SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 75
Baixar para ler offline
Parte III
O trabalho seguro com
substâncias químicas
13/06/2002
Segurança Química
Uso, armazenamento, transporte e descarte
de substâncias químicas
Preocupação recente:
 1990: Programa Internacional de Segurança
Química (IPCS)/OMS
 1998: Normativas CE sobre SQ
 2000/2001 – Workshops Resíduos Químicos/SBQ
 2001: Infra FAPESP - RQ
 2000: III Forum Intergovernamental SQ
 MMA ponto focal no Brasil
 2001: Comissão do MMA (COPASQ)
 Sub-comissão “Segurança Química em Universidades e
Instituições de Pesquisa”
13/06/2002
Principais recomendações da Sub-Comissão:
 Em nível Federal: MEC e CAPES deverão incluir
Segurança Química como uns dos parâmetros de
avaliação de cursos de Graduação e pós
 Em nível local:
 Elaboração de Mapas de Risco e PPRAs
 Controle rigoroso do fluxo de insumos químicos
 Disciplinas obrigatórias de SQ (grad e pg)
 Formação continuada em SQ
 Banco de resíduos
 COPASQ
 Home page com informação em SQ
13/06/2002
Os problemas de SQ em
instituições de ensino e
pesquisa
Número e quantidade cada vez maior de
substâncias utilizadas
Procedimentos quase sempre incorretos de uso,
armazenamento e disposição de resíduos
Procedimentos de aquisição descontrolados
Carência de profissionais com conhecimentos para
equacionar estes problemas
Falta de cobrança de uma “atuação responsável”
dos pesquisadores e de suas instituições
13/06/2002
Fatores de risco em
Laboratórios
Físicos
 Ruído, temperaturas extremas, radiações
ionizantes e não-ionizantes, vibração
Biológicos
 Agentes patogênicos e infectantes
Químicos
 Aerodispersóides, gases e vapores
Ergonômicos
 Fatores de stress físico e/ou mental no trabalho
13/06/2002
Risco inerente vs Risco
efetivo
Risco inerente: característico da substância.
Está relacionado com as propriedades
químicas e físicas da mesma.
Risco efetivo: probabilidade de contato com a
substância. Está diretamente relacionado
com as condições de trabalho com o agente
de risco
Dano: conseqüência da concretização do
risco
13/06/2002
Danos
À integridade física (morte ou incapacitação
para o trabalho)
 Acidentes  quedas, incêndio, explosão, etc.
À saúde do indivíduo exposto
 Efeitos agudos
 Efeitos crônicos
À saúde e integridade das gerações futuras
(descendentes dos indivíduos expostos)
 Efeitos mutagênicos
 Efeitos teratogênios
 Efeitos sobre o poder reprodutivo
Riscos inerentes às
substâncias químicas
13/06/2002
Os produtos químicos
como fatores de risco
As substâncias químicas podem ser
agrupadas, segundo suas características de
periculosidade, em:
asfixiantes tóxicos carcinogênicos
explosivos corrosivos mutagênicos
comburentes irritantes teratogênicos
inflamáveis danosos ao alergênicos
meio ambiente
13/06/2002
Asfixiantes
Simples: sua presença diminui a concentração de
oxigênio do ar. Por isso são perigosos em
concentrações muito elevadas. Exemplos: N2 , He e
outros gases nobres, CO2, etc.
Químicos: impedem a chegada de O2 aos tecidos.
Sua atuação pode ocorrer de diferentes maneiras,
por exemplo: o CO fixa-se na hemoglobina no lugar
do O2; o HCN fixa-se na citocromooxidase; e, o H2S
além de bloquear a citocromooxidase, afeta o centro
regulador do sistema respiratório.
13/06/2002
Explosivos
Substâncias que podem explodir sob efeito
de calor, choque ou fricção. As temperaturas
de detonação são muito variáveis:
nitroglicerina, 117 oC; isocianato de mercúrio,
180 oC; trinitrotolueno (TNT), 470 oC.
Certas substâncias formam misturas
explosivas com outras. Por exemplo: cloratos
com certos materiais combustíveis,
tetrahidroresorcinol com metais
Outras tornam-se explosivas em
determinadas concentrações. Ex: ácido
perclórico a 50%
13/06/2002
Comburentes
(oxidantes)
Substâncias que em contato com outras
produzem reação fortemente exotérmica. Ex:
sulfonítrica, sulfocrômica, nitritos de sódio e
potássio, percloratos, permanganato de
potássio, peróxidos e hidroperóxidos.
13/06/2002
Inflamáveis
A inflamabilidade depende de uma série de
parâmetros:
 Flash point (ponto de ignição): temperatura
acima da qual uma substância desprende
suficiente vapor para produzir fogo quando em
contato com o ar e uma fonte de ignição
 ponto de autoignição: temperatura acima da
qual uma substância desprende vapor
suficiente para produzir fogo espontaneamente
quando em contato com o ar
 pressão de vapor
 ponto de ebulição
13/06/2002
Inflamáveis
Extremamente inflamáveis
 flash point < 0 oC , PE < 35 oC. Ex: gases combustíveis
(H2, CH4, C2H6, C2H4, etc), CO, HCN,
 flash point < 23 oC, PE < 38 oC. Ex: acetaldeído, éter
dietílico, dissulfeto de carbono
Facilmente inflamáveis
 ponto de autoignição < temperatura ambiente. Ex: Mg,
Al, Zn, Zr em pó e seus derivados orgânicos, fósforo
branco, propano, butano, H2S
 23 oC < flash point < 38 oC, PE < 100 oC. Maioria dos
solventes orgânicos
 substâncias sólidas que em contato com a umidade do
ar ou água desprendam gases facilmente inflamáveis em
quantidades perigosas. Ex: hidretos metálicos
Inflamáveis
 38 oC < flash point < 94 oC
13/06/2002
Tóxicos
DL50 oral
ratos, mg/Kg
DL50 cutânea
ratos/coelhos,
mg/Kg
CL50 inalação
ratos, mg/m3
Muito tóxico < 25 < 50 < 0,5
Tóxicos 25 – 200 50 – 400 0,5 2,0
Nocivos 200 – 2000 400 – 2000 2 - 20
- efeito agudo: dose única ou exposição < 24 horas
- efeito sub-agudo: 2 semanas a 3 meses de exposição
- efeito crônico: exposição > 3 meses
- outros fatores: órgão afetado, efeito direto ou indireto,
sinergismos, efeitos cruzados
13/06/2002
Corrosivos
Substâncias que quando em contato
com tecidos vivos ou materiais podem
exercer sobre eles efeitos destrutivos.
 Exemplos: metais alcalinos, ácidos e
bases, desidratantes e oxidantes
13/06/2002
Irritantes
Substâncias não corrosivas que por contato
com a pele ou mucosas pode provocar
reação inflamatória.
 substâncias corrosivas a baixas concentrações
são irritantes
 quanto mais solúvel em água, mais irritante para o
trato respiratório
 solventes orgânicos são irritantes por dissolução
da camada lipídica protetora da pele. Ordem
descrescente: HC saturados, HC aromáticos,
halogenados, álcoois, ésteres, cetonas, aldeídos
13/06/2002
Danosos ao meio
ambiente
Substâncias que apesar da baixa toxicidade
ao homem pode causar efeitos danosos ao
meio ambiente. Importante ser considerado
principalmente quando presente nos resíduos
(sólidos, líquidos ou gasosos) de laboratório.
13/06/2002
Carcinogênicos
Classe I: substâncias cujo efeito carcinogênico
para o homem foi demonstrado através de estudos
epidemiológicos de causa-efeito
Classe II: substâncias provavelmente
carcinogênicas para o homem. Estudos de toxicidade
a longo prazo efetuados em animais
Classe III: substâncias suspeitas de causar câncer
no organismo humano, para as quais não se dispõe
de dados suficientes para provar sua atividade
carcinogênica e os estudos com animais não
fornecem provas suficientes para classificá-las na
classe II
13/06/2002
Carcinogênicos
Lista das substâncias e materiais carcinogênicos
(classe I) da IARC (International Agency for
Research on Cancer)
 http://physchem.ox.ac.uk/MSDS/carcinogens.html
Lista dos carcinogênicos classes II e III (inclui
relatório que apoiou a classificação da substância)
 http://ntp-server.niehs.nih.gov/htdocs/8_RoC/
13/06/2002
Mutagênicos
Substâncias que podem alterar o material
genético de células somáticas ou
reprodutivas. Dividem-se em 3 categorias,
como os carcinogênicos.
O número de substâncias reconhecidamente
mutagênicas é muito maior do que o de
carcinogênicas
Considera-se que alguns tipos de câncer são
resultado da evolução de processos
mutagênicos.
13/06/2002
Teratogênicos
Substâncias que podem produzir alterações
no feto durante seu desenvolvimento intra-
uterino (malformações)
Estão divididas em duas classes:
 I: substâncias para as quais o efeito teratogênico
foi demonstrado por estudos de causa-efeito
 II: substâncias provavelmente teratogênicas ao
homem
13/06/2002
Estabilidade
de substâncias químicas
Facilidade de degradação exotérmica
Reatividade com água
Reatividade com oxigênio (ar)
Incmpatibilidades
13/06/2002
Reações químicas
perigosas
Substâncias incompatíveis
Uma grande variedade de substâncias
reagem perigosamente quando em contato
com outras. Por isso antes de misturar
quaisquer substâncias deve-se buscar
informações sobre a compatibilidade das
mesmas.
Nenhuma lista é exaustiva, mas algumas
relativamente abrangentes podem ser encontradas:
 na internet:
http:physchem.ox.ac.uk/MSDS/incompatibles.html
 na Biblioteca do IQ:
IUPAC - Chemical Safety Matters, 1992, Appendix E.
13/06/2002
Reações químicas
perigosas
Algumas substâncias incompatíveis
Oxidantes com:
 nitratos, halogenatos, óxidos, peróxidos, flúor
Redutores com:
