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Autismo, aprendizagem e
       inclusão

  É preciso amor pra poder pulsar




                          Eugênio Cunha
O que é o autismo?

O autismo agrupa um conjunto
  de comportamentos numa
  tríade principal:
1. comprometimentos
   qualitativos na comunicação,
2. dificuldades na interação
   social,
3. atividades restrito-repetitivas.
Ainda não se pode dizer com
absoluta certeza as causas do
          autismo.
Sabe-se, no entanto, que não possui origem
   ambiental, como se acreditou durante
                muitos anos.
Pode aparecer nos primeiros anos de vida ou durante o
período do desenvolvimento da criança. Normalmente, os
 sintomas se tornam aparentes por volta da idade de três
   anos. Alguns números relatam que a taxa média de
  prevalência do Transtorno Autista é de cerca 15 casos
    por 10.000 indivíduos, sendo mais comum entre os
                        meninos.
Leo Kanner, psiquiatra austríaco,
naturalizado americano, publicou as
primeiras pesquisas relacionadas ao
         autismo em 1943.




    Na Alemanha, em 1944, o
     pediatra Hans Asperger
 desenvolveu uma tese expondo
      um conjunto de sinais
  semelhantes aos descritos por
 Kanner em crianças na idade de
            três anos.
Ainda que não exista total clareza a
 respeito do autismo, precisamos
    educar esses aprendentes.
Como podemos identificar
   o comportamento
      autístico ?


Alguns sinais visíveis na
       criança:
   Isolar-se das pessoas.
   Não manter contato visual.
   Agir como se fosse surda.
   Birras.
   Não aceitar mudança de rotina.
   Hiperatividade física.
   Calma excessiva.
   Apego e manuseio não
    apropriado de objetos.
   Movimentos circulares no corpo.
   Sensibilidade a barulhos.
   Estereotipias.
   Ecolalias.
A atuação dos
 profissionais da escola
é fundamental, uma vez
  que muitos casos de
      autismo foram
       percebidos
    primeiramente no
   ambiente escolar.
Cuidados na alimentação
  Pesquisas na área da bioquímica nutricional
     revelam danos potenciais causados por
alimentos que contêm caseína, glúten, açúcar e
    metais pesados como o mercúrio que se
  encontra no meio-ambiente e em vacinas. A
  alergia alimentar e outros alergênicos, assim
  como os efeitos tóxicos de alguns alimentos,
        podem alterar o comportamento.
A observação é
  extremamente
    relevante na
    educação do
autista. É o primeiro
    passo para a
  aprendizagem.
É importante observar e investigar o
       contexto dos comportamentos
   inadequados e as suas razões. Para
tanto, é pertinente responder às seguintes
                 perguntas:
   Como surge o
    comportamento?

    Onde ocorre?
   Quando ocorre?
   Está relacionado ao
    ambiente ou algum objeto
    ou pessoa?
Na escola, é mais comum
   depararmos com dois tipos de
            autismo:
 Autismo clássico
 Síndrome de Asperger
Alguns Aspergers habilidosos
  são chamados de savants




   Matthew Savage
Alguns foram retratados em filme
Como funciona a mente autística?




Há uma relação diferente entre o cérebro
   e os sentidos, e as informações nem
     sempre se tornam conhecimento.
  Os objetos não exercem atração em
 razão da sua função, mas em razão do
         estímulo que promovem.
Limitações da
   linguagem são
inerentes ao autista.
 Assim, ele também
encontra dificuldades
para simbolizar e ter
    compreensão
subjetiva das coisas.
Normalmente, articulamos
  nossas ações assim:
O autista assim:
Um livro, por exemplo,
  passa a ser apenas
 um objeto de contato
  sensorial. A criança
  precisa aprender a
função de cada objeto
   e o seu manuseio
      adequado.
A criança cria formas incomuns de manuseio,
surgindo as estereotipias, que causam atraso no
  desenvolvimento motor, principalmente nos
movimentos finos. Diante disso, tudo passa a ter
  valor pedagógico: os usos, as habilidades e
   atividades mais elementares da vida diária.
2, 10, 12, 16, 17, 18, 19...
2,10, 12, 16, 17,18, 19, 200
As habilidades do autista são como ilhas
         num mar de inabilidades
Uma mãe de uma criança autista definiu: “a
mente do meu filho é como um queijo suíço: de
  boa qualidade, mas com muitos buracos”.
Por isso, na relação com o aluno autista o
   primeiro a aprender será o professor.
Algumas dicas para o professor:
   Penetrar no mundo do autista
   Concentra-se no contato visual
   Compartilhar com o autista as suas brincadeiras
   Procurar sempre enriquecer a comunicação
   Mostrar a cada palavra uma ação e a cada ação
    uma palavra
   Tornar hábitos cotidianos agradáveis
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Como educar o aluno autista?
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 Isto é, atividades que vão surtir
       efeito na vida social
Observando onde ele
                          precisa ter mais
                            autonomia




  As necessidades
sociais são as dicas
 para as atividades
   pedagógicas.
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começando pelas atividades que ele possui
             maior domínio.




