1. Carl Rogers
Personalidade III
Alunos: Maiele Carla; Rosângela Castro; Ana Luiza Nogueira;
Heloiza Lemes; Priscila Waxony; Lucas Alves; Daniela de Melo;
Ana Rúbia de Oliveira.
2. Introdução
Vida Pessoal - Abordagem
Carl Rogers (1902-1987) foi um psicólogo norte-americano da
Psicologia Humanista, também chamada de Terceira Força da
Psicologia. Nasceu em Oak Park, Illinois, nos Estado Unidos, no
dia 8 de janeiro de 1902.
Inserindo-se na corrente da Psicologia Humanista, a Abordagem
Centrada na Pessoa desenvolve-se a partir da década de 40 nos
Estados Unidos da América, como reação às práticas e aos
modelos teóricos que então dominavam a Psicologia e a
psicoterapia (Comportamentalismo e Psicanálise).
3. Introdução
Vida Pessoal – Empatia
Carl Rogers traz para a psicoterapia uma diferente perspectiva
do Homem e, consequentemente, uma forma diversa de
encarar a pessoa que pede ajuda e a relação terapeuta/cliente
– uma abordagem não-diretiva da relação terapêutica, uma
Terapia Centrada no Cliente.
A relação terapêutica então, se estabelece a partir da
compreensão empática, que é "um processo dinâmico que
consiste na capacidade de penetrar no universo do outro,
sendo sensível à mobilidade e significação das suas vivências”.
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5. Estrutura da Personalidade e Organismo
Rogers dedica sua atenção a mudança e ao desenvolvimento
da personalidade, e os constructos importante para sua teoria
são o organismo e o self.
Segundo Rogers, há um campo de experiência único para
cada indivíduo; este campo de experiência ou campo
fenomenal contém tudo o que se passa no organismo em
qualquer momento, e está potencialmente disponível à
consciência. Inclui eventos, percepções, sensações e impactos
dos quais a pessoa não toma consciência, mas poderia tomar
se focalizasse a atenção nesses estímulos. É um estímulo
privativo e pessoal que pode ou não corresponder à realidade
objetiva.
6. Estrutura da Personalidade e Organismo
Dentro do campo da experiência está o self. Rogers usa o self
para se referir ao contínuo processo de reconhecimento da
pessoa. O self ou autoconceito é a visão que uma pessoa tem
de si própria, baseada em experiências passadas, estimulações
presentes e expectativas futuras.
O self ideal é o conjunto de características que o indivíduo
mais gostaria de poder reclamar como sendo descritivas de si
mesmo. A extensão da diferença entre o self e o self ideal é um
indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades
neuróticas.
7.
8. Congruência e Incongruência
Congruência
Rogers define congruência como o grau de exatidão entre
a experiência e a tomada de consciência.
Um alto grau de congruência significa que a pessoa é
ajustada, madura, aceita toda a variedade de experiências
sem ameaça ou ansiedade.
É também a coerência do sujeito em termos de seus
pensamentos, sentimentos, percepções e ações.
9. Congruência e Incongruência
Incongruência
Ocorre quando há diferença entre a tomada de
consciência, a experiência e a comunicação desta.
Exemplo: pessoas que dizem estar passando por um
período maravilhoso, mas que se mostram entediadas
isoladas ou facilmente doentes, estão revelando
incongruência.
Reflete a diferença entre a auto-imagem de uma pessoa e
a experiência real.
10. Dinâmica da Personalidade
Tendência realizadora do organismo: função de ir em busca daquilo
que o faça se sentir completo e realizado, como o organismo tem a
tendência de ir em busca de realizar, manter e melhorar o organismo
que o experiencia.
A tendência realizadora é seletiva, pois somente prestamos atenção
naqueles aspectos do ambiente que possa proporcionar uma
realização, e nos dar o ar de completude.
Mesmo quando passamos por uma situação desfavorável, sempre
buscamos meios para que possamos melhorar, pois faz parte da
tendência realizadora buscarmos a melhora para o organismo, ou seja,
lutamos para existir.
11. Dinâmica da Personalidade
Exemplo: Na infância de Rogers havia um depósito onde guardavam o suprimento
de batatas para o inverno, que ficava no porão, a mais de 2 metros abaixo da janela.
As condições do local eram desfavoráveis, mas, mesmo assim, as batatas
começavam a brotar. Eram brotos brancos, diferentes dos brotos que surgiam
quando as batatas eram plantadas no solo, na primavera.
Ou seja, mesmo crescendo com pouca luz e de forma diferente, eles estavam lá
lutando para existir, pois se não houvesse esse esforço, mesmo estando em
condições desfavoráveis, eles jamais se tornariam plantas, logo não iriam
amadurecer.
Com esse exemplo Rogers nos direciona sobre nossos clientes, clientes que tiveram
um desenvolvimento desfavorável, que se sentem como anormais, mas que
podemos confiar que em cada uma deles existe uma tendência realizadora.
12. Dinâmica da Personalidade
Ao aceitar o cliente, o terapeuta precisa se importar, valorizar e precisa entender
empaticamente o cliente, essas condições criam um “clima de mudança”, pois
assim, o cliente se sente livre para reconhecer e agir de acordo com a sua
tendência realizadora.
Rogers acrescenta sobre o aspecto de crescimento. Uma pessoa só pode realizar-
se a menos que ela consiga diferenciar os comportamentos progressivos e os
regressivos. Não existe uma voz que nos oriente sobre o que é progressivo, sendo
assim, as pessoas precisam conhecer antes de poder escolher, e quando
conhecem escolhem crescer em vez de regredir.
Rogers, acredita que devemos compreender as variáveis complexas que estão por
trás de várias expressões da tendência realizadora do organismo, e que desta
forma o conceito de motivos específicos desaparecerá.