 materiais inflamáveis, carbetos, nitritos, hidretos, sulfetos,
alquilmetais, alumínio, magnésio e zircônio em pó
Ácidos fortes com:
 bases fortes
Ácido sulfúrico com:
 açúcar, celulose, ácido perclórico, permanganato de potássio,
cloratos, tiocianatos
13/06/2002
Reações químicas
perigosas
algumas combinações explosivas
Acetona com clorofórmio na presença de base forte
Acetileno com Cu, Ag, Hg ou seus sais
Amônia com Cl2, Br2 ou I2
CS2 com azida de sódio
Cl2 com etanol
Clorofórmio ou CCl4 com Al ou Mg em pó
Éter etílico com Cl2
etanol com CaClO3 ou AgNO3
HNO3 com HAc ou anidrido acético
13/06/2002
Substâncias
Peroxidáveis
As substâncias peroxidáveis contém um átomo de
hidrogênio autoionizável que é ativado pela própria
característica estrutural da molécula e/ou pela
presença de luz, reagindo lentamente com o oxigênio
do ar, nas CNTP, para formar inicialmente um
hidroperóxido:
RH + O2  R-O-OH
Através de reações (também lentas)envolvendo
adição, rearranjo ou desproporcionamento, formam-
se os peróxidos, que são mais perigosos sob
aquecimento ou concentração por evaporação
13/06/2002
Substâncias
Peroxidáveis
São peroxidáveis de uso comum em laboratórios:
 Éter etílico ou sulfúrico
 Tetrahidrofurano
 Dioxano
 Cumeno
 Tetrahidronaftaleno
 Estireno
 Aldeídos
Review sobre peroxidáveis: JACKSON, H.L. et al. J.Chem.Ed.
47, A175 (1970)
13/06/2002
Algumas fontes de
informação sobre
produtos químicos
1. Rótulo do produto
Merck, Baker, Aldrich, Mallinkrodt: frases de segurança CE
Fisher e alguns Aldrich: códigos NFPA
2. The Merck index
3. Internet: vários sites com MSDS (Material Safety Data
Sheets)
http://ecdin.etomep.net/
http://msds.pdc.cornell.edu/msds/hazcom/
http://www.ilpi.com/msds/index.chtml/
Parte II
Minimização do risco efetivo
13/06/2002
Construção/ reforma de
laboratórios
Localização, tipo e tamanho do
laboratório
Materiais de construção
Elementos arquitetônicos: fachadas,
paredes, pisos, janelas e portas
13/06/2002
O projeto
Segurança, funcionalidade e custo
Fatores a considerar:
 Quantos labs serão necessários
 Função de cada espaço
 Número de pessoas em cada espaço
 Quantidade de produtos químicos que serão
utilizados e/ou armazenados e seus riscos e
incompatibilidades
 Necessidades específicas de cada espaço em
termos de ventilação, iluminação, eletricidade,
gases, água, vácuo, etc.
 Previsão de modificações das necessidades em
um período de 5-10 anos
13/06/2002
Localização
Deve considerar:
 Separação entre áreas de risco de diferentes
magnitudes
 Restrição de acesso às áreas de maior risco
 Centralização das instalações elétrica, hidráulica
e de gases, para facilitar a detecção, ação e fuga
em caso de emergência
 Dificultar a propagação de incêndios
13/06/2002
Prédios de laboratórios
2 ou 3 andares, com acesso por
diferentes pontos e isolados de outras
construções com menor risco. Os
depósitos de produtos químicos devem
estar em local separado.
É importante que os bombeiros possam
chegar ao laboratório em menos de 15
minutos, em caso de incêndio
13/06/2002
Tamanho dos laboratórios
Recomendável: pelo menos 10 m2/pessoa
Laboratórios grandes são necessários para
aulas práticas. Os mais importantes
inconvenientes são: os acidentes podem
afetar uma grande área, dificultando as
ações necessárias, o que é agravado pelo
grande número de pessoas geralmente
presente
Os laboratórios pequenos devem ter
idealmente entre 40-50m2, recomendando-se
que não sejam menores do que 15 m2
13/06/2002
Mínima resistência ao
fogo (RF)
Cada prédio de laboratório deve
configurar um setor de incêndio
independente. O ideal é que cada setor
seja o menor possível, respeitando a
compatibilidade com as atividades que
ali serão executadas
13/06/2002
Risco alto < 190 m2 RF - 60
190-460 m2 RF-120
> 460 m2 não permitido
Risco médio < 1900 m2 RF-60
> 1900 m2 não permitido
Risco baixo RF-60
Mínima resistência ao fogo recomendada para
paredes externas de prédios de laboratório
(Norma NFPA-45)
13/06/2002
Fachadas
Devem dispor de aberturas que facilitem o
acesso externo a cada um dos
andares/laboratórios. Devem ter uma altura
mínima de 1,20 m e largura superior a 80 cm
e não devem ser obstruídas por cartazes,
faixas, etc.
A distância entre as janelas, de um para
outro andar, deve ser de no mínimo de 1,80
m para evitar a propagação de incêndio
13/06/2002
Paredes divisórias
RF > 120 para edifícios com
laboratórios de pesquisa e RF> 180
para edifícios com laboratórios didáticos
Deve-se evitar divisórias parcialmente
ou totalmente envidraçadas, já que a
resistência ao fogo deste material (vidro
comum) é mínima, rompendo-se
facilmente pelo aumento de
temperatura
13/06/2002
Tetos
É recomendável pé direito de 3 metros
O teto deve ser construído com materiais de
elevada resistência mecânica e pintados ou
revestidos de material que possa ser
facilmente limpo.
Deve ser pintado prefencialmente de branco,
para melhorar o desempenho do sistema de
iluminação
13/06/2002
Pisos
Deve ter resistência mínima de 300 Kg/m2, se
houver possibilidade de utilização de
equipamentos pesados o piso deverá estar
adequadamente preparado para suportar os
mesmos.
Devem ter base rígida e pouco elástica para
evitar vibrações
O adequado revestimento do solo varia de
acordo com as atividades que serão
desenvolvidas no laboratório
13/06/2002
Fatores a considerar na escolha do
revestimento do piso
Resistência a produtos químicos
Resistência mecânica
Capacidade anti-derrapante, mesmo
molhado
Facilidade de limpeza e descontaminação
Condutividade elétrica
Facilidade de manutenção
Durabilidade
Preço
Estética
13/06/2002
Madeira Emborrachado PVC Cerâmica vitrif. Pedra Cimento
acetona, éter M M R B B B
solventes clorados R M R B B M
água M B B B B B
álcool M B B B B B
ácidos fortes R R B B R R
bases fortes R R B B R R
H2O2 10% R B B M B R
óleos R B B B M M
facilidade de R R M B R R
descontaminação
B = bom ; M = médio ; R = ruim
Çaracterísticas de alguns revestimentos para piso
13/06/2002
Janelas
Diminuem a sensação de claustrofobia e
permitem a visão ao longe o que diminui a
fatiga visual
Devem permitir a saída de emergência e a
entrada dos bombeiros e equipamentos para
combate a incêndio
As esquadrias devem ser construídas em
material incombustível
Cortinas devem ser evitadas, se forem
imprescindíveis devem ser confeccionadas
em material incombustível, como fibra de
vidro, por exemplo
13/06/2002
Portas
Pelo menos 2 para laboratórios com risco
médio/alto; com risco baixo e mais de 100
m2; ou onde se trabalha com gases sob
pressão
Dimensões mínimas: altura 2,0 m e largura
90 cm.
As portas que abrem para corredores não
devem ser tipo vai-e-vem, nem corrediças
Todas as portas de laboratório devem ter um
visor na altura dos olhos, de pelo menos 40 x
20 cm
13/06/2002
Portas
Não devem ter maçanetas. Para facilitar a
entrada e saída com as mãos ocupadas, deve
ser possível abrí-las com o cotovelo ou o pé.
Idealmente devem ser providas com sistema
anti-pânico
RF 30, no mínimo, para laboratórios de baixo
risco. As portas comuns têm RF de 5-8 minutos
Todas as portas externas do prédio devem abrir
para fora. Para laboratórios onde não sejam
utilizados produtos inflamáveis, explosivos ou
tóxicos as portas poderão abrir para dentro.
13/06/2002
Bancadas
Características recomendadas:
 Altura entre 80 e 90 cm
 Deve prever pelo menos 90 cm de bancada por pessoa
 “espaço para pernas”
 Tampo resistente aos produtos químicos que serão
utilizados e resistente ao calor se estiver previsto o uso
de bicos de gas. Materiais indicados na maioria dos
casos: granito e inox
 As bancadas de uso bilateral devem estar
desencostadas da parede nas duas extremidades, com
espaço de pelo menos 1 metro
Cadeiras ergonômicas, banquinhos podem
ser indicados para uso esporádico
13/06/2002
Cores no laboratório
Teto, paredes e mobiliário devem ser
pintados de cores claras, preferencialmente
branco e creme, para facilitar a visualização
de cartazes com indicações de segurança e
não promover fatiga visual.
13/06/2002
Condicionamento
ambiental
O controle de temperatura e umidade deve ser
individual, ou seja, cada laboratório deverá ter o seu
sistema, para evitar a “socialização do risco” por todo
o prédio
Este sistema deverá considerar as fontes de calor, a
movimentação de pessoas no local e a existência de
sistemas extratores, como coifas e capelas
Devem ser instalados longe das capelas e o fluxo de
ar não deve incidir diretamente sobre as superfícies
de trabalho
Considerar a possibilidade de correntes de ar e o
ruído que o equipamento possa gerar
13/06/2002
Sistema elétrico
No projeto do laboratório, a parte elétrica deve estar
dimensionada para as necessidades imediatas e
futuras, para um horizonte de 5-10 anos
No laboratório pronto não devem ser negligenciados
os procedimentos de manutenção preventiva. Deve-
