2. Psicologia Humanista
Psicologia Humanista surge nos Estados
Unidos, na década de 60, como um
movimento contrário às “forças”
predominantes do Beharviorismo e da
Psicanálise.
Movimento conhecido como a Terceira
Força, pois queria substituir o
comportamentalismo e a psicanálise, as
duas outras forças da psicologia.
Teresa Cristina Barbo Siqueira
3. Ao contrário das outras duas “forças”, não se
concentra em um só mentor, ou um paradigma
fechado, mas agrega uma série de contribuições
diversas em torno de algumas propostas comuns.
Critica a visão pessimista de Freud, mas apresenta
simpatias por algumas partes das teorias de Alfred
Adler, Otto Rank, Carl Jung e Wilhelm Reich.
Convive com neo-psicanalistas tais como Erik
Erikson e Erich Fromm.
Recebe influências da Gestalt (de Kurt Lewin,
Wolfgang Köhler, Kurt Koffka e Friederich Perls) do
Psicodrama de Jacob Levy Moreno.
Articula paralelos com as filosofias existencialistas e
fenomenológicas. Daí a presença de idéias de
nomes tais como Kierkgaard, Buber, Nietzche,
Heidegger e Sartre. (Boainain Jr, 1994)
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4. Psicologia Humanista
O enfoque da psicanálise no inconsciente, e seu
determinismo, e o enfoque na observação apenas do
comportamento, pelo behaviorismo, foram as críticas mais
fortes dos novos movimentos de Psicologia surgidos no
meio do século XX. Na verdade o humanismo não é uma
escola de pensamento, mas sim um aglomerado de diversas
correntes teoricas. Elas têm em comum, o enfoque
humanizador, em outras palavras elas focalizam o homem
como detentor de liberdade, escolha, sempre no presente.
Traz da filosofia fenomenológico existencial um extenso
gabarito de idéias. Foi fundada por Abraham Maslow, porém
a sua história começa muito tempo antes. A Gestalt foi
agregada ao humanismo pela sua visão holística do homem,
sendo importante campo da Psicologia, na forma de Gestalt-
terapia. Mas foi Carl Rogers, um psicanalista americano, um
dos maiores exponenciais da obra humanista. Ele, depois de
anos a finco praticando psicanálise, notou que seu estilo de
terapia se diferenciara muito da terapia psicanálitica.
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5. Carl Rogers
Utilizava a fala livre, com poucas intervenções,
valorizava o sentimento, tanto do paciente, como do
terapeuta. Deu-se conta de que o paciente era
detentor de seu tratamento, portanto não era passivo,
como passa a idéia de paciente, denominando então
este como cliente. Era a terapia centrada no cliente
( ou na pessoa) Seus métodos foram usados nos mais
vastos campos do conhecimento humano, como nas
aulas centradas nos alunos, etc.
Apresentou três conceitos, que seriam agregados
posteriormente para toda a Psicologia. Estes eram a
congruência (ser o que se sente, sem mentir para si e
para os outros), a empatia (capacidade de sentir o que
o outro quer dizer, e de entender seu sentimento), e a
aceitação incondicional (aceitar o outro como este é,
em seus defeitos, angústias, etc.).
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6. Erik Erikson, também psicanalista, trouxe seu estudo
sobre as oito fases psicossociais, em detrimento às
quatro fases psicossexuais de Freud, onde todas as
fases eram interdependentes, e não necessariamente
determinam as fases posteriores; para ele o homem
sempre irá se desenvolver, não parando na primeira
infância.
Viktor Frankl, com sua logoterapia, veio a acrescentar
os aspectos da existência humana, e do sentido da
vida, onde um homem, quando sente um vazio de
sentido na vida, busca auxílio pois não se sente
confortável em viver sem sentido ou ideais. Diz
também que eventos muito fortes podem adiantar a
busca pelo sentido da vida. Tais eventos podem criar
desconforto, trauma intenso, mas podem criar um
aspecto de fortalecimento ao indivíduo.
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7. Temas básicos da
psicologia humanista:
Ênfase na experiência Consciente
Crença na integridade da natureza e da
conduta do ser humano
Concentração no livre-arbítrio, na
espontaneidade e no poder de criação
do indivíduo.
Estudo daquilo que tenha relevância
para a condição humana.
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8. HUMANISMO
Humanismo - conjunto de doutrinas
fundamentadas de maneira precípua nos
interesses, potencialidades e faculdades do
ser humano, sublinhando sua capacidade para
a criação e transformação da realidade natural
e social, e seu livre-arbítrio diante de
pretensos poderes transcendentes, ou de
condicionamentos naturais e históricos [No
séc. XX foi especialmente defendido pelo
existencialismo sartriano e pelo marxismo
ocidental, e rejeitado por Heiddeger e pelos
estruturalistas. (Houaiss, 2001)
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9. Destaque:
A psicologia humanista se destaca por
privilegiar a saúde, o bem estar humano,
o potencial de crescimento e a auto-
realização, contrariando outras visões
que focalizam primordialmente o
componente patológico, a doença e o
distúrbio.
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10. Enxerga o homem como um todo complexo e
organicamente integrado, cujas qualidades
únicas vêm de sua configuração total, os
humanistas rejeitam as concepções
elementaristas e fragmentadoras da psique. (...)
Daí o generalizado consenso, que alguns
entendem como a característica mais marcante
da visão de homem que a Psicologia Humanista
apresenta, isto é, rejeitar concepções estáticas
da natureza humana, considerada antes como
algo fluido: uma tendência para crescer, um
movimento de sair de si, um projetar-se, um
devir, um incessante tornar-se, um contínuo
processo de vir a ser. Boainain Jr (1994:8).
Teresa Cristina Barbo Siqueira
11. Referências Bibliográficas
Houaiss, Antonio. Dicionário eletrônico Houaiss da
língua portuguesa. Rio de Janeiro – Editora Objetiva,
2001 [CD]
P.Schultz. Duane. Teorias da personalidade. São
Paulo: Pioneira Thomson, 2004. 530 p.
Boainain Jr, Elias. O estudo do potencial humano na
psicologia contemporânea: a corrente humanista e a
corrente transpessoal. In: Potenciais Humanos –
Boletim do Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre
o Desenvolvimento de Potenciais Humanos, vol I n. 2,
1994 – São Paulo: USP
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