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Disciplina: LOT2054 - Engenharia de
Segurança do Trabalho e
Biossegurança
BIOTECNOLOGIA E BIOSSEGURANÇA
Brasil: a Biotecnologia está atrelada ao termo Biossegurança que possui duas
vertentes:
 Uma Legal que trata das questões envolvendo a manipulação de
organismos geneticamente modificados (OGMs) e de pesquisas com
células-tronco embrionárias; Contemplado na Lei n° 11.105 de 24 de março
de 2005 (chamada Lei de Biossegurança).
 A outra é voltada para a prática e desenvolvimento em especial nas
instituições de saúde, envolvendo riscos químicos, físicos, biológicos,
ergonômicos e psicossociais, existentes nesses ambientes as quais se
encontram no contexto da segurança ocupacional.
Aula de hoje: riscos químicos (Segurança química)
O Foro Intergovernamental de Segurança Química, criado pela Conferência
Internacional de Segurança Química, em Estocolmo, na Suécia, em 1994, tem
estimulado mudanças significativas em relação à conscientização sobre essa
temática, mas muito ainda tem de ser feito.
BIOTECNOLOGIA E BIOSSEGURANÇA
Lei n° 11.105/2005:
 estabeleceu-se normas de segurança e mecanismos de fiscalização
de atividades que envolvam organismos geneticamente
modificados e seus derivados.
 Criou-se o Conselho o Conselho Nacional de Biossegurança
(CTNBio).
 Dispôs-se sobre a Politica Nacional de Biossegurança.
A Biossegurança encontra subsidio:
 na legislação de segurança e saúde ocupacional (Lei no 6514/1977)
e em especial nas Normas Regulamentadoras – NRs, do Ministério
do Trabalho e Emprego (Portaria n° 3214/1978),
 Lei Orgânica de Saúde (n° 8080/1990),
 na Lei de Crimes Ambientais (n° 9605/1998).
 Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e
 Conselho de Meio Ambiente (CONAMA)
 entre outras.
BIOSSEGURANÇA VERSUS BIOSSEGURIDADE
Etimologicamente, a palavra biossegurança é derivada do
inglês (biosafety), e pelo seu significado entende-se que a
raiz grega de “bio” é vida e o sufixo segurança, se
referindo “a qualidade de ser seguro, livre de dano”.
Dicionário Aurélio, a palavra “biossegurança” foi
dicionarizada na edição de 1999, possuindo a expressão
“segurança da vida”, usada em situações não intencionais.
No Brasil o significado está mais vinculado a soberania, a
segurança da vida humana com relação aos ambientes da
área da saúde, da vida vegetal e as questões que envolvem
problemas ambientais.
BIOSSEGURANÇA VERSUS BIOSSEGURIDADE
Outro termo que é utilizado é o de biosseguridade (biosecurity). Ele também
provém da raiz grega “bio”, enquanto que seguridade refere-se a conotação de
segurança da vida contra agentes externos intencionais, como por exemplo:
proteção contra agentes biológicos e/ou químicos de levados grau de risco,
utilizados em atos criminosos.
Este problema de semântica denota que nos Estados Unidos utilizam-se os
dois termos com os significados descritos acima e nos países, como Espanha,
França e Itália, entre outros, apenas o termo biossegurança é usado, com os
dois significados.
No Brasil, observou-se, influenciado pelas grandes indústrias produtoras de
insumos para o segmento agropecuário que o termo biosseguridade vem
sendo usado apenas para assuntos relacionados “a saúde animal”, e esta
parece ser uma prática corrente em algumas áreas do meio agropecuário no
Brasil, e por causa deste segmento utilizam-se largamente essa palavra.
BIOSSEGURANÇA VERSUS BIOSSEGURIDADE
Indicação ampla e origem do significado dos termos biossegurança e
biosseguridade.
BIOSSEGURANÇA VERSUS BIOSSEGURIDADE
Estes exemplos
mostram a
complexidade atual da
Biossegurança no Brasil
e as suas implicações
legais, inclusive com
outras áreas
relacionadas a saúde e
Segurança no Trabalho
(SST) e meio Ambiente.
Biossegurança
A importância da Educação
CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE
SEGURANÇA
• O princípio básico é a obrigação moral de
proteger a saúde do indivíduo, do grupo, da
comunidade e do ambiente.
• A cultura de segurança é tão importante na
educação científica e no desempenho
profissional como o aprendizado do entorno
teórico dos experimentos ou a capacidade de
realizar os passos de um protocolo.
• Na prevenção de riscos, a responsabilidade é
de todos: autoridades, professores, técnicos,
alunos e pessoal de apoio.
NÃO BASTA UMA AULA, NEM UM CURSO
(www.bteduc.bio.br)
Segurança Química em
Laboratórios
A Segurança Química (SQ) tem um conceito GLOBAL desenvolvido para
assegurar a proteção da saúde, da vida e das condições normais do
ambiente, frente aos riscos decorrentes das atividades compreendidas no
ciclo de vida das substâncias químicas. A SQ consiste na utilização racional
e consciente dos produtos químicos visando à proteção da saúde humana
e do meio ambiente. É operacionalizada por meio de dispositivos legais e
voluntários, incluindo instrumentos, mecanismos e práticas, na busca de
equilíbrio entre os aspectos sociais, econômicos e ambientais.
Organização Panamericana de Saúde - OPS
Segurança Química: CONCEITO
Conjunto de ações para a prevenção dos efeitos
adversos para o ser humano e o meio ambiente
resultantes da produção, armazenagem, transporte,
manuseio e disposição final de produtos químicos
A proteção da saúde e segurança nas operações de
laboratório, incluindo o tratamento dos resíduos, é uma
! OBRIGAÇÃO MORAL !
Segurança Química: CONCEITO
Ácido Clorídrico
Acetona Etanol
Benzeno
Formol
Brometo de Etídeo
Diaminobenzidina
Xilol
Hidróxido de Amônio
Clorofórmio
Acetonitrila
Metanol
Fenol
Éter Etílico
Toluol
Ácido Acético
Ácido Sulfúrico
Fosfato de Cálcio
Mercúrio
Chumbo
Nitrato de Prata
Ácido Nítrico
Acetato de Sódio
R I S C O
Peróxido de Hidrogênio
Arsênio
Cádmio
Sulfato de Cobre
Substâncias Químicas em Universidades - exemplos
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
Classificação das Substâncias Químicas
HAZARDOUS
PROPERTIES
asfixiantes
irritantes
inflamáveis
comburentes
explosivas
corrosivas
danosas ao meio ambiente
teratogênicas
mutagênicas
carcinogênicas
alergênicas
tóxicas
A S F I X I A N T E S
• S i m p l e s : diminui a concentração de O2 do ar
• Q u í m i c o s : impedem a chegada de O2 aos tecidos. Pode atuar
de diferentes maneiras
N2 / He / CO2 /gases nobres
CO fixa-se na hemoglobina ao invés do O2
CH3CN / HCN fixa-se na citocromooxidase. Os sais do ácido cianídrico são chamados cianetos,
sendo os mais comuns o cianeto de potássio (KCN) e o cianeto de sódio (NaCN). Os cianetos iónicos são
extremamente venenosos a vários seres vivos, em especial, aos humanos, neste caso, devido à habilidade do
íon em se combinar com o ferro da hemoglobina, bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue, matando a
pessoa exposta por sufocamento.
H2S bloqueia citocromooxidase e afeta o centro regulador do sistema respiratório
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
I R R I T A N T E S
Substâncias não corrosivas que, em contato com tecido vivo (pele
e mucosas), podem provocar reação inflamatória:
• solventes orgânicos ocasionam a dissolução da camada lipídica:
aldeídos – cetonas – ésteres – álcoois – HC halogenados – HC aromáticos – HC saturados
Substâncias corrosivas a baixas concentrações são irritantes:
• quanto + solúvel em água, + irritante para o trato respiratório
hidróxido de amônio – hidróxido de sódio – ácido clorídrico
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
I N F L A M Á V E I S
Materiais ou substâncias combustíveis, ou seja, passíveis de produzir fogo; que
podem incendiar-se na presença de uma fonte de ignição, continuando a se
queimar depois de retirada dessa fonte. (OIT, 1989):
• Ponto de Ignição (Flash Point): temperatura acima da qual a substância
desprende vapor suficiente para produzir fogo em contato com ar ou fonte de
ignição.
• Ponto de Auto-ignição: temperatura acima da qual a substância desprende
vapor suficiente para produzir fogo espontaneamente em contato com o ar.
• Pressão de vapor
• Ponto de Ebulição
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
I N F L A M Á V E I S, classificam-se em:
• Extremamente Inflamáveis : flash point < 0 oC, P.E. < 35 0C
gases combustíveis (H2, CH4, C2H6, C2H4), CO, HCN
• Moderadamente Inflamáveis : ponto auto-ignição < 25 oC
flash point < 23 oC, P.E. < 38 oC
acetaldeído, éter dietílico, dissulfeto de carbono
Mg, Al, Zn, Zr em pó e seus derivados orgânicos, fósforo branco, C3H8, C4H10, H2S
23 oC < flash point < 38 oC, P.E. < 100 oC
• Inflamáveis : 38 oC < flash point < 94 oC
Sólidos (hidretos metálicos) em contato com H2O (ou umidade) liberam gases inflamáveis
maioria dos solventes orgânicos
solventes diversos
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
C O M B U R E N T E S ( o x i d a n t e s )
Substâncias que, em contato com outras, produzem reação fortemente exotérmica:
• solução sulfonítrica
• solução sulfocrômica
• nitritos de sódio, de potássio
• percloratos
• permanganato e dicromato de potássio
• peróxidos
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
E X P L O S I V A S
Substâncias que podem explodir sob efeito de calor, fricção ou choque.
As temperaturas de detonação são variáveis: • nitroglicerina: 117 ºC
• isocianato de mercúrio: 180 oC
• trinitrotolueno (TNT): 470 oC
Substâncias associadas com outras podem formar misturas explosivas
• cloratos c/ materiais combustíveis; tetrahidroresorcinol c/ metais
Substâncias em determinadas concentrações tornam-se explosivas:
• ácido perclórico 50%
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
C O R R O S I V A S
Denominação genérica: substâncias capazes de provocar lesões
graves nos tecidos vivos (em particular, o humano) e atacar outros
materiais como metais e madeira.
• metais alcalinos: Li, Na, K ...
• ácidos: HCl, HNO3, H2SO4, H3PO4
• bases: NaOH, LiOH, Ca(OH)2 ...
• desidratantes: CaCl2, Na2SO4 ...
• oxidantes: KMnO4, K2Cr2O7 ...
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
T Ó X I C A S
Substâncias capazes de causar qualquer efeito adverso ou nocivo sobre um
organismo vivo. Em geral, todas as substâncias químicas apresentam toxicidade.