se atentar para alguns pontos fundamentais:
 Freqüência de desarme de disjuntores
 Aquecimento de tomadas e plugs
 Existência de fio terra em todos os equipamentos e
monitoramento de sua medição.
 Estado de conservação de tomadas e plugs
 Uso de extensões deve ser esporádico
13/06/2002
Gases sob pressão
Capacete
Calota
Corpo
13/06/2002
Classificação dos gases
quanto a seu estado físico
Comprimidos
 Gases cuja temperatura crítica (Tc) seja menor que -10oC. O
conteúdo do cilindro será sempre gasoso. Exemplos: Ar
comprimido, Ar, etileno, He, H2, O2, CO2, CO, metano, etc.
Liquefeitos
 Gas ou mistura de gases com Tc > -10oC. No cilindro existem
duas fases: líquido e gasosa. Exemplos: NH3, Butano, Cl2,
HCl, NO2, SO2, propano, N2O, H2S, etc.
Dissolvidos - acetileno
 Este gas se comprimido ou liquefeito puro polimeriza-se.
Esta reação é extremamente exotérmica e pode levar à
explosão do cilindro. Por isso o acetileno é fornecido
dissolvido em acetona (ou dimetilformamida) embedida em
um material poroso que impede a propagação da reação.
13/06/2002
Classificação dos gases
quanto às suas propriedades
Inflamável
 Inflamabilidade ao ar inferior a 13%. Ex: H2, etileno, CH4,
liquefeitos de petróleo,
Tóxico
 Máxima concentração tolerável (TLV) inferior a 50 ppm. Ex:
NH3, H2S, SO2
Corrosivo
 Produz corrosão superior a 6 mm/ano em aço A-37 a 55
oC(ASTM). Ex: Cl2, HCl, F2, HF, HBr
Oxidante
 Potencial redox superior ao ar. Ex: ar sintético, O2, Cl2, N2O,
F2
Criogênico
 PE < -40 oC (fornecido liquefeito). Ex: CO2, N2, Ar, He
13/06/2002
Armazenamento dos cilindros
 Acondicione os cilindros por tipo de gas
 Mantenha-os com seus capacetes, em posição
compacta , dispostos verticalmente e amarrados
com correntes
 Separe os cilindros contendo combustíveis (ex.:
hidrogênio, acetileno) dos cilindros contendo
oxidantes (ex.: oxigênio) à distância mínima de
oito metros
 Mantenha os cilindros cheios separados dos
vazios
 Não remova os sinais de identificação dos
cilindros (rótulos, adesivos, etiquetas, marcas de
fabricação e testes).
13/06/2002
 Não fume na área de armazenamento de cilindros
 Não permita o manuseio dos cilindros por pessoal
sem prática
 Em áreas externas, mantenha os cilindros em
local arejado, coberto e seco, longe de fontes de
calor e ignição. Em situações excepcionais e
temporárias os cilindros poderão ser instalados no
interior do laboratório. Neste caso, mantenha-os
longe de fontes de calor e ignição, passagens ou
aparelhos de ar-condicionado. Evite guardá-los no
subsolo
 Mantenha equipamentos de segurança próximos
da área de estocagem
13/06/2002
Instalação de gases
Idealmente deverá ser feita por uma empresa
especializada.
Conexões
 Os reguladores de pressão são construídos de
forma a serem compatíveis apenas com um grupo
de gases, com propriedades semelhante, para
evitar acidentes causados por incompatibilidades.
Além disso alguns cuidados devem ser tomados:
 Limpar perfeitamente as conexões antes do uso
 Não utilizar graxas ou azeites nas junções ou conexões
 Não se deve forçar ou golpear ao efetuar-se uma
conexão.
13/06/2002
Tubulação
 Construída em material que não seja atacado pelo
gas ou pela condições ambientais (umidade e
calor, especialmente). Materiais mais utilizados:
cobre e aço inox
 Devem ser testadas em uma condição de pressão
pelo menos1,5 x maior que a pressão máxima de
trabalho.
 Serão utilizadas apenas para os gases para os
quais foram testadas
Instalações para acetileno e hidrogênio
devem merecer cuidados especiais
13/06/2002
Manuseio dos cilindros
 Use luvas protetoras, calçados de segurança com biqueiras de
aço e óculos de segurança.
 Mantenha o capacete protetor da válvula atarraxado quando
não estiver em operação.
 Não movimente um cilindro sem seu capacete
 Utilize carrinhos com correntes que permitam prender os
cilindros durante o transporte
 Não jogue um cilindro contra outro(s).
 Não transfira gás de um cilindro para outro.
 Não derrube o cilindro no chão ou permita que tal ocorra
 Não permita contato da válvula do cilindro com óleo, graxa ou
agentes químicos, principalmente se o cilindro contiver oxigênio
ou outros gases oxidantes
 Não abra a válvula do cilindro sem antes identificar o gás que
contém
13/06/2002
Utilização de gases sob pressão
Mantenha o cilindro acorrentado durante sua utilização.
Utilize regulador automático de pressão compatível com
as características físico-químicas do produto.
Abra a válvula devagar até o fim do curso.
Não sobreaperte conexões: em caso de persistir o
vazamento, é melhor desatarraxar a conexão limpando as
roscas antes do reaperto.
Use equipamento de proteção individual, como óculos e
viseiras.
Não aumente a pressão interna do cilindro por
aquecimento.
Mantenha a válvula do cilindro fechada quando não
estiver em uso.
13/06/2002
Prevenção de incêndio
De 0 a 8% de O2 não ocorre
De 8 a 13% de O2 lenta
De 13 a 21% de O2 viva
Para que ocorra combustão são imprescindíveis
3 elementos: combustível, comburente e calor,
em proporções adequadas.
13/06/2002
Fatores que afetam a combustão
Composição do material: os que conté
C, S e H são mais combustíveis
Agregação do material sólido: material
finamente dividido é mais combustível
Para os combustíveis líquidos são
determinantes da combustão: a pressão
de vapor, a temperatura e a superfície
exposta ao comburente
13/06/2002
Combate a incêndio
Pequeno porte:
 Desligar quadro de energia; fechar os gases
 Evacuar o local
 Usar o extintor, se souber exatamente como. Caso
contrário chamar a brigada de incêndio
Grande porte:
 Desligar o quadro de energia, fechar os gases
 Evacuar o local, se houver fumaça mover-se o mais
próximo do solo
 Chamar os bombeiros
13/06/2002
Uso de extintores
Para que seja eficiente na extinção de
incêndio é imprescindível:
 Número, distribuição e manutenção
adequados
 Pessoal treinado no uso. Ideal: formação
de brigada de incêndio
13/06/2002
Agentes Extintores
Classes de
Incêndio Água Espuma
Pó
Químico
Gás Carbônico
(CO2)
A
Madeira,
papel, tecidos
etc.
SIM SIM SIM* SIM*
B
Gasolina,
álcool, ceras,
tintas etc.
NÃO SIM SIM SIM
C
Equipamentos
e Instalações
elétricas
energizadas.
NÃO NÃO SIM SIM
* => Com restrição, pois há risco de reignição. (se possível
utilizar outro agente)
Programa de
Segurança Química
nos Laboratórios
13/06/2002
Reconhecimento e
antecipação de riscos
Mapas de risco
 Quem faz?
 CIPA + os q trabalham naquele local
 Para q serve?
 Subsidiar a proposição de um plano de metas
de melhoria das condições de trabalho
13/06/2002
 Como é feito?
 Levantamento dos riscos existentes
 Cores: físico (verde); químico (vermelho); biológico
(marron); ergonômico (amarelo); mecânicos (azul)
 Atribuição de graus de risco
 Círculos : pequenos, médios e grandes
 Checklists podem auxiliar
 Livro INSHT/ Barcelona
 http://www.orcbs.msu.edu/chemical/chemical.html
 O “Mapa de Risco”deverá ficar afixado em lugar
visível no laboratório
 Deverá ser revisto sempre que houver alguma
modificação de procedimentos, materiais, layout,
equipamentos, etc
13/06/2002
Nomeação de
responsáveis pelo
Programa
Direção da unidade
Chefia de Departamento
Um responsável em cada laboratório/
grupo de pesquisa
13/06/2002
Treinamento
Em todos os níveis
 Docentes/Pesquisadores
 Alunos graduação/pós
 Funcionários técnicos
Pelo menos uma atividade de
reciclagem por semestre
13/06/2002
Procedimentos
operacionais
padronizados
Para todas as atividades desenvolvidas
no laboratório
Para situações de emergência
13/06/2002
Sistemas de segurança
Planos de emergência
Sistema de detecção e combate a
incêndio/explosão
Chuveiros/ lava-olhos
13/06/2002
Programa de proteção ocular
Plano de proteção auditiva
Plano de proteção respiratória
Luvas e outros materiais de proteção
(aventais, calçados, etc)
 Diretrizes para orientar a escolha do
equipamento de proteção adequado
 Política de aquisição definida
13/06/2002
Controle da aquisição/armazenamento
de insumos químicos
Gerenciamento de resíduos químicos
 Definição de responsáveis
 Definição do modus operandi
13/06/2002
Programa de
monitorização da saúde
SESMT  Serviço Especializado em
Segurança e Medicina do Trabalho
 Portaria 413/UNESP, DOU 13/09/2001 PGST
(Programa Geral de Saúde do Trabalhador)
 Região NE: Araraquara, Rio Claro, Jaboticabal, Franca
 Região SE: S.Paulo, S.Vicente, S.J.Campos,
Guaratinguetá
 Região OE: P.Prudente, Marília, Assis
 Região NO: Araçatuba, Ilha Solteira, S.J.Rio Preto
 Região Central: Bauru, Botucatu
13/06/2002
Para contatos futuros:
Profa. Dra. Mary Rosa Santiago Silva
Departamento de Química Analítica
IQ/UNESP - Araraquara
(16) 201-6610
E-mail: mssqam@iq.unesp.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Biossegurança
BiossegurançaBiossegurança
Biossegurança
 
