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Estágios iniciais da Comunicação e a PNL 
Rita Miranda Rosa 
Este foi um trabalho que realizei no curso de mestrado. Ele sintetiza a concepção 
de alguns teóricos, cuja relevância da comunicação encontra-se nos primeiros meses 
de vida do ser humano e consequentemente dos primeiros atos de comunicação 
quando o ser ainda não faz parte do coletivo e quando se dão as primeiras formas de 
representação e logo as estruturas de pensamento, as redes neurais. 
Vamos encontrar no livro “A vida em comum”, de Todorov, a descrição do 
processo de comunicação do homem. O que somos dependerá do reconhecimento 
que recebemos na fase inicial de nossas vidas. Todorov (1996, p. 44), menciona que 
provavelmente o contato materno é o maior sentimento social da humanidade, e por 
meio desse sentimento, acontece a base essencial da civilização humana. 
ESTÁGIOS INICIAIS DA COMUNICAÇÃO 
Primeiro Estágio: 
Durante o primeiro estágio, o contato, a atividade que se 
diferencia das simples funções fisiológicas foi descrita pelos 
especialistas pelo concurso de diferentes termos, mas com 
sentido próximo: as crianças buscam o contato reconfortante 
de um corpo quente e macio. “desejam” ser seguradas no 
colo, embaladas, envoltas por odores e ruídos que se tornarão 
familiares; desejam, dizemos às vezes projetando sobre elas 
um ponto de vista adulto, ser protegidas e tranqüilizadas, têm 
necessidade de afeição e carinho...(TODOROV, 1996, p.79) 
O primeiro estágio ocorre do nascimento aos dois meses. Esse período poderá 
ser compreendido como o alicerce, a base da comunicação. Por meio de choro e sorriso, 
o bebê chama a atenção para si. Ao alimentar-se no seio da mãe, tato e olfato são 
desenvolvidos. Estas informações de aceitação e proteção ficarão perpetuadas no ser. 
A criança tem necessidade de atenção e carinho. Os sentidos do tato e olfato 
filtram sensações. É uma experiência que a criança vivencia, e desta experiência,
acontecerá uma representação única, carregada de emoções. Como Todorov menciona 
que estas informações ficarão perpetuadas no ser, isso me leva a crer que a não 
aceitação, a ausência da amamentação e do toque da mãe nesta fase, causará na 
criança uma representação carregada de emoções negativas de não aceitação, de 
inadequação, e também ficarão perpetuadas no ser, mas de forma negativa. Farão 
parte de sua estrutura de pensamento, o que provavelmente formará uma crença 
limitante fortemente enraizada, dificultando relacionamentos afetivos e sociais. (meu 
grifo). 
Segundo Estágio 
O segundo estágio, o do olhar, começa não pelo fato de olhar – isso 
a criança faz desde seu nascimento – mas, pelo fato de buscar o olhar 
do outro, de querer ser olhado. A diferença entre os dois é essencial, e 
marca a grande diferença entre o homem e outros animais superiores. 
Estes, como vimos, conhecem a situação cara a cara, mas apenas em 
ocorrência limitadas e tardias; está ausente na primeira infância. O 
filhote de macaco, como o bebê humano, sente necessidade de ser 
reconfortado; quando brinca sozinho, ou com seus pares, mantém-se 
sempre a curta distância da mãe: quer poder vê-la. Mas não busca seu 
olhar, nem faz nada para que ela o veja, por sua vez. A criança humana 
deseja ser vista e não apenas ver (na linguagem de Sartre – que bem 
reconheceu o papel constitutivo do olhar: “Mas a ligação fundamental 
com o outro-sujeito deve poder reconduzir à minha possibilidade 
permanente de ser visto pelo outro”). O olhar da mãe é o primeiro 
espelho no qual a criança se vê. 
Esse momento decisivo marca o nascimento simultâneo de sua 
consciência do outro (aquele que deve olhá-lo) e de si próprio (aquele 
que o outro olha) e, assim o nascimento da própria consciência. Embora 
não podendo, evidentemente, dizê-lo, a partir desse momento a criança 
sabe: olham-me, portanto, eu existo; o olhar da mãe introduziu a criança 
na existência. (TODOROV, 1996, 77) 
O segundo estágio, de acordo com Todorov, acontece de dois a cinco meses. 
