SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Baixar para ler offline
Dê-me uma alavanca e um ponto de
apoio e leva tarei o u do
(Arquimedes)
Critérios para estabelecer os
limites de carga
 Biomecânico
 Fisiológico
 Psicofísico
 A equação NIOSH – determina o Limite de Peso
Recomendado (LPR)
Equação NIOSH para o levantamento de cargas
LPR = CC x FH x FV x FD x FA x FF x FP
Onde:
 CC – constante de carga
 FH – fator de distância horizontal
 FV – fator de altura
 FD – fator de deslocamento vertical
 FA – fator de assimetria
 FF – fator de frequência
 FP – fator de pega
Componentes da equação de NIOSH
a) LOCALIZAÇÃO PADRÃO
DE LEVANTAMENTO
É uma referência no espaço
tridimensional para avaliar
a postura de levantamento
• Distância vertical da pega
ao solo é de 75 cm;
• Distância horizontal da
pega ao ponto médio entre
os tornozelos é de 25 cm. é
de 25 cm.
B) ESTABELECIMENTO DA CONSTANTE DE CARGA
O valor da constante de carga foi considerado em
relação aos critérios biomecânicos e fisiológicos, sendo
fixado em 23 kg.
Diferentes planos do corpo humano
Coeficientes da equação de NIOSH
 A equação emprega seis
coeficientes em que se
dá o levantamento.
 O caráter multiplicador
da equação faz com que
o valor limite de peso
recomendado vá
diminuindo à medida
que nos afastamos das
condições ótimas de
levantamento.Esquema básico para avaliar os fatores do
critério NIOSH
Fator de distância horizontal (FH)
 É definida como a distância horizontal (H) entre a
projeção sobre o solo do ponto médio entre as pegas da
carga e a projeção do ponto médio entre os tornozelos.
 O fator de distância horizontal (FH) é determinado
pela seguinte equação:
Fator de distância horizontal (FH)
 Caso H não possa ser medido, pode-se obter um valor
aproximado mediante a seguinte equação:
Fator de altura (FV)
 Em relação ao fator de altura são penalizados os
levantamentos em que as cargas devem ser apanhadas
em posição muito baixa ou demasiadamente elevada.
 Este fator valerá 1 quando a carga estiver situada a 75
cm do solo e diminuirá à medida que nos distanciemos
desse valor, conforme a seguinte equação:
FV = 1 – (0,003 x |V-75|)
Onde: V – distância vertical entre o ponto de pega e o solo
Caso V > 175 cm, tomaremos FV = 0
Fator de deslocamento vertical (FD)
 Refere-se à diferença entre a altura inicial e final da
carga, definido pela seguinte equação:
Sendo que:
D = V2 – V1
Onde:
V1 – altura da carga em relação ao solo na origem do movimento
V2 – altura ao final do movimento
De forma que quando D < 25 cm, mantém-se FD = 1, valor que
diminui à medida que aumenta a distância de deslocamento cujo
valor máximo aceitável é 175 cm.
Fator de assimetria (FA)
 É considerado como
assimétrico um
movimento que inicia
ou finaliza fora do
plano médio-sagital,
movimento que deverá
ser evitado sempre que
possível.
Representação gráfica do ângulo de assimetria do
levantamento
FA = 1 – (0,0032 x A)
Onde: A – ângulo de giro
Se o ângulo de torção for superior a 135°, toma-se FA = 0.
Fator de frequência (FF)
 Definido pelo número de levantamentos por minuto, pela
duração da tarefa e pela altura do levantamento.
 O número médio de levantamentos por minuto deve ser
calculado em um período de 15 minutos, sendo que em
trabalhos em que a frequência de levantamento varia de
uma tarefa a outra, ou de uma sessão a outra, deve ser
estudado cada caso independentemente.
Tabela – Fator de Frequência - FF
Em relação à duração da tarefa é
considerada:
De curta duração quando se tratar
de uma hora ou menos de trabalho
(seguida de um tempo de
recuperação de 1,2 vezes o tempo de
trabalho);
De duração moderada quando é de
uma a duas horas (seguida de um
tempo de recuperação de 0,3 vezes o
tempo de trabalho);
De grande duração quando é
superior a duas horas.
Obs.: Para uma tarefa que dure 45
minutos, deveria estar seguida de
um período de recuperação de 45 x
1,2 = 54 minutos, caso não seja feito
desta maneira, será então
considerada de duração moderada.
Fator de pega (FP)
 Este fator é obtido segundo a facilidade da pega e a altura
vertical de manipulação da carga.
Classificação da pega de uma carga
Pega Boa Pega Regular Pega Pobre
Determinação do fator de pega (FP)
Identificação das zonas de riscos de
acordo com o índice de levantamento
 a) Risco limitado (índice de levantamento < 1) –
trabalhadores que realizam tarefas com esse índice de
levantamento geralmente não apresentam problemas;
 b) Aumento moderado do risco (> 1 < 3) –
trabalhadores submetidos a tarefas com esses índices
de levantamentos podem adoecer ou sofrer lesões.
Nesse caso as tarefas devem ser redesenhadas ou
atribuídas a trabalhadores selecionados que serão
submetidos a controle.
Identificação das zonas de riscos de
acordo com o índice de levantamento
 c) Aumento elevado de risco (índice de
levantamento > 3) – tarefas com este índice de
levantamento são inaceitáveis do ponto de vista
ergonômico e devem ser modificadas.
Principais limitações da equação
 Não considera o risco potencial associado aos efeitos
cumulativos dos levantamentos repetitivos;
 Não avalia eventos imprevistos como deslizamentos,
quedas nem sobrecargas inesperadas;
 Pressupõe um atrito razoável entre o calçado e o solo
(> 0,4);
 A equação torna-se impossível de ser aplicada quando
a carga levantada é instável, situação em que a
localização do centro de massa varia
significativamente durante o levantamento.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Trabalhos em altura
Trabalhos em alturaTrabalhos em altura
Trabalhos em altura
Hacker32
 