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOSCLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
 
Limpeza e higienização hospitalar
Limpeza e higienização hospitalarLimpeza e higienização hospitalar
Limpeza e higienização hospitalar
 
Fundamentos de enfermagem aula 3
Fundamentos de enfermagem aula 3Fundamentos de enfermagem aula 3
Fundamentos de enfermagem aula 3
 
Tst epc - nr 06
Tst   epc - nr 06Tst   epc - nr 06
Tst epc - nr 06
 
Impactos do homem sobre o meio ambiente
Impactos do homem sobre o meio ambienteImpactos do homem sobre o meio ambiente
Impactos do homem sobre o meio ambiente
 
Biossegurança
BiossegurançaBiossegurança
Biossegurança
 
Introdução à Enfermagem do Trabalho
Introdução à Enfermagem do TrabalhoIntrodução à Enfermagem do Trabalho
Introdução à Enfermagem do Trabalho
 
Saneamento Básico e Saúde Pública
Saneamento Básico e Saúde PúblicaSaneamento Básico e Saúde Pública
Saneamento Básico e Saúde Pública
 
Educação Ambiental e Mudanças de Hábitos
Educação Ambiental e Mudanças de HábitosEducação Ambiental e Mudanças de Hábitos
Educação Ambiental e Mudanças de Hábitos
 
Aula 1 - Educação para Saúde e Meio Ambiente
Aula 1 - Educação para Saúde e Meio AmbienteAula 1 - Educação para Saúde e Meio Ambiente
Aula 1 - Educação para Saúde e Meio Ambiente
 
Primeiros socorros - Queimaduras
Primeiros socorros - QueimadurasPrimeiros socorros - Queimaduras
Primeiros socorros - Queimaduras
 
Riscos ambientais
Riscos ambientais   Riscos ambientais
Riscos ambientais
 
Riscos biológicos
Riscos biológicosRiscos biológicos
Riscos biológicos
 
(Fonte md) treinamento em biosseguranca site
(Fonte md) treinamento em biosseguranca site(Fonte md) treinamento em biosseguranca site
(Fonte md) treinamento em biosseguranca site
 
Higiene Hospitalar
Higiene HospitalarHigiene Hospitalar
Higiene Hospitalar
 
Mapa de riscos
Mapa de riscosMapa de riscos
Mapa de riscos
 
Choque elétrico
Choque elétricoChoque elétrico
Choque elétrico
 
Atendimento pré hospitalar
Atendimento pré hospitalarAtendimento pré hospitalar
Atendimento pré hospitalar
 
biossegurança
biossegurançabiossegurança
biossegurança
 

Semelhante a 1195593414 substancias quimicas

Semelhante a 1195593414 substancias quimicas (20)

