O documento discute obsessão e possessão de espíritos no corpo humano. A obsessão refere-se à influência negativa de um espírito sobre uma pessoa, enquanto a possessão envolve o espírito tomando temporariamente o controle físico do corpo. O documento classifica os diferentes tipos de obsessão e possessão e discute suas causas e sintomas.
Possessão, obsessão e fascinação segundo o Espiritismo
1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Livro Segundo:
Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos
2. Capítulo IX: Intervenção dos
Espíritos no Mundo Corporal
- Possessos
- Convulsionários
Questões 473 à 483
O Fantasma da Ópera
- Afeição dos Espíritos por certas
pessoas
3. 473 – Um Espírito pode, momentaneamente,
revestir o envoltório de uma pessoa viva, quer dizer,
se introduzir dentro de um corpo animado e agir em
lugar daquele que se encontra aí encarnado?
O Espírito não entra em um corpo como entras em
uma casa. Ele se afina com um Espírito encarnado
que tem os mesmos defeitos e as mesmas
qualidades para agir conjuntamente. Mas é sempre o
Espírito encarnado que age como quer sobre a
matéria da qual está revestido. Um Espírito não pode
se substituir àquele que está encarnado, porque o
Espírito e o corpo estão ligados até o tempo marcado
para o término da existência material.0
4. Evolução do conceito da posse física do encarnado:
Obsessão S
Fascinação
Subjugação
Possessão
POSSESSÃO: CARACTERÍSTICAS
1) Abr/1857 – LE, 1ª ed, Q.199
2) Mar/1860 – LE, 2ª ed, Q.473 e 474
3) Jan/1861 – LM, Cap. XXIII, item 241
4) Dez/1863 – RE
5) Abr/1864 – ESE, Cap. X, item 6
ESE, Cap. XXVIII, item 81
6) Jan/1868 –
GN, Cap. XIV,
Itens 47 à 49
5. “Temos dito que não havia possessos no sentido vulgar do
vocábulo, mas somente subjugados. Voltamos a esta
asserção absoluta porque agora nos é demonstrado que
pode haver verdadeira possessão, isto é, substituição, posto
que parcial, de um Espírito errante a um encarnado.” (Revista
Espírita - dezembro de 1863).
Na possessão, (...) o Espírito atuante (...) toma o corpo do
encarnado como seu domicílio, sem que, no entanto, esse
corpo seja abandonado pelo seu dono. (...) a possessão é
sempre temporária e em intervalos, pois um Espírito
desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de
um encarnado – pela razão de que a união molecular do
perispírito e do corpo só se pode operar no momento da
concepção. (A Gênese - capítulo XIV - item 47).
POSSESSÃO
6. De posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele
como se fosse o seu: fala pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera com
seus braços, conforme faria se estivesse vivo. Não é como na
mediunidade falante (psicofonia), em que o Espírito encarnado fala
transmitindo o pensamento de um desencarnado; no caso da possessão
é mesmo o último que fala e obra; quem o tenha conhecido em vida,
reconhece sua linguagem, a voz, os gestos e até a expressão da
fisionomia. (A Gênese - Capítulo XIV - item 47)
Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode
tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior
impressão nos ouvintes, toma de um encarnado, que voluntariamente
lhe empresta o corpo, como emprestaria sua roupa a outro encarnado.
Isso se verifica sem qualquer perturbação ou incômodo, durante o
tempo em que o Espírito encarnado se acha em liberdade, como no
estado de emancipação, conservando-se este último ao lado do seu
substituto para ouvi-lo. (A Gênese - capítulo XIV - item 48)
POSSESSÃO: CARACTERÍSTICAS
7. 474 – Se não há possessão propriamente dita, quer
dizer, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo,
a alma pode se encontrar na dependência de um
outro Espírito, de maneira a estar por ele subjugada
ou obsedada, a ponto que sua vontade esteja, de
alguma sorte, paralisada?
