2.
Conceito de método
Uma ciência é caracterizada pela utilização de um ou
mais métodos científicos, no entanto nem todo ramo
de estudo que aplicam esse método são ciências.
Logo podemos concluir que, a utilização de métodos
científicos não é exclusividade da ciência, mas não há
ciência sem métodos científicos.
Desta maneira podemos definir método como o
conjunto de atividades sistemáticas e racionais que,
permiti alcançar o objetivo.
3.
Desenvolvimento
histórico do método
A vontade de descobrir e de explicar os eventos da natureza vem
desde os primórdios da humanidade, na época as duas
principais questões referiam-se a força da natureza e a morte,
varias hipóteses foram criadas, mas logo veio o conhecimento
religioso para explicar tais acontecimentos, então o caráter
sagrado das leis, da verdade e do conhecimento como
explicações sobre o homem e o universo determina uma
aceitação sem critica dos mesmos.
O conhecimento filosófico por seu lado voltasse para a
investigação racional. Através da compreensão da forma e das
leis da natureza.
Com esses dois conhecimentos aliados, o homem conseguiu se
orientar em relação as preocupações relacionadas ao universo.
4.
Desenvolvimento
histórico do método
Apenas no século XVI que começou a existir linhas de
pesquisas sobre tais questões, embasado em maiores
garantias e na procura real do conhecimento. Onde
através da observação cientifica aliada ao raciocínio,
era tentado explicar os acontecimentos.
Com o passar dos tempos, muitas modificações foram
feitas nos métodos já existentes e foram criados novos
métodos, onde mais adiante os tipos de métodos
serão citados.
Para um método ou a teoria da investigação, segundo
Bunge, alcançar seus objetivos, é preciso cumprir os
seguintes passos:
5.
Desenvolvimento
histórico do método
A - Descobrimento do problema: Devesse verificar se o
problema está claro, caso não esteja passe para próxima
etapa, caso esteja passe para a subsequente (“c”).
B - Colocação precisa do problema: Nesta etapa é preciso
esmiuçar melhor o problema, para que ele fique claro o
bastante para seu estudo.
C - Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes
ao problema: É a etapa onde você ira reunir todos os seus
conhecimentos e as ferramentas possíveis para resolver o
problema.
D - Tentativa de solução do problema com o auxíio dos
meios identificados: Se sua tentativa obtiver sucesso passe
para etapa subsequente, caso fracasse passe para próxima
etapa.
6.
Desenvolvimento
histórico do método
E - Invenção de novas ideias: Deverá estudar mais e adquirir
mais instrumentos para a resolução do problema em questão.
F - Obtenção de uma solução: Com a ajuda do conhecimento e
as ferramentas reunidas ira achar a solução para o problema
(EXATA OU APROXIMADA).
G - Investigação das consequências da solução obtida: Será
preciso um estudo das consequências da sua solução.
H - Prova ou comprovação da solução: Será a comprovação da
sua solução na pratica, caso o resultado seja satisfatório a
pesquisa é dado com concluída, caso não, passe para a próxima
etapa.
I - Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados
empregados na obtenção da solução incorreta: Ou seja, você
terá que verificar todas suas teorias e hipóteses formuladas, ate
achar o possível erro de sua solução, logo será o recomeço de um
novo ciclo de investigação.
7.
Método indutivo
Indução é um raciocínio que, após considerar um número
suficiente de casos particulares, suficientemente constatados,
infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes
examinadas.
8.
Método Indutivo
Ou seja, seu objetivo é levar conclusões com um
conteúdo mais amplo quando comparadas a
premissas que se basearam inicialmente.
Importante salientar que, tanto o argumento dedutivo
quanto o indutivo estão fundamentadas em
premissas. No entanto, o primeiro, as premissas
verdadeiras levam á conclusão inevitavelmente
verdadeira, já no segundo conduzem apenas
conclusões prováveis .
9.
Método Indutivo
Exemplos:
EX1
O corvo 1 é negro. (Caso Particular)
O corvo 2 é negro. (Caso Particular)
O corvo 3 é negro. (Caso Particular)
O corvo n é negro. (Caso Particular)
(todo) corvo é negro. (Verdade Geral)
EX2
Cobre conduz energia. (Caso Particular)
Zinco conduz energia. (Caso Particular)
Cobalto conduz energia. (Caso Particular)
Ora, cobre, zinco e cobalto são metais. (Caso Particular)
Logo, (todo) metal conduz energia. (Caso Particular)
10.