(Paracelsus, 1493-1541)
Grau de Toxicidade
DL 50 / CL 50
DL 50 oral DL 50 cutânea CL 50 inalação
muito
tóxica
tóxica
nociva
ratos
mg/kg
ratos, coelhos
mg/kg
ratos
mg/m3
< 25 < 50 < 0,5
25 - 200 50 - 400 0,5 - 2
200 - 2000 400 - 2000 2 - 20
Substância DL 50 oral (ratos, mg/kg)
7000
etanol
cloreto sódio
formol
dioxina
tox. botulínica
3000
100
0,001
0,00001
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
CL50 – Concentração Letal cinqüenta: è a concentração de um agente num meio
que causa mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da população exposta,
durante um determinado período de tempo. Para a classificação adotada utiliza-se
a CL50, via respiratória para rato ou camundongo.
DL50 – Dose Letal cinqüenta : é a dose calculada de um agente num meio que
causa mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da população animal em
condições bem definidas, por qualquer via de administração, exceto por inalação.
Para a classificação adotada utiliza-se a DL50, via oral para rato ou camundongo.
A L E R G Ê N I C A S
Substâncias que causam efeito anormal no sistema imunológico.
BHT
(di-terc-butil metil hidroxitolueno)
BHA
(2-terc-butil-4-hidroxianisol)
anidrido ftálico
(2-benzofuran-1,3-dione)
EDTA
(ácido etilenodiamino tetra-acético)
• berílio
• chumbo
• cromo
• mercúrio
• níquel
• ouro
• formaldeído
• pesticidas
etilenodiamina
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
• resinas: anidrido trimetílico, tolueno, diisocianato
• compostos platínicos
C A R C I N O G Ê N I C A S
Substâncias capazes de produzir, causar ou induzir CÂNCER !
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
+ 450 substâncias químicas foram identificadas como carcinogênicas, ou
provavelmente/possivelmente carcinogênicas a humanos pela Agência
Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). A maioria dessas substâncias é
majoritariamente mutagênica e vários carcinógenos provém de fonte natural,
sendo responsáveis por pelo menos 30% dos casos de câncer nos EUA.
C A R C I N O G Ê N I C A S
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
Algumas Substâncias Químicas Consideradas Carcinogênicas a
Humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer - IARC
Arsênio
Chumbo
Benzeno
Tetracloreto de carbono
Clorofórmio
Cádmio e seus compostos
Cloreto de vinila
Cromo
Formaldeído
Bifenilas policloradas
M U T A G Ê N I C A S
Substâncias causadoras de mudança genética permanente, que
ocorre durante recombinação genética normal. Vários tipos de
cânceres são resultados da evolução de processo mutagênicos.
Exemplos:
Brometo de Etídio Diaminobenzidina
N
H2N
CH3
NH2
Br
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
T E R A T O G Ê N I C A S
Substâncias capazes de produzir, de modo irreversível,
anormalidades estruturais não-congênitas, anatômicas, ou
desordem funcional em embriões ou feto. Podem ser:
Classe I: comprovado por estudos de causa-efeito.
Classe II: provavelmente teratogênica a humanos.
FENOL
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
AMÔNIA NICOTINA
D A N O S A S A O M E I O A M B I E N T E
T O D A S A S S U B S T Â N C I A S Q U Í M I C A S
Substâncias que, apesar de apresentarem baixa toxicidade,
podem provocar danos ao meio ambiente, sob condições
específicas:
ácidos / bases / sais diversos: : HNO3, NaHCO3, fosfatos ...
solventes orgânicos: acetona, etanol, metanol ...
metais: Fe, Co, Cu, prata ...
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
INCOMPATILIDADE QUÍMICA
... condição na qual determinadas substâncias químicas tornam-
se perigosas quando manipuladas ou mesmo armazenadas
próximas a outras, podendo reagir violentamente e causar
explosões ...
INCOMPATILIDADE QUÍMICA
Substância Química
ácido muriático (HCl)
amoníaco (NH4OH)
água sanitária (NaOCl)
água oxigenada (H2O2)
ácido perclórico (HClO4)
Incompatibilidade
soda cáustica (NaOH) / amoníaco
(NH4OH) / água sanitária (NaOCl)
detergentes (alquil sulfatos)
amoníaco (NH4OH) / borracha /
silicone / ácido muriático /
detergentes (sais de amônio/sulfatos)
gorduras / álcoois / acetona / vinagre
madeira, papel, algodão, álcoois
Tipo de Reação
neutralização exotérmica / formação de
compostos com cloro
reação extremamente exotérmica
formação de explosivos / cloroaminas
cloração exotérmica / reações
exotérmicas / formação de
organoclorados e tricloro de nitrogênio
oxidação rápida / formação de
explosivos de peróxidos cíclicos
formação de ésteres perclóricos (ROCl2)
Rotulagem Padrão de Produtos / Resíduos Químicos
considerada um dos aspectos + importantes em Segurança Química
RÓTULO deve ser claro, objetivo e
informar os principais riscos da
substância química
DIAMANTE DO PERIGO
DIAGRAMA DE HOMMEL
Rotulagem Padrão de Produtos / Resíduos Químicos
ROTULAGEM PADRONIZADA – G H S
The Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals
O Sistema GHS é fruto da Conferência das Nações Unidas para o
Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD (ECO 92 / RIO 92)
NBR 14.725 (2009)
Produtos Químicos: Informações sobre
Segurança, Saúde e Meio Ambiente
1- Terminologia
2-Sistemas de Classificação de Perigo
3- Rotulagem
4-FISPQ
NBR 16.725 (2011)
Resíduo Químico: Informações sobre
Segurança, Saúde e Meio Ambiente
Ficha de informações de segurança de produtos químicos
(FISPQ)
ROTULAGEM PADRONIZADA – PICTOGRAMAS G H S NBR - 7500
inflamável oxidante explosivo corrosivo tóxico
gás sob
pressão
irritante
sensibilizante
dérmico
carcinógeno
toxicidade
sistêmica p/
órgão-alvo
poluente
Situações ou agentes presentes no ambiente com capacidade de causar um dano.
Em laboratórios, podem-se identificar 3 grupos:
Estrutura Física e Operações Ambientais Ergonômicos
instalações
máquinas / equipamentos
transporte
armazenagem
manuseio
derramamento
descarte
físicos
químicos
biológicos
mobiliário inadequado
posições incômodas
ritmo acelerado
turno
fatores estressantes
C O N S E Q U Ê N C I A S
ACIDENTES / LESÕES DOENÇAS OCUPACIONAIS
REDUÇÃO NA QUALIDADE E
EXPECTATIVA DE VIDA
Fatores de Riscos em Laboratórios
R I S C O : probabilidade ou possibilidade de ocorrer um dano
R i s c o I n e r e n t e
( hazard )
R i s c o E f e t i v o
( risk )
Característico da substância,
relacionado às propriedades
físico-químicas da mesma
Probabilidade de contato com a
substância. Está diretamente
relacionado com as condições de
trabalho c/ o agente de risco
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
inalação
absorção dérmica
ingestão
Vias de Ingresso no Organismo
fatores a considerar: Dose e Capacidade Metabólica
OCUPACIONALMENTE, as vias de ingresso + importantes são:
I N A L A T Ó R I A e D É R M I C A
E X P O S I Ç Ã O A M I S T U R A S Q U Í M I C A S
a mistura de substâncias químicas pode alterar a
toxicidade, devido à interação entre elas. São esperados
quatro tipos de efeitos:
[agente químico]
efeito
a
b
INDEPENDENTE
[agente químico]
efeito a
b
ADITIVO
a + b
Efeitos Interativos das Substâncias Químicas
Risco Químico em Laboratórios
[agente químico]
efeito
a
b
SINÉRGICO
a + b
[agente químico]
efeito
a
b
ANTAGÔNICO
a + b
Efeitos Interativos das Substâncias Químicas
E X P O S I Ç Ã O A M I S T U R A S Q U Í M I C A S
Risco Químico em Laboratórios
apresentam
AMBIENTAL
OCUPACIONAL
SAÚDE PÚBLICA
impactos
conforme suas características, podem provocar :
acidentes / lesões
intoxicações
infecções
doenças
redução na expectativa de vida
MORTE
Substâncias Químicas como Agentes de Risco
Risco Químico em Laboratórios
Queimadura por NaOH
Crédito: SESMT/RP
Danos à Saúde
Segurança Química em Laboratórios
Crédito: SESMT/RP
Danos à Saúde
Queimaduras por NaOH
Segurança Química em Laboratórios
Lesão de Esclerótica e
Córnea com Opacificação
causada por H2SO4
Opacificação de Córnea
causada por NaOCl
Crédito: SESMT/RP
Danos à Saúde
Segurança Química em Laboratórios
Queimadura por HCl
Queimaduras por H2SO4
Crédito: SESMT/RP
Danos à Saúde
Segurança Química em Laboratórios
Estatística de Acidentes do Trabalho, envolvendo Substâncias Químicas
N
o
Acidentes
Tempo (anos)
A
B
C
falta de experiência
equilíbrio profissional
curva de acidentes de trabalho em função da experiência profissional
excesso de confiança
Segurança Química em Laboratórios
A escolha e o
uso de luvas
quimicamente
resistentes
Ex: Boas Práticas: manuseio
Informações Importantes Sobre o Uso de Luvas de Látex
Ex: Boas Práticas: manuseio
 Látex é um líquido leitoso, extraído de uma árvore
chamada Hevea brasiliensis.
 O látex é misturado a outros compostos químicos para
produzir diversos produtos, como, por exemplo, as
luvas descartáveis.
 O látex natural contém cerca de 2% de proteínas e
algumas dessas são alérgenas, isto é, produzem alguma
forma de alergia.
 Reações alérgicas resultantes do uso de luvas de látex são
atribuídas aos aditivos químicos residuais originados do processo
da vulcanização.
 Em geral, são absorvidos pela pele, promovendo reações adversas
que geram rachaduras na pele (dermatites). Nos indivíduos mais
sensíveis, surgem bolhas e urticárias e possivelmente asma
(respiração ofegante e tosse) em minutos ou horas após a
exposição do alergênico do látex
Informações Importantes Sobre o Uso de Luvas de Látex
Segurança Química em Laboratórios
 Nas luvas de látex, é comum o uso de algum tipo de pó (geralmente
talco) para facilitar sua colocação e sua retirada e para que as
superfícies não grudem uma na outra.
 É importante não só utilizar luvas com baixo teor de proteína, bem
como luvas com quantidade adequada de pó.
 Se as partículas das proteínas do látex associarem-se às partículas do
pó e se dispersarem pelo ar, possivelmente serão inaladas, tomando
assim contato com mucosas e membranas.
 Como medida preventiva, sugere-se que as luvas produzidas pelo
processo de pulverização (com uso de pó) sejam substituídas pelas
powder free (sem pó).
