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2012
UANDERSON
REBULA DE OLIVEIRA
- Protocolo de Couto
- Método Strain Index
- Método NIOSH
ANÁLISE ERGONÔMICA DE TRABALHO
Uanderson Rebula de Oliveira
2Análise Ergonômica de Trabalho
1. INTRODUÇÃO
Existem vários métodos de análise ergonômica de trabalho - AET. Cada um deles possui características que tornam
uns mais apropriados do que outros para determinadas aplicações. Uns são mais indicados para avaliações de
membros superiores, outros para membros inferiores, outros para extremidades distais dos membros, etc.
Dentre os diversos métodos de análise ergonômica em aplicação no Brasil, destacam-se:
 Protocolo de Couto, que avalia os riscos de lesões nos membros superiores;
 Método Strain Index, que avalia os riscos de lesões nas mãos, punhos e braços;
 Método NIOSH, que avalia a carga máxima a ser manuseada
2. PROTOCOLO DE COUTO
O protocolo desenvolvido por Hudson Araújo de Couto (2002), Médico do Trabalho e especialista em Ergonomia,
efetua uma avaliação simplificada do risco de se desenvolver uma lesão musculoesquelética nos membros
superiores em função da atividade física desempenhada.
Características deste método
1. Utiliza um questionário fechado padrão;
2. Para cada questão é atribuída uma pontuação;
3. A pontuação pode ser zero ou um, sendo zero = alto risco de lesão e um = baixo risco de lesão.
Esse questionário aborda seis características distintas da relação homem / trabalho, que são:
a. Sobrecarga física do trabalhador.
b. Força realizada com as mãos.
c. Condições do posto de trabalho.
d. Repetitividade.
e. Organização do trabalho.
f. Ferramenta de trabalho.
O resultado da avaliação é obtido somando-se a pontuação de todas as respostas, é interpretado segundo a Tabela.
CRITÉRIO DE INTERPRETAÇÃO
Pontuação Comentários Conclusão
23 ou mais Ausência de fatores biomecânicos AUSÊNCIA DE RISCO
19 - 22 Fator biomecânico pouco significativo AUSÊNCIA DE RISCO
15 - 18 Fator biomecânico de moderada importância IMPROVÁVEL, MAS POSSÍVEL
11 - 14 Fator biomecânico significativo RISCO
10 ou menos Fator biomecânico muito significativo ALTO RISCO
Na próxima página vemos o check list desenvolvido por Couto.
Uanderson Rebula de Oliveira
3Análise Ergonômica de Trabalho
Check-List de Couto – Avaliação do Fator Biomecânico no Risco para Distúrbios Músculo-Esqueléticos de
Membros Superiores Relacionados ao Trabalho
Para itens não aplicáveis, a pontuação será 1.
1 – Sobrecarga física
Descrição Não Sim
a) Há contato da mão ou punho com alguma quina viva de objetos ou ferramentas ? 1 0
b) O trabalho exige o uso de ferramentas vibratórias? 1 0
c) O trabalho é feito em condições de frio excessivo? 1 0
d) Há necessidade do uso de luvas? 1 0
e) Entre um ciclo de trabalho e outro há descanso? Ou há pausa de cerca de 5 a 10 minutos por hora? 0 1
2 – Força com as mãos
Descrição Não Sim
a) Aparentemente as mãos têm que fazer muita força? 1 0
b) A posição de pinça (pulpar, lateral ou palmar) é utilizada para fazer força? 1 0
c) Quando aperta botões ou similares, a força de compressão exercida pelos dedos ou mão é de alta intensidade? 1 0
d) O esforço manual é repetido mais que 8 vezes por minuto? 1 0
3 – Postura do trabalho
Descrição Não Sim
a) Há algum esforço estático da mão ou antebraço como rotina na realização do trabalho? 1 0
b) Há algum esforço estático do braço ou pescoço como rotina na realização do trabalho? 1 0
c) Há extensão ou flexão forçadas do punho como rotina na execução da tarefa? 1 0
d) Há desvio lateral forçado do punho como rotina na execução da tarefa? 1 0
e) Há elevação dos braços acima do nível dos ombros como rotina da tarefa? 1 0
f) Existem outras posturas forçadas dos membros superiores? 1 0
g) O trabalhador tem flexibilidade na sua postura durante a jornada? 0 1
4 – Posto de trabalho
Descrição Não Sim
a) O posto de trabalho permite flexibilidade para posicionar ferramentas ou similares? 0 1
b) A altura do posto de trabalho é regulável? 0 1
5 – Repetitividade e Organização do Trabalho
Descrição Não Sim
a) O ciclo de trabalho é maior que 30 segundos? Ou mesmo movimento é feito menos de 1.000 vezes num turno? 0 1
b) No caso de ciclo maior que 30 segundos, há diferentes padrões de movimentos. 0 1
c) Há rodízio (revezamento) nas tarefas? 0 1
d) Percebe-se sinais de estar o trabalhador com o tempo “apertado” para realizar sua tarefa? 1 0
e) A mesma tarefa é feita por um mesmo trabalhador durante mais que 4 horas por dia? 1 0
6 – Ferramenta de trabalho
Descrição Não Sim
a) O diâmetro da manopla da ferramenta tem entre 25 e 35 mm (homens) ou 20 e 25 mm (mulheres)? 0 1
b) O cabo da ferramenta não é muito fino nem muito grosso e permite boa estabilidade da pega? 0 1
c) A ferramenta pesa menos de 1kg ou, no caso da pesar mais de 1kg, encontra-se suspensa por dispositivo capaz
de reduzir o esforço humano?
