e formato Edema Rubor TETOS 8 - 10cm comp. 3 cm larg. 40 – 45 cm do chão ÚBERE e TETOS Compridas, grossas e ou finas Indesejável Desejável EXAME GERAL EXAME DIRETO
  • 28. EXAME DO ÚBERE PALPAÇÃO QUARTOS GERAL Após ordenha Individualmente Consistência Alterações T° Sensibilidade Linfonodos EXAME DIRETO
  • 29. EXAMEDOS TETOS TETOS  Canal  Cisternas  Parede EXAME DIRETO
  • 31. TESTE DO JATO: Obstrução, Prendendo Leite, Cor, Conteúdo Cortesia: HUNOLD-LARA, M. C. C. S. EXAME DO LEITE
  • 32. Fatores de risco Faltade higiene durante a ordenha; Defeitos nas ordenhadeiras; Má administração do sistema de ordenha; Ferimentos nos tetos; Irritação dos tetos; Faltade higiene no alojamento das vacas; Alta carga de patógenos no ambiente; Estado Fisiológico nos período periparto e seco; Conformação anatômica do úbere e dos tetos; Stress animal; Variação de Temperatura;
  • 34. MASTITE - DIAGNÓSTICOS Califórnia Mastite Teste • Recomendado 1 x ao mês • Detecção M.Sub-Clínica • + CCS
  • 35. Caneca Fundo Escuro MASTITE - DIAGNÓSTICOS Contagem de Células Somáticas Céls defesa + céls. descamação 200.000 Indicativo M.SC GRUMOS 2 Primeiras e 2 últimas semanas Pico lactação
  • 36. MASTITE - TRATAMENTO Secagem dos Quartos Atf (Edema) Atb Sistêmico (sinais sistêmicos) MastiteAguda  Atb intramamário Mastite Crônica Descarte vaca Secagem Atb sistêmico
  • 37. MASTITE - TRATAMENTO Via intra - mamária Ou ainda como sugestão em casos mais resisitentes: • Benzil penicilina - 500.000 a 1.000.000 UI • Estreptomicina - 500 mg • Terramicina - 500 mg • Cloranfenicol - 500 mg • Kanamicina - 500 a 1.000 mg • Lincomicina - 400 a 600 mg • Cloxacilina sódica - 500 mg • Cefalosporina - 250 mg • Cada tratamento estipulado por 3 dias; Antibioticoterapia (Intramuscular ou Endovenoso) • Ampicilina - 8 g • Cloranfenicol - 6 g • Kanamicina - 5 g • Gentamicina - 5 g  Sempre que possível cultura do leite e antibiograma;  Conhecer o seu sistema de produção;  Exemplo de tratamento de uma propriedade que tinha controle da eficiência dos antibióticos: • 1ª opção espiramicina e à neomicina intra mamário (Flumast®); • 2ª opção Cefoperazona Sódica e Prednisolona intra mamário (Cefavet®); • 3ª opção Tetraciclina, Neomicina, Bacitracina e Prednisolona (Mastijet®) • Cada tratamento era estipulado por 3 dias;
  • 38. MASTITE – CONTROLE Saúde rebanho Ordenar ordenha Despreza 1° jato Seca Papel Acompanhar Encaixe Vácuo Dipping Higiene Manutenção • ControleAmbiente • Higiene Ordenhador • Alimentação Pós Ordenha
  • 39. Nada como um copo de leite quente, para aquecer a alma e aquieta o coração. Recomendo! Pâmella Ferracini