3. AUTISMO
Conceito
Autismo é uma síndrome definida por
alterações presentes desde idades muito
precoces, tipicamente antes dos três anos de
idade, e que se caracteriza sempre por desvios
qualitativos na comunicação, na interação social
e no uso da imaginação.(Mello, 2004, p.14)
4. CAUSAS
As causas são desconhecidas. Acredita-se que a
origem do autismo esteja em anormalidades em
alguma parte do cérebro ainda não definida de
forma conclusiva e, provavelmente, de origem
genética. Admite-se a causa por problemas
relacionados a fatos ocorridos durante a
gestação ou no momento do parto.
5. MANIFESTAÇÕES MAIS
COMUNS
-Pode manifestar-se desde os primeiros dias
de vida
-Comprometimento nas áreas de interação
social
-Comprometimento na área de comunicação
-Comprometimento na área comportamental
-Geralmente não procuram contato ocular
6. -Apresenta estereotipias (movimentos
repetitivos) com as mãos ou com o corpo,
(morder-se, morder as roupas, puxar os
cabelos)
-Problemas de sono
-30% dos casos, apresenta epilepsia
MANIFESTAÇÕES MAIS
COMUNS
7. Autismo: É um distúrbio de comportamento
que consiste em uma tríade de dificuldade:
1- Dificuldade de comunicação: Dificuldade
de utilizar com sentido todos os aspectos da
comunicação verbal e não verbal. Ex.: Gestos,
expressões faciais, linguagem corporal, ritmo e
modulação na linguagem verbal.
8. 2- Dificuldade de socialização: A dificuldade
em relacionar-se com os outros, a incapacidade
de compartilhar sentimentos, gestos e emoções
e a dificuldade na discriminação entre
diferentes pessoas.
3- Dificuldade no uso da imaginação: Se
caracteriza por rigidez e inflexibilidade e se
estende as várias áreas do pensamento,
linguagem e comportamento da criança.
Dificuldades em processos criativos.
9. DIAGNÓSTICO DO
AUTISMO
É feito basicamente através da avaliação do
quadro clínico. Não existem testes
laboratoriais específicos para a detecção do
autismo.
DIAGNÓSTICO DO
AUTISMO
É feito basicamente através da avaliação do
quadro clínico. Não existem testes
laboratoriais específicos para a detecção do
autismo.
10. TIPOS MAIS USUAIS DE
INTERVENÇÃO
TEACCH – Tratamento e educação para
crianças autistas e com distúrbios
correlatos da comunicação
O Teacch foi desenvolvido nos anos 60 no
Departamento de Psiquiatria da Faculdade de
Medicina da Universidade da Carolina do
Norte, Estados Unidos, e atualmente é muito
utilizado em várias partes do mundo.
11. O Teacch foi idealizado e desenvolvido pelo
Dr. Eric Schoppler, e atualmente tem como
responsável o Dr. Gary Mesibov.
O método Teacch utiliza uma avaliação
chamada PEP-R (Perfil Psicoeducacional
Revisado) para avaliar a criança, levando em
conta os seus pontos fortes e suas maiores
dificuldades, tornando possível um programa
individualizado.
12. O TEACCH baseia na organização do ambiente
físico através de rotinas - organizadas em
quadros, painéis ou agendas - e sistemas de
trabalho, de forma a adaptar o ambiente para
tornar mais fácil para a criança compreendê-lo,
assim como compreender o que se espera dela.
Através da organização do ambiente e das
tarefas da criança, o TEACCH visa desenvolver
a independência da criança de modo que ela
necessite do professor para o aprendizado, mas
que possa também passar grande parte de seu
tempo ocupando-se de forma independente.
13. ABA – Análise aplicada do
comportamento
O tratamento comportamental analítico do
autismo visa ensinar à criança habilidades que
ela não possui, através da introdução destas
habilidades por etapas. Cada habilidade é
ensinada, em geral, em esquema individual,
inicialmente apresentando-a associada a uma
indicação ou instrução.
14. Quando necessário, é oferecido algum apoio
(como por exemplo, apoio físico), que deverá
ser retirado tão logo seja possível, para não
tornar a criança dependente dele. A resposta
adequada da criança tem como conseqüência
a ocorrência de algo agradável para ela, o que
na prática é uma recompensa. Quando a
recompensa é utilizada de forma consistente,
a criança tende a repetir a mesma resposta.
15. PECS – Sistema de
comunicação através da troca
de figuras
O PECS foi desenvolvido para ajudar
crianças e adultos autistas e com outros
distúrbios de desenvolvimento a adquirir
habilidades de comunicação.
O sistema é utilizado primeiramente com
indivíduos que não se comunicam ou que
possuem comunicação mas a utilizam com
baixa eficiência.
16. O PECS visa ajudar a criança a
perceber que através da comunicação ela
pode conseguir muito mais rapidamente as
coisas que deseja, estimulando-a assim a
comunicar-se, e muito provavelmente a
diminuir drasticamente problemas de
conduta.
