Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
A criança autista pdf
1. AUTISMO
A criança Autista
As definições acerca do autismo são várias, passo de seguida a enunciar uma
delas, referindo também alguns traços gerais sobre o mesmo.
O autismo consiste num problema neurológico que se caracteriza por um
decréscimo da comunicação e das interacções sociais.
A criança autista é considerada única e não deixa de passar por todas as etapas
da vida como qualquer outro ser humano. O autismo não é causado por factores de
ordem psicológica, é considerada uma deficiência e não uma doença mental. O aluno
portador de autismo é considerado um aluno com necessidades educativas especiais.
A fisionomia destas crianças é normal, porém apresentam uma expressão facial
vazia. Normalmente têm um Q.I (quo eficiente de inteligência) abaixo da média, mas
não pode ser definido com uma forma de retardo mental.
O problema central dos autistas centra-se em três áreas essenciais:
Interacção social
Imaginação
Comunicação
Memorização de rotinas
Áreas fortes dos autistas
Processamento visual
No que se refere às características demonstradas pelos portadores de autismo,
pode-se destacar as seguintes:
Em Bebé
Demonstrar Indiferença
Falta de interesse pelas pessoas
Não dar respostas
Pode ter problemas de alimentação
2. AUTISMO
Não procurar contacto ocular
Até aos 12 meses
Aparecimento de comportamentos repetitivos, restritivos ou
estereotipados (bater palmas, abanar a cabeça…)
Pode ter interesse obsessivo por um determinado brinquedo ou objecto
Pode tardar em andar
Até aos 24 meses
Manifestar ausência ou dificuldade de comunicação verbal ou gestual
A linguagem pode tardar ou não aparecer
A criança pode não manifestar interesse pelas actividades que requerem a
sua autonomia
Pode dar respostas inadequadas aos estímulos sensoriais
Depois dos 2 anos
Pode não brincar normalmente
Os problemas cognitivos especialmente de linguagem são perceptíveis
Fala utilizando padrões repetitivos e não usa “sim” ou “não”, inverte
pronomes
Período dos 3 aos 6 anos
Etapa mais difícil para a criança e para os pais, pois a deficiência manifesta-
se claramente
Podem aparecer comportamentos agressivos
Dos 6 anos à adolescência
Os comportamentos mais perturbadores tendem a diminuir, mas o autismo
permanece ate ao fim da vida
3. AUTISMO
Em sumo em termos gerais as características típicas dos autistas são:
Dificuldade quanto ao relacionamento com os outros
Incapacidade de estabelecer interacções sócias
Intolerância ao contacto físico
Dependência de rotinas e resistência à mudança
Comportamentos compulsivos
Repetição de palavras proferidas por outros (ecolalia)
…
Tendo em conta tudo o que referi anteriormente, e tendo como ponto fulcral a
individualidade de cada um, importa ressalvar a importância de realizar um bom
diagnóstico à criança autista, este só será eficaz se for realizado por equipa
interdisciplinar de profissionais, recurso à anamnese (historia de vida familiar, escolar)
realização de testes, entre outros. Tendo em conta o diagnóstico traça-se um plano de
Intervenção. Esta deve ter como objectivo fundamental tornar o individuo o mais
independente possível em todas as áreas de actuação.
No que se refere à Intervenção, é importante referir que já existem alguns
programas pré-definidos e que são muito utilizados, são eles:
TEACCH – tratamento e educação para crianças autistas e com
distúrbios de comunicação
ABA – análise aplicada do comportamento
PECS – sistema de comunicação através da troca de figuras
Existem também algumas técnicas que são bastante reconhecidas e utilizadas,
que passo de seguida a citar:
FC – comunicação facilitada
O uso do computador
AIT – integração auditiva
SI – integração sensorial
4. AUTISMO
As terapias complementares são igualmente importantes neste processo de
intervenção. Estas terapias ajudam a criança a atenuar algumas lacunas a nível das
condutas de afeição, da interacção e reciprocidade.
Alguns exemplos de terapias complementares:
Psicomotricidade
Grafo motricidade
Musicoterapia
Técnicas de relaxamento
Massagem
Balneoterapia
Terapia ocupacional
Equoterapia
Além destes métodos de intervenção já definidos e elaborados, o
Psicopedagogo de seguida apresenta em traços gerais alguns meios de Intervenção.
No que se refere aos professores
Curriculum adaptado – PEI programa educativo individualizado
Inclusão em classes regulares
Planos de comportamento, ao controlo positivo do comportamento
Definição de Regras claras
O professor tem que realizar a sua avaliação baseada em objectivos
Rotinas específicas
Organização dos espaços materiais e actividades
…
No que diz respeito aos pais algumas estratégias a seguir
Frequentar locais públicos com o seu filho
Trabalhar a independência do seu educando (vestir, comer, beber, lavar
os dentes…)
Estabelecer rotinas que facilitem a organização do seu filho
5. AUTISMO
Em suma estas crianças têm características muito especiais e particulares, e
como tal o modo como intervimos deve ser muito bem delineado e pensado.
Autoria Helena Dias