      Tudo com suporte pedagógico
No universo autístico, tudo
 passa a ter valor pedagógico

Do simples ato de
segurar um lápis ao
 hábito de escovar
    os dentes
   As atividades devem
  possuir caráter
 terapêutico
 afetivo
 social
 pedagógico
   Terapêutico: Superar os comportamentos
    inadequados.
   Afetivo: Criar o vínculo com o processo de
    aprendizagem, com o professor e com o espaço
    escolar.
   Social: Propiciar ao autista experiências em
    grupo, trabalhando a interação e a
    comunicação.
   Pedagógico: Estabelecer atividades que
    contemplem sua individualidade para o
    desenvolvimento de habilidades como aprendiz
    no espaço escolar.
Há três estágios que devem ser observados
               durante a aprendizagem:

   Primeiro estágio: o professor reconhece as habilidades
    que o aluno possui e as que devem ser adquiridas.
    Neste estágio, o mais importante será atrair sua atenção
    e provocar o desejo de aprender.
   Segundo estágio: Inicia-se quando o educando passa a
    interagir mais com o professor, descobrindo nas
    brincadeiras momentos de prazer.
   Terceiro estágio: o aprendente já sabe o que fazer. Ele
    poderá participar normalmente com outros alunos em
    sala de aula sem a constante intervenção do professor
    ou do psicopedagogo.
A essência e os conceitos que
fundamentam essas práticas educativas
  aplicam-se em qualquer contexto da
 educação e são adequados a qualquer
                aluno
Por isso, o exercício docente é
primordialmente o trabalho, para adquirir
  a percepção que cada aluno aprende
diferentemente e que nem todos têm as
          mesmas habilidades.
Esta é lógica do processo de
aprendizagem: desloca-se o olhar do
educador prioritariamente para aluno,
seus afetos e suas qualidades e não
     para as suas dificuldades.
Mas nada se pode fazer sem amor
     “Não existe educação sem amor”
Paulo Freire diz que
quem não ama os seres
 inacabados não pode
        educar
Por isso, não existe educação sem afeto.




    A primeira relação com o aluno será a afetiva
Quem ama e planta a boa semente, com
      alegria colherá os frutos
Ando devagar porque já tive pressa.