0 1
Soma-se os pontos. Use a interpretação abaixo.
CRITÉRIO DE INTERPRETAÇÃO
Pontuação Comentários Conclusão
Acima de 22 Ausência de fatores biomecânicos AUSÊNCIA DE RISCO
19 e 22 Fator biomecânico pouco significativo AUSÊNCIA DE RISCO
15 e 18 Fator biomecânico de moderada importância IMPROVÁVEL, MAS POSSÍVEL
11 e 14 Fator biomecânico significativo RISCO EXISTENTE
Menos de 11 Fator biomecânico muito significativo ALTO RISCO
Uanderson Rebula de Oliveira
4Análise Ergonômica de Trabalho
3. MÉTODO STRAIN INDEX
Este protocolo foi desenvolvido por Moore e Garg (1995), com o objetivo principal de avaliar o risco de lesões nas
mãos, punhos e braço. O termo Strain Index significa “Índice de Esforço”. É um critério semi-quantitativo.
Características deste método
1. Utiliza um questionário fechado padrão;
2. Para cada questão é atribuído um fator multiplicador;
3. O fator multiplicador pode ser de 0,5 a 13, sendo que quanto maior o fator, pior é a situação.
Esse questionário aborda seis fatores distintos da relação homem / trabalho, que são:
a. Fator Intensidade do Esforço - FIE;
b. Fator Duração do Esforço - FDE;
c. Fator Frequência do Esforço - FFE;
d. Fator Postura da Mão, Punho e Antebraço – FPMPA;
e. Fator Ritmo de Trabalho - FRT;
f. Fator Duração do Trabalho - FDT.
O cálculo da pontuação final do Strain Index (SI), resultará do produto destes seis fatores, conforme ilustrado na
fórmula seguinte:
SI = FIE x FDE x FFE x FPMPA x FRT x FDT
De posse desse índice pode-se classificar o risco de lesão de acordo com a tabela abaixo.
Critério de interpretação
Pontuação Conclusão
SI ≤ 3 PROVAVELMENTE SEGURO
3 < SI ≤ 5 RISCO DUVIDOSO, QUESTIONÁVEL
5 < SI ≤ 7 RISCO MODERADO
SI > 7 ALTO RISCO, tão mais alto quanto maior o número observado
Uanderson Rebula de Oliveira
5Análise Ergonômica de Trabalho
Método Strain Index – Avaliação do Fator Biomecânico no Risco para Distúrbios Músculo-Esqueléticos de
Mãos e Punhos Relacionados ao Trabalho
a. Fator Intensidade do Esforço - FIE
Classificação Caracterização
% da força
máxima
Fator
Multiplicador
Leve Tranquilo, dificilmente perceptível. < 10% 1
Médio Percebe-se algum esforço. 10% - 29% 3
Pesado Esforço nítido, sem mudança de expressão facial. 30% – 49% 6
Muito pesado Esforço significativo, com mudança de expressão facial. 50% - 79% 9
Quase máximo Usa tronco e ombros para gerar mais força. ≥ 80% 13
Nota: A intensidade do esforço é uma estimação do esforço requerido para realizar a tarefa uma vez. Trata-se de um parâmetro subjetivo de avaliação
da quantidade de esforço realizado pelo trabalhador na realização de uma tarefa.
b. Fator Duração do Esforço - FDE
Classificação Caracterização
Fator
Multiplicador
< 10% do ciclo 0,5
10% - 29% do ciclo 1,0
30% – 49% do ciclo 1,5
50% - 79% do ciclo 2,0
≥ 80% do ciclo
A % de duração do esforço se calcula, basicamente, por quanto tempo um esforço é
mantido num ciclo de trabalho. É dado por:
% do ciclo = duração do esforço x 100
duração total do ciclo
3,0
Exemplo. Tarefa: Montar e armazenar peça. Duração total de 12 minutos. Um trabalhador leva 8 minutos para montar uma peça em uma bancada.