Conclusões sobre o método
indutivo
De premissas que encerram informações acerca de casos ou
acontecimentos observados, passa-se para uma conclusão que
contém informações sobre casos ou acontecimentos não
observados;
Passa-se pelo raciocínio, dos indícios percebidos, a uma realidade
desconhecida por eles revelada;
O caminho de passagem vai do especial ao mais geral, dos
indivíduos às espécies, das espécies ao gênero, dos fatos às leis ou
das leis especiais às leis mais gerais;
a extensão dos antecedentes é menor do que a da conclusão, que é
generalizada pelo universalizante "todo", ao passo que os
antecedentes enumeram apenas "alguns“ casos verificados;
quando descoberta uma relação constante entre duas propriedades
ou dois fenômenos, passa-se dessa descoberta à afirmação de uma
relação essencial e, em consequência, universal e necessária, entre
essas propriedades ou fenômenos.
11.
A Indução se realiza em
3 etapas
1. Observação dos fenômenos: São observados os fatos
ou fenômenos e posteriormente analisados, com a
finalidade de descobrir as causas de sua manifestação.
2. Descoberta da relação entre eles: Usa-se a
comparação para aproximar os fatos ou fenômenos,
com a finalidade de descobrir a relação constante que
existe entre eles.
3. Generalização da relação: nessa última etapa
generalizamos a relação encontrada na precedente,
entre os fenômenos e fatos semelhantes, muitos dos
quais ainda não observamos (e muitos inclusive
inobserváveis).
12.
Exemplo
Observo que Pedro, José, João etc. são mortais;
verifico a relação entre ser homem e ser mortal;
generalizo dizendo que todos os homens são mortais:
Pedro, José, João ... são mortais.
Ora, Pedro, José, João ... são homens.
Logo, (todos) os homens são mortais.
ou,
O homem Pedro é mortal.
O homem José é mortal.
O homem João é mortal.
(todo) homem é mortal.
13.
Observações
Para não cometer equívocos é necessário certificasse
de que é verdadeiramente essencial a relação que se
deseja generalizar;
Assegurar-se de que os fatos ou fenômenos sejam
idênticos;
Não perder de vista o aspecto quantitativo dos fatos
ou fenômenos, pois a ciência é primordialmente
quantitativa tendo um tratamento objetivo ,
matemático e estatístico.
14.
Formas de indução
A indução apresenta duas formas:
Completa ou formal, estabelecida por Aristóteles. Ela
não induz de alguns casos, mas de todos, sendo que
cada um do elementos inferiores é comprovado pela
experiência.
Exemplo:
Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e
domingo têm 24 horas.
Ora, Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e
domingo são dias da semana.
Logo, todos os dias da semana têm 24 horas.
15.
Incompleta ou científica, criada por Galileu e
aperfeiçoada por Francis Bacon. Fundamenta-se na
causa ou na lei que rege o fenômeno ou fato,
constatada em um número significativo de casos,
mas não em todos.
Exemplo:
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno não tem brilho próprio.
Ora, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno são planetas.
Logo, todos os planetas não têm brilho próprio.
Formas de indução
16.
Formas de indução
Para Souza, a força indutiva dos argumentos por enumeração
tem como justificativa os seguintes princípios:
a) Quanto maior a amostra, maior a força indutiva do
argumento;
b) Quanto mais representativa a amostra, maior a força
indutiva do argumento;
Casos em que problemas de amostra interferem na
legitimidade da interferência:
- Amostra Insuficiente: ocorre a falácia da amostra
insuficiente quando a generalização indutiva é feita a partir
de dados insuficientes para sustentar a generalização.
- Amostra Tendenciosa: a falácia da estatística tendenciosa
ocorre quando uma generalização indutiva se baseia em uma
amostra não representativa da população.
17.
Método dedutivo
É a modalidade de raciocínio lógico que faz uso da dedução para
obter uma conclusão a respeito de determinada premissa.
18.
Diferença dos Métodos
DEDUTIVOS
I. Se todas as premissas são
verdadeiras, a conclusão deve
ser verdadeira.
II. Toda a informação ou
conteúdo fatual da conclusão
já estava, pelo menos
implicitamente, nas
premissas.
