3. Conceito
“Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho,
equipamento, ambiente e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de
anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que surgem desse
relacionamento.”
Ergonomics Society
“A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às características
fisiológicas e psicológicas do ser humano”
Associação Brasileira de Ergonomia
4. Conceito
A ergonomia se inicia nas características
do trabalhador para depois projetar o
trabalho que ele consegue executar,
preservando sua saúde
Homem Trabalho
5. Objetivo
Saúde: a saúde do trabalhador é mantida
quando as exigências do trabalho e do ambiente
não ultrapassam as suas limitações energéticas e
cognitivas, de modo a evitar as situações de
estresse, riscos de acidentes e doenças
ocupacionais;
Segurança: É conseguida com projetos do
posto de trabalho, ambiente e organização, que
estejam dentro das capacidades e limitações do
trabalhador, de modo a reduzir erros, acidentes,
estresse e fadiga;
Satisfação: É o resultado do atendimento das
necessidades e expectativas do trabalhador;
Eficiência: É a consequência dos 3 fatores
reunidos.
6. Objetivo
Alto índice de acidentes de trabalho;
Problemas associados a doenças do trabalho;
Questões relacionadas à redução da produtividade no local de trabalho, alto índice
de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de motivação, etc;
Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), proporcionando mais do que um posto de
trabalho melhor, mas também uma vida melhor no trabalho.
7. Evolução da Ergonomia
1700 - O médico italiano Bernardino Ramazzini foi o
primeiro a escrever sobre doenças e lesões relacionadas ao
trabalho;
1857 – O polonês Wojciech Jartrzebowski publicou o
artigo Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho
baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”.
XVIII – A questão da ergonomia se tornou um problema
mais dramático na Revolução Industrial
XIX - Frederick Winslow TAYLOR lançou seu livro
“Administração Científica”, com uma abordagem que
buscava a melhor maneira de executar um trabalho e suas
tarefas.
8. Evolução da Ergonomia
A segunda Guerra Mundial foi um marco no
desenvolvimento da Ergonomia
1949 - Oengenheiro inglês chamado Murrel criou na
Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a
“Ergonomic Research Society”.
1959 - Foi fundada a “International Ergonomics
Association”.
Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação
Brasileira de Ergonomia
9. Abordagens da Ergonomia
Quanto a abrangência
o Ergonomia do posto de trabalho: abordagem
microergonômica
o Ergonomia de sistemas de produção: abordagem
macroergonômica
10. Abordagens da Ergonomia
Quanto a abrangência
o Ergonomia do posto de trabalho: abordagem
microergonômica
o Ergonomia de sistemas de produção: abordagem
macroergonômica
11. Abordagens da Ergonomia
Quanto à contribuição
o Ergonomia de concepção: normas e especificações de
projeto
o Ergonomia de correção: modificações de situações
existentes
o Ergonomia de arranjo físico: melhoria de seqüências e
fluxos de produção
o Ergonomia de conscientização: capacitação em
ergonomia
12. Abordagens da Ergonomia
Quanto a interdisciplinaridade
o Engenharia: projeto e produção ergonomicamente seguros
o Design: metodologia de projeto e design do produto
o Psicologia: treinamento e motivação do pessoal
o Medicina e enfermagem: prevenção de acidentes e doenças
do trabalho
o Administração:projetos organizacionais e gestão de R.H.
13. Abordagem Ergonômica
Considera as capacidades humanas e seus limites:
capacidade física,
força muscular,
dimensões corporais,
possibilidades de interpretação das informações pelo aparelho
sensorial (visão, audição),
capacidade de tratamento das informações em termos de rapidez
e de complexidade
14. Analisa as exigências das tarefas e os diferentes fatores que
influenciam as relações
homem x trabalho
as características materiais do trabalho: (apresentação espacial e
temporal)
peso dos instrumentos
forças a exercer
disposição dos comandos
dimensões dos diferentes elementos constituintes do posto e
do sistema
Abordagem Ergonômica
15. Desenvolvimento atual da ergonomia
Pode ser caracterizado segundo quatro níveis de exigências:
As exigências tecnológicas: técnicas de produção
As exigências econômicas: qualidade e custo de produção
As exigências sociais: melhoria das condições de trabalho
As exigências organizacionais: gestão participativa
16. Por que usar a Ergonomia ?
Novas tecnologias, competitividade de mercado,
produtividade x qualidade
Necessidade de melhoria das práticas das tarefas com:
Eficácia
Segurança
Qualidade
17. alto índice de acidentes de trabalho;
problemas associados a doenças do trabalho;
questões relacionadas à redução da
produtividade no local de trabalho, alto índice
de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de
motivação, etc;
Qualidade de Vida no Trabalho (QVT),
proporcionando mais do que um posto de
trabalho melhor, mas também uma vida melhor
no trabalho.
Por que usar a Ergonomia ?
