O documento discute a análise ergonômica do trabalho (AET), comparando-a com laudos ergonômicos. A AET envolve avaliar as condições de trabalho, incluindo técnicas, ambientais, organizacionais e cognitivas. Ferramentas como checklists e questionários são usadas para avaliar fatores como postura, organização do trabalho e levantamento de cargas. A AET busca identificar riscos e propor soluções ergonômicas para promover a saúde, segurança e produtividade dos trabalhadores.
5. AET x Laudo
A analise ergonômica do trabalho ou laudo ergonômico
são dois termos que causam muita controvérsia entre os
profissionais da área de segurança do trabalho.
Laudo Ergonômico
Analise Ergonômica
Laudo Ergonômico a pedido do juiz em ação judicial.
NR17
Perito judicial do trabalho
6. Qual empregador está
obrigado a realizar AET?
Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe
ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho,
devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de
trabalho, conforme estabelecido nesta Norma
Regulamentadora.
Não especificada pela NR17.
7. AET
Condições técnicas: estruturas gerais do sistema de
produção, fluxo de produção, sistemas de controles etc.
Condições ambientais: estuda-se o layout, mobiliário,
ruído, iluminação, temperatura, etc.
Condições organizacionais: horas de trabalho, turnos,
índice de retrabalho, dificuldades operacionais etc.
8. AET
Condições cognitivas: são as exigências na realização do
trabalho, controle de qualidade, Inspeção, etc;
Condições de regulação no trabalho: pausas, flexibilidade
paradas, ginástica, etc.
9. AET
Estudo do Posto de Trabalho: Abordagem tradicional e
ergonômica.
Posto Oriunda da linguagem militar
Determinada tarefa e função
Situado dentro de um sistema de produção
10. AET
Posto corresponde a um papel definido instruções e
procedimentos.
O que fazer?
Quando fazer?
Como fazer?
Onde fazer?
Com que fazer?
11. Abordagem Tradicional
Baseia-se no estudo dos movimentos corporais do ser
humano.
Sequencia de movimentos necessários para executar a tarefa
Executar tarefa
Medida do tempo gasto
Movimento
Melhor método é escolhido pelo critério do menor
tempo gasto.
12. AET exige:
Conhecimento sobre o comportamento humano em
atividade de trabalho.
Discussão dos objetivos do estudo com o conjunto das pessoas
envolvidas.
Aceitação das pessoas que ocupam o posto a ser analisado
Esclarecimento das responsabilidades
Eng°, gerente de produção, Fisioterapeuta, Ergonomista,
Técnico em segurança e trabalhadores...
13. AET 3 fases
Analise da demanda
Analise da tarefa
Analise das atividades
AET: levantamento dos dados
Pesquisa de variáveis
Check list / questionários
14. AET: origens da demanda
Direção e/ou gerencia da empresa
Trabalhadores (colaboradores)
Sindicatos
Órgãos fiscalizadores MTE / MPT
Notificações com prazos
estabelecidos
16. CHECK LIST
Michigan (1986) – 21 perguntas, respostas negativas
são indicativas de condições favoráveis aos
DORT/LER.
Keyserling (1993) – aprimorou o anterior, avalia risco
associado aos MMSS (quanto mais “sim”, > o risco de
lesões).
Hudson Couto (1998) – critérios de organização do
trabalho (sim/não).
Suzanne Rodgers (1992) – avaliar níveis dos riscos
ergonômicos, analisa os níveis de esforço dos
segmentos corporais (obs. direta ou vídeo).
17. Organização do trabalho
TOR TOM (Couto, 2006) – verifica a taxa de ocupação
das tarefas, relacionando o tempo real e o prescrito.
Moore e Garg (1995) – ferramenta quantitativa,
dimensiona o potencial da situação em originar os
DORT/LER. Através de um índice de sobrecarga para
os MMSS
18. Postura (biomecânico)
Método OWAS (Ovako Working Posture Analysing
System, 1977) – criado para identificar posturas
corporais prejudiciais na execução da tarefa. Avalia
posturas a cada 30 segundos (ciclos de trabalho).
19. Postura (biomecânico)
RULA (Rapid Upper Limb Assessement, 1993) –
avaliar exposição de indivíduos à posturas, forças e
atividades musculares que contribuem para os
DORT/LER.
RULA – adaptado do OWAS + força repetição e ADM
(MMSS).
Trabalha com grande amostra, aplicado em
operadores de máquinas industriais, técnicos e
embrulhadores
20. Equação do NIOSH
Avaliação do risco envolvido em atividades que
envolvam levantamento manual de cargas.
Critério estabelecido pelo NIOSH em 1991.
Limite de peso que o trabalhador é capaz de levantar
com segurança é de 23 kg (25 kg Europa).
21. Melhores condições para o
levantamento de cargas
Carga próxima ao corpo.
Carga a ser pega elevada (75 cm).
Carga a ser pega simetricamente.
Boa pega, em preensão das mãos.
Pequena distância entre origem e destino.
Freqüência de levantamento não > que 1 vez em 5
min.
Atividade não > que 1 hora durante a jornada.
22. Equação do NIOSH
A equação do NIOSH dá como resultado o Limite de
Peso recomendado (LPR).
LPR definido como o peso da carga que quase todos
os trabalhadores sadios poderiam levantar por um
período de tempo, sem aumentar o risco de lombalgia.
23. Limite de Peso Recomendado
(LPR)
Equação do NIOSH:
LPR: 23 kg x FDH x FAV x FDVP x FA x FFL x FQP
Cc Carga constante 23kg
FDH Fator Distância horizontal (25/H)
FAV Fator Altura Vertical 1-(0,003 x /V-75/)
FDVP Fator Distância vertical percorrida 0,82 + (4,5/D)
FA Fator Assimetria 1-(0,0032 x A)
FFL Fator Freqüência de Levantamento Tabela A
FQP Fator Qualidade de Pega Tabela B
24. 10 tipos de solução Ergonômica
Eliminação do movimento crítico ou da postura
inadequada.
Pequenas melhorias.
Equipamentos e soluções conhecidos.
Projetos ergonômicos
Melhoria na organização do trabalho.
Orientação e cobrança de atitudes corretas.
Condicionamento físico para o trabalho.
Rodízio nas tarefas / pausas de recuperação.
Seleção de pessoas mais capazes.