1989
19891989
1989
 
Palestra Química
Palestra Química Palestra Química
Palestra Química
 
Aula 1-riscos químicosB.pdf
Aula 1-riscos químicosB.pdfAula 1-riscos químicosB.pdf
Aula 1-riscos químicosB.pdf
 
Aula química geral experimental 1_parte 2
Aula química geral experimental 1_parte 2Aula química geral experimental 1_parte 2
Aula química geral experimental 1_parte 2
 
Produtos perigosos
Produtos perigososProdutos perigosos
Produtos perigosos
 
Produtos perigosos
Produtos perigososProdutos perigosos
Produtos perigosos
 
Apresentação Produtos Perigosos completa.ppt
Apresentação Produtos Perigosos completa.pptApresentação Produtos Perigosos completa.ppt
Apresentação Produtos Perigosos completa.ppt
 
Artigo hplc
Artigo hplcArtigo hplc
Artigo hplc
 
Incineracao Parecer
Incineracao ParecerIncineracao Parecer
Incineracao Parecer
 
Seguranca quimica
Seguranca quimicaSeguranca quimica
Seguranca quimica
 
Peroxidaveis
PeroxidaveisPeroxidaveis
Peroxidaveis
 
Aula de reatividade, toxicologia e incompatibilidade de produtos quimicos
Aula de reatividade, toxicologia e incompatibilidade de produtos quimicosAula de reatividade, toxicologia e incompatibilidade de produtos quimicos
Aula de reatividade, toxicologia e incompatibilidade de produtos quimicos
 
O controle de residuos perigosos
O controle de residuos perigososO controle de residuos perigosos
O controle de residuos perigosos
 
Perdas (3).pptx
Perdas (3).pptxPerdas (3).pptx
Perdas (3).pptx
 
Aula 001 Risco Químico
Aula 001 Risco QuímicoAula 001 Risco Químico
Aula 001 Risco Químico
 
Fábio, André, Génia
Fábio, André, GéniaFábio, André, Génia
Fábio, André, Génia
 
Aula 001 Risco Químico
Aula 001  Risco QuímicoAula 001  Risco Químico
Aula 001 Risco Químico
 
Pi vi gustavo paulino
Pi vi gustavo paulinoPi vi gustavo paulino
Pi vi gustavo paulino
 
AGENTES QUIMICOS PPT.ppt
AGENTES QUIMICOS PPT.pptAGENTES QUIMICOS PPT.ppt
AGENTES QUIMICOS PPT.ppt
 
Agentes quimicos
Agentes quimicosAgentes quimicos
Agentes quimicos
 

Mais de Pelo Siro

Mais de Pelo Siro (20)

11955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 111955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 1
 
1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros
 
1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais
 
119625756 motsser2
119625756 motsser2119625756 motsser2
119625756 motsser2
 
119999888 revisoes
119999888 revisoes119999888 revisoes
119999888 revisoes
 
119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos
 
2146
21462146
2146
 
2079
20792079
2079
 
2080
20802080
2080
 
2064
20642064
2064
 
2061
20612061
2061
 
2060
20602060
2060
 
2032
20322032
2032
 
2031
20312031
2031
 
2019
20192019
2019
 
2018
20182018
2018
 
2017
20172017
2017
 
2015
20152015
2015
 
2014
20142014
2014
 
2013
20132013
2013
 

Último

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 

Último (20)