INDUTIVOS
I. Se todas as premissas são
verdadeiras, a conclusão é
provavelmente verdadeira,
mas não necessariamente
verdadeira.
II. A conclusão encerra
informação que não estava,
nem implicitamente, nas
premissas.
Portanto é um argumento no qual a forma lógica válida garante a
verdade da conclusão se as premissas forem verdadeiras.
Segundo Salmon (1978:30-1), as duas características básicas que
distinguem os argumentos dedutivos dos indutivos são:
19.
Exemplo Método
Dedutivo
DEDUTIVO
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.
INDUTIVO
Todos os cães que foram observados tinham um coração.
Logo, todos os cães têm um coração.
20.
Características dos
Métodos
Característica I: No argumento dedutivo, para que a
conclusão "todos os cães têm um coração" fosse falsa,
uma das ou as duas premissas teriam de ser falsas: ou
nem todos os cães são mamíferos ou nem todos os
mamíferos têm um coração. Por outro lado, no
argumento indutivo é possível que a premissa seja
verdadeira e a conclusão falsa: o fato de não ter, até o
presente, encontrado um cão sem coração, não é
garantia de que todos os cães têm um coração.
21.
Características dos
Métodos
Característica 2: Quando a conclusão do argumento
dedutivo afirma que todos os cães têm um coração, está
dizendo alguma coisa que, na verdade, já tinha sido dita
nas premissas; portanto, como todo argumento dedutivo,
reformula ou enuncia de modo explícito a informação já
contida nas premissas. Dessa forma, se a conclusão, a rigor,
não diz mais que as premissas, ela tem de ser verdadeira se
as premissas o forem. Por sua vez, no argumento indutivo,
a premissa refere-se apenas aos cães já observados, ao
passo que a conclusão diz respeito a cães ainda não
observados; portanto, a conclusão enuncia algo não
contido na premissa. É por este motivo que a conclusão
pode ser falsa, pois pode ser falso o conteúdo adicional que
encerra, mesmo que a premissa seja verdadeira.
22.
Classificação dos
Métodos
Dois exemplos, também tomados de Salmon, ilustram
sua aplicação significativa para o conhecimento
científico:
A relação entre a evidência observacional e a
generalização científica é de tipo indutivo. As várias
observações destinadas a determinar a posição do
planeta Marte serviram de evidência para a primeira
lei de Kepler, segundo a qual a órbita de Marte é
elíptica.
Por sua vez, os argumentos matemáticos são
dedutivos.
23.
Argumentos
Condicionais
Dentre as diferentes formas de argumentos
dedutivos, as duas que são mais encontradas são
“afirmação do antecedentes” e a denominada
“negação do consequente”.
24.
Afirmação do
Antecedente
Denomina-se "afirmação do antecedente", porque a
primeira premissa é um enunciado condicional, sendo
que a segunda coloca o antecedente desse mesmo
condicional. A conclusão é o consequente da primeira
premissa.
Ex.:
Se José tirar nota inferior a 5, será reprovado.
José tirou nota inferior a 5.
José será reprovado.
25.
Negação do
Consequente
A denominação de "negação do consequente", para
este tipo, deriva do fato de que a primeira premissa é
um condicional, sendo a segunda uma negação do
consequente desse mesmo condicional.
Ex.:
Se a água ferver, então a temperatura alcança 100°.
A temperatura não alcançou 100°.
Então, a água não ferverá.
26.
Método
hipotético-dedutivo
Este método é uma das formas mais clássicas e importantes do
método científico. Foi consagrado pela filosofia e pela ciência
ocidental e fixou-se no cotidiano e de muitas pessoas que se
dedicam à produção do conhecimento científico.
27. Karl Raimund Popper
Foi um filósofo da ciência, austríaco, naturalizado britânico. É
considerado por muitos como o filósofo mais influente do século
XX a tematizar a ciência.
28.
Segundo Popper:
Método
hipotético-dedutivo
P1 TT EE P2
P1 - Problema observado
TT - Teoria-tentativa
EE - Eliminação de erro
P2 - Novos problemas
“Eu gostaria de resumir este esquema dizendo que a ciência começa e
termina com problemas.”
29.
Popper teve como influência o pensamento de
Descartes, buscando recuperar a discussão do que é
científico a partir da linguagem matemática .