Sim, e esses são os verdadeiros possessos. Mas saiba
que essa dominação não se faz jamais sem a
participação daquele que a suporta, seja por sua
fraqueza, seja por seu desejo. Têm-se tomado,
frequentemente, por possessos os epilépticos ou os
loucos que têm mais necessidade de médico que de
exorcismo.
8. Allan Kardec:
A palavra possesso, em seu sentido vulgar, supõe a
existência de demônios, quer dizer, de uma
categoria de seres de natureza má, e a coabitação
de um desses seres com a alma no corpo de um
indivíduo. Posto que não há demônios nesse
sentido, e que dois Espíritos não podem habitar
simultaneamente o mesmo corpo, não há possessos
segundo a ideia ligada a essa palavra. A palavra
possesso não deve se entender senão como a
dependência absoluta em que a alma pode se
encontrar em relação a Espíritos imperfeitos que a
subjugam.
9. INTRODUÇÃO:
• Antiguidade
• Idade Média
• Século XIX
A obsessão corresponde a uma ideia recorrente ou fixa
que é negativa. A pessoa que passa por obsessão não se
sente satisfeito, sofre com o processo, sentindo uma
incompletude, bem como culpas, angústias, sensação de
falta, etc.
Nos bastidores da obsessão – Manoel P. de Miranda por Divaldo P. Franco
OBSESSÃ
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10. CONCEITO:
Trata-se do domínio que alguns espíritos podem adquirir
sobre certas pessoas (através da afinidade, da sintonia e
da simpatia). São sempre espíritos inferiores que
procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum
constrangimento. A obsessão apresenta caracteres
diversos que é necessário distinguir, e que resultam do
grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que
produzem”. (Livro dos Médiuns – Item nº 237).
“É a ação persistente que um Espírito exerce sobre
um indivíduo” podendo ir desde uma simples
influência moral (...) até a perturbação completa do
organismo (perturbações somáticas) e das
faculdades mentais. (A Gênese - capítulo XIV, item 45)
OBSESSÃ
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11. CAUSAS:
As causas da obsessão se alicerçam em nossas
imperfeições.
Da parte do obsessor (Espírito):
• Vingança de espíritos contra pessoas que lhes fizeram
sofrer nessa ou em vias anteriores;
• Desejo simples de fazer os outros sofrerem, por ódio,
inveja, covardia;
• Para usufruir dos mesmos condicionamentos que tinham
quando na vida física, induzem seus afins a cometê-los;
• Apegos às pessoas pelas quais nutriam grandes paixões
quando em vida;
• Por interesses em destruir, desunir, dominar, provocar o
mal, manter distúrbios, partindo de espíritos inteligentes
dos exércitos inferiores.
OBSESSÃ
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12. • A cabeça e mãos desocupadas;
• A palavra irreverente;
• A boca maledicente;
• A conversa inútil e fútil, prolongada;
• A atitude hipócrita;
• O gesto impaciente;
• A inclinação pessimista;
• A conduta agressiva;
• O apego demasiado a coisas e
pessoas;
• O comodismo exagerado;
• A solidariedade ausente;
• Tomar os outros por ingratos ou
maus;
• Considerar nosso trabalho
excessivo;
• O desejo de apreço e
reconhecimento;
• O impulso de exigir dos outros mais
do que de nós mesmos;
• Fugir para os vícios: jogo, álcool,
drogas, as perversões sexuais, etc;
• A vingança, o ciúme, a inveja, o ódio,
a cobiça, a ostentação, a
sensualidade, os xingamentos, etc.
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Da parte do obsediado:
Na visão de Emmanuel e Scheila, apresentadas através das obras
psicografadas por Francisco C. Xavier, as possíveis causas de obsessão são:
13. CLASSIFICAÇÃO:
Apesar da complexidade em que se dá o fenômeno obsessivo,
poderemos assim classificá-lo:
1. Quanto à forma de ação:
Ativa:
• O obsessor tem consciência do
seu ato, visando objetivos
específicos.
• Planeja, e às vezes, com
minúcias de detalhes, as ações
para prejudicar e envolver sua
“vítima.”