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 

1195593414 substancias quimicas

  • 1. Parte III O trabalho seguro com substâncias químicas
  • 2. 13/06/2002 Segurança Química Uso, armazenamento, transporte e descarte de substâncias químicas Preocupação recente:  1990: Programa Internacional de Segurança Química (IPCS)/OMS  1998: Normativas CE sobre SQ  2000/2001 – Workshops Resíduos Químicos/SBQ  2001: Infra FAPESP - RQ  2000: III Forum Intergovernamental SQ  MMA ponto focal no Brasil  2001: Comissão do MMA (COPASQ)  Sub-comissão “Segurança Química em Universidades e Instituições de Pesquisa”
  • 3. 13/06/2002 Principais recomendações da Sub-Comissão:  Em nível Federal: MEC e CAPES deverão incluir Segurança Química como uns dos parâmetros de avaliação de cursos de Graduação e pós  Em nível local:  Elaboração de Mapas de Risco e PPRAs  Controle rigoroso do fluxo de insumos químicos  Disciplinas obrigatórias de SQ (grad e pg)  Formação continuada em SQ  Banco de resíduos  COPASQ  Home page com informação em SQ
  • 4. 13/06/2002 Os problemas de SQ em instituições de ensino e pesquisa Número e quantidade cada vez maior de substâncias utilizadas Procedimentos quase sempre incorretos de uso, armazenamento e disposição de resíduos Procedimentos de aquisição descontrolados Carência de profissionais com conhecimentos para equacionar estes problemas Falta de cobrança de uma “atuação responsável” dos pesquisadores e de suas instituições
  • 5. 13/06/2002 Fatores de risco em Laboratórios Físicos  Ruído, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração Biológicos  Agentes patogênicos e infectantes Químicos  Aerodispersóides, gases e vapores Ergonômicos  Fatores de stress físico e/ou mental no trabalho
  • 6. 13/06/2002 Risco inerente vs Risco efetivo Risco inerente: característico da substância. Está relacionado com as propriedades químicas e físicas da mesma. Risco efetivo: probabilidade de contato com a substância. Está diretamente relacionado com as condições de trabalho com o agente de risco Dano: conseqüência da concretização do risco
  • 7. 13/06/2002 Danos À integridade física (morte ou incapacitação para o trabalho)  Acidentes  quedas, incêndio, explosão, etc. À saúde do indivíduo exposto  Efeitos agudos  Efeitos crônicos À saúde e integridade das gerações futuras (descendentes dos indivíduos expostos)  Efeitos mutagênicos  Efeitos teratogênios  Efeitos sobre o poder reprodutivo
  • 9. 13/06/2002 Os produtos químicos como fatores de risco As substâncias químicas podem ser agrupadas, segundo suas características de periculosidade, em: asfixiantes tóxicos carcinogênicos explosivos corrosivos mutagênicos comburentes irritantes teratogênicos inflamáveis danosos ao alergênicos meio ambiente
  • 10. 13/06/2002 Asfixiantes Simples: sua presença diminui a concentração de oxigênio do ar. Por isso são perigosos em concentrações muito elevadas. Exemplos: N2 , He e outros gases nobres, CO2, etc. Químicos: impedem a chegada de O2 aos tecidos. Sua atuação pode ocorrer de diferentes maneiras, por exemplo: o CO fixa-se na hemoglobina no lugar do O2; o HCN fixa-se na citocromooxidase; e, o H2S além de bloquear a citocromooxidase, afeta o centro regulador do sistema respiratório.
  • 11. 13/06/2002 Explosivos Substâncias que podem explodir sob efeito de calor, choque ou fricção. As temperaturas de detonação são muito variáveis: nitroglicerina, 117 oC; isocianato de mercúrio, 180 oC; trinitrotolueno (TNT), 470 oC. Certas substâncias formam misturas explosivas com outras. Por exemplo: cloratos com certos materiais combustíveis, tetrahidroresorcinol com metais Outras tornam-se explosivas em determinadas concentrações. Ex: ácido perclórico a 50%
  • 12. 13/06/2002 Comburentes (oxidantes) Substâncias que em contato com outras produzem reação fortemente exotérmica. Ex: sulfonítrica, sulfocrômica, nitritos de sódio e potássio, percloratos, permanganato de potássio, peróxidos e hidroperóxidos.
  • 13. 13/06/2002 Inflamáveis A inflamabilidade depende de uma série de parâmetros:  Flash point (ponto de ignição): temperatura acima da qual uma substância desprende suficiente vapor para produzir fogo quando em contato com o ar e uma fonte de ignição  ponto de autoignição: temperatura acima da qual uma substância desprende vapor suficiente para produzir fogo espontaneamente quando em contato com o ar  pressão de vapor  ponto de ebulição
  • 14. 13/06/2002 Inflamáveis Extremamente inflamáveis  flash point < 0 oC , PE < 35 oC. Ex: gases combustíveis (H2, CH4, C2H6, C2H4, etc), CO, HCN,  flash point < 23 oC, PE < 38 oC. Ex: acetaldeído, éter dietílico, dissulfeto de carbono Facilmente inflamáveis  ponto de autoignição < temperatura ambiente. Ex: Mg, Al, Zn, Zr em pó e seus derivados orgânicos, fósforo branco, propano, butano, H2S  23 oC < flash point < 38 oC, PE < 100 oC. Maioria dos solventes orgânicos  substâncias sólidas que em contato com a umidade do ar ou água desprendam gases facilmente inflamáveis em quantidades perigosas. Ex: hidretos metálicos Inflamáveis  38 oC < flash point < 94 oC
  • 15. 13/06/2002 Tóxicos DL50 oral ratos, mg/Kg DL50 cutânea ratos/coelhos, mg/Kg CL50 inalação ratos, mg/m3 Muito tóxico < 25 < 50 < 0,5 Tóxicos 25 – 200 50 – 400 0,5 2,0 Nocivos 200 – 2000 400 – 2000 2 - 20 - efeito agudo: dose única ou exposição < 24 horas - efeito sub-agudo: 2 semanas a 3 meses de exposição - efeito crônico: exposição > 3 meses - outros fatores: órgão afetado, efeito direto ou indireto, sinergismos, efeitos cruzados
  • 16. 13/06/2002 Corrosivos Substâncias que quando em contato com tecidos vivos ou materiais podem exercer sobre eles efeitos destrutivos.  Exemplos: metais alcalinos, ácidos e bases, desidratantes e oxidantes
  • 17. 13/06/2002 Irritantes Substâncias não corrosivas que por contato com a pele ou mucosas pode provocar reação inflamatória.  substâncias corrosivas a baixas concentrações são irritantes  quanto mais solúvel em água, mais irritante para o trato respiratório  solventes orgânicos são irritantes por dissolução da camada lipídica protetora da pele. Ordem descrescente: HC saturados, HC aromáticos, halogenados, álcoois, ésteres, cetonas, aldeídos
  • 18. 13/06/2002 Danosos ao meio ambiente Substâncias que apesar da baixa toxicidade ao homem pode causar efeitos danosos ao meio ambiente. Importante ser considerado principalmente quando presente nos resíduos (sólidos, líquidos ou gasosos) de laboratório.
  • 19. 13/06/2002 Carcinogênicos Classe I: substâncias cujo efeito carcinogênico para o homem foi demonstrado através de estudos epidemiológicos de causa-efeito Classe II: substâncias provavelmente carcinogênicas para o homem. Estudos de toxicidade a longo prazo efetuados em animais Classe III: substâncias suspeitas de causar câncer no organismo humano, para as quais não se dispõe de dados suficientes para provar sua atividade carcinogênica e os estudos com animais não fornecem provas suficientes para classificá-las na classe II
  • 20. 13/06/2002 Carcinogênicos Lista das substâncias e materiais carcinogênicos (classe I) da IARC (International Agency for Research on Cancer)  http://physchem.ox.ac.uk/MSDS/carcinogens.html Lista dos carcinogênicos classes II e III (inclui relatório que apoiou a classificação da substância)  http://ntp-server.niehs.nih.gov/htdocs/8_RoC/
  • 21. 13/06/2002 Mutagênicos Substâncias que podem alterar o material genético de células somáticas ou reprodutivas. Dividem-se em 3 categorias, como os carcinogênicos. O número de substâncias reconhecidamente mutagênicas é muito maior do que o de carcinogênicas Considera-se que alguns tipos de câncer são resultado da evolução de processos mutagênicos.
  • 22. 13/06/2002 Teratogênicos Substâncias que podem produzir alterações no feto durante seu desenvolvimento intra- uterino (malformações) Estão divididas em duas classes:  I: substâncias para as quais o efeito teratogênico foi demonstrado por estudos de causa-efeito  II: substâncias provavelmente teratogênicas ao homem
  • 23. 13/06/2002 Estabilidade de substâncias químicas Facilidade de degradação exotérmica Reatividade com água Reatividade com oxigênio (ar) Incmpatibilidades
  • 24. 13/06/2002 Reações químicas perigosas Substâncias incompatíveis Uma grande variedade de substâncias reagem perigosamente quando em contato com outras. Por isso antes de misturar quaisquer substâncias deve-se buscar informações sobre a compatibilidade das mesmas. Nenhuma lista é exaustiva, mas algumas relativamente abrangentes podem ser encontradas:  na internet: http:physchem.ox.ac.uk/MSDS/incompatibles.html  na Biblioteca do IQ: IUPAC - Chemical Safety Matters, 1992, Appendix E.