Nesse estágio, a acuidade visual, que no primeiro estágio ainda não se encontra bem 
desenvolvida, tem agora seu desenvolvimento pleno. A criança não apenas olha, 
ela também atrai o olhar dos pais para ela com seus primeiros ruídos sonoros, e, por 
esse meio fantástico de comunicação entre pais e filho, o pequeno ser percebe-se na 
existência.
Aqui considero que as crianças que desenvolveram as estruturas de serem 
reconhecidas conseguem agir de forma mais natural no mundo. Parecem-me serem 
aqueles adultos alegres, positivos ao enfrentar as dificuldades da vida, aqueles que 
não sentem tanto a necessidade de reconhecimento, ao passo que as crianças que 
não receberam este olhar de introdução à existência o procuram incessantemente no 
decorrer da vida, sentindo-se infelizes e desorientadas quando não são reconhecidas, 
podendo desenvolver uma crença de inferioridade, sempre achando que o outro é 
melhor. (grifo meu). 
Terceiro Estágio 
Durante o terceiro estágio, o da manipulação, as relações com 
as pessoas recuam para um plano inferior e a criança procura, 
principalmente, aproveitar sua capacidade aperfeiçoada para pegar e 
fazer mover objetos a sua volta. No entanto, a distinção entre pessoas 
e coisas não estando bem estabelecida em sua mente, a criança pode 
agir assim também com os seres humanos que a rodeiam. Podemos 
identificar duas atividades: explorar o mundo a sua volta sem modificá-lo, 
e determinar, tornar-se a causa operante de transformações no 
mundo. Essas atitudes terão um desenvolvimento diferente no mundo 
adulto: explorar conduz à ciência, determinar leva à técnica – mas 
também, no mundo humano, à ação social. (TODOROV, 1996, p. 77) 
No terceiro estágio, que ocorre de cinco a nove meses, Todorov menciona sobre 
a importante alteração física que ocorre. A criança desenvolve a habilidade de manusear 
objetos e sente-se fascinada por isso, o que a desvia um pouco da interação humana. 
Ao despertar seu interesse, a criança faz-se entender, apontando em direção ao objeto 
desejado. Nessa fase, também o que contribui para o aumento da habilidade manual é 
manipulação do objeto de desejo. 
Dada a imensa importância do que Todorov assinala: o despertar do interesse 
especulativo que conduzirá a criança a procurar o Conhecimento e a sua capacitação 
para competências, para “o fazer” – Homo habilis - por meio da manipulação dos 
objetos colocados em sua proximidade, a fim de iniciar sua exploração. É relevante 
comentar que, se fizermos uma análise sobre o terceiro estágio com bebês que temos 
contato em nosso dia a dia, um dos primeiros passos para a locomoção é quando 
eles conseguem virar de bruços e apoiarem-se em suas mãos, fortalecendo assim os
músculos dos braços. Fazem um grande esforço para manterem a cabeça erguida, 
e em seguida, certos de que realizaram uma grande proeza, procuram por um olhar 
que os aprovem para compartilharem essa grande conquista. Uma vez adquirida essa 
habilidade, o próximo passo será dobrar o joelho e, com ajuda das pernas, engatinhar! 
Esse marco do terceiro estágio além de desenvolver todos os músculos do corpo irá 
melhorar sua capacidade física, o que possibilitará a exploração do mundo à sua volta. 
Podemos compreender esse avanço como a conquista da liberdade, o primeiro passo do 
ser humano em busca do que se deseja. 