Exemplo: Só se come... porque se está com fome.
13. Desenvolvimento da Personalidade
Rogers não ofereceu um cronograma de desenvolvimento
da personalidade em fases, como Freud, Erik Ericson e
outros.
Ele investigou as avaliações de um indivíduo pelos outros,
particularmente na infância, quando os pais e outras
pessoas fazem do comportamento da criança às vezes
positivos, às vezes negativos.
A própria criança tende a ser aquilo que os outros querem
que ela seja, ao invés de ser aquilo que ela realmente é,
distanciando-se da experiência do organismo e do self.
14. Desenvolvimento da Personalidade
Durante a infância o autoconceito se torna cada
vez mais distorcido devido as avaliações do outros,
e para proteger sua integridade o indivíduo passa
a fazer uma simbolização distorcida do real,
afetando seu autoconceito.
15. A questão é, como corrigir uma brecha
organismo e self e o self dos outros?
Para o terapeuta ao se tornar claro que se aceite com
confiança e compreensão todas as demandas do
cliente, o mesmo terá mais respeito incondicional.
Assim, poder receber e aceitar a pessoa como ela é.
Ter empatia pelo cliente para sentir o que ele sentiria
caso estivesse na mesma situação.
16. Com essa situação calorosa, o cliente se sente seguro a
explorar seus sentimentos inconscientes, trazendo-os a
consciência e explorando o que não foi simbolizado
corretamente, para a reorganização do seu
autoconceito.
Esse self consciente lhe trará benefícios, tanto para si
quanto socialmente. O indivíduo então passa a
compreender e aceitar o outro, compreende que cada
um tem suas necessidades, podendo viver um processo
continuo de valorização e crescimento .
17. A TEORIA NA PRÁTICA
ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA (ACP)-
EXEMPLOS NA CONTEMPORANEIDADE
18. Mulher grávida aos 64 anos
A procuradora Norma Maia de Oliveira, de 64 anos, deu a luz a sua
primeira filha, a pequena Ana Letícia. Ana nasceu no dia 10/04/2018, no
Hospital Octaviano Neves, em Belo Horizonte. Em entrevista, a obstetra
relatou que se tratou de uma gravidez de alto risco, e que a procuradora
engravidou por meio de uma fertilização in vitro. Norma relata que agora
esta feliz e realizada.
Rogers fala em sua teoria da tendência atualizante, onde os indivíduos se
adaptam às contingências que o cercam. A partir das condições biológicas
em que Norma se encontra, ela procura formas de se atualizar para se
auto realizar.
O ser humano é dotado de uma natureza essencialmente positiva, e
sempre está em busca da sua auto realização.
20. Quando a escola deixa de ser uma fábrica
de alunos
A escola de massas, onde um professor ensinava ao
mesmo tempo e no mesmo lugar dezenas de alunos,
nasceu com a revolução industrial, mas chegou até o
século XXI.
Em dois séculos mudaram os estudantes, a sociedade
e o mercado de trabalho. Quando mudará a escola?
CATARINA FERNANDES MARTINS, 1 de Setembro de
2013, 0:00.
21. Crianças sentadas em fila, olhando para a
frente. Mãos cruzadas em cima da mesa,
numa postura inerte.
A secretária do professor fica no extremo
esquerdo da sala de aula. Não está a
ensinar. Os alunos têm uns capacetes de
metal, ligados por uns cabos eléctricos a
uma máquina onde o professor coloca uns
livros.
A função desse aparelho, compreende-se
pela imagem, é a de extrair a informação
dos manuais e introduzi-la diretamente nos
cérebros dos jovens, através da transmissão
da energia elétrica.
Foi assim que os ilustradores franceses Jean
Marc Cotê e Villemard imaginaram e
retrataram a escola do ano 2000, num postal
que era parte de uma série produzida para a
Exposição Universal de Paris, em 1900.
22. Filme “Histórias Cruzadas”
Histórias Cruzadas é um filme de 2011, que se passa nos anos 60
na cidade de Mississipi nos Estados Unidos. O filme retrata a
sociedade da época, dividida entre negros e brancos, entre os
que representam a sociedade e os que estão à margem da
sociedade americana.
À época negros sofriam regime de segregação racial, onde
diversas medidas foram tomadas com objetivo de separá-los dos
brancos. Essas medidas incluíam discriminar áreas específicas
para negros em restaurantes, hotéis, teatros, banheiros
específicos, dentre outros artífices. Entretanto essas medidas iam
além das físicas. Brancos evitavam conviver, conversar com
negros, mantendo contato apenas na relação de trabalho, uma
vez que eram eles os empregados dos brancos.
23. Uma jovem idealista chamada
Skeeter, que incomodada com a
configuração social e o
tratamento dado aos negros,
resolve escrever um livro
retratando os sentimentos e a
realidade sofrida pelas
empregadas domésticas negras e
mobiliza toda a classe para que
lute por seus direitos como ser
humano.
Filme “Histórias Cruzadas”
24. Filme “Histórias Cruzadas”
Segundo Rogers, o ser humano tem em si uma tendência
actualizante/realizadora que é uma motivação intrínseca que
faz com o sujeito busque sempre se desenvolver e progredir.
O fracasso em se realizar se deve a influencias coercitivas,
como a social.
Carl Rogers diz também do olhar positivo incondicional, que
é aceitar e receber o outro incondicionalmente na sua
individualidade. Skeeter direcionou esse olhar para com essa
classe oprimida, o que possibilitou liberdade para que
fossem o que de fato eram e o que gostariam de ser, e se
empoderassem de forma a enfrentar toda sociedade racista
e sexista da época.