Depois transporta a peça para outro setor, levando 4 minutos, onde é feito certo esforço. Repete esta tarefa durante a jornada de trabalho. A % do ciclo
será 4
/12 x 100 = 33,33% e terá um fator multiplicador de 1,5, pois está entre 30% – 49% do ciclo.
c. Fator Frequência do Esforço - FFE
Classificação Caracterização
Fator
Multiplicador
≤ 3 por minuto 0,5
4 – 8 por minuto 1,0
9 – 14 por minuto 1,5
15 – 19 por minuto 2,0
≥ 20 por minuto
É a frequência de esforços realizada por minuto, relacionando-se por isso com a
repetitividade. O número de esforços por minuto é medido contando o número de
esforços que ocorreram durante um período de observação, considerado
representativo. Quando o esforço for estático considere a freqüência máxima.
3,0
d. Fator Postura da Mão, Punho e antebraço – FPMPA
Classificação Caracterização
Desvio em ° Fator
Multiplicador
Ótima Neutro. Perfeitamente natural. 0 – 10° 1,0
Boa Próximo ao neutro. Quase natural. 11° – 15° 1,0
Razoável Não neutro. 16° – 30° 1,5
Ruim Desvio nítido. 31° – 50° 2,0
Muito ruim Desvio próximo dos extremos. > 50° 3,0
Refere-se à posição anatômica da mão/punho, relativamente a uma posição neutra e é classificada em função da proximidade ou do afastamento da
posição neutra articular do punho.
e. Fator Ritmo de Trabalho – FRT
Classificação Caracterização
Fator
Multiplicador
Muito lento Ritmo muito calmo. 1,0
Lento Calmo. Trabalhando em seu ritmo. 1,0
Normal Ritmo normal. Velocidade normal de movimento. 1,0
Rápido Rápido, mas é possível de suportar. 1,5
Muito rápido Veloz, difícil de ser suportado. 2,0
O fator ritmo do trabalho é uma estimação do quão rápido a pessoa está trabalhando. O ritmo pode variar desde muito lento à muito rápido. Na
prática observamos se o trabalhador está com “tranquilidade” na linha, se ele realiza deslocamentos, se tem que “correr” atrás do produto, dentre
outras características.
Uanderson Rebula de Oliveira
6Análise Ergonômica de Trabalho
f. Fator Duração do Trabalho – FDT
Classificação Caracterização
Fator
Multiplicador
Bom < 1 hora da jornada 0,25
Aceitável 1 – 2 horas da jornada 0,50
Regular 2 – 4 horas da jornada 0,75
Ruim 4 – 8 horas da jornada 1,0
Muito ruim > 8 horas da jornada 1,5
O fator duração do trabalho expressa, em horas, o tempo em que a pessoa fica exposta a atividade de trabalho. Quantifica-se a jornada de trabalho.
Esta variável procura levar em conta o benéfico efeito da rotatividade das tarefas de trabalho e do efeito negativo que deriva do contínuo
exercício dos próprios grupos musculares.
O cálculo da pontuação final do Strain Index (SI), resultará do produto destes seis fatores, conforme ilustrado na fórmula seguinte:
SI = FIE x FDE x FFE x FPMPA x FRT x FDT
De posse desse índice pode-se classificar o risco de lesão de acordo com a tabela abaixo.
Critério de interpretação
Pontuação Conclusão
SI ≤ 3 PROVAVELMENTE SEGURO
3 < SI ≤ 5 RISCO DUVIDOSO, QUESTIONÁVEL
5 < SI ≤ 7 RISCO MODERADO
SI > 7 ALTO RISCO, tão mais alto quanto maior o número observado
Considerações finais sobre o Strain Index
Inseridos todos os “fatores de multiplicação” procede-se ao cálculo, que nada mais é do que o produto (multiplicação)
de todos os fatores.
Assim como todas as ferramentas ergonômicas o Strain Index (Moore e Garg) não deve ser utilizado como ferramenta
de diagnóstico e sim de auxílio no diagnóstico.
Um relatório bem detalhado de uma atividade de trabalho analisada deve conter explanações sobre os dados
observados, características de trabalho que levam a ocorrência de tal achado e particularidades de cada posto de
trabalho.
Se bem utilizada, o critério de Moore e Garg permite uma quantificação do risco em membros superiores por
sobrecarga funcional, permite simulações de melhoria no posto de trabalho e adequação do posto de trabalho perante
órgãos fiscalizadores.
Devemos tomar cuidado com a finalidade da ferramenta, pois se ocorrem deslocamentos no posto (por ex. andar por
curtas distâncias), não devemos aplicar o método.
No mais, cautela na coleta, conhecimento do que se está avaliando e precisão nas medições garantem um bom
trabalho de campo e uma análise concisa e de qualidade.
Uanderson Rebula de Oliveira
7Análise Ergonômica de Trabalho
4. MÉTODO NIOSH
O método NIOSH tem o objetivo de determinar a carga máxima a ser manuseada manualmente numa atividade.
A idéia estabelecida aqui é que, para uma situação qualquer no levantamento manual de cargas, sempre existirá um
Limite de Peso Recomendado – LPR, obtido por meio de certos cálculos, que veremos adiante.
O LPR, uma vez calculado, é comparado com a carga real levantada, obtendo-se o Índice de Levantamento - IL.