  • 25. 13/06/2002 Reações químicas perigosas Algumas substâncias incompatíveis Oxidantes com:  nitratos, halogenatos, óxidos, peróxidos, flúor Redutores com:  materiais inflamáveis, carbetos, nitritos, hidretos, sulfetos, alquilmetais, alumínio, magnésio e zircônio em pó Ácidos fortes com:  bases fortes Ácido sulfúrico com:  açúcar, celulose, ácido perclórico, permanganato de potássio, cloratos, tiocianatos
  • 26. 13/06/2002 Reações químicas perigosas algumas combinações explosivas Acetona com clorofórmio na presença de base forte Acetileno com Cu, Ag, Hg ou seus sais Amônia com Cl2, Br2 ou I2 CS2 com azida de sódio Cl2 com etanol Clorofórmio ou CCl4 com Al ou Mg em pó Éter etílico com Cl2 etanol com CaClO3 ou AgNO3 HNO3 com HAc ou anidrido acético
  • 27. 13/06/2002 Substâncias Peroxidáveis As substâncias peroxidáveis contém um átomo de hidrogênio autoionizável que é ativado pela própria característica estrutural da molécula e/ou pela presença de luz, reagindo lentamente com o oxigênio do ar, nas CNTP, para formar inicialmente um hidroperóxido: RH + O2  R-O-OH Através de reações (também lentas)envolvendo adição, rearranjo ou desproporcionamento, formam- se os peróxidos, que são mais perigosos sob aquecimento ou concentração por evaporação
  • 28. 13/06/2002 Substâncias Peroxidáveis São peroxidáveis de uso comum em laboratórios:  Éter etílico ou sulfúrico  Tetrahidrofurano  Dioxano  Cumeno  Tetrahidronaftaleno  Estireno  Aldeídos Review sobre peroxidáveis: JACKSON, H.L. et al. J.Chem.Ed. 47, A175 (1970)
  • 29. 13/06/2002 Algumas fontes de informação sobre produtos químicos 1. Rótulo do produto Merck, Baker, Aldrich, Mallinkrodt: frases de segurança CE Fisher e alguns Aldrich: códigos NFPA 2. The Merck index 3. Internet: vários sites com MSDS (Material Safety Data Sheets) http://ecdin.etomep.net/ http://msds.pdc.cornell.edu/msds/hazcom/ http://www.ilpi.com/msds/index.chtml/
  • 30. Parte II Minimização do risco efetivo
  • 31. 13/06/2002 Construção/ reforma de laboratórios Localização, tipo e tamanho do laboratório Materiais de construção Elementos arquitetônicos: fachadas, paredes, pisos, janelas e portas
  • 32. 13/06/2002 O projeto Segurança, funcionalidade e custo Fatores a considerar:  Quantos labs serão necessários  Função de cada espaço  Número de pessoas em cada espaço  Quantidade de produtos químicos que serão utilizados e/ou armazenados e seus riscos e incompatibilidades  Necessidades específicas de cada espaço em termos de ventilação, iluminação, eletricidade, gases, água, vácuo, etc.  Previsão de modificações das necessidades em um período de 5-10 anos
  • 33. 13/06/2002 Localização Deve considerar:  Separação entre áreas de risco de diferentes magnitudes  Restrição de acesso às áreas de maior risco  Centralização das instalações elétrica, hidráulica e de gases, para facilitar a detecção, ação e fuga em caso de emergência  Dificultar a propagação de incêndios
  • 34. 13/06/2002 Prédios de laboratórios 2 ou 3 andares, com acesso por diferentes pontos e isolados de outras construções com menor risco. Os depósitos de produtos químicos devem estar em local separado. É importante que os bombeiros possam chegar ao laboratório em menos de 15 minutos, em caso de incêndio
  • 35. 13/06/2002 Tamanho dos laboratórios Recomendável: pelo menos 10 m2/pessoa Laboratórios grandes são necessários para aulas práticas. Os mais importantes inconvenientes são: os acidentes podem afetar uma grande área, dificultando as ações necessárias, o que é agravado pelo grande número de pessoas geralmente presente Os laboratórios pequenos devem ter idealmente entre 40-50m2, recomendando-se que não sejam menores do que 15 m2
  • 36. 13/06/2002 Mínima resistência ao fogo (RF) Cada prédio de laboratório deve configurar um setor de incêndio independente. O ideal é que cada setor seja o menor possível, respeitando a compatibilidade com as atividades que ali serão executadas
  • 37. 13/06/2002 Risco alto < 190 m2 RF - 60 190-460 m2 RF-120 > 460 m2 não permitido Risco médio < 1900 m2 RF-60 > 1900 m2 não permitido Risco baixo RF-60 Mínima resistência ao fogo recomendada para paredes externas de prédios de laboratório (Norma NFPA-45)
  • 38. 13/06/2002 Fachadas Devem dispor de aberturas que facilitem o acesso externo a cada um dos andares/laboratórios. Devem ter uma altura mínima de 1,20 m e largura superior a 80 cm e não devem ser obstruídas por cartazes, faixas, etc. A distância entre as janelas, de um para outro andar, deve ser de no mínimo de 1,80 m para evitar a propagação de incêndio
  • 39. 13/06/2002 Paredes divisórias RF > 120 para edifícios com laboratórios de pesquisa e RF> 180 para edifícios com laboratórios didáticos Deve-se evitar divisórias parcialmente ou totalmente envidraçadas, já que a resistência ao fogo deste material (vidro comum) é mínima, rompendo-se facilmente pelo aumento de temperatura
  • 40. 13/06/2002 Tetos É recomendável pé direito de 3 metros O teto deve ser construído com materiais de elevada resistência mecânica e pintados ou revestidos de material que possa ser facilmente limpo. Deve ser pintado prefencialmente de branco, para melhorar o desempenho do sistema de iluminação
  • 41. 13/06/2002 Pisos Deve ter resistência mínima de 300 Kg/m2, se houver possibilidade de utilização de equipamentos pesados o piso deverá estar adequadamente preparado para suportar os mesmos. Devem ter base rígida e pouco elástica para evitar vibrações O adequado revestimento do solo varia de acordo com as atividades que serão desenvolvidas no laboratório
  • 42. 13/06/2002 Fatores a considerar na escolha do revestimento do piso Resistência a produtos químicos Resistência mecânica Capacidade anti-derrapante, mesmo molhado Facilidade de limpeza e descontaminação Condutividade elétrica Facilidade de manutenção Durabilidade Preço Estética
  • 43. 13/06/2002 Madeira Emborrachado PVC Cerâmica vitrif. Pedra Cimento acetona, éter M M R B B B solventes clorados R M R B B M água M B B B B B álcool M B B B B B ácidos fortes R R B B R R bases fortes R R B B R R H2O2 10% R B B M B R óleos R B B B M M facilidade de R R M B R R descontaminação B = bom ; M = médio ; R = ruim Çaracterísticas de alguns revestimentos para piso
  • 44. 13/06/2002 Janelas Diminuem a sensação de claustrofobia e permitem a visão ao longe o que diminui a fatiga visual Devem permitir a saída de emergência e a entrada dos bombeiros e equipamentos para combate a incêndio As esquadrias devem ser construídas em material incombustível Cortinas devem ser evitadas, se forem imprescindíveis devem ser confeccionadas em material incombustível, como fibra de vidro, por exemplo
  • 45. 13/06/2002 Portas Pelo menos 2 para laboratórios com risco médio/alto; com risco baixo e mais de 100 m2; ou onde se trabalha com gases sob pressão Dimensões mínimas: altura 2,0 m e largura 90 cm. As portas que abrem para corredores não devem ser tipo vai-e-vem, nem corrediças Todas as portas de laboratório devem ter um visor na altura dos olhos, de pelo menos 40 x 20 cm
  • 46. 13/06/2002 Portas Não devem ter maçanetas. Para facilitar a entrada e saída com as mãos ocupadas, deve ser possível abrí-las com o cotovelo ou o pé. Idealmente devem ser providas com sistema anti-pânico RF 30, no mínimo, para laboratórios de baixo risco. As portas comuns têm RF de 5-8 minutos Todas as portas externas do prédio devem abrir para fora. Para laboratórios onde não sejam utilizados produtos inflamáveis, explosivos ou tóxicos as portas poderão abrir para dentro.
  • 47. 13/06/2002 Bancadas Características recomendadas:  Altura entre 80 e 90 cm  Deve prever pelo menos 90 cm de bancada por pessoa  “espaço para pernas”  Tampo resistente aos produtos químicos que serão utilizados e resistente ao calor se estiver previsto o uso de bicos de gas. Materiais indicados na maioria dos casos: granito e inox  As bancadas de uso bilateral devem estar desencostadas da parede nas duas extremidades, com espaço de pelo menos 1 metro Cadeiras ergonômicas, banquinhos podem ser indicados para uso esporádico
  • 48. 13/06/2002 Cores no laboratório Teto, paredes e mobiliário devem ser pintados de cores claras, preferencialmente branco e creme, para facilitar a visualização de cartazes com indicações de segurança e não promover fatiga visual.
  • 49. 13/06/2002 Condicionamento ambiental O controle de temperatura e umidade deve ser individual, ou seja, cada laboratório deverá ter o seu sistema, para evitar a “socialização do risco” por todo o prédio Este sistema deverá considerar as fontes de calor, a movimentação de pessoas no local e a existência de sistemas extratores, como coifas e capelas Devem ser instalados longe das capelas e o fluxo de ar não deve incidir diretamente sobre as superfícies de trabalho Considerar a possibilidade de correntes de ar e o ruído que o equipamento possa gerar