 Existem pessoas com alergia ao látex que apresentam alergia cruzada
com alguns componentes encontrados em certas frutas (kiwi, tomate,
manga e abacate). Com a ingestão dessas frutas, a reação alérgica
aumenta se a pessoa for sensível às proteínas do látex
Segurança Química:
Boas Práticas em
Laboratório
(Aula 2)
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
evite aproximar-se de áreas restritas e de manutenção. Obedeça as
placas de sinalização;
antes de ligar uma chave de eletricidade, verifique se não há alguém
trabalhando;
em corredores e escadas, não corra e utilize corrimão. Trafegue em
locais específicos para pedestres;
ao ouvir o alarme de incêndio, sempre evacuar o local sem pânico;
Segurança Química em Laboratórios
tenha a responsabilidade básica de planejar e executar os
procedimentos/atividades do laboratório de maneira segura;
 conhecer as regras e procedimentos de segurança pertinentes às
atividades desenvolvidas. Determinar os potenciais riscos (físico,
químico, biológico) antes de qualquer (nova) operação;
a exposição aos produtos químicos deve ser mínima (somente o
necessário);
Segurança Química em Laboratórios
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
é proibido fumar, comer, beber e aplicar de cosméticos em qualquer
área do laboratório ou locais de armazenamento de produtos
químicos;
conhecer os tipos de equipamentos de proteção disponíveis e usar o
tipo apropriado para cada trabalho;
usar EPIs em todas as práticas do laboratório: óculos de segurança,
luvas, avental, sapatos apropriados etc;
Segurança Química em Laboratórios
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
certifique-se da localização das saídas de emergência e funcionamento
dos EPCs (chuveiro, lava-olhos, capelas de exaustão etc).
Familiarize-se com os procedimentos de emergência e 1os socorros;
prevenir os riscos ambientais por seguir os procedimentos de
gerenciamento e tratamento de resíduos. Algumas reações químicas
podem requerer o uso de dispositivos capazes de evitar o escape de
vapores tóxicos e devem ser realizadas em capela de exaustão;
Segurança Química em Laboratórios
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
Segurança Química em Laboratórios
certifique-se de que todos os produtos estejam corretamente
identificados/rotulados. Armazene-os, adequadamente;
Permaneça fora da área do incêndio (acidente). Espectadores curiosos
interferem no resgate e procedimentos de emergência;
Preste atenção aos sinais de aviso, especialmente p/ riscos incomuns:
radiação, operações com laser, inflamáveis, riscos biológicos etc
 evite distrair ou “surpreender” qualquer pessoa no laboratório.
Piadas e brincadeiras não devem ser toleradas neste local;
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
Segurança Química em Laboratórios
use equipamentos somente para seu objetivo específico;
 posicione e fixe os aparelhos a fim de permitir manipulação sem
necessidade de movê-lo até o término da reação;
 mantenha as bancadas SEMPRE limpas e livres de materiais
estranhos ao trabalho. Retire os materiais, amostras e reagentes
utilizados no experimento, imediatamente após o término da
atividade;
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
Segurança Química em Laboratórios
 rotule previamente qualquer reagente e/ou solução preparados,
amostras coletadas e resíduos gerados. Os resíduos devem ser
descartados em recipientes apropriados e devidamente identificados;
 jogue papéis usados e materiais inservíveis no lixo apropriado.
Apenas descarte no lixo comum se NÃO houver contaminação;
 armazene os produtos químicos apenas no local indicado,
obedecendo a incompatibilidade química das substâncias;
 NÃO obstrua as saídas de emergência, os EPCs, painéis de controle
etc
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
Segurança Química em Laboratórios
 evite trabalhar SOZINHO no laboratório, mas aglomeração de
pessoas também atrapalham as atividades e aumentam o risco de
acidentes;
 NÃO misture material de laboratório com pertences pessoais;
 NÃO use lentes de contato no laboratório, podem ser danificadas por
vapores de produtos químicos e causar graves lesões oculares;
 NÃO utilize materiais (vidrarias) do laboratório como utensílio
doméstico;
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
Segurança Química em Laboratórios
Lave cuidadosamente as mãos com água e sabão antes de sair do
laboratório. NÃO utilize solventes: podem causar irritação da pele e
facilitar a absorção de outros produtos químicos;
 NÃO leve a mão à boca e/ou olhos, ao manusear produtos químicos;
 NUNCA coloque alimentos ou bebidas sobre as bancadas, armários,
geladeiras, estufas etc no laboratório;
 NÃO use brincos, anel ou colar no laboratório. Mantenha cabelos
compridos presos;
 feche todas as portas e gavetas que abrir;
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
lembre-se:
ESTAR FAMILIARIZADO COM AS OPERAÇÕES DO LABORATÓRIO PODE LEVAR
A UM FALSO SENSO DE SEGURANÇA E RESULTAR EM GRAVES ACIDENTES
PARTICIPE DE UM PROGRAMA CONTÍNUO DE TREINAMENTO EM SEGURANÇA
em caso de derramamentos de produtos químicos, limpe
imediatamente o local. Se necessário solicite orientações específicas;
NÃO pipete nenhum produto químico com a boca;
NÃO se exponha à radiação UV, IV ... sem a proteção adequada (óculos
com lentes filtrantes);
Boas Práticas em Laboratório, incluem:
 SEMPRE utilize EPIs (e EPCs) ao manipular qualquer produto químico;
 tenha a responsabilidade básica de planejar e executar os procedimentos / atividades
do laboratório de maneira segura;
 a exposição aos produtos químicos deve ser mínima (somente o necessário);
 conhecer os tipos de equipamentos de proteção disponíveis e usar o tipo apropriado
para cada trabalho;
 prevenir os riscos ambientais por seguir os procedimentos de gerenciamento e
tratamento de resíduos. Algumas reações podem requerer o uso de dispositivos capazes
de evitar o escape de vapores tóxicos e devem ser realizadas em capela de exaustão;
boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 NÃO manuseie materiais inflamáveis próximo a fontes de ignição: aparelhos que geram
calor, tomadas, interruptores, lâmpadas etc;
 especialmente no caso de produtos altamente tóxicos, verifique todas as informações
toxicológicas (toxicidade e vias de ingresso no organismo) antes de iniciar qualquer
operação;
 no manuseio de substâncias químicas, utilize SEMPRE capelas de exaustão, se possível;
 NÃO descarte na pia qualquer resíduo tóxico sem prévio tratamento;
 NÃO descarte no lixo comum, materiais contaminados com produtos tóxicos (papel
toalha, luvas, filtros etc);
boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 interrompa, imediatamente, o trabalho em caso de sintomas de náuseas, vômitos, dores de
cabeça etc. Procure ajuda médica;
 remova materiais orgânicos (madeira, papel etc) próximos a produtos corrosivos, podem
ocasionar incêndios;
 NÃO descarte na pia qualquer resíduo corrosivo sem prévia neutralização.
 a diluição de soluções concentradas de produtos corrosivos deve ser realizada, SEMPRE,
acrescentando o produto concentrado sobre o diluente;
 em qualquer aquecimento, se possível, utilize agitação (ou cacos de porcelana) p/ dispersão
do calor, evitando superaquecimento do vidro;
boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 ao aquecer tubos de ensaio, SEMPRE mantenha a boca do tubo voltada para o lado
oposto ao operador e para onde não haja qualquer pessoa;
 quando necessário aquecimento direto, evite aquecer o vidro acima do nível do
líquido. Se possível use tela p/ dispersão do calor sobre a chama;
 antes de abrir a válvula principal de um cilindro, certifique-se de que a válvula redutora
esteja fechada;
 abra vagarosamente e, jamais totalmente, a válvula principal do cilindro;
 mantenha identificação (rótulo) sobre o conteúdo do cilindro.
 NÃO retire o protetor da válvula do cilindro;
boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 NÃO coloque H2O sobre ácidos concentrados, pois a reação é bastante exotérmica e
pode ocorrer projeção de líquidos. SEMPRE adicione os ácidos ou bases concentrados,
lentamente, sobre a água, preferencialmente, utilizando banho de gelo;
 no uso de balões volumétricos para o preparo de soluções, coloque água até a metade,
faça a homogeneização e somente depois complete o balão;
 se houver necessidade de pipetagem para o preparo da solução, JAMAIS pipete os
produtos químicos com a boca. É PROIBIDO;
 na transferência de líquidos a partir de recipientes grandes, SEMPRE utilize recipientes
de tamanho intermediário.
boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
Para armazenamento seguro de produtos/resíduos químicos é imprescindível
conhecer todas as suas informações (FISPQ/MSDS/FDSR)
Necessário considerar 3 princípios fundamentais:
 redução de estoque ao mínimo;
 segregação de acordo com a incompatibilidade química;
 isolamento/confinamento de alguns produtos químicos.
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
FDSR= Ficha com Dados de Segurança de Resíduos Químicos: Refere-se, porém,
especificamente a resíduos químicos perigosos, e não a produtos químicos de modo geral.
FISPQ/MSDS= Ficha de informações de segurança de produtos
químicos/Material Safety Data Sheet
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
ARMAZENAMENTO SEGURO: sugestão para segregação / disposição correta
LÍQUIDOS SÓLIDOS
ÁCIDOS BASES OXIDANTES INFLAMÁVEIS
REDUTORES TOXINAS
ORGÂNICOS INORGÂNICOS
FISPQ / FDSQ
Segurança Química em Laboratórios
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
ARMAZENAMENTO SEGURO: sugestão para segregação / disposição correta
ESTANTES ILHAS
Segurança Química em Laboratórios
NUNCA armazene por ordem
alfabética
! armazene conforme
incompatibilidade química !
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 Certifique-se de que todos os produtos/resíduos químicos estejam devidamente
identificados/rotulados. Armazene-os em local apropriado, devidamente sinalizado.
Deve-se permitir somente o acesso de pessoas autorizadas;
 solventes inflamáveis devem ser armazenados, preferencialmente, em recipientes
metálicos, com dispositivos corta-fogo. Armazene-os em local ventilado;
 NÃO instale cilindros de gases comprimidos no interior do laboratório. O local
adequado deve ser coberto, ventilado e afastado de fontes de ignição e calor;
 mantenha os cilindros SEMPRE presos com correntes;
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 se em desuso, conserve o cilindro com o capacete de proteção;
 p/ grandes volumes de solução, armazene-a em frascos com torneira lateral;
 NÃO armazene frascos de vidro c/ substâncias voláteis sob luz solar. O vidro pode
atuar como lente e provocar aquecimento localizado no líquido;
 local de armazenamento deve possuir 2 ou + saídas e livre de corredores s/ saída;
 o local destinado ao armazenamento de produtos químicos deve possuir
iluminação natural ou à prova de explosão (especialmente no caso de conter
substâncias inflamáveis) e ser bastante ventilado (naturalmente);
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 NÃO deve haver qualquer fonte de chamas ou unidades de aquecimento no local do
armazenamento de solventes inflamáveis;
 materiais de vidro, equipamentos (e resíduos) devem ser separados das
substâncias/reagentes químicos, se armazenados no mesmo local;
 deve possuir sistema de alarme de incêndios;
 EPIs devem permanecer na área externa ao local de armazenamento;
 deve possuir equipamentos e materiais para contenção/limpeza de produtos químicos
derramados;
 o piso destinado à área de armazenamento deve ser resistente, sem rejunte e ranhuras,
antiderrapante e dotado de canaletas para contenção de vazamentos. NÃO deve conter
saídas para rede de esgotos (ralos);
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 deve-se treinar continuamente o pessoal de almoxarifado para situações de
emergência e evacuação;
 números de telefones de emergência devem estar afixados em local visível e,
preferencialmente, próximo a um aparelho telefônico;
 armazene líquidos e produtos mais pesados, preferencialmente, nas prateleiras
inferiores;
 NÃO armazene frascos sem rótulos, sem tampas;
 SEMPRE realize inspeção periódica dos recipientes: verifique a ocorrência de
ferrugem nas tampas, vazamentos, rótulos danificados. Mantenha os frascos
SEMPRE fechados;
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 extintores de incêndio devem permanecer em local de fácil acesso e visualização;
 as portas devem possuir dispositivo anti-pânico e de material não combustível.