Passiva:
• O obsessor age sem plena
consciência, fruto de uma
simbiose fluídica.
• Poderá agir obedecendo
ordens de outro Espírito.
2. Quanto à localização:
Física:
• Manipulação de fluidos tóxicos
contra o perispírito do
obsidiado;
• Visa enfraquecer os seus
órgãos vitais promovendo as
doenças.
Psíquica:
• Atuação sobre os
pensamentos, atenção,
concentração, percepção,
emoções. (Lobo frontal -
responsável pelas funções
cognitivas superiores)
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14. 3. QUANTO À INTENSIDADE
a) SIMPLES:
- De pouca intensidade, mas desagradável;
- Não sendo neutralizada no seu início, poderá agravar-se;
- Certa imposição do Espírito imperfeito sobre alguém;
- Alguns dos sinais mais comuns: irritação - ciúme - inveja - ideia
de perseguição - ansiedade - doenças idiopáticas - vaidade –
arrogância.
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b) FASCINAÇÃO:
- A “vítima” não se crê enganada;
- Poderá aceitar conselhos ilógicos do Espírito obsessor.
- São praticadas por Espíritos hábeis, astutos, hipócritas;
- Inspiram os seus intérpretes a se distanciarem daqueles que
poderiam abrir-lhes os olhos.
CLASSIFICAÇÃO:
15. 3. QUANTO À INTENSIDADE
c) SUBJUGAÇÃO:
É uma pressão que paralisa a vontade daquele que a sofre, e o faz
agir a seu malgrado. A pessoa está sob um verdadeiro jugo. Poderá
ser:
- MORAL: - O subjugado é obrigado a tomar decisões
frequentemente absurdas e comprometedoras que, por uma
espécie de ilusão, ele julga sensatas.
- CORPORAL: - O indivíduo é constrangido a praticar os atos mais
ridículos possíveis, apesar de ter plena consciência do que faz, e
fá-lo contra a sua vontade.
- O Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos
involuntários (possessão).
O Livro dos Médiuns - Capítulo XXIII, itens 238 à 240
OBSESSÃ
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CLASSIFICAÇÃO:
16. 4. QUANTO AO TIPO
4.1. AUTO-OBSESSÃO – O indivíduo, ao tomar consciência dos seus
equívocos, passa a culpar- se; - Os conflitos interiores gerados
podem levá-lo a quadros depressivos; - Devido a sintonia com
mentes de igual desequilíbrio, doenças do sistema nervoso e
mesmo mentais poderão instalarem-se. ideias egoístas, de temor -
a imaginação fantasiosa - o misticismo doentio - as fixações
mentais persistentes - os diversos complexos - etc.
4.2. HETERO-OBSESSÃO – É um quadro que se caracteriza pela
influência de espíritos encarnados ou desencarnados junto a
outros seres que também podem estar em condições iguais. Este
processo pode ser ativo ou passivo, com ação direta no corpo físico
ou mental e sua intensidade pode variar de leve, moderada a
grave, dependendo o merecimento do Ser envolvido. Podemos
classificá-la em quatro situações:
OBSESSÃ
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CLASSIFICAÇÃO:
17. a) ENTRE ENCARNADOS: - É comum ocorrer em lares
domésticos (expiações); pais autoritários - mães e esposas
dominadoras - maridos desajustados e incompreensíveis -
filhos rebeldes – irmãos que não se compreendem.
Costumam ser reencontros de adversários de outras épocas.
Neles imperam: ciúme - inveja - ódio - raiva – intolerância.
b) DE ENCARNADOS PARA COM OS DESENCARNADOS: - É o
chamado insistente através do pensamento direcionado
àquele que partiu. É aquela ponte psíquica criada pelo
encarnado com bases fortes nas afinidades entre ambos. A
não aceitação do desencarne da pessoa próxima. São as:
lamentações - rezas descontroladas, excessivas - idolatria -
apego aos seus bens materiais.