Em 1975, definiu o método científico como modo
sistemático e cíclico de explicar um grande número de
ocorrências . Estabeleceu o método hipotético-dedutivo
como um método que procura um solução, através de
tentativas e eliminação de erros.
Método
hipotético-dedutivo
30.
As etapas do método podem ser expressa da
seguinte maneira:
Popper e a investigação:
A metodologia hipotética-dedutiva
OBSERVAÇÃO
PROBLEMA
CONJECTURAS
FALSEAMENTO
31.
A observação não é feita no vácuo. Tem papel
decisivo na ciência, mas toda observação é precedida
por um problema, uma hipótese ou algo teórico.
A observação é a identificação da área de interesse
da investigação e com a formulação do problema em
termos mais genéricos.
Fenômenos observáveis
primários
32. É onde se formula uma ou mais hipóteses a partir
das teorias já existentes. Para os empiristas, em
primeiro lugar deve-se observar a realidade após o
que se deve formular um determinado problema. Ou
seja, os problemas surgem com a vivência e
experiência da realidade prática. Toda investigação
nasce de algum problema teórico/prático observado.
Este dirá o que é relevante ou irrelevante observar,
os dados que devem ser selecionados. Esta seleção
exige uma hipótese, conjectura e/ou suposição, que
servirá de guia ao pesquisador.
Problema
33.
Formulado o problema deve-se, então, estabelecer
uma solução para ele a partir de dedução de
consequências na forma de preposições passíveis de
teste. “Se... Então”.
Verificando-se que o antecedente ("se") é verdadeiro,
também o será forçosamente o conseqüente ("então"),
isto porque o antecedente consiste numa lei geral e o
conseqüente é deduzido dela.
A conjectura é lançada para explicar ou prever
aquilo que despertou nossa curiosidade intelectual
ou dificuldade teórica e/ou prática.
Conjectura
34. Exemplo: Se - sempre que
- um fio é levado a
suportar um peso que
excede àquele que
caracteriza a sua
resistência à ruptura, ele se
romperá (lei universal); o
peso para esse fio é de um
quilo e a ele foram presos
dois quilos. Deduzimos:
este fio se romperá .
35.
Nesta etapa realizam-se os testes que consistem em
tentativas de falseamento, de eliminação de erros.
Um dos meios de teste, que não é o único, é a
observação e experimentação. Consiste em falsear,
isto é, em tornar falsas as conseqüências deduzidas
ou deriváveis da hipótese.
Falseamento
36. Mário Augusto Bunge
É um físico, filósofo da ciência e humanista argentino, defensor do
realismo científico e da filosofia exata.
37. Segundo Bunge: O método científico é falível, o qual
produz a impossibilidade de estabelecer regras
permanentes, além disso o método científico não
produz automaticamente o saber, senão que leva
todo um processo de investigação que trata de
compreender a variedade de habilidades e de
informações. Bunge propôs o seguinte esquema:
• Colocação do problema: Reconhecimento dos fatos,
descoberta do problema, e formulação do problema;
• Construção do modelo teórico: Seleção de padrões
pertinentes, invenção de hipótese centrais (tradução
a uma linguagem matemática, enunciado de leis);
Método
hipotético-dedutivo
38.
Dedução de técnicas particulares: Busca de suportes
racionais e empíricos;
Teste das hipóteses: Desenho da prova, execução da
prova, elaboração dos dados, inferência da
conclusão;
Introdução das conclusões na teoria: Comparação
das conclusões com as predições, reajuste do modelo
se necessário e sugestões para trabalhos posteriores;
Método
hipotético-dedutivo
39.
A ciência para que seja considerada como tal deve
ser verificável, no entanto nem toda a informação
é verificável, o não verificável são definições
nominais e afirmações sobre fenômenos naturais; em
definitiva a verificação torna mais exato o
significado.
Método
hipotético-dedutivo
40. 1. Observação - Realidade Empírica
2. Formulação vaga do problema
3. Observação Científica - Revisão da literatura e informação
4. Formulação Rigorosa do Problema
5. Desenvolvimento de Hipóteses
- Elaboração do Design de Investigação (Sujeitos+Variáveis)
- Hipóteses e respectivas previsões
6. Apresentação dos Resultados
- Interpretação e análise dos dados recolhidos
- Testabilidade e Falsicabilidade (ou não) das hipóteses
7. Discussão dos resultados
- Confronto com a literatura existente
- Resposta ao problema formulado
8. Contributo original para a ciência
Estrutura para investigação utilizando a
metodologia hipotético-dedutiva
41.