17. O PECS tem sido bem aceito em vários
lugares do mundo, pois não demanda
materiais complexos ou caros, é
relativamente fácil de aprender, pode ser
aplicado em qualquer lugar e quando bem
aplicado apresenta resultados
inquestionáveis na comunicação através de
cartões em crianças que não falam, e na
organização da linguagem verbal em
crianças que falam, mas que precisam
organizar esta linguagem.
18. Autismo
Os Sintomas da Doença
- USA PESSOAS COMO FERRAMENTAS
- RESISTE A MUDANÇAS DE ROTINA
- NÃO SE MISTURA COM OUTRAS CRIANÇAS
- APEGO NÃO APROPRIADO A OBJETOS
- NÃO MANTÉM CONTATO VISUAL
- AGE COMO SE FOSSE SURDO
- RESISTE AO APRENDIZADO
- NÃO DEMONSTRA MEDO DE PERIGOS
- RISOS E MOVIMENTOS NÃO APROPRIADOS
- RESISTE AO CONTATO FÍSICO
- ACENTUADA HIPERATIVIDADE FÍSICA
- GIRA OBJETOS DE MANEIRA BIZARRA PECULIAR
19. - ÀS VEZES É AGRESSIVO DESTRUTIVO
- MODO E COMPORTAMENTO INDIFERENTE E ARREDIO
O autismo é uma doença encontrada em todo o mundo e em famílias
de todas as raças e classes.
Até hoje, não foi determinada a sua causa.
Mas com orientação correta, muita coisa pode ser feita.
20. O Professor e o Autismo
O papel do professor de um aluno com autismo é
semelhante ao intérprete trascultural: alguém que
entende ambas as culturas e é capaz de traduzir as
expectativas e procedimentos de um ambiente não-
autístico para o aluno com autismo. Desta forma, para
ensinar um aluno com autismo, devemos entender muito
bem a sua história, suas características particulares e os
pontos fortes e os déficits associados a esta síndrome.
21. As Crianças com Autismo tem atraso
mental?
Infelizmente cerca de 70 a 80% apresentam uma
defasagem intelectual importante. Cerca de 70 tem
inteligência abaixo de 50 em testagens de QI; 20%
apresentam um QI entre 50 – 70 e apenas 20% tem um QI
acima de 70. A maioria mostra uma variação muito grande
com relação ao que obviamente podem fazer e oscilam
muito de época para época. Não se sabe explicar
exatamente o porquê da associação entre autismo e a
deficiência mental, mais que o atraso mental está
relacionado ao mesmo problema básico que gerou o
autismo. Por outro lado por não conseguirem
adequadamente com o meo ambiente, aumentam ainda
mais a sua defasagem intelectual.
22.
23.
24.
25.
26.
27. Transtornos se manifestam nos
primeiros anos de vida e,
frequentemente, estão associados
com algum grau de retardo mental.
28. Prejuízos sofridos pela criança autista:
Prejuízo qualitativo na interação social,
manifestado pelo menos dois dos seguintes
aspectos:
a) Prejuízo acentuado no uso de múltiplos
comportamentos não-verbais tais como
contato visual direto, expressão fácil
postura corporais e gestos para regular a
interação social;
29. b) Fracasso em desenvolver relacionamentos
com seus pares apropriados ao nível do
desenvolvimento;
c) Falta de tentativa espontânea de compartilhar
prazer, interesses ou realizações com outras
pessoas (ex: não mostrar, trazer ou apontar
objetos de interesse) falta de reciprocidade
social ou emocional;
30. 2) Prejuízos qualitativos da comunicação,
manifestados por pelo menos um dos seguintes
aspectos:
a)Atraso ou ausência total de desenvolvimento
da linguagem falada;
b)Em indivíduos com fala adequada, acentuado
prejuízo na capacidade de iniciar ou
desenvolver uma conversação;
31. c) Uso esteriotipado e repetitivo da
linguagem ou linguagem idiossincrática, falta
de jogos os brincadeiras de imitação social
variados e espontâneos apropriados ao nível
do desenvolvimento;
32. 3) Padrões restritos e repetitivos de
comportamentos, interesses, e ativdades,
manifestados por pelo menos um dos seguintes
aspectos:
a)Preocupação insistente com um ou mais
padrões estereotipados e restritos de interesse,
anormais em intensidade ou foco;
b)Adesão aparentemente inflexível a rotinas
ou rituais específicos e não-funcionais;
33. c) Maneiras motores esteriotipados e repetitivos
(ex: agitar ou torcer mãos ou dedos, ou
movimentos complexos de todo o corpo);
d) Preocupação persistente com partes de
objetos;
4) Atrasos ou funcionamento anormal em pelo
menos uma das seguintes áreas, com início antes
dos 3 anos de idade: 1) interação social; 2)
linguagem para fins de comunicação social, ou
4) jogos imaginativos ou símbolos.
34. Portanto, sobre o AUTISMO INFANTIL, a CID. 10 diz tratar-se
de “um transtorno invasivo de desenvolvimento
definido pela presença de desenvolvimento
anormal e/ou comprometido que se manifesta
antes da idade de 3 anos e pelo tipo
característico de funcionamento anormal em
todas as três áreas de interação social,
comunicação e comportamento restrito e
repetitivo. Sublinha que o trantorno ocorre em
GAROTOS três ou quatro vezes mais frequentemente que
em GAROTAS.