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CLASSIFICAÇÃO:
18. c) DE DESENCARNADOS PARA COM OS ENCARNADOS – é a
interferência de espíritos desencarnados junto aos encarnados, em
função de ligações afetivas, paixões, ódios, vinganças, perseguição,
prazer de não fazer prevalecer o bem, etc., trazendo-lhes grandes
desarmonias, promovendo junto ao Ser, graves transtornos
mentais e distúrbios físicos de difícil recuperação.
d) DE DESENCARNADOS PARA COM OS DESENCARNADOS –No
mundo espiritual os seres se ligam em função das afinidades,
desejos e paixões, e a partir daí temos um grande número de
Espíritos que são dominados e escravizados por outros Espíritos.
Prepondera o domínio da mente mais astuta sobre as mais frágeis
e culpadas. As que são dominadas realizam os desejos e intenções
doentios de seus algozes.
OBSESSÃO RECÍPROCA – quando dois seres passam a viver em
verdadeira simbiose, em um regime de comunhão de pensamentos
e vibrações.
OBSESSÃ
O
CLASSIFICAÇÃO:
19. • Sensibilidade aumentada e choro compulsivo.
• Vida financeira destruída
• Relacionamentos conturbados
• Agressividade
• Julgar os outros e se sentir vítima
• Se envolver em fofocas
• Ver vultos, ouvir barulhos estranhos em casa
• Sentir angústias e pensamentos negativos que vem de
repente
• Vícios
• Sua vida mudou de forma inexplicável após a morte de
alguém
• Doenças recorrentes
OBSESSÃ
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SINTOMAS E DIAGNÓSTICO:
20. Tratamento Espiritual:
Seguindo os postulados de Jesus e os preceitos da Doutrina Espírita
podemos citar:
Passe – é uma técnica chamada fluidoterapia. É manipulação de fluidos,
retirando fluidos tóxicos e interpondo fluidos benéficos.
Água fluidificada – são introduzidos fluidos benéficos que prestarão sua
contribuição.
Reunião doutrinária – oportunidade para ouvir palestras edificantes, sob
todos os aspectos, levando assim ao crescimento moral e espiritual.
Evangelho no Lar – oportunidade de leitura do evangelho e a reflexão sob
o mesmo e as preces, permitindo o exercício da fé, o crescimento interior
e a vigilância do Ser em seus pensamentos, palavras e atos.
Reunião de desobsessão – a reunião tem por objetivo atender aos irmãos
necessitados, envolvidos no conflito.
Cirurgias ou terapias espirituais – são técnicas de grande valor para o
restabelecimento do Ser e que serão usadas em seu benefício, desde que
haja fé, merecimento e a vontade do Pai.
OBSESSÃ
O
TRATAMENTO:
21. Tratamento Médico e Terapêutico:
A Doutrina Espírita, aliada às Ciências Médicas, poderão se
entender, não se contradizendo, mas de mãos dadas,
caminhando juntas, buscando todos os recursos disponíveis
no sentido de abrandar o sofrimento do Ser. (O Evangelho Segundo
o Espiritismo, cap. I, item 8).
Convém deixar bem claro que o tratamento espiritual
oferecido na Casa Espírita não dispensa tratamento médico.
Portanto, as pessoas que necessitem de acompanhamento
médico, psiquiátrico ou psicológico devem permanecer
realizando seus tratamentos físicos visto que o atendimento
realizado na Casa Espírita se dá a nível espiritual podendo
produzir em conjunto com os tratamentos médicos melhorias
ao indivíduo, sendo importante deixar claro que devem
acontecer em paralelo.
OBSESSÃ
O
TRATAMENTO:
22. “os Espíritos inferiores não podem suportar o brilho e a impressão
dos fluidos mais etéreos. Não morreriam no meio desses fluidos
porque Espírito não morre, mas uma força instintiva os manteriam
afastados dali como a criatura terrena se afasta de um fogo muito
ardente ou de uma luz muito deslumbrante.” (A Gênese, cap. XIV, item 11)
É necessário que ocorra as transformações do Ser, visando as
melhores condições de seu campo eletromagnético.