Devem abrir, preferencialmente, para o lado de fora;
 as janelas do local de armazenamento devem permitir a saída de emergência e
entrada de bombeiros e equipamentos de combate à incêndio;
 esquadrias devem ser de material não-combustível. Evite o uso de cortinas nesses
locais; se necessário, obrigatoriamente, devem ser confeccionadas em material não-
combustível, como fibra de vidro, alumínio etc ;
 o local deve ser dotado de lava-olhos e chuveiro de segurança. Deve possuir
mantas corta-fogo;
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 INFLAMÁVEIS: os armários devem ser dotados de sistema de exaustão à prova de
explosão (ar exaurido para fora do ambiente). Evite fontes de ignição, rede elétrica
deve ser à prova de explosão, fios elétricos devem ser devidamente protegidos.
Paredes, pisos e tetos devem ser resistentes ao fogo (2 horas). Almoxarifado deve ser
construído em área de fácil acesso de bombeiros. PROIBIDO FUMAR!
 CORROSIVOS: prateleiras devem ser resistentes à corrosão. Armazene em local
ventilado, especialmente ácidos/bases concentrados (liberam vapores tóxicos) e nas
prateleiras inferiores. Coloque os frascos em bandejas resistentes à corrosão
(plásticas), para conter possíveis vazamentos;
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
Armazenamento Seguro : armários apropriados para Produtos/Resíduos Químicos
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 substâncias peroxidáveis: devem ser armazenados em recipientes hermeticamente
fechados, local seco, ventilado e ao abrigo da luz. NÃO abra frascos em que houver a
formação de sólido ou camada viscosa no fundo, solicite ajuda especializada;
 produtos incompatíveis c/ água devem ser armazenadas em locais distantes de
tubulações de água, rede de esgotos, janelas etc. Não devem ser instalados
dispositivos automáticos de combate à incêndios (sprincklers) nestes locais;
 o recipiente deve ser COMPATÍVEL com a substância química armazenada. Utilize
até 80% da capacidade total de armazenamento;
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
recipientes apropriados para Produtos/Resíduos Químicos
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 produtos sólidos incompatíveis com a água (Na, K, Li) devem ser armazenados sob
líquidos inertes: querosene;
 utilize geladeiras/freezers especiais para armazenamento de produtos químicos:
motor e instalação elétrica fora do espaço de armazenamento, sem degelo
automático, fios elétricos resistentes ao calor e corrosão etc. Descongele
regularmente o refrigerador;
 evite armazenamento de produtos químicos em portas de geladeiras. NÃO abra
e/ou feche bruscamente a porta;
 NÃO armazene frascos de vidro sem proteção e/ou diretamente sobre o gelo em
geladeiras e freezers.
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
ARMAZENAMENTO INADEQUADO aumenta Risco de Acidentes
boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 vidrarias, equipamentos e produtos químicos devem ser transportados
separadamente;
 recipientes e/ou frascos contendo substâncias químicas devem ser transportados
fechados;
 utilize recipientes apropriados p/ o transporte, preferencialmente, metálicos ou
plásticos (se compatível com a substância), resistentes, com alça etc;
 para auxiliar o transporte, utilize bandejas, baldes e, se necessário, carrinhos
apropriados, com rodas de borracha (diminuição de vibração e ruídos);
 para produtos químicos altamente perigosos, utilize suporte com material
adsorvente para conter possíveis vazamentos;
boas práticas para TRANSPORTE de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
 utilize recipientes apropriados p/ transporte de N2 líq. e CO2 sól.;
 utilize carrinhos apropriados para transporte de cilindros. Jamais ice o cilindro pela
alça ou capacete de proteção. O transporte deve ser feito, por pessoal treinado;
 NÃO transporte recipientes grandes contendo solução pelo gargalo;
 SEMPRE identifique (rótulo padrão) os produtos antes de serem transportados.
transporte inadequado de produtos/resíduos químicos é uma
das maiores causas de acidentes em laboratórios
boas práticas para TRANSPORTE de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
boas práticas para TRANSPORTE de produtos/resíduos químicos
 transporte deve ser feito em horários e roteiro programados. O carrinho
deve ser de material rígido, lavável, impermeável, com tampa articulada,
cantos e bordas arredondadas, providos de rodízios, com válvula de dreno
no fundo (capacidade > 400 L).
TRANSPORTE EXTERNO DEVE SEGUIR AS NORMAS NBR 12.810 e 14.652
Segurança Química em Laboratórios
carrinhos p/ transporte de resíduos químicos - LRQ
carrinhos para transporte de produtos químicos
boas práticas para TRANSPORTE de produtos/resíduos químicos
Segurança Química em Laboratórios
Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos
 identificar o produto derramado/vazado
 isolar a área e comunicar à Segurança do Trabalho e chefia imediata
 bloquear e conter o vazamento por meio de mantas (PP), almofadas ou adsorventes
(vermiculita, terra diatomácea etc), utilizando EPIs adequados
 recolher o material contaminado em recipientes apropriados (tambores, barricas...)
 limpar a área contaminada
 promover a ventilação do local
Segurança Química em Laboratórios
Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos
SOLVENTES INFLAMÁVEIS
 eliminar fontes de ignição. Desligar energia elétrica, apagar chamas ...
 evacuar o local
 adsorver o produto derramado com material apropriado: vermiculita, terra
diatomácea, manta em PP, turfa etc. Se pequena quantidade, utilize papel toalha, pano
etc, cujo solvente adsorvido poderá ser evaporado em capelas
 coloque o material contaminado em recipientes apropriados (barricas, bombonas,
tambores) para posterior descarte. Rotule os recipientes
 limpe o local, utilizando os EPIs adequados
 se necessário, procure ajuda especializada
Segurança Química em Laboratórios
Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos
SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS (ÁCIDAS)
 neutralizar com solução alcalina fraca. Adicione, lentamente, NaHCO3, Na2CO3 até
não haver mais desprendimento de gás (CO2)
 teste o pH final (6-8), utilizando papel indicador
 se não houver contaminantes (tóxicos), lave com bastante água
 SEMPRE utilize os EPIs adequados para promover a descontaminação
 NÃO use bases fortes (NaOH) para neutralização de derramamentos ácidos A
reação pode ser bastante exotérmica e provocar queimaduras graves
 se necessário, procure ajuda especializada
Segurança Química em Laboratórios
Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos
SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS (ALCALINAS)
 neutralizar com ácido fraco. Adicione, lentamente, ácido cítrico, H2SO4, HCl diluídos
 teste o pH final (6-8), utilizando papel indicador
 se não houver contaminantes (tóxicos), lave com bastante água
 SEMPRE utilize os EPIs adequados para promover a descontaminação
 NÃO use ácidos fortes (H2SO4 concentrado), nem H3PO4 (eutrofização). A reação
pode ser bastante exotérmica e provocar queimaduras graves
 se necessário, procure ajuda especializada
Segurança Química em Laboratórios
Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos
METAIS ALTAMENTE TÓXICOS (Ag, Cd, Cr, Cd ...)
 se sólido, com o auxílio de espátula ou pá, coletar o material em recipiente
apropriado (resistente) e encaminhá-lo para tratamento (LRQ). O recipiente deve estar
devidamente identificado/rotulado
 se líquido, conter o vazamento (enxofre) p/ não atingir a rede de esgotos
 se possível, recolha o material em recipiente resistente para posterior tratamento
(LRQ). Caso contrário, precipite o metal utilizando ânions adequados para inertização
(Cl-, S2-, -OH). Enviar para aterro classe especial.
 SEMPRE utilize os EPIs adequados para promover a descontaminação
 se necessário, procure ajuda especializada
Segurança Química em Laboratórios
Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos
METAIS ALTAMENTE TÓXICOS (Hg0)
 antes de proceder a coleta do material derramado, retire anéis, pulseiras ou outros
objetos metálicos
 recolher com fio ou chapa de cobre ou aspirar com tubo de vidro acoplado à bomba
de vácuo (c/ “trap”) ou seringas sem agulha. Pequenas gotículas podem ser recolhidas
com fitas adesivas
 preparar uma mistura 1:1 de Zn em pó e serragem. Limpe o derrame com uma
proporção 10:1 de mistura:mercúrio. Enxofre em pó também pode ser utilizado para
“conter” derramamento de Hg
Segurança Química em Laboratórios
Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos
METAIS ALTAMENTE TÓXICOS (Hg0)
 recolher o resíduo em recipiente plástico resistente, sob selo d’água e encaminhá-lo
para tratamento (LRQ). Se não reaproveitado, enviar para aterro especial
NUNCA negligencie um derramamento de mercúrio. A pressão de
vapor de 2.10-3 mm Hg, a 25 oC, é suficiente p/ produzir concentrações
perigosas na atmosfera. A atmosfera saturada, a 20 oC, contém ~ 15
mg/m3, valor 300 vezes superior ao permitido como limite de
exposição ocupacional (0,05 mg/m3)
Segurança Química em Laboratórios
INTOXICAÇÃO QUÍMICA: PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
INGESTÃO
NÃO TENTE RETIRAR A SUBSTÂNCIA
NÃO ADMINISTRE ÁGUA OU LEITE: pode espalhar a substância e
aumentar sua absorção efetiva na mucosa gastrointestinal
NÃO ADMINISTRE SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS/BÁSICAS: aumenta
temperatura local e causa lesão
NÃO PROVOQUE VÔMITO
NÃO administre álcool, azeite, óleo, laxante
PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA IMEDIATAMENTE
leve embalagem, rótulo e/ou FISPQ/MSDS
Segurança Química em Laboratórios
INTOXICAÇÃO QUÍMICA: PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
ABSORÇÃO DÉRMICA
RETIRE AS ROUPAS CONTAMINADAS
LAVE A ÁREA AFETADA COM ÁGUA EM ABUNDÂNCIA e sabonete
(15 minutos)
NÃO UTILIZE POMADAS / GEL sem orientação médica
NUNCA NEUTRALIZAR A SUBSTÂNCIA QUÍMICA SOBRE A PELE
em caso de contato com os olhos, lavar com água em abundância e movimentar a
íris em todas as direções e as pálpebras ! contato específico com HF, lavar com
bastante água e utilizar pomada/injeção de sais de cálcio
PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA IMEDIATAMENTE
leve embalagem, rótulo e/ou FISPQ/MSDS
Segurança Química em Laboratórios
INTOXICAÇÃO QUÍMICA: PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
INALAÇÃO
REMOVA A VÍTIMA PARA UM LOCAL VENTILADO
MANTENHA A VÍTIMA EM REPOUSO
MANTENHA AS VIAS AÉREAS LIVRES
EM CASO DE PARADA RESPIRATÓRIA: aplicar respiração artificial
PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA IMEDIATAMENTE
leve embalagem, rótulo e/ou FISPQ/MSDS
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  • 1. Disciplina: LOT2054 - Engenharia de Segurança do Trabalho e Biossegurança
  • 2. BIOTECNOLOGIA E BIOSSEGURANÇA Brasil: a Biotecnologia está atrelada ao termo Biossegurança que possui duas vertentes:  Uma Legal que trata das questões envolvendo a manipulação de organismos geneticamente modificados (OGMs) e de pesquisas com células-tronco embrionárias; Contemplado na Lei n° 11.105 de 24 de março de 2005 (chamada Lei de Biossegurança).  A outra é voltada para a prática e desenvolvimento em especial nas instituições de saúde, envolvendo riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, existentes nesses ambientes as quais se encontram no contexto da segurança ocupacional. Aula de hoje: riscos químicos (Segurança química) O Foro Intergovernamental de Segurança Química, criado pela Conferência Internacional de Segurança Química, em Estocolmo, na Suécia, em 1994, tem estimulado mudanças significativas em relação à conscientização sobre essa temática, mas muito ainda tem de ser feito.