18. A ergonomia se esforça para conhecer o
comportamento do operador
Diferença entre:
o trabalho prescrito = tarefa
o trabalho real = atividade
Atividade é a expressão do
funcionamento do homem na
execução de sua tarefa.
Por que usar a Ergonomia ?
19. Existem vários tipos de sinais de alarme ou indicadores para um
estudo ergonômico:
Fisiológicos
aceleração dos batimentos cardíacos
quantidade de ar respirado
atividade elétrica cerebral
temperatura corporal
Sinais de Alarme
20. Em nível do trabalho
repetitividade de erros cometidos em uma tarefa
as baixas na produtividade e na qualidade da performance do
operador
aumento do índice de retrabalhos
incidentes de trabalho
acidentes de trabalho (importância vital)
Sinais de Alarme
21. Sinais de Alarme
Subjetivos
queixas eventuais dos trabalhadores
(contraste entre a percepção objetiva e a
subjetiva)
“a noção de conforto”
Mudanças de comportamento
ansiedade e irritação
22. Como calcular ?
O tempo perdido, as despesas com primeiros socorros, os
danos aos bens e às matérias primas ou os novos
investimentos em treinamentos para substituição de mão-
de-obra no caso de um acidente de trabalho?
Quanto um problema de cunho não-ergonômico está
custando para a empresa? Quanto custaria solucioná-lo?
Quais os benefícios da solução dos problemas relacionados
à falta de ergonomia? E como prever os prejuízos com o
desgaste de uma companhia exposta negativamente pela
mídia?
Considerando a grande diversidade de questões, cabe ainda
perguntar, os benefícios superarão os custos?
23. A Prioridades é o esforço para
justificar o custo de melhorias
ergonômicas (saúde e segurança).
É importante também assegurar
que o custo destas seja o mais baixo
possível.
Prudente obter a melhor relação
custo/benefício.
Como calcular ?
24. Justificação de melhorias ergonômicas
O manuseio da técnica de custo/benefício;
O desenvolvimento do custo de melhorias
ergonômicas;
O desenvolvimento do benefício de melhorias
ergonômicas.
25. Análise de Custo/Benefício
É a forma predominante, entre outras existentes, para
justificar os gastos com mudanças propostas pela
ergonomia.
diminuição de custos
Benefícios melhoria de desempenho
Limitada quando necessita quantificar custos e
benefícios intangíveis
26. Redução de custos
Diminuir custos com horas extras
(trabalhadores substitutos);
Custos de seguros e/ou custos de
compensação relacionados a acidentes
ou lesões;
Ações judiciais;
Melhorar a qualidade e a quantidade da
produção,
Prover treinamento adicional;
etc.
27. Benefícios
Ganhos de fácil mensuração
Aumentos de produtividade e de qualidade;
A redução dos desperdícios;
As economias de energia; mão-de-obra,
manutenção, etc
Ganhos de difícil mensuração
Redução do absenteísmo devido a acidentes
e doenças ocupacionais
28. Benefícios intangíveis
satisfação do trabalhador;
o conforto;
a redução do turnover (rotatividade)
o aumento da motivação dos
trabalhadores
29. Dados
As 10 principais causas de acidentes e doenças
profissionais nos EUA são responsáveis por 86% dos US$
38,7 bilhões pagos em indenizações em 1998.
Quando os custos indiretos gerados por estes acidentes são
somados aos US$ 38,7 bilhões de custos diretos, a
economia resultante pode atingir um total aproximado de
US$ 125-155 bilhões
(Liberty Mutual Research Center, 2002)
30. Custos diretos gerados pelas 10 principais causas de acidentes e
doenças profissionais nos EUA -1998
Causas de acidentes
% de custos diretos
para compensação de
trabalhadores no ano de
1998
Estimativa nacional de
custo direto para
compensação de
trabalhadores
Lesões causadas pelo
excesso de levantamentos,
puxões, arremesso, tempo
segurando objetos pesados
25.57% $ 9.8 bilhões
Quedas 11.46% $ 4.4 bilhões
Lesões resultante de maus
jeitos e escorregões, perda
de equilíbrio sem queda
9.35% $ 3.6 bilhões
Quedas em nivel mais baixo
(escada, ou sobre grades)
9.33% $ 3.6 bilhões
Quedas de objetos sobre o
trabalhador
8.94% $ 3.4 bilhões
Movimentos repetitivos 6.10% $ 2.3 bilhões
Acidentes no caminho do
trabalho
5.46% $ 2.1 bilhões
Lesões por choques, batidas
contra equipamentos pesados
4.92% $ 1.9 bilhões
Esmagamento por máquinas
ou equipamentos
4.18% $ 1.6 bilhões
Contato c/ temperaturas
extremas que resultam em
choque térmico e
queimaduras (gelo, calor)
0.92% $ 3.0 bilhões
Todas causas de acidentes 100.00% $ 38.7 bilhões
31. Próxima Aula
o Leitura da NR 17 – Ergonomia
Fazer um resumo da norma apontando os objetivos,
princípios e principais pontos da norma