Limite de Peso Recomendado – LPR
O LPR é obtido da seguinte forma: LPR = 23 x FDH x FAV x FDVP x FFL x FRLT x FQPC
 Os significados das variáveis do cálculo serão apresentados na próxima página.
 O número 23 corresponde ao limite de peso ideal, quer dizer, aquele que pode ser manuseado sem risco
particular. Assim, é recomendado que para que uma pessoa possa levantar uma carga de 23 kg, esta deve
estar próxima do corpo, sendo pega a uma altura de 75 cm, elevada 30 cm entre sua origem e seu destino,
qualidade de pega boa e freqüência de levantamento menor que uma vez a cada cinco minutos. Se a situação
apresentar características similares ou melhores, então o L.P.R, será bem inferior que 23 kg. A figura abaixo
ilustra esses conceitos.
,
Índice de Levantamento - IL
O Índice de Levantamento - IL é o que determina se uma atividade apresenta risco de lesão músculo esquelética e
ainda quantifica esse risco.
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o índice de 23 Kg amplamente difundido não é aplicável a todas as
situações de trabalho encontradas; e sim o IL. O IL nada mais é do que a divisão da constante (23 kg) pela
multiplicação de todos os outros fatores.
A interpretação dos resultados segue os seguintes parâmetros:
Critério de interpretação do IL
Pontuação Conclusão
IL < 1 Condição segura, chance mínima de lesão
IL entre 1,0 e 2,0 Condição insegura, médio risco de lesão
IL acima de 2,0 Condição insegura, alto risco de lesão.
A utilização do método
O Niosh é um método amplamente difundido e utilizado no Brasil e no mundo. Podemos citar aqui algumas situações
em que pode ser aplicado, mas não podemos nos restringir a elas:
 Análise de postos de trabalho;
 Perícias ocupacionais;
 Priorização de riscos entre diversos postos;
 Adequação à legislação;
 Simulação de projetos de melhoria
75 cm
25 cm
Uanderson Rebula de Oliveira
8Análise Ergonômica de Trabalho
Roteiro simplificado NIOSH de acordo com Couto (2002).
Uanderson Rebula de Oliveira
9Análise Ergonômica de Trabalho
EXEMPLO de aplicação: Atividade de carregamento de painéis
Os fatores utilizados no modelo de cálculo do L.P.R, são os seguintes:
FAV = 25, correspondendo ao fator distância das mãos ao chão na origem do levantamento, que neste caso equivale ao fator 0,85;
FDUP = 150, correspondendo ao fator distância vertical do peso entre a origem e o destino, que neste caso equivale a 0,86;
FDH = 55, correspondendo ao fator distância máxima do peso ao corpo durante o levantamento, que neste caso equivale a 0,45;
FRLT = 90, correspondendo ao fator ângulo de rotação do tronco no plano sagital, que neste caso equivale a 0,71;
FQPC = Pega pobre, correspondendo ao fator qualidade da pega da carga, que neste caso equivale a 0,9;
FFL = 1, corresponde ao fator freqüência do levantamento medida em levantamento por minutos, que neste caso equivale a 0,88.
A análise dos resultados obtidos nos mostra que o peso movimentado nas características apresentadas (45 Kg), é 10 vezes maior
que o peso recomendado através deste cálculo (4,5 Kg). O índice de levantamento, é obtido através da divisão do peso real
levantado (45 kg) e o limite de peso recomendado através do calculo apresentado (4,5 Kg). No caso do exemplo apresentado, o
índice obtido foi de 10,57. Isto significa que o risco destes trabalhadores virem a ter alguma lesão, está cinco vezes mais alta que o
menor índice de risco sério.
Situações onde os índices de levantamento superam o valor mínimo (2,0), são freqüentes nas atividades observadas no estudo de
caso (área da construção civil). Além destes foram realizadas no local outras experiências, utilizando este modelo, e os resultados
sempre foram acima do valor mínimo. Algumas das atividades observadas foram a movimentação/descarga de sacos de cimento de
50 kg, colocação de suportes de sustentação para as estruturas de madeiras, dentre outras.
Como forma de observar os resultados obtidos da aplicação desta tabela, em outras atividades, foram feitas outras experiências,
esta vez de laboratório, nas quais se analisou o índice de levantamento em atividades de movimentação de caixas. Nestes casos, os
índices obtidos sempre foram acima de 1,5, e muitos deles acima do valor 2,0.
Pode-se dizer, que este tipo de cálculo é de grande utilidade, pela sua fácil utilização e aplicação, obtendo-se resultados confiáveis
e imediatos.
Uanderson Rebula de Oliveira
10Análise Ergonômica de Trabalho
Para mais informações, consultar:
http://www.eps.ufsc.br/disserta96/merino/cap4/cap4.htm
Bibliografia básica
COUTO, Hudson Araújo. A ergonomia aplicada ao trabalho em 18 lições. Belo Horizonte. Ed. Ergo. 2002.