  • 3. BIOTECNOLOGIA E BIOSSEGURANÇA Lei n° 11.105/2005:  estabeleceu-se normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados e seus derivados.  Criou-se o Conselho o Conselho Nacional de Biossegurança (CTNBio).  Dispôs-se sobre a Politica Nacional de Biossegurança. A Biossegurança encontra subsidio:  na legislação de segurança e saúde ocupacional (Lei no 6514/1977) e em especial nas Normas Regulamentadoras – NRs, do Ministério do Trabalho e Emprego (Portaria n° 3214/1978),  Lei Orgânica de Saúde (n° 8080/1990),  na Lei de Crimes Ambientais (n° 9605/1998).  Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e  Conselho de Meio Ambiente (CONAMA)  entre outras.
  • 4. BIOSSEGURANÇA VERSUS BIOSSEGURIDADE Etimologicamente, a palavra biossegurança é derivada do inglês (biosafety), e pelo seu significado entende-se que a raiz grega de “bio” é vida e o sufixo segurança, se referindo “a qualidade de ser seguro, livre de dano”. Dicionário Aurélio, a palavra “biossegurança” foi dicionarizada na edição de 1999, possuindo a expressão “segurança da vida”, usada em situações não intencionais. No Brasil o significado está mais vinculado a soberania, a segurança da vida humana com relação aos ambientes da área da saúde, da vida vegetal e as questões que envolvem problemas ambientais.
  • 5. BIOSSEGURANÇA VERSUS BIOSSEGURIDADE Outro termo que é utilizado é o de biosseguridade (biosecurity). Ele também provém da raiz grega “bio”, enquanto que seguridade refere-se a conotação de segurança da vida contra agentes externos intencionais, como por exemplo: proteção contra agentes biológicos e/ou químicos de levados grau de risco, utilizados em atos criminosos. Este problema de semântica denota que nos Estados Unidos utilizam-se os dois termos com os significados descritos acima e nos países, como Espanha, França e Itália, entre outros, apenas o termo biossegurança é usado, com os dois significados. No Brasil, observou-se, influenciado pelas grandes indústrias produtoras de insumos para o segmento agropecuário que o termo biosseguridade vem sendo usado apenas para assuntos relacionados “a saúde animal”, e esta parece ser uma prática corrente em algumas áreas do meio agropecuário no Brasil, e por causa deste segmento utilizam-se largamente essa palavra.
  • 6. BIOSSEGURANÇA VERSUS BIOSSEGURIDADE Indicação ampla e origem do significado dos termos biossegurança e biosseguridade.
  • 7. BIOSSEGURANÇA VERSUS BIOSSEGURIDADE Estes exemplos mostram a complexidade atual da Biossegurança no Brasil e as suas implicações legais, inclusive com outras áreas relacionadas a saúde e Segurança no Trabalho (SST) e meio Ambiente.
  • 8. Biossegurança A importância da Educação CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE SEGURANÇA • O princípio básico é a obrigação moral de proteger a saúde do indivíduo, do grupo, da comunidade e do ambiente. • A cultura de segurança é tão importante na educação científica e no desempenho profissional como o aprendizado do entorno teórico dos experimentos ou a capacidade de realizar os passos de um protocolo. • Na prevenção de riscos, a responsabilidade é de todos: autoridades, professores, técnicos, alunos e pessoal de apoio. NÃO BASTA UMA AULA, NEM UM CURSO (www.bteduc.bio.br)
  • 10. A Segurança Química (SQ) tem um conceito GLOBAL desenvolvido para assegurar a proteção da saúde, da vida e das condições normais do ambiente, frente aos riscos decorrentes das atividades compreendidas no ciclo de vida das substâncias químicas. A SQ consiste na utilização racional e consciente dos produtos químicos visando à proteção da saúde humana e do meio ambiente. É operacionalizada por meio de dispositivos legais e voluntários, incluindo instrumentos, mecanismos e práticas, na busca de equilíbrio entre os aspectos sociais, econômicos e ambientais. Organização Panamericana de Saúde - OPS Segurança Química: CONCEITO
  • 11. Conjunto de ações para a prevenção dos efeitos adversos para o ser humano e o meio ambiente resultantes da produção, armazenagem, transporte, manuseio e disposição final de produtos químicos A proteção da saúde e segurança nas operações de laboratório, incluindo o tratamento dos resíduos, é uma ! OBRIGAÇÃO MORAL ! Segurança Química: CONCEITO
  • 12. Ácido Clorídrico Acetona Etanol Benzeno Formol Brometo de Etídeo Diaminobenzidina Xilol Hidróxido de Amônio Clorofórmio Acetonitrila Metanol Fenol Éter Etílico Toluol Ácido Acético Ácido Sulfúrico Fosfato de Cálcio Mercúrio Chumbo Nitrato de Prata Ácido Nítrico Acetato de Sódio R I S C O Peróxido de Hidrogênio Arsênio Cádmio Sulfato de Cobre Substâncias Químicas em Universidades - exemplos Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 13. Substâncias Químicas como Agentes de Risco Classificação das Substâncias Químicas HAZARDOUS PROPERTIES asfixiantes irritantes inflamáveis comburentes explosivas corrosivas danosas ao meio ambiente teratogênicas mutagênicas carcinogênicas alergênicas tóxicas
  • 14. A S F I X I A N T E S • S i m p l e s : diminui a concentração de O2 do ar • Q u í m i c o s : impedem a chegada de O2 aos tecidos. Pode atuar de diferentes maneiras N2 / He / CO2 /gases nobres CO fixa-se na hemoglobina ao invés do O2 CH3CN / HCN fixa-se na citocromooxidase. Os sais do ácido cianídrico são chamados cianetos, sendo os mais comuns o cianeto de potássio (KCN) e o cianeto de sódio (NaCN). Os cianetos iónicos são extremamente venenosos a vários seres vivos, em especial, aos humanos, neste caso, devido à habilidade do íon em se combinar com o ferro da hemoglobina, bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue, matando a pessoa exposta por sufocamento. H2S bloqueia citocromooxidase e afeta o centro regulador do sistema respiratório Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 15. I R R I T A N T E S Substâncias não corrosivas que, em contato com tecido vivo (pele e mucosas), podem provocar reação inflamatória: • solventes orgânicos ocasionam a dissolução da camada lipídica: aldeídos – cetonas – ésteres – álcoois – HC halogenados – HC aromáticos – HC saturados Substâncias corrosivas a baixas concentrações são irritantes: • quanto + solúvel em água, + irritante para o trato respiratório hidróxido de amônio – hidróxido de sódio – ácido clorídrico Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 16. I N F L A M Á V E I S Materiais ou substâncias combustíveis, ou seja, passíveis de produzir fogo; que podem incendiar-se na presença de uma fonte de ignição, continuando a se queimar depois de retirada dessa fonte. (OIT, 1989): • Ponto de Ignição (Flash Point): temperatura acima da qual a substância desprende vapor suficiente para produzir fogo em contato com ar ou fonte de ignição. • Ponto de Auto-ignição: temperatura acima da qual a substância desprende vapor suficiente para produzir fogo espontaneamente em contato com o ar. • Pressão de vapor • Ponto de Ebulição Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 17. I N F L A M Á V E I S, classificam-se em: • Extremamente Inflamáveis : flash point < 0 oC, P.E. < 35 0C gases combustíveis (H2, CH4, C2H6, C2H4), CO, HCN • Moderadamente Inflamáveis : ponto auto-ignição < 25 oC flash point < 23 oC, P.E. < 38 oC acetaldeído, éter dietílico, dissulfeto de carbono Mg, Al, Zn, Zr em pó e seus derivados orgânicos, fósforo branco, C3H8, C4H10, H2S 23 oC < flash point < 38 oC, P.E. < 100 oC • Inflamáveis : 38 oC < flash point < 94 oC Sólidos (hidretos metálicos) em contato com H2O (ou umidade) liberam gases inflamáveis maioria dos solventes orgânicos solventes diversos Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 18. C O M B U R E N T E S ( o x i d a n t e s ) Substâncias que, em contato com outras, produzem reação fortemente exotérmica: • solução sulfonítrica • solução sulfocrômica • nitritos de sódio, de potássio • percloratos • permanganato e dicromato de potássio • peróxidos Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 19. E X P L O S I V A S Substâncias que podem explodir sob efeito de calor, fricção ou choque. As temperaturas de detonação são variáveis: • nitroglicerina: 117 ºC • isocianato de mercúrio: 180 oC • trinitrotolueno (TNT): 470 oC Substâncias associadas com outras podem formar misturas explosivas • cloratos c/ materiais combustíveis; tetrahidroresorcinol c/ metais Substâncias em determinadas concentrações tornam-se explosivas: • ácido perclórico 50% Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 20. C O R R O S I V A S Denominação genérica: substâncias capazes de provocar lesões graves nos tecidos vivos (em particular, o humano) e atacar outros materiais como metais e madeira. • metais alcalinos: Li, Na, K ... • ácidos: HCl, HNO3, H2SO4, H3PO4 • bases: NaOH, LiOH, Ca(OH)2 ... • desidratantes: CaCl2, Na2SO4 ... • oxidantes: KMnO4, K2Cr2O7 ... Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 21. T Ó X I C A S Substâncias capazes de causar qualquer efeito adverso ou nocivo sobre um organismo vivo. Em geral, todas as substâncias químicas apresentam toxicidade. (Paracelsus, 1493-1541) Grau de Toxicidade DL 50 / CL 50 DL 50 oral DL 50 cutânea CL 50 inalação muito tóxica tóxica nociva ratos mg/kg ratos, coelhos mg/kg ratos mg/m3 < 25 < 50 < 0,5 25 - 200 50 - 400 0,5 - 2 200 - 2000 400 - 2000 2 - 20 Substância DL 50 oral (ratos, mg/kg) 7000 etanol cloreto sódio formol dioxina tox. botulínica 3000 100 0,001 0,00001 Substâncias Químicas como Agentes de Risco CL50 – Concentração Letal cinqüenta: è a concentração de um agente num meio que causa mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da população exposta, durante um determinado período de tempo. Para a classificação adotada utiliza-se a CL50, via respiratória para rato ou camundongo. DL50 – Dose Letal cinqüenta : é a dose calculada de um agente num meio que causa mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da população animal em condições bem definidas, por qualquer via de administração, exceto por inalação. Para a classificação adotada utiliza-se a DL50, via oral para rato ou camundongo.