Método dialético
A filosofia descreve a realidade e a reflete, portanto a dialética
busca, não interpretar, mas refletir acerca da realidade.
42.
É o conjunto das atividades sistemáticas e racionáis
que, com maior segurança e economia, permite
alcançar um objetivo, traçando o caminho a ser
seguido, detectando erros e auxiliando as decisões
do cientista.
(LAKATOS; MARCONI. 2010, PG.81)
MÉTODO
43.
Dialética
É a investigação através da contraposição de
elementos conflitantes e a compreensão do papel
desses elementos em um fenômeno. O pesquisador
deve confrontar qualquer conceito tomado como
“verdade” com outras realidades e teorias para se
obter uma nova conclusão, uma nova teoria. Assim,
a dialética não analisa o objeto estático, mas
contextualiza o objeto de estudo na dinâmica
histórica, cultural e social.
45.
MARXISMO
fil no marxismo, versão materialista da dialética
hegeliana aplicada ao movimento e às contradições de
origem econômica na história da humanidade.
MATERIALISMO DIALÉTICO: Concepção filosófica.
46.
A leis da dialética
Os diferentes autores que interpretaram a dialética
materialista não estão de acordo quanto ao número
de leis fundamentais do método dialético. Quanto à
denominação e à ordem de apresentação, estas
também variam.
47.
As quatro leis
fundamentais
1. Ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona;
2. Mudança dialética, negação da negação ou “tudo se
transforma”;
3. Passagem da quantidade à qualidade ou mudança
qualitativa;
4. Interpenetração dos contrários, contradição ou luta
dos contrários.
48.
1ª Lei fundamental
Compreende como um de processos.
Engels: "grande ideia fundamental segundo a qual o mundo
não dever ser considerado como um complexo de coisas
acabadas, mas como um complexo de processos em que as
coisas, na aparência estáveis, do mesmo modo que os seus
reflexos intelectuais no nosso cérebro, as ideias, passam por
uma mudança ininterrupta de devir e decadência”
Stalin: “O dialético considera que nenhum fenômeno da
natureza pode ser compreendido, quando encarado
isoladamente, fora dos fenômenos circundantes...”
Politzer: (Mola e Planta)
Todas as coisas implicam um processo;
Todos os aspectos da realidade prendem-se por laços
necessários e recíprocos.
49.
2ª Lei fundamental
Todo movimento, transformação ou desenvolvimento
opera-se por meio das contradições ou mediante a negação
de uma coisa. A dialética é a negação da negação.
Tese Ponto de Partida;
Antítese Ponto de Partida;
Síntese Ponto de Partida;
Sendo a última obtida por meio de uma dupla negação.
O processo da dupla negação engendra novas coisas ou
propriedades: uma nova forma que suprime e contém, ao mesmo
tempo, as primitivas propriedades.
Lei do pensamento:
50.
3ª Lei fundamental
Engels: “Em certos graus de mudança quantitativa,
produz-se, subitamente, uma conversão qualitativa”
(Água e Nota)
A mudança das coisas não pode ser indefinidamente
quantitativa: transformando-se, em determinado
momento sofrem mudança qualitativa.
Quantidade e qualidade de forma gradual.
51.
4ª Lei fundamental
Ideia de que tudo tem a ver com tudo, que os lados
que se opõem, são na verdade uma unidade, na qual
um dos lados prevalece.
Contradição interna;
Contradição inovadora;
Unidade dos contrários.
52.
Interna
Toda realidade é movimento e não há movimento
que não seja consequência de uma luta de contrários,
de sua contradição interna.
(Essência)
Onde são gerados os movimentos e o
desenvolvimento das coisas.
53.
Inovadora
Não basta constatar o caráter interno da contradição.
É necessário frisar essa contradição. É necessário,
ainda frisar que essa contradição é a luta entre o
velho e o novo.
(amadurecimento).
54.
Unidade
A contradição encerra dois termos que se opõem:
para isso, é preciso que seja uma unidade, a unidade
dos contrários.
(Dia e Noite)