Associando aos estudos de PNL, acredito que o terceiro estágio forma 
estruturas de atitude, coragem de buscar o que se deseja. É quando o ser humano 
começa a movimentar a roda da vida e ele deve receber estímulos do meio para que 
se fortaleça a sua força de vontade e apoio daqueles em quem confia. No entanto, 
acredito que se esta fase não for bem trabalhada, a probabilidade do ser se tornar um 
adulto medroso e sem atitude é grande. Penso que por excesso de cuidados, a maioria 
das pessoas não desenvolveram de forma satisfatória o terceiro estágio e é sempre 
reconfortante saber que a PNL pode nos ajudar a alterar estas estruturas. (grifo meu) 
Quarto Estágio 
No curso do quarto estágio, o da memória, surgem novas ações. A 
criança procura agora imitar os pais ou seu companheiro (que não 
estavam bem diferenciados durante a exploração ou a determinação); 
um pouco mais tarde, mas sempre no decorrer desse mesmo estágio, 
a criança começa a combater seus rivais. Essa ação, que segundo os 
filósofos clássicos – de Hobbes a Nietzsche passando por Hegel – é 
o traço constitutivo da humanidade, está de longe de ser a primeira 
praticada pela criança: implica; de fato, uma evolução avançada. Por 
esse motivo, é igualmente difícil falar de uma agressividade inata ou 
de um sadismo original. Em sua análise, afirma Michael Balint, “na 
verdade, jamais observamos nenhuma pessoa congenitamente má ou 
perversa, nem um verdadeiro sádico (...). É o sofrimento que faz alguém 
perverso”. O combate é uma atividade determinada por seu objetivo: 
conseguir um objeto ou a atenção de uma pessoa: se nenhum rival se 
apresentar, a luta não acontece. (TODOROV, 1996, p.77)
O quarto estágio ocorre dos nove aos dezoito meses. Todorov menciona 
que, segundo numerosos autores, “as alterações ocorridas por volta do nono mês são tão 
importantes que merecem ser consideradas como um segundo nascimento, uma entrada 
definitiva no mundo humano”. Com a evolução mental, a criança começa a identificar 
as pessoas a sua volta e a separá-las dos objetos. Reconhece seus familiares e teme os 
estranhos. Depois de passar um período longe dos pais, reage fazendo bico e 
manifestações de choro, isto é, tenta puni-los por sua ausência. A memória também se 
desenvolve neste estágio e a lembrança de sentir-se só faz com que ele imite seus 
progenitores; percebem a diferença entre grupo de adultos-pais e grupo de crianças-companheiras 
e comportamentos de rivalidade. Nesta fase, as crianças começam a 
combater seus rivais. Segundo filósofos clássicos, é o traço constitutivo da humanidade, 
portanto é difícil falar em agressividade inata ou sadismo original. O combate é a 
primeira ação que a criança dirige apenas contra seus companheiros, não contra os pais. 
É uma prova de força entre duas crianças que disputam o mesmo brinquedo - o mais 
forte levará. Essa combinação de ações conduzirá a sentimentos complexos, tais como 
ciúme, inveja, ódio e paixões, que poderão ser melhor compreendidos sob uma visão 
aristotélica. 
Acredito que no quarto estágio as crenças se instalam. A força do meio, mídia 
e educação informal se estruturam neurologicamente e o ser passa a fazer parte do 
senso comum. Para essa colocação de Todorov, encontro explicações no material 
interessante que foi obtido através do website de Cipriano Carlos Luckesi. No texto 
Avaliação da Aprendizagem na Escola e a Questão das Representações Sociais, 
Luckesi faz uma abordagem espetacular com relação as representações sociais, 
que são os modos inconscientes de compreender uma determinada prática social e, 
consequentemente, a permanência de um padrão de conduta. Ele menciona alguns 
estudiosos do comportamento humano, dentre eles Wilhelm Reich. 
Para Wilhelm Reich (1896-1957), psiquiatra alemão, as experiências 
davam-se no corpo de cada um como cicatrizes. Cada um de nós manifesta padrões 
corporais que sintetizam nossa história de vida congelada, que são as crenças mais 
profundas, nossas interações, experiências pessoais ou decorrência de nossas heranças 
familiares e socioculturais que nos acompanham pelo caminhar da vida. Desta forma, 
nosso corpo passa a comunicar o que passa pela nossa mente. Basta saber interpretar.