MOORE, J. S., Garg A. The strain index: method to analyze jobs for risk of distal upper extremity disorders.
American Industrial Hygiene Association Journal, 56, 443-454. 1995.
COLOMBINI, Daniela et al. Método Ocra para análise e a prevenção do risco por movimentos repetitivos. São
Paulo. Ed, LTR, 2008.
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Análise de métodos ergonômicos para avaliação de riscos no trabalho

  • 1. 2012 UANDERSON REBULA DE OLIVEIRA - Protocolo de Couto - Método Strain Index - Método NIOSH ANÁLISE ERGONÔMICA DE TRABALHO
  • 2. Uanderson Rebula de Oliveira 2Análise Ergonômica de Trabalho 1. INTRODUÇÃO Existem vários métodos de análise ergonômica de trabalho - AET. Cada um deles possui características que tornam uns mais apropriados do que outros para determinadas aplicações. Uns são mais indicados para avaliações de membros superiores, outros para membros inferiores, outros para extremidades distais dos membros, etc. Dentre os diversos métodos de análise ergonômica em aplicação no Brasil, destacam-se:  Protocolo de Couto, que avalia os riscos de lesões nos membros superiores;  Método Strain Index, que avalia os riscos de lesões nas mãos, punhos e braços;  Método NIOSH, que avalia a carga máxima a ser manuseada 2. PROTOCOLO DE COUTO O protocolo desenvolvido por Hudson Araújo de Couto (2002), Médico do Trabalho e especialista em Ergonomia, efetua uma avaliação simplificada do risco de se desenvolver uma lesão musculoesquelética nos membros superiores em função da atividade física desempenhada. Características deste método 1. Utiliza um questionário fechado padrão; 2. Para cada questão é atribuída uma pontuação; 3. A pontuação pode ser zero ou um, sendo zero = alto risco de lesão e um = baixo risco de lesão. Esse questionário aborda seis características distintas da relação homem / trabalho, que são: a. Sobrecarga física do trabalhador. b. Força realizada com as mãos. c. Condições do posto de trabalho. d. Repetitividade. e. Organização do trabalho. f. Ferramenta de trabalho. O resultado da avaliação é obtido somando-se a pontuação de todas as respostas, é interpretado segundo a Tabela. CRITÉRIO DE INTERPRETAÇÃO Pontuação Comentários Conclusão 23 ou mais Ausência de fatores biomecânicos AUSÊNCIA DE RISCO 19 - 22 Fator biomecânico pouco significativo AUSÊNCIA DE RISCO 15 - 18 Fator biomecânico de moderada importância IMPROVÁVEL, MAS POSSÍVEL 11 - 14 Fator biomecânico significativo RISCO 10 ou menos Fator biomecânico muito significativo ALTO RISCO Na próxima página vemos o check list desenvolvido por Couto.
  • 3. Uanderson Rebula de Oliveira 3Análise Ergonômica de Trabalho Check-List de Couto – Avaliação do Fator Biomecânico no Risco para Distúrbios Músculo-Esqueléticos de Membros Superiores Relacionados ao Trabalho Para itens não aplicáveis, a pontuação será 1. 1 – Sobrecarga física Descrição Não Sim a) Há contato da mão ou punho com alguma quina viva de objetos ou ferramentas ? 1 0 b) O trabalho exige o uso de ferramentas vibratórias? 1 0 c) O trabalho é feito em condições de frio excessivo? 1 0 d) Há necessidade do uso de luvas? 1 0 e) Entre um ciclo de trabalho e outro há descanso? Ou há pausa de cerca de 5 a 10 minutos por hora? 0 1 2 – Força com as mãos Descrição Não Sim a) Aparentemente as mãos têm que fazer muita força? 1 0 b) A posição de pinça (pulpar, lateral ou palmar) é utilizada para fazer força? 1 0 c) Quando aperta botões ou similares, a força de compressão exercida pelos dedos ou mão é de alta intensidade? 1 0 d) O esforço manual é repetido mais que 8 vezes por minuto? 1 0 3 – Postura do trabalho Descrição Não Sim a) Há algum esforço estático da mão ou antebraço como rotina na realização do trabalho? 1 0 b) Há algum esforço estático do braço ou pescoço como rotina na realização do trabalho? 1 0 c) Há extensão ou flexão forçadas do punho como rotina na execução da tarefa? 1 0 d) Há desvio lateral forçado do punho como rotina na execução da tarefa? 1 0 e) Há elevação dos braços acima do nível dos ombros como rotina da tarefa? 1 0 f) Existem outras posturas forçadas dos membros superiores? 1 0 g) O trabalhador tem flexibilidade na sua postura durante a jornada? 