Levo este sorriso porque já chorei demais.
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  • 1. Autismo, aprendizagem e inclusão É preciso amor pra poder pulsar Eugênio Cunha
  • 2. O que é o autismo? O autismo agrupa um conjunto de comportamentos numa tríade principal: 1. comprometimentos qualitativos na comunicação, 2. dificuldades na interação social, 3. atividades restrito-repetitivas.
  • 3. Ainda não se pode dizer com absoluta certeza as causas do autismo.
  • 4. Sabe-se, no entanto, que não possui origem ambiental, como se acreditou durante muitos anos.
  • 5. Pode aparecer nos primeiros anos de vida ou durante o período do desenvolvimento da criança. Normalmente, os sintomas se tornam aparentes por volta da idade de três anos. Alguns números relatam que a taxa média de prevalência do Transtorno Autista é de cerca 15 casos por 10.000 indivíduos, sendo mais comum entre os meninos.
  • 6. Leo Kanner, psiquiatra austríaco, naturalizado americano, publicou as primeiras pesquisas relacionadas ao autismo em 1943. Na Alemanha, em 1944, o pediatra Hans Asperger desenvolveu uma tese expondo um conjunto de sinais semelhantes aos descritos por Kanner em crianças na idade de três anos.
  • 7. Ainda que não exista total clareza a respeito do autismo, precisamos educar esses aprendentes.
  • 8. Como podemos identificar o comportamento autístico ? Alguns sinais visíveis na criança:
  • 9. Isolar-se das pessoas.  Não manter contato visual.  Agir como se fosse surda.  Birras.  Não aceitar mudança de rotina.  Hiperatividade física.  Calma excessiva.  Apego e manuseio não apropriado de objetos.  Movimentos circulares no corpo.  Sensibilidade a barulhos.  Estereotipias.  Ecolalias.
  • 10. A atuação dos profissionais da escola é fundamental, uma vez que muitos casos de autismo foram percebidos primeiramente no ambiente escolar.
  • 11. Cuidados na alimentação Pesquisas na área da bioquímica nutricional revelam danos potenciais causados por alimentos que contêm caseína, glúten, açúcar e metais pesados como o mercúrio que se encontra no meio-ambiente e em vacinas. A alergia alimentar e outros alergênicos, assim como os efeitos tóxicos de alguns alimentos, podem alterar o comportamento.
  • 12. A observação é extremamente relevante na educação do autista. É o primeiro passo para a aprendizagem.
  • 13. É importante observar e investigar o contexto dos comportamentos inadequados e as suas razões. Para tanto, é pertinente responder às seguintes perguntas:
  • 14. Como surge o comportamento?  Onde ocorre?  Quando ocorre?  Está relacionado ao ambiente ou algum objeto ou pessoa?
  • 15. Na escola, é mais comum depararmos com dois tipos de autismo:  Autismo clássico  Síndrome de Asperger
  • 16. Alguns Aspergers habilidosos são chamados de savants Matthew Savage
  • 18. Como funciona a mente autística? Há uma relação diferente entre o cérebro e os sentidos, e as informações nem sempre se tornam conhecimento. Os objetos não exercem atração em razão da sua função, mas em razão do estímulo que promovem.
  • 19. Limitações da linguagem são inerentes ao autista. Assim, ele também encontra dificuldades para simbolizar e ter compreensão subjetiva das coisas.
  • 20. Normalmente, articulamos nossas ações assim:
  • 22. Um livro, por exemplo, passa a ser apenas um objeto de contato sensorial. A criança precisa aprender a função de cada objeto e o seu manuseio adequado.
  • 23. A criança cria formas incomuns de manuseio, surgindo as estereotipias, que causam atraso no desenvolvimento motor, principalmente nos movimentos finos. Diante disso, tudo passa a ter valor pedagógico: os usos, as habilidades e atividades mais elementares da vida diária.
  • 24. 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19...
  • 25. 2,10, 12, 16, 17,18, 19, 200
  • 26. As habilidades do autista são como ilhas num mar de inabilidades
  • 27. Uma mãe de uma criança autista definiu: “a mente do meu filho é como um queijo suíço: de boa qualidade, mas com muitos buracos”.
  • 28. Por isso, na relação com o aluno autista o primeiro a aprender será o professor.
  • 29. Algumas dicas para o professor:  Penetrar no mundo do autista  Concentra-se no contato visual  Compartilhar com o autista as suas brincadeiras  Procurar sempre enriquecer a comunicação  Mostrar a cada palavra uma ação e a cada ação uma palavra  Tornar hábitos cotidianos agradáveis  Fazer tudo com serenidade, mas com voz clara e firme
  • 30. Como educar o aluno autista?
  • 31. Priorizando atividades funcionais Isto é, atividades que vão surtir efeito na vida social
  • 32. Observando onde ele precisa ter mais autonomia As necessidades sociais são as dicas para as atividades pedagógicas.
  • 33. Trabalha-se as habilidades sociais mais importantes que ele precisa aprender, começando pelas atividades que ele possui maior domínio. Tudo com suporte pedagógico
  • 34. No universo autístico, tudo passa a ter valor pedagógico Do simples ato de segurar um lápis ao hábito de escovar os dentes
  • 35. As atividades devem possuir caráter  terapêutico  afetivo  social  pedagógico
  • 36. Terapêutico: Superar os comportamentos inadequados.  Afetivo: Criar o vínculo com o processo de aprendizagem, com o professor e com o espaço escolar.  Social: Propiciar ao autista experiências em grupo, trabalhando a interação e a comunicação.  Pedagógico: Estabelecer atividades que contemplem sua individualidade para o desenvolvimento de habilidades como aprendiz no espaço escolar.
  • 37. Há três estágios que devem ser observados durante a aprendizagem:  Primeiro estágio: o professor reconhece as habilidades que o aluno possui e as que devem ser adquiridas. Neste estágio, o mais importante será atrair sua atenção e provocar o desejo de aprender.  Segundo estágio: Inicia-se quando o educando passa a interagir mais com o professor, descobrindo nas brincadeiras momentos de prazer.  Terceiro estágio: o aprendente já sabe o que fazer. Ele poderá participar normalmente com outros alunos em sala de aula sem a constante intervenção do professor ou do psicopedagogo.
  • 38. A essência e os conceitos que fundamentam essas práticas educativas aplicam-se em qualquer contexto da educação e são adequados a qualquer aluno
  • 39. Por isso, o exercício docente é primordialmente o trabalho, para adquirir a percepção que cada aluno aprende diferentemente e que nem todos têm as mesmas habilidades.
  • 40. Esta é lógica do processo de aprendizagem: desloca-se o olhar do educador prioritariamente para aluno, seus afetos e suas qualidades e não para as suas dificuldades.
  • 41. Mas nada se pode fazer sem amor “Não existe educação sem amor”
  • 42. Paulo Freire diz que quem não ama os seres inacabados não pode educar
  • 43. Por isso, não existe educação sem afeto. A primeira relação com o aluno será a afetiva
  • 44. Quem ama e planta a boa semente, com alegria colherá os frutos
  • 45. Ando devagar porque já tive pressa. Levo este sorriso porque já chorei demais.

Notas do Editor

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