Quinto Estágio 
A aquisição da linguagem, durante o quinto estágio, acrescenta novas 
dimensões a cada uma das ações praticadas anteriormente: a criança 
pode agora ser reconfortada e reconhecida com o auxílio da palavra em 
vez de gestos ou olhares, pode determinar e até explorar o mundo por 
esse meio, alternando as palavras e imitando-as. 
Dentre essas ações elementares, não mencionarei o amor. Isso porque 
a relação da criança com os pais não é beneficiada, creio eu, ao ser 
envolta por esses termos genéricos demais. Na fase inicial a criança tem 
necessidade dos outros, necessidade de ser reconfortada e reconhecida, 
necessidade de entrar em colaboração. Mais tarde, quando a imagem 
da mãe está bem fixada e identificada, todos os componentes anteriores 
reaparecem: o amor da criança é um conjunto, não uma ação elementar. 
Podemos dizer o mesmo do amor erótico dos adultos, embora os 
dois não sejam do mesmo gênero: prazer sensual, necessidade de ser 
reconhecido e, por sua vez, de reconhecer, de cooperar e de lutar, 
tudo isso, e muito mais, compõe a relação amorosa. (TODOROV, 1996, 
p.82) 
Finalmente, no quinto estágio, que ocorre a partir dos 18 meses, segundo 
Todorov (1996 pg. 82), ocorre a aquisição da linguagem, que será estabelecida com 
base nos estágios anteriores. Nessa fase, ocorrerá a consagração da linguagem, a 
importância do outro para que se estabeleça o diálogo e a certeza de que esse contato 
jamais terminará. Na fase inicial, a criança tem necessidade dos outros, de ser 
reconhecida, reconfortada, acolhida, amada. O amor é um conjunto destes componentes, 
que deverão ser sentidos em cada um dos estágios. 
Dessa forma, é importante ressaltar que o amor deverá ser sentido, para que 
o ser possa expressá-lo nas suas atitudes e fazê-lo presente em suas palavras quando 
necessário. Percebemos o quão importante é cada um dos estágios apresentados pelo 
autor e que se trata de uma base que poderá ser sólida ou frágil. Está lançada a sorte 
do pequeno ser! O meio, suas relações e suas necessidades, que são diferentes de 
indivíduo para indivíduo, são fatores predominantes para a saúde emocional do ser. 
Como educadora, ao me deparar com o comportamento de pais, alunos e professores, 
tenho me perguntado: Por que não somos preparados para sermos fortes e vencedores?
Por que não somos preparados para acreditarmos nos nossos potenciais? Por que 
nossos potenciais e capacidades não são desenvolvidos na sua plenitude?

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Estágios iniciais da comunicação e PNL

  • 1. Estágios iniciais da Comunicação e a PNL Rita Miranda Rosa Este foi um trabalho que realizei no curso de mestrado. Ele sintetiza a concepção de alguns teóricos, cuja relevância da comunicação encontra-se nos primeiros meses de vida do ser humano e consequentemente dos primeiros atos de comunicação quando o ser ainda não faz parte do coletivo e quando se dão as primeiras formas de representação e logo as estruturas de pensamento, as redes neurais. Vamos encontrar no livro “A vida em comum”, de Todorov, a descrição do processo de comunicação do homem. O que somos dependerá do reconhecimento que recebemos na fase inicial de nossas vidas. Todorov (1996, p. 44), menciona que provavelmente o contato materno é o maior sentimento social da humanidade, e por meio desse sentimento, acontece a base essencial da civilização humana. ESTÁGIOS INICIAIS DA COMUNICAÇÃO Primeiro Estágio: Durante o primeiro estágio, o contato, a atividade que se diferencia das simples funções fisiológicas foi descrita pelos especialistas pelo concurso de diferentes termos, mas com sentido próximo: as crianças buscam o contato reconfortante de um corpo quente e macio. “desejam” ser seguradas no colo, embaladas, envoltas por odores e ruídos que se tornarão familiares; desejam, dizemos às vezes projetando sobre elas um ponto de vista adulto, ser protegidas e tranqüilizadas, têm necessidade de afeição e carinho...(TODOROV, 1996, p.79) O primeiro estágio ocorre do nascimento aos dois meses. Esse período poderá ser compreendido como o alicerce, a base da comunicação. Por meio de choro e sorriso, o bebê chama a atenção para si. Ao alimentar-se no seio da mãe, tato e olfato são desenvolvidos. Estas informações de aceitação e proteção ficarão perpetuadas no ser. A criança tem necessidade de atenção e carinho. Os sentidos do tato e olfato filtram sensações. É uma experiência que a criança vivencia, e desta experiência,