0 1 4 – Posto de trabalho Descrição Não Sim a) O posto de trabalho permite flexibilidade para posicionar ferramentas ou similares? 0 1 b) A altura do posto de trabalho é regulável? 0 1 5 – Repetitividade e Organização do Trabalho Descrição Não Sim a) O ciclo de trabalho é maior que 30 segundos? Ou mesmo movimento é feito menos de 1.000 vezes num turno? 0 1 b) No caso de ciclo maior que 30 segundos, há diferentes padrões de movimentos. 0 1 c) Há rodízio (revezamento) nas tarefas? 0 1 d) Percebe-se sinais de estar o trabalhador com o tempo “apertado” para realizar sua tarefa? 1 0 e) A mesma tarefa é feita por um mesmo trabalhador durante mais que 4 horas por dia? 1 0 6 – Ferramenta de trabalho Descrição Não Sim a) O diâmetro da manopla da ferramenta tem entre 25 e 35 mm (homens) ou 20 e 25 mm (mulheres)? 0 1 b) O cabo da ferramenta não é muito fino nem muito grosso e permite boa estabilidade da pega? 0 1 c) A ferramenta pesa menos de 1kg ou, no caso da pesar mais de 1kg, encontra-se suspensa por dispositivo capaz de reduzir o esforço humano? 0 1 Soma-se os pontos. Use a interpretação abaixo. CRITÉRIO DE INTERPRETAÇÃO Pontuação Comentários Conclusão Acima de 22 Ausência de fatores biomecânicos AUSÊNCIA DE RISCO 19 e 22 Fator biomecânico pouco significativo AUSÊNCIA DE RISCO 15 e 18 Fator biomecânico de moderada importância IMPROVÁVEL, MAS POSSÍVEL 11 e 14 Fator biomecânico significativo RISCO EXISTENTE Menos de 11 Fator biomecânico muito significativo ALTO RISCO
  • 4. Uanderson Rebula de Oliveira 4Análise Ergonômica de Trabalho 3. MÉTODO STRAIN INDEX Este protocolo foi desenvolvido por Moore e Garg (1995), com o objetivo principal de avaliar o risco de lesões nas mãos, punhos e braço. O termo Strain Index significa “Índice de Esforço”. É um critério semi-quantitativo. Características deste método 1. Utiliza um questionário fechado padrão; 2. Para cada questão é atribuído um fator multiplicador; 3. O fator multiplicador pode ser de 0,5 a 13, sendo que quanto maior o fator, pior é a situação. Esse questionário aborda seis fatores distintos da relação homem / trabalho, que são: a. Fator Intensidade do Esforço - FIE; b. Fator Duração do Esforço - FDE; c. Fator Frequência do Esforço - FFE; d. Fator Postura da Mão, Punho e Antebraço – FPMPA; e. Fator Ritmo de Trabalho - FRT; f. Fator Duração do Trabalho - FDT. O cálculo da pontuação final do Strain Index (SI), resultará do produto destes seis fatores, conforme ilustrado na fórmula seguinte: SI = FIE x FDE x FFE x FPMPA x FRT x FDT De posse desse índice pode-se classificar o risco de lesão de acordo com a tabela abaixo. Critério de interpretação Pontuação Conclusão SI ≤ 3 PROVAVELMENTE SEGURO 3 < SI ≤ 5 RISCO DUVIDOSO, QUESTIONÁVEL 5 < SI ≤ 7 RISCO MODERADO SI > 7 ALTO RISCO, tão mais alto quanto maior o número observado
  • 5. Uanderson Rebula de Oliveira 5Análise Ergonômica de Trabalho Método Strain Index – Avaliação do Fator Biomecânico no Risco para Distúrbios Músculo-Esqueléticos de Mãos e Punhos Relacionados ao Trabalho a. Fator Intensidade do Esforço - FIE Classificação Caracterização % da força máxima Fator Multiplicador Leve Tranquilo, dificilmente perceptível. < 10% 1 Médio Percebe-se algum esforço. 10% - 29% 3 Pesado Esforço nítido, sem mudança de expressão facial. 30% – 49% 6 Muito pesado Esforço significativo, com mudança de expressão facial. 50% - 79% 9 Quase máximo Usa tronco e ombros para gerar mais força. ≥ 80% 13 Nota: A intensidade do esforço é uma estimação do esforço requerido para realizar a tarefa uma vez. Trata-se de um parâmetro subjetivo de avaliação da quantidade de esforço realizado pelo trabalhador na realização de uma tarefa. b. Fator Duração do Esforço - FDE Classificação Caracterização Fator Multiplicador < 10% do ciclo 0,5 10% - 29% do ciclo 1,0 30% – 49% do ciclo 1,5 50% - 79% do ciclo 2,0 ≥ 80% do ciclo A % de duração do esforço se calcula, basicamente, por quanto tempo um esforço é mantido num ciclo de trabalho. É dado por: % do ciclo = duração do esforço x 100 duração total do ciclo 3,0 Exemplo. Tarefa: Montar e armazenar peça. Duração total de 12 minutos. Um trabalhador leva 8 minutos para montar