  • 22. A L E R G Ê N I C A S Substâncias que causam efeito anormal no sistema imunológico. BHT (di-terc-butil metil hidroxitolueno) BHA (2-terc-butil-4-hidroxianisol) anidrido ftálico (2-benzofuran-1,3-dione) EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético) • berílio • chumbo • cromo • mercúrio • níquel • ouro • formaldeído • pesticidas etilenodiamina Substâncias Químicas como Agentes de Risco • resinas: anidrido trimetílico, tolueno, diisocianato • compostos platínicos
  • 23. C A R C I N O G Ê N I C A S Substâncias capazes de produzir, causar ou induzir CÂNCER ! Substâncias Químicas como Agentes de Risco + 450 substâncias químicas foram identificadas como carcinogênicas, ou provavelmente/possivelmente carcinogênicas a humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). A maioria dessas substâncias é majoritariamente mutagênica e vários carcinógenos provém de fonte natural, sendo responsáveis por pelo menos 30% dos casos de câncer nos EUA.
  • 24. C A R C I N O G Ê N I C A S Substâncias Químicas como Agentes de Risco Algumas Substâncias Químicas Consideradas Carcinogênicas a Humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer - IARC Arsênio Chumbo Benzeno Tetracloreto de carbono Clorofórmio Cádmio e seus compostos Cloreto de vinila Cromo Formaldeído Bifenilas policloradas
  • 25. M U T A G Ê N I C A S Substâncias causadoras de mudança genética permanente, que ocorre durante recombinação genética normal. Vários tipos de cânceres são resultados da evolução de processo mutagênicos. Exemplos: Brometo de Etídio Diaminobenzidina N H2N CH3 NH2 Br Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 26. T E R A T O G Ê N I C A S Substâncias capazes de produzir, de modo irreversível, anormalidades estruturais não-congênitas, anatômicas, ou desordem funcional em embriões ou feto. Podem ser: Classe I: comprovado por estudos de causa-efeito. Classe II: provavelmente teratogênica a humanos. FENOL Substâncias Químicas como Agentes de Risco AMÔNIA NICOTINA
  • 27. D A N O S A S A O M E I O A M B I E N T E T O D A S A S S U B S T Â N C I A S Q U Í M I C A S Substâncias que, apesar de apresentarem baixa toxicidade, podem provocar danos ao meio ambiente, sob condições específicas: ácidos / bases / sais diversos: : HNO3, NaHCO3, fosfatos ... solventes orgânicos: acetona, etanol, metanol ... metais: Fe, Co, Cu, prata ... Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 28. INCOMPATILIDADE QUÍMICA ... condição na qual determinadas substâncias químicas tornam- se perigosas quando manipuladas ou mesmo armazenadas próximas a outras, podendo reagir violentamente e causar explosões ...
  • 29. INCOMPATILIDADE QUÍMICA Substância Química ácido muriático (HCl) amoníaco (NH4OH) água sanitária (NaOCl) água oxigenada (H2O2) ácido perclórico (HClO4) Incompatibilidade soda cáustica (NaOH) / amoníaco (NH4OH) / água sanitária (NaOCl) detergentes (alquil sulfatos) amoníaco (NH4OH) / borracha / silicone / ácido muriático / detergentes (sais de amônio/sulfatos) gorduras / álcoois / acetona / vinagre madeira, papel, algodão, álcoois Tipo de Reação neutralização exotérmica / formação de compostos com cloro reação extremamente exotérmica formação de explosivos / cloroaminas cloração exotérmica / reações exotérmicas / formação de organoclorados e tricloro de nitrogênio oxidação rápida / formação de explosivos de peróxidos cíclicos formação de ésteres perclóricos (ROCl2)
  • 30. Rotulagem Padrão de Produtos / Resíduos Químicos considerada um dos aspectos + importantes em Segurança Química RÓTULO deve ser claro, objetivo e informar os principais riscos da substância química DIAMANTE DO PERIGO DIAGRAMA DE HOMMEL
  • 31. Rotulagem Padrão de Produtos / Resíduos Químicos
  • 32. ROTULAGEM PADRONIZADA – G H S The Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals O Sistema GHS é fruto da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD (ECO 92 / RIO 92) NBR 14.725 (2009) Produtos Químicos: Informações sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente 1- Terminologia 2-Sistemas de Classificação de Perigo 3- Rotulagem 4-FISPQ NBR 16.725 (2011) Resíduo Químico: Informações sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ)
  • 33. ROTULAGEM PADRONIZADA – PICTOGRAMAS G H S NBR - 7500 inflamável oxidante explosivo corrosivo tóxico gás sob pressão irritante sensibilizante dérmico carcinógeno toxicidade sistêmica p/ órgão-alvo poluente
  • 34. Situações ou agentes presentes no ambiente com capacidade de causar um dano. Em laboratórios, podem-se identificar 3 grupos: Estrutura Física e Operações Ambientais Ergonômicos instalações máquinas / equipamentos transporte armazenagem manuseio derramamento descarte físicos químicos biológicos mobiliário inadequado posições incômodas ritmo acelerado turno fatores estressantes C O N S E Q U Ê N C I A S ACIDENTES / LESÕES DOENÇAS OCUPACIONAIS REDUÇÃO NA QUALIDADE E EXPECTATIVA DE VIDA Fatores de Riscos em Laboratórios
  • 35. R I S C O : probabilidade ou possibilidade de ocorrer um dano R i s c o I n e r e n t e ( hazard ) R i s c o E f e t i v o ( risk ) Característico da substância, relacionado às propriedades físico-químicas da mesma Probabilidade de contato com a substância. Está diretamente relacionado com as condições de trabalho c/ o agente de risco Substâncias Químicas como Agentes de Risco
  • 36. inalação absorção dérmica ingestão Vias de Ingresso no Organismo fatores a considerar: Dose e Capacidade Metabólica OCUPACIONALMENTE, as vias de ingresso + importantes são: I N A L A T Ó R I A e D É R M I C A
  • 37. E X P O S I Ç Ã O A M I S T U R A S Q U Í M I C A S a mistura de substâncias químicas pode alterar a toxicidade, devido à interação entre elas. São esperados quatro tipos de efeitos: [agente químico] efeito a b INDEPENDENTE [agente químico] efeito a b ADITIVO a + b Efeitos Interativos das Substâncias Químicas Risco Químico em Laboratórios
  • 38. [agente químico] efeito a b SINÉRGICO a + b [agente químico] efeito a b ANTAGÔNICO a + b Efeitos Interativos das Substâncias Químicas E X P O S I Ç Ã O A M I S T U R A S Q U Í M I C A S Risco Químico em Laboratórios
  • 39. apresentam AMBIENTAL OCUPACIONAL SAÚDE PÚBLICA impactos conforme suas características, podem provocar : acidentes / lesões intoxicações infecções doenças redução na expectativa de vida MORTE Substâncias Químicas como Agentes de Risco Risco Químico em Laboratórios
  • 40. Queimadura por NaOH Crédito: SESMT/RP Danos à Saúde Segurança Química em Laboratórios
  • 41. Crédito: SESMT/RP Danos à Saúde Queimaduras por NaOH Segurança Química em Laboratórios
  • 42. Lesão de Esclerótica e Córnea com Opacificação causada por H2SO4 Opacificação de Córnea causada por NaOCl Crédito: SESMT/RP Danos à Saúde Segurança Química em Laboratórios
  • 43. Queimadura por HCl Queimaduras por H2SO4 Crédito: SESMT/RP Danos à Saúde Segurança Química em Laboratórios
  • 44. Estatística de Acidentes do Trabalho, envolvendo Substâncias Químicas N o Acidentes Tempo (anos) A B C falta de experiência equilíbrio profissional curva de acidentes de trabalho em função da experiência profissional excesso de confiança Segurança Química em Laboratórios
  • 45. A escolha e o uso de luvas quimicamente resistentes Ex: Boas Práticas: manuseio
  • 46. Informações Importantes Sobre o Uso de Luvas de Látex Ex: Boas Práticas: manuseio  Látex é um líquido leitoso, extraído de uma árvore chamada Hevea brasiliensis.  O látex é misturado a outros compostos químicos para produzir diversos produtos, como, por exemplo, as luvas descartáveis.  O látex natural contém cerca de 2% de proteínas e algumas dessas são alérgenas, isto é, produzem alguma forma de alergia.  Reações alérgicas resultantes do uso de luvas de látex são atribuídas aos aditivos químicos residuais originados do processo da vulcanização.  Em geral, são absorvidos pela pele, promovendo reações adversas que geram rachaduras na pele (dermatites). Nos indivíduos mais sensíveis, surgem bolhas e urticárias e possivelmente asma (respiração ofegante e tosse) em minutos ou horas após a exposição do alergênico do látex
  • 47. Informações Importantes Sobre o Uso de Luvas de Látex Segurança Química em Laboratórios  Nas luvas de látex, é comum o uso de algum tipo de pó (geralmente talco) para facilitar sua colocação e sua retirada e para que as superfícies não grudem uma na outra.  É importante não só utilizar luvas com baixo teor de proteína, bem como luvas com quantidade adequada de pó.  Se as partículas das proteínas do látex associarem-se às partículas do pó e se dispersarem pelo ar, possivelmente serão inaladas, tomando assim contato com mucosas e membranas.  Como medida preventiva, sugere-se que as luvas produzidas pelo processo de pulverização (com uso de pó) sejam substituídas pelas powder free (sem pó).  Existem pessoas com alergia ao látex que apresentam alergia cruzada com alguns componentes encontrados em certas frutas (kiwi, tomate, manga e abacate). Com a ingestão dessas frutas, a reação alérgica aumenta se a pessoa for sensível às proteínas do látex
  • 48. Segurança Química: Boas Práticas em Laboratório (Aula 2)
  • 49. Boas Práticas em Laboratório, incluem: evite aproximar-se de áreas restritas e de manutenção. Obedeça as placas de sinalização; antes de ligar uma chave de eletricidade, verifique se não há alguém trabalhando; em corredores e escadas, não corra e utilize corrimão. Trafegue em locais específicos para pedestres; ao ouvir o alarme de incêndio, sempre evacuar o local sem pânico; Segurança Química em Laboratórios
  • 50. tenha a responsabilidade básica de planejar e executar os procedimentos/atividades do laboratório de maneira segura;  conhecer as regras e procedimentos de segurança pertinentes às atividades desenvolvidas. Determinar os potenciais riscos (físico, químico, biológico) antes de qualquer (nova) operação; a exposição aos produtos químicos deve ser mínima (somente o necessário); Segurança Química em Laboratórios Boas Práticas em Laboratório, incluem:
  • 51. é proibido fumar, comer, beber e aplicar de cosméticos em qualquer área do laboratório ou locais de armazenamento de produtos químicos; conhecer os tipos de equipamentos de proteção disponíveis e usar o tipo apropriado para cada trabalho; usar EPIs em todas as práticas do laboratório: óculos de segurança, luvas, avental, sapatos apropriados etc; Segurança Química em Laboratórios Boas Práticas em Laboratório, incluem:
  • 52. certifique-se da localização das saídas de emergência e funcionamento dos EPCs (chuveiro, lava-olhos, capelas de exaustão etc). Familiarize-se com os procedimentos de emergência e 1os socorros; prevenir os riscos ambientais por seguir os procedimentos de gerenciamento e tratamento de resíduos. Algumas reações químicas podem requerer o uso de dispositivos capazes de evitar o escape de vapores tóxicos e devem ser realizadas em capela de exaustão; Segurança Química em Laboratórios Boas Práticas em Laboratório, incluem:
  • 53. Segurança Química em Laboratórios certifique-se de que todos os produtos estejam corretamente identificados/rotulados. Armazene-os, adequadamente; Permaneça fora da área do incêndio (acidente). Espectadores curiosos interferem no resgate e procedimentos de emergência; Preste atenção aos sinais de aviso, especialmente p/ riscos incomuns: radiação, operações com laser, inflamáveis, riscos biológicos etc  evite distrair ou “surpreender” qualquer pessoa no laboratório. Piadas e brincadeiras não devem ser toleradas neste local; Boas Práticas em Laboratório, incluem:
  • 54. Segurança Química em Laboratórios use equipamentos somente para seu objetivo específico;  posicione e fixe os aparelhos a fim de permitir manipulação sem necessidade de movê-lo até o término da reação;  mantenha as bancadas SEMPRE limpas e livres de materiais estranhos ao trabalho. Retire os materiais, amostras e reagentes utilizados no experimento, imediatamente após o término da atividade; Boas Práticas em Laboratório, incluem:
  • 55. Segurança Química em Laboratórios  rotule previamente qualquer reagente e/ou solução preparados, amostras coletadas e resíduos gerados. Os resíduos devem ser descartados em recipientes apropriados e devidamente identificados;  jogue papéis usados e materiais inservíveis no lixo apropriado. Apenas descarte no lixo comum se NÃO houver contaminação;  armazene os produtos químicos apenas no local indicado, obedecendo a incompatibilidade química das substâncias;  NÃO obstrua as saídas de emergência, os EPCs, painéis de controle etc Boas Práticas em Laboratório, incluem:
  • 56. Segurança Química em Laboratórios  evite trabalhar SOZINHO no laboratório, mas aglomeração de pessoas também atrapalham as atividades e aumentam o risco de acidentes;  NÃO misture material de laboratório com pertences pessoais;  NÃO use lentes de contato no laboratório, podem ser danificadas por vapores de produtos químicos e causar graves lesões oculares;  NÃO utilize materiais (vidrarias) do laboratório como utensílio doméstico; Boas Práticas em Laboratório, incluem:
  • 57. Segurança Química em Laboratórios Lave cuidadosamente as mãos com água e sabão antes de sair do laboratório. NÃO utilize solventes: podem causar irritação da pele e facilitar a absorção de outros produtos químicos;  NÃO leve a mão à boca e/ou olhos, ao manusear produtos químicos;  NUNCA coloque alimentos ou bebidas sobre as bancadas, armários, geladeiras, estufas etc no laboratório;  NÃO use brincos, anel ou colar no laboratório. Mantenha cabelos compridos presos;  feche todas as portas e gavetas que abrir; Boas Práticas em Laboratório, incluem:
  • 58. lembre-se: ESTAR FAMILIARIZADO COM AS OPERAÇÕES DO LABORATÓRIO PODE LEVAR A UM FALSO SENSO DE SEGURANÇA E RESULTAR EM GRAVES ACIDENTES PARTICIPE DE UM PROGRAMA CONTÍNUO DE TREINAMENTO EM SEGURANÇA em caso de derramamentos de produtos químicos, limpe imediatamente o local. Se necessário solicite orientações específicas; NÃO pipete nenhum produto químico com a boca; NÃO se exponha à radiação UV, IV ... sem a proteção adequada (óculos com lentes filtrantes); Boas Práticas em Laboratório, incluem:
  • 59.  SEMPRE utilize EPIs (e EPCs) ao manipular qualquer produto químico;  tenha a responsabilidade básica de planejar e executar os procedimentos / atividades do laboratório de maneira segura;  a exposição aos produtos químicos deve ser mínima (somente o necessário);  conhecer os tipos de equipamentos de proteção disponíveis e usar o tipo apropriado para cada trabalho;  prevenir os riscos ambientais por seguir os procedimentos de gerenciamento e tratamento de resíduos. Algumas reações podem requerer o uso de dispositivos capazes de evitar o escape de vapores tóxicos e devem ser realizadas em capela de exaustão; boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 60.  NÃO manuseie materiais inflamáveis próximo a fontes de ignição: aparelhos que geram calor, tomadas, interruptores, lâmpadas etc;  especialmente no caso de produtos altamente tóxicos, verifique todas as informações toxicológicas (toxicidade e vias de ingresso no organismo) antes de iniciar qualquer operação;  no manuseio de substâncias químicas, utilize SEMPRE capelas de exaustão, se possível;  NÃO descarte na pia qualquer resíduo tóxico sem prévio tratamento;  NÃO descarte no lixo comum, materiais contaminados com produtos tóxicos (papel toalha, luvas, filtros etc); boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 61.  interrompa, imediatamente, o trabalho em caso de sintomas de náuseas, vômitos, dores de cabeça etc. Procure ajuda médica;  remova materiais orgânicos (madeira, papel etc) próximos a produtos corrosivos, podem ocasionar incêndios;  NÃO descarte na pia qualquer resíduo corrosivo sem prévia neutralização.  a diluição de soluções concentradas de produtos corrosivos deve ser realizada, SEMPRE, acrescentando o produto concentrado sobre o diluente;  em qualquer aquecimento, se possível, utilize agitação (ou cacos de porcelana) p/ dispersão do calor, evitando superaquecimento do vidro; boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 62.  ao aquecer tubos de ensaio, SEMPRE mantenha a boca do tubo voltada para o lado oposto ao operador e para onde não haja qualquer pessoa;  quando necessário aquecimento direto, evite aquecer o vidro acima do nível do líquido. Se possível use tela p/ dispersão do calor sobre a chama;  antes de abrir a válvula principal de um cilindro, certifique-se de que a válvula redutora esteja fechada;  abra vagarosamente e, jamais totalmente, a válvula principal do cilindro;  mantenha identificação (rótulo) sobre o conteúdo do cilindro.  NÃO retire o protetor da válvula do cilindro; boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 63.  NÃO coloque H2O sobre ácidos concentrados, pois a reação é bastante exotérmica e pode ocorrer projeção de líquidos. SEMPRE adicione os ácidos ou bases concentrados, lentamente, sobre a água, preferencialmente, utilizando banho de gelo;  no uso de balões volumétricos para o preparo de soluções, coloque água até a metade, faça a homogeneização e somente depois complete o balão;  se houver necessidade de pipetagem para o preparo da solução, JAMAIS pipete os produtos químicos com a boca. É PROIBIDO;  na transferência de líquidos a partir de recipientes grandes, SEMPRE utilize recipientes de tamanho intermediário. boas práticas para MANUSEIO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 64. Para armazenamento seguro de produtos/resíduos químicos é imprescindível conhecer todas as suas informações (FISPQ/MSDS/FDSR) Necessário considerar 3 princípios fundamentais:  redução de estoque ao mínimo;  segregação de acordo com a incompatibilidade química;  isolamento/confinamento de alguns produtos químicos. boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos FDSR= Ficha com Dados de Segurança de Resíduos Químicos: Refere-se, porém, especificamente a resíduos químicos perigosos, e não a produtos químicos de modo geral. FISPQ/MSDS= Ficha de informações de segurança de produtos químicos/Material Safety Data Sheet
  • 65. boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos ARMAZENAMENTO SEGURO: sugestão para segregação / disposição correta LÍQUIDOS SÓLIDOS ÁCIDOS BASES OXIDANTES INFLAMÁVEIS REDUTORES TOXINAS ORGÂNICOS INORGÂNICOS FISPQ / FDSQ Segurança Química em Laboratórios
  • 66. boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos ARMAZENAMENTO SEGURO: sugestão para segregação / disposição correta ESTANTES ILHAS Segurança Química em Laboratórios
  • 67. NUNCA armazene por ordem alfabética ! armazene conforme incompatibilidade química ! boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 68.  Certifique-se de que todos os produtos/resíduos químicos estejam devidamente identificados/rotulados. Armazene-os em local apropriado, devidamente sinalizado. Deve-se permitir somente o acesso de pessoas autorizadas;  solventes inflamáveis devem ser armazenados, preferencialmente, em recipientes metálicos, com dispositivos corta-fogo. Armazene-os em local ventilado;  NÃO instale cilindros de gases comprimidos no interior do laboratório. O local adequado deve ser coberto, ventilado e afastado de fontes de ignição e calor;  mantenha os cilindros SEMPRE presos com correntes; boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 69.  se em desuso, conserve o cilindro com o capacete de proteção;  p/ grandes volumes de solução, armazene-a em frascos com torneira lateral;  NÃO armazene frascos de vidro c/ substâncias voláteis sob luz solar. O vidro pode atuar como lente e provocar aquecimento localizado no líquido;  local de armazenamento deve possuir 2 ou + saídas e livre de corredores s/ saída;  o local destinado ao armazenamento de produtos químicos deve possuir iluminação natural ou à prova de explosão (especialmente no caso de conter substâncias inflamáveis) e ser bastante ventilado (naturalmente); boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 70.  NÃO deve haver qualquer fonte de chamas ou unidades de aquecimento no local do armazenamento de solventes inflamáveis;  materiais de vidro, equipamentos (e resíduos) devem ser separados das substâncias/reagentes químicos, se armazenados no mesmo local;  deve possuir sistema de alarme de incêndios;  EPIs devem permanecer na área externa ao local de armazenamento;  deve possuir equipamentos e materiais para contenção/limpeza de produtos químicos derramados;  o piso destinado à área de armazenamento deve ser resistente, sem rejunte e ranhuras, antiderrapante e dotado de canaletas para contenção de vazamentos. NÃO deve conter saídas para rede de esgotos (ralos); boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 71.  deve-se treinar continuamente o pessoal de almoxarifado para situações de emergência e evacuação;  números de telefones de emergência devem estar afixados em local visível e, preferencialmente, próximo a um aparelho telefônico;  armazene líquidos e produtos mais pesados, preferencialmente, nas prateleiras inferiores;  NÃO armazene frascos sem rótulos, sem tampas;  SEMPRE realize inspeção periódica dos recipientes: verifique a ocorrência de ferrugem nas tampas, vazamentos, rótulos danificados. Mantenha os frascos SEMPRE fechados; boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 72.  