  • 2. acontecerá uma representação única, carregada de emoções. Como Todorov menciona que estas informações ficarão perpetuadas no ser, isso me leva a crer que a não aceitação, a ausência da amamentação e do toque da mãe nesta fase, causará na criança uma representação carregada de emoções negativas de não aceitação, de inadequação, e também ficarão perpetuadas no ser, mas de forma negativa. Farão parte de sua estrutura de pensamento, o que provavelmente formará uma crença limitante fortemente enraizada, dificultando relacionamentos afetivos e sociais. (meu grifo). Segundo Estágio O segundo estágio, o do olhar, começa não pelo fato de olhar – isso a criança faz desde seu nascimento – mas, pelo fato de buscar o olhar do outro, de querer ser olhado. A diferença entre os dois é essencial, e marca a grande diferença entre o homem e outros animais superiores. Estes, como vimos, conhecem a situação cara a cara, mas apenas em ocorrência limitadas e tardias; está ausente na primeira infância. O filhote de macaco, como o bebê humano, sente necessidade de ser reconfortado; quando brinca sozinho, ou com seus pares, mantém-se sempre a curta distância da mãe: quer poder vê-la. Mas não busca seu olhar, nem faz nada para que ela o veja, por sua vez. A criança humana deseja ser vista e não apenas ver (na linguagem de Sartre – que bem reconheceu o papel constitutivo do olhar: “Mas a ligação fundamental com o outro-sujeito deve poder reconduzir à minha possibilidade permanente de ser visto pelo outro”). O olhar da mãe é o primeiro espelho no qual a criança se vê. Esse momento decisivo marca o nascimento simultâneo de sua consciência do outro (aquele que deve olhá-lo) e de si próprio (aquele que o outro olha) e, assim o nascimento da própria consciência. Embora não podendo, evidentemente, dizê-lo, a partir desse momento a criança sabe: olham-me, portanto, eu existo; o olhar da mãe introduziu a criança na existência. (TODOROV, 1996, 77) O segundo estágio, de acordo com Todorov, acontece de dois a cinco meses. Nesse estágio, a acuidade visual, que no primeiro estágio ainda não se encontra bem desenvolvida, tem agora seu desenvolvimento pleno. A criança não apenas olha, ela também atrai o olhar dos pais para ela com seus primeiros ruídos sonoros, e, por esse meio fantástico de comunicação entre pais e filho, o pequeno ser percebe-se na existência.
  • 3. Aqui considero que as crianças que desenvolveram as estruturas de serem reconhecidas conseguem agir de forma mais natural no mundo. Parecem-me serem aqueles adultos alegres, positivos ao enfrentar as dificuldades da vida, aqueles que não sentem tanto a necessidade de reconhecimento, ao passo que as crianças que não receberam este olhar de introdução à existência o procuram incessantemente no decorrer da vida, sentindo-se infelizes e desorientadas quando não são reconhecidas, podendo desenvolver uma crença de inferioridade, sempre achando que o outro é melhor. (grifo meu). Terceiro Estágio Durante o terceiro estágio, o da manipulação, as relações com as pessoas recuam para um plano inferior e a criança procura, principalmente, aproveitar sua capacidade aperfeiçoada para pegar e fazer mover objetos a sua volta. No entanto, a distinção entre pessoas e coisas não estando bem estabelecida em sua mente, a criança pode agir assim também com os seres humanos que a rodeiam. Podemos identificar duas atividades: explorar o mundo a sua volta sem modificá-lo, e determinar, tornar-se a causa operante de transformações no mundo. Essas atitudes terão um desenvolvimento diferente no mundo adulto: explorar conduz à ciência, determinar leva à técnica – mas também, no mundo humano, à ação social. (TODOROV, 1996, p. 77) No terceiro estágio, que ocorre de cinco a