Reconciliar-se com Deus, consigo, com seu corpo, com os
familiares, com os outros, com a sociedade, com os que já
partiram, com a natureza ...
Transformar o ódio em amor, a vingança em perdão, e humilhar-
se, para também ser perdoado.
Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas
trevas. (João 12:46)
OBSESSÃ
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CONSIDERAÇÕES FINAIS:
23. 475 – Pode-se, por si mesmo, afastar os maus Espíritos e
se libertar de sua dominação?
Pode-se sempre sacudir um jugo, quando se tem vontade
firme.
24. 476 – Não pode acontecer que a fascinação exercida pelo
mau Espírito seja tal que a pessoa subjugada não a
perceba? Então, uma terceira pessoa pode fazer cessar a
sujeição? Nesse caso, que condição deve ela empregar?
Se é um homem de bem, sua vontade pode ajudar,
apelando pelo concurso dos bons Espíritos, porque quanto
mais se é um homem de bem, mais se tem poder sobre os
Espíritos imperfeitos para os afastar, e sobre os Espíritos
bons, para os atrair. Entretanto, seria incapaz se aquele
que está subjugado não consentir nisso. Existem pessoas
que se alegram em uma dependência que agrada aos seus
gostos e aos seus desejos. Em todos os casos, aquele cujo
coração não é puro, não pode ter nenhuma influência; os
bons Espíritos o abandonam e os maus não o temem.
25. 477 – As fórmulas de
exorcismo têm alguma
eficácia sobre os maus
Espíritos?
Não, quando esses Espíritos
veem alguém tomar a coisa
a sério, riem e se obstinam.
26. 478 – Há pessoas animadas de
boas intenções e que não são
menos obsedadas; qual é o
melhor meio de se livrar dos
Espíritos obsessores?
Cansar sua paciência, não tomar
conhecimento de suas sugestões,
mostrar-lhes que perdem seu
tempo; então, quando veem que
não têm nada a fazer, eles se vão.
27. 479 – A prece é um meio eficaz para curar a obsessão?
A prece é um poderoso socorro em tudo; mas, crede bem,
não basta murmurar algumas palavras para obter o que se
deseja. Deus assiste aqueles que agem e não aqueles que
se limitam a pedir. É necessário, pois, que o obsidiado faça,
a seu turno, aquilo que é necessário para destruir, em si
mesmo, a causa que atrai os maus Espíritos.
28. • Não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto.
• Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade
das palavras que sereis escutados, mas pela
sinceridade delas. (Mt 6:5-8)
• Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra
alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser
agradável a Deus, se não parte de um coração
purificado de todo sentimento contrário à caridade.
(Mc 11:25-26)
• Orai com humildade.
• Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades
e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há
em vós de mau. (Lc 18:9-14)
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 4
PEDI E OBTEREIS
Jesus definiu claramente as qualidades da prece:
29. 480 – Que pensar da expulsão dos demônios, de que
fala o Evangelho?
Isso depende da interpretação. Se chamais demônio a
um mau Espírito que subjugue um indivíduo, quando a
sua influência for destruída, ele será verdadeiramente
expulso. Se atribuís uma doença ao demônio, quando
houverdes curado a doença direis, também, que
expulsastes o demônio. Uma coisa pode ser
verdadeira ou falsa segundo o sentido que se der às
palavras. As maiores verdades podem parecer
absurdas quando não se olha senão a forma, e quando
se toma a alegoria pela realidade. Compreendei bem
isto e o guardai, pois é de uma aplicação geral.
31. 481 – Os Espíritos exercem um papel nos fenômenos
que se produzem nos indivíduos designados sob o
nome de convulsionários?
Sim, um papel muito grande, assim como o
magnetismo, que lhe a fonte primeira. Todavia, o
charlatanismo, frequentemente, tem explorado e
exagerado esses efeitos, o que os tem feito cair no
ridículo.