extintores de incêndio devem permanecer em local de fácil acesso e visualização;  as portas devem possuir dispositivo anti-pânico e de material não combustível. Devem abrir, preferencialmente, para o lado de fora;  as janelas do local de armazenamento devem permitir a saída de emergência e entrada de bombeiros e equipamentos de combate à incêndio;  esquadrias devem ser de material não-combustível. Evite o uso de cortinas nesses locais; se necessário, obrigatoriamente, devem ser confeccionadas em material não- combustível, como fibra de vidro, alumínio etc ;  o local deve ser dotado de lava-olhos e chuveiro de segurança. Deve possuir mantas corta-fogo; boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 73.  INFLAMÁVEIS: os armários devem ser dotados de sistema de exaustão à prova de explosão (ar exaurido para fora do ambiente). Evite fontes de ignição, rede elétrica deve ser à prova de explosão, fios elétricos devem ser devidamente protegidos. Paredes, pisos e tetos devem ser resistentes ao fogo (2 horas). Almoxarifado deve ser construído em área de fácil acesso de bombeiros. PROIBIDO FUMAR!  CORROSIVOS: prateleiras devem ser resistentes à corrosão. Armazene em local ventilado, especialmente ácidos/bases concentrados (liberam vapores tóxicos) e nas prateleiras inferiores. Coloque os frascos em bandejas resistentes à corrosão (plásticas), para conter possíveis vazamentos; boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 74. Armazenamento Seguro : armários apropriados para Produtos/Resíduos Químicos boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 75.  substâncias peroxidáveis: devem ser armazenados em recipientes hermeticamente fechados, local seco, ventilado e ao abrigo da luz. NÃO abra frascos em que houver a formação de sólido ou camada viscosa no fundo, solicite ajuda especializada;  produtos incompatíveis c/ água devem ser armazenadas em locais distantes de tubulações de água, rede de esgotos, janelas etc. Não devem ser instalados dispositivos automáticos de combate à incêndios (sprincklers) nestes locais;  o recipiente deve ser COMPATÍVEL com a substância química armazenada. Utilize até 80% da capacidade total de armazenamento; boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 76. recipientes apropriados para Produtos/Resíduos Químicos boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 77.  produtos sólidos incompatíveis com a água (Na, K, Li) devem ser armazenados sob líquidos inertes: querosene;  utilize geladeiras/freezers especiais para armazenamento de produtos químicos: motor e instalação elétrica fora do espaço de armazenamento, sem degelo automático, fios elétricos resistentes ao calor e corrosão etc. Descongele regularmente o refrigerador;  evite armazenamento de produtos químicos em portas de geladeiras. NÃO abra e/ou feche bruscamente a porta;  NÃO armazene frascos de vidro sem proteção e/ou diretamente sobre o gelo em geladeiras e freezers. boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 78. ARMAZENAMENTO INADEQUADO aumenta Risco de Acidentes boas práticas para ARMAZENAMENTO de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 79.  vidrarias, equipamentos e produtos químicos devem ser transportados separadamente;  recipientes e/ou frascos contendo substâncias químicas devem ser transportados fechados;  utilize recipientes apropriados p/ o transporte, preferencialmente, metálicos ou plásticos (se compatível com a substância), resistentes, com alça etc;  para auxiliar o transporte, utilize bandejas, baldes e, se necessário, carrinhos apropriados, com rodas de borracha (diminuição de vibração e ruídos);  para produtos químicos altamente perigosos, utilize suporte com material adsorvente para conter possíveis vazamentos; boas práticas para TRANSPORTE de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 80.  utilize recipientes apropriados p/ transporte de N2 líq. e CO2 sól.;  utilize carrinhos apropriados para transporte de cilindros. Jamais ice o cilindro pela alça ou capacete de proteção. O transporte deve ser feito, por pessoal treinado;  NÃO transporte recipientes grandes contendo solução pelo gargalo;  SEMPRE identifique (rótulo padrão) os produtos antes de serem transportados. transporte inadequado de produtos/resíduos químicos é uma das maiores causas de acidentes em laboratórios boas práticas para TRANSPORTE de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 81. boas práticas para TRANSPORTE de produtos/resíduos químicos  transporte deve ser feito em horários e roteiro programados. O carrinho deve ser de material rígido, lavável, impermeável, com tampa articulada, cantos e bordas arredondadas, providos de rodízios, com válvula de dreno no fundo (capacidade > 400 L). TRANSPORTE EXTERNO DEVE SEGUIR AS NORMAS NBR 12.810 e 14.652 Segurança Química em Laboratórios
  • 82. carrinhos p/ transporte de resíduos químicos - LRQ carrinhos para transporte de produtos químicos boas práticas para TRANSPORTE de produtos/resíduos químicos Segurança Química em Laboratórios
  • 83. Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos  identificar o produto derramado/vazado  isolar a área e comunicar à Segurança do Trabalho e chefia imediata  bloquear e conter o vazamento por meio de mantas (PP), almofadas ou adsorventes (vermiculita, terra diatomácea etc), utilizando EPIs adequados  recolher o material contaminado em recipientes apropriados (tambores, barricas...)  limpar a área contaminada  promover a ventilação do local Segurança Química em Laboratórios
  • 84. Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos SOLVENTES INFLAMÁVEIS  eliminar fontes de ignição. Desligar energia elétrica, apagar chamas ...  evacuar o local  adsorver o produto derramado com material apropriado: vermiculita, terra diatomácea, manta em PP, turfa etc. Se pequena quantidade, utilize papel toalha, pano etc, cujo solvente adsorvido poderá ser evaporado em capelas  coloque o material contaminado em recipientes apropriados (barricas, bombonas, tambores) para posterior descarte. Rotule os recipientes  limpe o local, utilizando os EPIs adequados  se necessário, procure ajuda especializada Segurança Química em Laboratórios
  • 85. Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS (ÁCIDAS)  neutralizar com solução alcalina fraca. Adicione, lentamente, NaHCO3, Na2CO3 até não haver mais desprendimento de gás (CO2)  teste o pH final (6-8), utilizando papel indicador  se não houver contaminantes (tóxicos), lave com bastante água  SEMPRE utilize os EPIs adequados para promover a descontaminação  NÃO use bases fortes (NaOH) para neutralização de derramamentos ácidos A reação pode ser bastante exotérmica e provocar queimaduras graves  se necessário, procure ajuda especializada Segurança Química em Laboratórios
  • 86. Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS (ALCALINAS)  neutralizar com ácido fraco. Adicione, lentamente, ácido cítrico, H2SO4, HCl diluídos  teste o pH final (6-8), utilizando papel indicador  se não houver contaminantes (tóxicos), lave com bastante água  SEMPRE utilize os EPIs adequados para promover a descontaminação  NÃO use ácidos fortes (H2SO4 concentrado), nem H3PO4 (eutrofização). A reação pode ser bastante exotérmica e provocar queimaduras graves  se necessário, procure ajuda especializada Segurança Química em Laboratórios
  • 87. Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos METAIS ALTAMENTE TÓXICOS (Ag, Cd, Cr, Cd ...)  se sólido, com o auxílio de espátula ou pá, coletar o material em recipiente apropriado (resistente) e encaminhá-lo para tratamento (LRQ). O recipiente deve estar devidamente identificado/rotulado  se líquido, conter o vazamento (enxofre) p/ não atingir a rede de esgotos  se possível, recolha o material em recipiente resistente para posterior tratamento (LRQ). Caso contrário, precipite o metal utilizando ânions adequados para inertização (Cl-, S2-, -OH). Enviar para aterro classe especial.  SEMPRE utilize os EPIs adequados para promover a descontaminação  se necessário, procure ajuda especializada Segurança Química em Laboratórios
  • 88. Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos METAIS ALTAMENTE TÓXICOS (Hg0)  antes de proceder a coleta do material derramado, retire anéis, pulseiras ou outros objetos metálicos  recolher com fio ou chapa de cobre ou aspirar com tubo de vidro acoplado à bomba de vácuo (c/ “trap”) ou seringas sem agulha. Pequenas gotículas podem ser recolhidas com fitas adesivas  preparar uma mistura 1:1 de Zn em pó e serragem. Limpe o derrame com uma proporção 10:1 de mistura:mercúrio. Enxofre em pó também pode ser utilizado para “conter” derramamento de Hg Segurança Química em Laboratórios
  • 89. Ações em Caso de Acidentes / Derramamentos de Produtos Químicos METAIS ALTAMENTE TÓXICOS (Hg0)  recolher o resíduo em recipiente plástico resistente, sob selo d’água e encaminhá-lo para tratamento (LRQ). Se não reaproveitado, enviar para aterro especial NUNCA negligencie um derramamento de mercúrio. A pressão de vapor de 2.10-3 mm Hg, a 25 oC, é suficiente p/ produzir concentrações perigosas na atmosfera. A atmosfera saturada, a 20 oC, contém ~ 15 mg/m3, valor 300 vezes superior ao permitido como limite de exposição ocupacional (0,05 mg/m3) Segurança Química em Laboratórios
  • 90. INTOXICAÇÃO QUÍMICA: PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA INGESTÃO NÃO TENTE RETIRAR A SUBSTÂNCIA NÃO ADMINISTRE ÁGUA OU LEITE: pode espalhar a substância e aumentar sua absorção efetiva na mucosa gastrointestinal NÃO ADMINISTRE SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS/BÁSICAS: aumenta temperatura local e causa lesão NÃO PROVOQUE VÔMITO NÃO administre álcool, azeite, óleo, laxante PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA IMEDIATAMENTE leve embalagem, rótulo e/ou FISPQ/MSDS Segurança Química em Laboratórios
  • 91. INTOXICAÇÃO QUÍMICA: PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ABSORÇÃO DÉRMICA RETIRE AS ROUPAS CONTAMINADAS LAVE A ÁREA AFETADA COM ÁGUA EM ABUNDÂNCIA e sabonete (15 minutos) NÃO UTILIZE POMADAS / GEL sem orientação médica NUNCA NEUTRALIZAR A SUBSTÂNCIA QUÍMICA SOBRE A PELE em caso de contato com os olhos, lavar com água em abundância e movimentar a íris em todas as direções e as pálpebras ! contato específico com HF, lavar com bastante água e utilizar pomada/injeção de sais de cálcio PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA IMEDIATAMENTE leve embalagem, rótulo e/ou FISPQ/MSDS Segurança Química em Laboratórios
  • 92. INTOXICAÇÃO QUÍMICA: PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA INALAÇÃO REMOVA A VÍTIMA PARA UM LOCAL VENTILADO MANTENHA A VÍTIMA EM REPOUSO MANTENHA AS VIAS AÉREAS LIVRES EM CASO DE PARADA RESPIRATÓRIA: aplicar respiração artificial PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA IMEDIATAMENTE leve embalagem, rótulo e/ou FISPQ/MSDS Segurança Química em Laboratórios