nove meses, Todorov menciona sobre a importante alteração física que ocorre. A criança desenvolve a habilidade de manusear objetos e sente-se fascinada por isso, o que a desvia um pouco da interação humana. Ao despertar seu interesse, a criança faz-se entender, apontando em direção ao objeto desejado. Nessa fase, também o que contribui para o aumento da habilidade manual é manipulação do objeto de desejo. Dada a imensa importância do que Todorov assinala: o despertar do interesse especulativo que conduzirá a criança a procurar o Conhecimento e a sua capacitação para competências, para “o fazer” – Homo habilis - por meio da manipulação dos objetos colocados em sua proximidade, a fim de iniciar sua exploração. É relevante comentar que, se fizermos uma análise sobre o terceiro estágio com bebês que temos contato em nosso dia a dia, um dos primeiros passos para a locomoção é quando eles conseguem virar de bruços e apoiarem-se em suas mãos, fortalecendo assim os
  • 4. músculos dos braços. Fazem um grande esforço para manterem a cabeça erguida, e em seguida, certos de que realizaram uma grande proeza, procuram por um olhar que os aprovem para compartilharem essa grande conquista. Uma vez adquirida essa habilidade, o próximo passo será dobrar o joelho e, com ajuda das pernas, engatinhar! Esse marco do terceiro estágio além de desenvolver todos os músculos do corpo irá melhorar sua capacidade física, o que possibilitará a exploração do mundo à sua volta. Podemos compreender esse avanço como a conquista da liberdade, o primeiro passo do ser humano em busca do que se deseja. Associando aos estudos de PNL, acredito que o terceiro estágio forma estruturas de atitude, coragem de buscar o que se deseja. É quando o ser humano começa a movimentar a roda da vida e ele deve receber estímulos do meio para que se fortaleça a sua força de vontade e apoio daqueles em quem confia. No entanto, acredito que se esta fase não for bem trabalhada, a probabilidade do ser se tornar um adulto medroso e sem atitude é grande. Penso que por excesso de cuidados, a maioria das pessoas não desenvolveram de forma satisfatória o terceiro estágio e é sempre reconfortante saber que a PNL pode nos ajudar a alterar estas estruturas. (grifo meu) Quarto Estágio No curso do quarto estágio, o da memória, surgem novas ações. A criança procura agora imitar os pais ou seu companheiro (que não estavam bem diferenciados durante a exploração ou a determinação); um pouco mais tarde, mas sempre no decorrer desse mesmo estágio, a criança começa a combater seus rivais. Essa ação, que segundo os filósofos clássicos – de Hobbes a Nietzsche passando por Hegel – é o traço constitutivo da humanidade, está de longe de ser a primeira praticada pela criança: implica; de fato, uma evolução avançada. Por esse motivo, é igualmente difícil falar de uma agressividade inata ou de um sadismo original. Em sua análise, afirma Michael Balint, “na verdade, jamais observamos nenhuma pessoa congenitamente má ou perversa, nem um verdadeiro sádico (...). É o sofrimento que faz alguém perverso”. O combate é uma atividade determinada por seu objetivo: conseguir um objeto ou a atenção de uma pessoa: se nenhum rival se apresentar, a luta não acontece. (TODOROV, 1996, p.77)
  • 5. O quarto estágio ocorre dos nove aos dezoito meses. Todorov menciona que, segundo numerosos autores, “as alterações ocorridas por volta do nono mês são tão importantes que merecem ser consideradas como um segundo nascimento, uma entrada definitiva no mundo humano”. Com a evolução mental, a criança começa a identificar as pessoas a sua volta e a separá-las dos objetos. Reconhece seus familiares e teme os estranhos. Depois de passar um período longe dos pais, reage fazendo bico e manifestações de choro, isto é, tenta puni-los por sua ausência. A memória também se desenvolve neste estágio e a lembrança de sentir-se só faz com que ele imite seus progenitores; percebem a diferença entre grupo de adultos-pais e grupo de crianças-companheiras e comportamentos de rivalidade. Nesta fase, as crianças começam a combater seus rivais. Segundo filósofos