TREINAMENTO DE ERGONOMIA
TREINAMENTO DE ERGONOMIATREINAMENTO DE ERGONOMIA
TREINAMENTO DE ERGONOMIA
Ane Costa
 
Ergonomia – transporte manual de cargas
Ergonomia – transporte manual de cargasErgonomia – transporte manual de cargas
Ergonomia – transporte manual de cargas
Bruno Godoi
 
Eng.introdução
Eng.introduçãoEng.introdução
Eng.introdução
Eliane Blen
 
Aula EPI - Apresentação
Aula EPI - ApresentaçãoAula EPI - Apresentação
Aula EPI - Apresentação
Rapha_Carvalho
 

Mais procurados (20)

ERGONOMIA NO TRABALHO
ERGONOMIA NO TRABALHOERGONOMIA NO TRABALHO
ERGONOMIA NO TRABALHO
 
28483727 trabalho-sentado
28483727 trabalho-sentado28483727 trabalho-sentado
28483727 trabalho-sentado
 
Trabalho de ergonomia
Trabalho de ergonomiaTrabalho de ergonomia
Trabalho de ergonomia
 
Conceito Risco x Perigo
Conceito Risco x PerigoConceito Risco x Perigo
Conceito Risco x Perigo
 
Check list nr 17 - ergonomia
Check list    nr 17 - ergonomiaCheck list    nr 17 - ergonomia
Check list nr 17 - ergonomia
 
GRO & PGR - GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS
GRO & PGR - GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAISGRO & PGR - GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS
GRO & PGR - GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS
 
Tst ergonomia aula 5
Tst   ergonomia aula 5Tst   ergonomia aula 5
Tst ergonomia aula 5
 
Campanha adornos
Campanha adornosCampanha adornos
Campanha adornos
 
Movimentação e içamento de cargas
 Movimentação e içamento de cargas Movimentação e içamento de cargas
Movimentação e içamento de cargas
 
Trabalhos em altura
Trabalhos em alturaTrabalhos em altura
Trabalhos em altura
 
TREINAMENTO DE ERGONOMIA
TREINAMENTO DE ERGONOMIATREINAMENTO DE ERGONOMIA
TREINAMENTO DE ERGONOMIA
 
Nr 17 Ergonomia e Nr 21 Trabalho a Céu Aberto
Nr 17 Ergonomia e Nr 21 Trabalho a Céu AbertoNr 17 Ergonomia e Nr 21 Trabalho a Céu Aberto
Nr 17 Ergonomia e Nr 21 Trabalho a Céu Aberto
 
Ergonomia – transporte manual de cargas
Ergonomia – transporte manual de cargasErgonomia – transporte manual de cargas
Ergonomia – transporte manual de cargas
 
Ergonomia
ErgonomiaErgonomia
Ergonomia
 
Eng.introdução
Eng.introduçãoEng.introdução
Eng.introdução
 
Ergonomia e Segurança do Trabalho
Ergonomia e Segurança do TrabalhoErgonomia e Segurança do Trabalho
Ergonomia e Segurança do Trabalho
 
Aula EPI - Apresentação
Aula EPI - ApresentaçãoAula EPI - Apresentação
Aula EPI - Apresentação
 
Ponte rolante-power-point
Ponte rolante-power-pointPonte rolante-power-point
Ponte rolante-power-point
 
Ergonomia nr-17
Ergonomia  nr-17Ergonomia  nr-17
Ergonomia nr-17
 
Ergonomia
ErgonomiaErgonomia
Ergonomia
 

Último

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
AntonioVieira539017
 

Último (20)

Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPoesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 