481.a) De que natureza são, em geral, os Espíritos
que concorrem para essa espécie de fenômenos?
Pouco elevada. Credes que os Espíritos superiores se
divertem com semelhantes coisas?
32. 482 – Como o estado anormal dos
convulsionários e dos que sofrem
crises pode acontecer subitamente
em toda uma população?
Efeito simpático; as disposições
morais se comunicam muito
facilmente em certos casos. Não
estais tão alheios aos efeitos
magnéticos para não compreender
isso e a parte que certos Espíritos
devem nisso tomar por simpatia
àqueles que os provocam.
33. Allan Kardec:
Entre as faculdades estranhas que se distinguem nos
convulsionários, reconhecem-se sem dificuldade as
que o sonambulismo e o magnetismo oferecem
numerosos exemplos: tais são, entre outras, a
insensibilidade física, o conhecimento do
pensamento, a transmissão simpática das dores, etc.
Não se pode, pois, duvidar que os que sofrem crises
estejam em uma espécie de sonambulismo desperto,
provocado pela influência que exercem uns sobre os
outros. Eles são, ao mesmo tempo, magnetizadores e
magnetizados, sem o saberem.
34. 483 – Qual é a causa da insensibilidade
física que se nota, seja em certos
convulsionários, seja em outros
indivíduos submetidos às torturas
mais atrozes?
Em alguns é um efeito exclusivamente
magnético que age sobre o sistema
nervoso, da mesma forma que certas
substâncias. Em outros, a exaltação do
pensamento enfraquece a
sensibilidade, porque a vida parece
retirar-se do corpo para se transportar
ao Espírito. Não sabeis que quando o
Espírito está fortemente preocupado
com uma coisa, o corpo não sente, não
vê e não ouve nada?
35. Allan Kardec:
A exaltação fanática e o entusiasmo oferecem,
frequentemente, nos suplícios, o exemplo de uma calma e de
um sangue-frio que não triunfariam de uma dor aguda se não
se admitisse que a sensibilidade se encontra neutralizada por
uma espécie de efeito anestésico. Sabe -se que no calor do
combate a pessoa não se apercebe, frequentemente, de um
ferimento grave, enquanto que, em circunstâncias ordinárias,
uma arranhadura a faria estremecer.
Visto que esses fenômenos dependem de uma causa física e
da ação de certos Espíritos, pode-se perguntar como ele pôde
depender da autoridade para cessar em certos casos. A razão
é simples. A ação dos Espíritos não é aqui senão secundária;
eles não fazem mais que aproveitar uma disposição natural. A
autoridade não suprimiu essa disposição, mas a causa que a
entretinha e exaltava; de ativa passou a latente, e tinha razão
de agir assim, porque resultava abuso e escândalo. Sabe-se,
de resto, que essa intervenção nenhum poder tem quando a
ação dos Espíritos é direta e espontânea.
36. CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC”
Rua Ormindo P. Amorim, nº 1.516
Bairro: Jardim Marajó
Rondonópolis - MT
37. CRÉDITOS:
Formatação: Marta Gomes P. Miranda
Referências:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras –
SP: IDE, 2009. Pág. 168 à 140.
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução
de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução De Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras –
SP: Ide, 2008.
XAVIER, Chico. Missionários da Luz. 43ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna. 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito A. Luiz
XAVIER, Chico. No Mundo Maior. 28ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Libertação. 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Entre a Terra e o Céu. 27ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Esp. André Luiz.
XAVIER, Chico. Nos Domínios Da Mediunidade. 36ª Ed. Brasília: Feb, 2018. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico & Vieira, Waldo. Mecanismos Da Mediunidade. 28ª Ed. Brasília: Feb,
2018. Pelo Espírito André Luiz.
PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Rio De Janeiro: FEB, 2009.
TAVARES, Clovis. Mediunidade dos Santos. 1.ª ed. Brasília: FEB, 2012.
https://espirito.org.br/artigos/possessao-3/
http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/revista-espirita-1863.pdf