uma peça em uma bancada. Depois transporta a peça para outro setor, levando 4 minutos, onde é feito certo esforço. Repete esta tarefa durante a jornada de trabalho. A % do ciclo será 4 /12 x 100 = 33,33% e terá um fator multiplicador de 1,5, pois está entre 30% – 49% do ciclo. c. Fator Frequência do Esforço - FFE Classificação Caracterização Fator Multiplicador ≤ 3 por minuto 0,5 4 – 8 por minuto 1,0 9 – 14 por minuto 1,5 15 – 19 por minuto 2,0 ≥ 20 por minuto É a frequência de esforços realizada por minuto, relacionando-se por isso com a repetitividade. O número de esforços por minuto é medido contando o número de esforços que ocorreram durante um período de observação, considerado representativo. Quando o esforço for estático considere a freqüência máxima. 3,0 d. Fator Postura da Mão, Punho e antebraço – FPMPA Classificação Caracterização Desvio em ° Fator Multiplicador Ótima Neutro. Perfeitamente natural. 0 – 10° 1,0 Boa Próximo ao neutro. Quase natural. 11° – 15° 1,0 Razoável Não neutro. 16° – 30° 1,5 Ruim Desvio nítido. 31° – 50° 2,0 Muito ruim Desvio próximo dos extremos. > 50° 3,0 Refere-se à posição anatômica da mão/punho, relativamente a uma posição neutra e é classificada em função da proximidade ou do afastamento da posição neutra articular do punho. e. Fator Ritmo de Trabalho – FRT Classificação Caracterização Fator Multiplicador Muito lento Ritmo muito calmo. 1,0 Lento Calmo. Trabalhando em seu ritmo. 1,0 Normal Ritmo normal. Velocidade normal de movimento. 1,0 Rápido Rápido, mas é possível de suportar. 1,5 Muito rápido Veloz, difícil de ser suportado. 2,0 O fator ritmo do trabalho é uma estimação do quão rápido a pessoa está trabalhando. O ritmo pode variar desde muito lento à muito rápido. Na prática observamos se o trabalhador está com “tranquilidade” na linha, se ele realiza deslocamentos, se tem que “correr” atrás do produto, dentre outras características.
  • 6. Uanderson Rebula de Oliveira 6Análise Ergonômica de Trabalho f. Fator Duração do Trabalho – FDT Classificação Caracterização Fator Multiplicador Bom < 1 hora da jornada 0,25 Aceitável 1 – 2 horas da jornada 0,50 Regular 2 – 4 horas da jornada 0,75 Ruim 4 – 8 horas da jornada 1,0 Muito ruim > 8 horas da jornada 1,5 O fator duração do trabalho expressa, em horas, o tempo em que a pessoa fica exposta a atividade de trabalho. Quantifica-se a jornada de trabalho. Esta variável procura levar em conta o benéfico efeito da rotatividade das tarefas de trabalho e do efeito negativo que deriva do contínuo exercício dos próprios grupos musculares. O cálculo da pontuação final do Strain Index (SI), resultará do produto destes seis fatores, conforme ilustrado na fórmula seguinte: SI = FIE x FDE x FFE x FPMPA x FRT x FDT De posse desse índice pode-se classificar o risco de lesão de acordo com a tabela abaixo. Critério de interpretação Pontuação Conclusão SI ≤ 3 PROVAVELMENTE SEGURO 3 < SI ≤ 5 RISCO DUVIDOSO, QUESTIONÁVEL 5 < SI ≤ 7 RISCO MODERADO SI > 7 ALTO RISCO, tão mais alto quanto maior o número observado Considerações finais sobre o Strain Index Inseridos todos os “fatores de multiplicação” procede-se ao cálculo, que nada mais é do que o produto (multiplicação) de todos os fatores. Assim como todas as ferramentas ergonômicas o Strain Index (Moore e Garg) não deve ser utilizado como ferramenta de diagnóstico e sim de auxílio no diagnóstico. Um relatório bem detalhado de uma atividade de trabalho analisada deve conter explanações sobre os dados observados, características de trabalho que levam a ocorrência de tal achado e particularidades de cada posto de trabalho. Se bem utilizada, o critério de Moore e Garg permite uma quantificação do risco em membros superiores por sobrecarga funcional, permite simulações de melhoria no posto de trabalho e adequação do posto de trabalho perante órgãos fiscalizadores. Devemos tomar cuidado com a finalidade da ferramenta, pois se ocorrem deslocamentos no posto (por ex. andar por curtas distâncias), não devemos aplicar o método. No mais, cautela na coleta, conhecimento do que se está avaliando e precisão nas medições garantem um bom trabalho de campo e uma análise concisa e de qualidade.