Aula equação de niosh

  • 1.
  • 2.
  • 3. Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e leva tarei o u do (Arquimedes)
  • 4.
  • 5. Critérios para estabelecer os limites de carga  Biomecânico  Fisiológico  Psicofísico  A equação NIOSH – determina o Limite de Peso Recomendado (LPR)
  • 6. Equação NIOSH para o levantamento de cargas LPR = CC x FH x FV x FD x FA x FF x FP Onde:  CC – constante de carga  FH – fator de distância horizontal  FV – fator de altura  FD – fator de deslocamento vertical  FA – fator de assimetria  FF – fator de frequência  FP – fator de pega
  • 7. Componentes da equação de NIOSH a) LOCALIZAÇÃO PADRÃO DE LEVANTAMENTO É uma referência no espaço tridimensional para avaliar a postura de levantamento • Distância vertical da pega ao solo é de 75 cm; • Distância horizontal da pega ao ponto médio entre os tornozelos é de 25 cm. é de 25 cm.
  • 8. B) ESTABELECIMENTO DA CONSTANTE DE CARGA O valor da constante de carga foi considerado em relação aos critérios biomecânicos e fisiológicos, sendo fixado em 23 kg. Diferentes planos do corpo humano
  • 9. Coeficientes da equação de NIOSH  A equação emprega seis coeficientes em que se dá o levantamento.  O caráter multiplicador da equação faz com que o valor limite de peso recomendado vá diminuindo à medida que nos afastamos das condições ótimas de levantamento.Esquema básico para avaliar os fatores do critério NIOSH
  • 10. Fator de distância horizontal (FH)  É definida como a distância horizontal (H) entre a projeção sobre o solo do ponto médio entre as pegas da carga e a projeção do ponto médio entre os tornozelos.  O fator de distância horizontal (FH) é determinado pela seguinte equação:
  • 11. Fator de distância horizontal (FH)  Caso H não possa ser medido, pode-se obter um valor aproximado mediante a seguinte equação:
  • 12. Fator de altura (FV)  Em relação ao fator de altura são penalizados os levantamentos em que as cargas devem ser apanhadas em posição muito baixa ou demasiadamente elevada.  Este fator valerá 1 quando a carga estiver situada a 75 cm do solo e diminuirá à medida que nos distanciemos desse valor, conforme a seguinte equação: FV = 1 – (0,003 x |V-75|) Onde: V – distância vertical entre o ponto de pega e o solo Caso V > 175 cm, tomaremos FV = 0
  • 13. Fator de deslocamento vertical (FD)  Refere-se à diferença entre a altura inicial e final da carga, definido pela seguinte equação: Sendo que: D = V2 – V1 Onde: V1 – altura da carga em relação ao solo na origem do movimento V2 – altura ao final do movimento De forma que quando D < 25 cm, mantém-se FD = 1, valor que diminui à medida que aumenta a distância de deslocamento cujo valor máximo aceitável é 175 cm.
  • 14. Fator de assimetria (FA)  É considerado como assimétrico um movimento que inicia ou finaliza fora do plano médio-sagital, movimento que deverá ser evitado sempre que possível. Representação gráfica do ângulo de assimetria do levantamento
  • 15. FA = 1 – (0,0032 x A) Onde: A – ângulo de giro Se o ângulo de torção for superior a 135°, toma-se FA = 0.
  • 16. Fator de frequência (FF)  Definido pelo número de levantamentos por minuto, pela duração da tarefa e pela altura do levantamento.  O número médio de levantamentos por minuto deve ser calculado em um período de 15 minutos, sendo que em trabalhos em que a frequência de levantamento varia de uma tarefa a outra, ou de uma sessão a outra, deve ser estudado cada caso independentemente.
  • 17. Tabela – Fator de Frequência - FF Em relação à duração da tarefa é considerada: De curta duração quando se tratar de uma hora ou menos de trabalho (seguida de um tempo de recuperação de 1,2 vezes o tempo de trabalho); De duração moderada quando é de uma a duas horas (seguida de um tempo de recuperação de 0,3 vezes o tempo de trabalho); De grande duração quando é superior a duas horas. Obs.: Para uma tarefa que dure 45 minutos, deveria estar seguida de um período de recuperação de 45 x 1,2 = 54 minutos, caso não seja feito desta maneira, será então considerada de duração moderada.
  • 18. Fator de pega (FP)  Este fator é obtido segundo a facilidade da pega e a altura vertical de manipulação da carga. Classificação da pega de uma carga Pega Boa Pega Regular Pega Pobre
  • 19. Determinação do fator de pega (FP)
  • 20. Identificação das zonas de riscos de acordo com o índice de levantamento  a) Risco limitado (índice de levantamento < 1) – trabalhadores que realizam tarefas com esse índice de levantamento geralmente não apresentam problemas;  b) Aumento moderado do risco (> 1 < 3) – trabalhadores submetidos a tarefas com esses índices de levantamentos podem adoecer ou sofrer lesões. Nesse caso as tarefas devem ser redesenhadas ou atribuídas a trabalhadores selecionados que serão submetidos a controle.
  • 21. Identificação das zonas de riscos de acordo com o índice de levantamento  c) Aumento elevado de risco (índice de levantamento > 3) – tarefas com este índice de levantamento são inaceitáveis do ponto de vista ergonômico e devem ser modificadas.
  • 22. Principais limitações da equação  Não considera o risco potencial associado aos efeitos cumulativos dos levantamentos repetitivos;  Não avalia eventos imprevistos como deslizamentos, quedas nem sobrecargas inesperadas;  Pressupõe um atrito razoável entre o calçado e o solo (> 0,4);  A equação torna-se impossível de ser aplicada quando a carga levantada é instável, situação em que a localização do centro de massa varia significativamente durante o levantamento.