clássicos, é o traço constitutivo da humanidade, portanto é difícil falar em agressividade inata ou sadismo original. O combate é a primeira ação que a criança dirige apenas contra seus companheiros, não contra os pais. É uma prova de força entre duas crianças que disputam o mesmo brinquedo - o mais forte levará. Essa combinação de ações conduzirá a sentimentos complexos, tais como ciúme, inveja, ódio e paixões, que poderão ser melhor compreendidos sob uma visão aristotélica. Acredito que no quarto estágio as crenças se instalam. A força do meio, mídia e educação informal se estruturam neurologicamente e o ser passa a fazer parte do senso comum. Para essa colocação de Todorov, encontro explicações no material interessante que foi obtido através do website de Cipriano Carlos Luckesi. No texto Avaliação da Aprendizagem na Escola e a Questão das Representações Sociais, Luckesi faz uma abordagem espetacular com relação as representações sociais, que são os modos inconscientes de compreender uma determinada prática social e, consequentemente, a permanência de um padrão de conduta. Ele menciona alguns estudiosos do comportamento humano, dentre eles Wilhelm Reich. Para Wilhelm Reich (1896-1957), psiquiatra alemão, as experiências davam-se no corpo de cada um como cicatrizes. Cada um de nós manifesta padrões corporais que sintetizam nossa história de vida congelada, que são as crenças mais profundas, nossas interações, experiências pessoais ou decorrência de nossas heranças familiares e socioculturais que nos acompanham pelo caminhar da vida. Desta forma, nosso corpo passa a comunicar o que passa pela nossa mente. Basta saber interpretar.
  • 6. Quinto Estágio A aquisição da linguagem, durante o quinto estágio, acrescenta novas dimensões a cada uma das ações praticadas anteriormente: a criança pode agora ser reconfortada e reconhecida com o auxílio da palavra em vez de gestos ou olhares, pode determinar e até explorar o mundo por esse meio, alternando as palavras e imitando-as. Dentre essas ações elementares, não mencionarei o amor. Isso porque a relação da criança com os pais não é beneficiada, creio eu, ao ser envolta por esses termos genéricos demais. Na fase inicial a criança tem necessidade dos outros, necessidade de ser reconfortada e reconhecida, necessidade de entrar em colaboração. Mais tarde, quando a imagem da mãe está bem fixada e identificada, todos os componentes anteriores reaparecem: o amor da criança é um conjunto, não uma ação elementar. Podemos dizer o mesmo do amor erótico dos adultos, embora os dois não sejam do mesmo gênero: prazer sensual, necessidade de ser reconhecido e, por sua vez, de reconhecer, de cooperar e de lutar, tudo isso, e muito mais, compõe a relação amorosa. (TODOROV, 1996, p.82) Finalmente, no quinto estágio, que ocorre a partir dos 18 meses, segundo Todorov (1996 pg. 82), ocorre a aquisição da linguagem, que será estabelecida com base nos estágios anteriores. Nessa fase, ocorrerá a consagração da linguagem, a importância do outro para que se estabeleça o diálogo e a certeza de que esse contato jamais terminará. Na fase inicial, a criança tem necessidade dos outros, de ser reconhecida, reconfortada, acolhida, amada. O amor é um conjunto destes componentes, que deverão ser sentidos em cada um dos estágios. Dessa forma, é importante ressaltar que o amor deverá ser sentido, para que o ser possa expressá-lo nas suas atitudes e fazê-lo presente em suas palavras quando necessário. Percebemos o quão importante é cada um dos estágios apresentados pelo autor e que se trata de uma base que poderá ser sólida ou frágil. Está lançada a sorte do pequeno ser! O meio, suas relações e suas necessidades, que são diferentes de indivíduo para indivíduo, são fatores predominantes para a saúde emocional do ser. Como educadora, ao me deparar com o comportamento de pais, alunos e professores, tenho me perguntado: Por que não somos preparados para sermos fortes e vencedores?
  • 7. Por que não somos preparados para acreditarmos nos nossos potenciais? Por que nossos potenciais e capacidades não são desenvolvidos na sua plenitude?