  • 50. 13/06/2002 Sistema elétrico No projeto do laboratório, a parte elétrica deve estar dimensionada para as necessidades imediatas e futuras, para um horizonte de 5-10 anos No laboratório pronto não devem ser negligenciados os procedimentos de manutenção preventiva. Deve- se atentar para alguns pontos fundamentais:  Freqüência de desarme de disjuntores  Aquecimento de tomadas e plugs  Existência de fio terra em todos os equipamentos e monitoramento de sua medição.  Estado de conservação de tomadas e plugs  Uso de extensões deve ser esporádico
  • 52. 13/06/2002 Classificação dos gases quanto a seu estado físico Comprimidos  Gases cuja temperatura crítica (Tc) seja menor que -10oC. O conteúdo do cilindro será sempre gasoso. Exemplos: Ar comprimido, Ar, etileno, He, H2, O2, CO2, CO, metano, etc. Liquefeitos  Gas ou mistura de gases com Tc > -10oC. No cilindro existem duas fases: líquido e gasosa. Exemplos: NH3, Butano, Cl2, HCl, NO2, SO2, propano, N2O, H2S, etc. Dissolvidos - acetileno  Este gas se comprimido ou liquefeito puro polimeriza-se. Esta reação é extremamente exotérmica e pode levar à explosão do cilindro. Por isso o acetileno é fornecido dissolvido em acetona (ou dimetilformamida) embedida em um material poroso que impede a propagação da reação.
  • 53. 13/06/2002 Classificação dos gases quanto às suas propriedades Inflamável  Inflamabilidade ao ar inferior a 13%. Ex: H2, etileno, CH4, liquefeitos de petróleo, Tóxico  Máxima concentração tolerável (TLV) inferior a 50 ppm. Ex: NH3, H2S, SO2 Corrosivo  Produz corrosão superior a 6 mm/ano em aço A-37 a 55 oC(ASTM). Ex: Cl2, HCl, F2, HF, HBr Oxidante  Potencial redox superior ao ar. Ex: ar sintético, O2, Cl2, N2O, F2 Criogênico  PE < -40 oC (fornecido liquefeito). Ex: CO2, N2, Ar, He
  • 54. 13/06/2002 Armazenamento dos cilindros  Acondicione os cilindros por tipo de gas  Mantenha-os com seus capacetes, em posição compacta , dispostos verticalmente e amarrados com correntes  Separe os cilindros contendo combustíveis (ex.: hidrogênio, acetileno) dos cilindros contendo oxidantes (ex.: oxigênio) à distância mínima de oito metros  Mantenha os cilindros cheios separados dos vazios  Não remova os sinais de identificação dos cilindros (rótulos, adesivos, etiquetas, marcas de fabricação e testes).
  • 55. 13/06/2002  Não fume na área de armazenamento de cilindros  Não permita o manuseio dos cilindros por pessoal sem prática  Em áreas externas, mantenha os cilindros em local arejado, coberto e seco, longe de fontes de calor e ignição. Em situações excepcionais e temporárias os cilindros poderão ser instalados no interior do laboratório. Neste caso, mantenha-os longe de fontes de calor e ignição, passagens ou aparelhos de ar-condicionado. Evite guardá-los no subsolo  Mantenha equipamentos de segurança próximos da área de estocagem
  • 56. 13/06/2002 Instalação de gases Idealmente deverá ser feita por uma empresa especializada. Conexões  Os reguladores de pressão são construídos de forma a serem compatíveis apenas com um grupo de gases, com propriedades semelhante, para evitar acidentes causados por incompatibilidades. Além disso alguns cuidados devem ser tomados:  Limpar perfeitamente as conexões antes do uso  Não utilizar graxas ou azeites nas junções ou conexões  Não se deve forçar ou golpear ao efetuar-se uma conexão.
  • 57. 13/06/2002 Tubulação  Construída em material que não seja atacado pelo gas ou pela condições ambientais (umidade e calor, especialmente). Materiais mais utilizados: cobre e aço inox  Devem ser testadas em uma condição de pressão pelo menos1,5 x maior que a pressão máxima de trabalho.  Serão utilizadas apenas para os gases para os quais foram testadas Instalações para acetileno e hidrogênio devem merecer cuidados especiais
  • 58. 13/06/2002 Manuseio dos cilindros  Use luvas protetoras, calçados de segurança com biqueiras de aço e óculos de segurança.  Mantenha o capacete protetor da válvula atarraxado quando não estiver em operação.  Não movimente um cilindro sem seu capacete  Utilize carrinhos com correntes que permitam prender os cilindros durante o transporte  Não jogue um cilindro contra outro(s).  Não transfira gás de um cilindro para outro.  Não derrube o cilindro no chão ou permita que tal ocorra  Não permita contato da válvula do cilindro com óleo, graxa ou agentes químicos, principalmente se o cilindro contiver oxigênio ou outros gases oxidantes  Não abra a válvula do cilindro sem antes identificar o gás que contém
  • 59. 13/06/2002 Utilização de gases sob pressão Mantenha o cilindro acorrentado durante sua utilização. Utilize regulador automático de pressão compatível com as características físico-químicas do produto. Abra a válvula devagar até o fim do curso. Não sobreaperte conexões: em caso de persistir o vazamento, é melhor desatarraxar a conexão limpando as roscas antes do reaperto. Use equipamento de proteção individual, como óculos e viseiras. Não aumente a pressão interna do cilindro por aquecimento. Mantenha a válvula do cilindro fechada quando não estiver em uso.
  • 60. 13/06/2002 Prevenção de incêndio De 0 a 8% de O2 não ocorre De 8 a 13% de O2 lenta De 13 a 21% de O2 viva Para que ocorra combustão são imprescindíveis 3 elementos: combustível, comburente e calor, em proporções adequadas.
  • 61. 13/06/2002 Fatores que afetam a combustão Composição do material: os que conté C, S e H são mais combustíveis Agregação do material sólido: material finamente dividido é mais combustível Para os combustíveis líquidos são determinantes da combustão: a pressão de vapor, a temperatura e a superfície exposta ao comburente
  • 62. 13/06/2002 Combate a incêndio Pequeno porte:  Desligar quadro de energia; fechar os gases  Evacuar o local  Usar o extintor, se souber exatamente como. Caso contrário chamar a brigada de incêndio Grande porte:  Desligar o quadro de energia, fechar os gases  Evacuar o local, se houver fumaça mover-se o mais próximo do solo  Chamar os bombeiros
  • 63. 13/06/2002 Uso de extintores Para que seja eficiente na extinção de incêndio é imprescindível:  Número, distribuição e manutenção adequados  Pessoal treinado no uso. Ideal: formação de brigada de incêndio
  • 64. 13/06/2002 Agentes Extintores Classes de Incêndio Água Espuma Pó Químico Gás Carbônico (CO2) A Madeira, papel, tecidos etc. SIM SIM SIM* SIM* B Gasolina, álcool, ceras, tintas etc. NÃO SIM SIM SIM C Equipamentos e Instalações elétricas energizadas. NÃO NÃO SIM SIM * => Com restrição, pois há risco de reignição. (se possível utilizar outro agente)
  • 66. 13/06/2002 Reconhecimento e antecipação de riscos Mapas de risco  Quem faz?  CIPA + os q trabalham naquele local  Para q serve?  Subsidiar a proposição de um plano de metas de melhoria das condições de trabalho
  • 67. 13/06/2002  Como é feito?  Levantamento dos riscos existentes  Cores: físico (verde); químico (vermelho); biológico (marron); ergonômico (amarelo); mecânicos (azul)  Atribuição de graus de risco  Círculos : pequenos, médios e grandes  Checklists podem auxiliar  Livro INSHT/ Barcelona  http://www.orcbs.msu.edu/chemical/chemical.html  O “Mapa de Risco”deverá ficar afixado em lugar visível no laboratório  Deverá ser revisto sempre que houver alguma modificação de procedimentos, materiais, layout, equipamentos, etc
  • 68. 13/06/2002 Nomeação de responsáveis pelo Programa Direção da unidade Chefia de Departamento Um responsável em cada laboratório/ grupo de pesquisa
  • 69. 13/06/2002 Treinamento Em todos os níveis  Docentes/Pesquisadores  Alunos graduação/pós  Funcionários técnicos Pelo menos uma atividade de reciclagem por semestre
  • 70. 13/06/2002 Procedimentos operacionais padronizados Para todas as atividades desenvolvidas no laboratório Para situações de emergência
  • 71. 13/06/2002 Sistemas de segurança Planos de emergência Sistema de detecção e combate a incêndio/explosão Chuveiros/ lava-olhos
  • 72. 13/06/2002 Programa de proteção ocular Plano de proteção auditiva Plano de proteção respiratória Luvas e outros materiais de proteção (aventais, calçados, etc)  Diretrizes para orientar a escolha do equipamento de proteção adequado  Política de aquisição definida
  • 73. 13/06/2002 Controle da aquisição/armazenamento de insumos químicos Gerenciamento de resíduos químicos  Definição de responsáveis  Definição do modus operandi
  • 74. 13/06/2002 Programa de monitorização da saúde SESMT  Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho  Portaria 413/UNESP, DOU 13/09/2001 PGST (Programa Geral de Saúde do Trabalhador)  Região NE: Araraquara, Rio Claro, Jaboticabal, Franca  Região SE: S.Paulo, S.Vicente, S.J.Campos, Guaratinguetá  Região OE: P.Prudente, Marília, Assis  Região NO: Araçatuba, Ilha Solteira, S.J.Rio Preto  Região Central: Bauru, Botucatu
  • 75. 13/06/2002 Para contatos futuros: Profa. Dra. Mary Rosa Santiago Silva Departamento de Química Analítica IQ/UNESP - Araraquara (16) 201-6610 E-mail: mssqam@iq.unesp.br