  • 7. Uanderson Rebula de Oliveira 7Análise Ergonômica de Trabalho 4. MÉTODO NIOSH O método NIOSH tem o objetivo de determinar a carga máxima a ser manuseada manualmente numa atividade. A idéia estabelecida aqui é que, para uma situação qualquer no levantamento manual de cargas, sempre existirá um Limite de Peso Recomendado – LPR, obtido por meio de certos cálculos, que veremos adiante. O LPR, uma vez calculado, é comparado com a carga real levantada, obtendo-se o Índice de Levantamento - IL. Limite de Peso Recomendado – LPR O LPR é obtido da seguinte forma: LPR = 23 x FDH x FAV x FDVP x FFL x FRLT x FQPC  Os significados das variáveis do cálculo serão apresentados na próxima página.  O número 23 corresponde ao limite de peso ideal, quer dizer, aquele que pode ser manuseado sem risco particular. Assim, é recomendado que para que uma pessoa possa levantar uma carga de 23 kg, esta deve estar próxima do corpo, sendo pega a uma altura de 75 cm, elevada 30 cm entre sua origem e seu destino, qualidade de pega boa e freqüência de levantamento menor que uma vez a cada cinco minutos. Se a situação apresentar características similares ou melhores, então o L.P.R, será bem inferior que 23 kg. A figura abaixo ilustra esses conceitos. , Índice de Levantamento - IL O Índice de Levantamento - IL é o que determina se uma atividade apresenta risco de lesão músculo esquelética e ainda quantifica esse risco. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o índice de 23 Kg amplamente difundido não é aplicável a todas as situações de trabalho encontradas; e sim o IL. O IL nada mais é do que a divisão da constante (23 kg) pela multiplicação de todos os outros fatores. A interpretação dos resultados segue os seguintes parâmetros: Critério de interpretação do IL Pontuação Conclusão IL < 1 Condição segura, chance mínima de lesão IL entre 1,0 e 2,0 Condição insegura, médio risco de lesão IL acima de 2,0 Condição insegura, alto risco de lesão. A utilização do método O Niosh é um método amplamente difundido e utilizado no Brasil e no mundo. Podemos citar aqui algumas situações em que pode ser aplicado, mas não podemos nos restringir a elas:  Análise de postos de trabalho;  Perícias ocupacionais;  Priorização de riscos entre diversos postos;  Adequação à legislação;  Simulação de projetos de melhoria 75 cm 25 cm
  • 8. Uanderson Rebula de Oliveira 8Análise Ergonômica de Trabalho Roteiro simplificado NIOSH de acordo com Couto (2002).
  • 9. Uanderson Rebula de Oliveira 9Análise Ergonômica de Trabalho EXEMPLO de aplicação: Atividade de carregamento de painéis Os fatores utilizados no modelo de cálculo do L.P.R, são os seguintes: FAV = 25, correspondendo ao fator distância das mãos ao chão na origem do levantamento, que neste caso equivale ao fator 0,85; FDUP = 150, correspondendo ao fator distância vertical do peso entre a origem e o destino, que neste caso equivale a 0,86; FDH = 55, correspondendo ao fator distância máxima do peso ao corpo durante o levantamento, que neste caso equivale a 0,45; FRLT = 90, correspondendo ao fator ângulo de rotação do tronco no plano sagital, que neste caso equivale a 0,71; FQPC = Pega pobre, correspondendo ao fator qualidade da pega da carga, que neste caso equivale a 0,9; FFL = 1, corresponde ao fator freqüência do levantamento medida em levantamento por minutos, que neste caso equivale a 0,88. A análise dos resultados obtidos nos mostra que o peso movimentado nas características apresentadas (45 Kg), é 10 vezes maior que o peso recomendado através deste cálculo (4,5 Kg). O índice de levantamento, é obtido através da divisão do peso real levantado (45 kg) e o limite de peso recomendado através do calculo apresentado (4,5 Kg). No caso do exemplo apresentado, o índice obtido foi de 10,57. Isto significa que o risco destes trabalhadores virem a ter alguma lesão, está cinco vezes mais alta que o menor índice de risco sério. Situações onde os índices de levantamento superam o valor mínimo (2,0), são freqüentes nas atividades observadas no estudo de caso (área da construção civil). Além destes foram realizadas no local outras experiências, utilizando este modelo, e os resultados sempre foram acima do valor mínimo. Algumas das atividades observadas foram a movimentação/descarga de sacos de cimento de 50 kg, colocação de suportes de sustentação para as estruturas de madeiras, dentre outras. Como forma de observar os resultados obtidos da aplicação desta tabela, em outras atividades, foram feitas outras experiências, esta vez de laboratório, nas quais se analisou o índice de levantamento em atividades de movimentação de caixas. Nestes casos, os índices obtidos sempre foram acima de 1,5, e muitos deles acima do valor 2,0. Pode-se dizer, que este tipo de cálculo é de grande utilidade, pela sua fácil utilização e aplicação, obtendo-se resultados confiáveis e imediatos.
  • 10. Uanderson Rebula de Oliveira 10Análise Ergonômica de Trabalho Para mais informações, consultar: http://www.eps.ufsc.br/disserta96/merino/cap4/cap4.htm Bibliografia básica COUTO, Hudson Araújo. A ergonomia aplicada ao trabalho em 18 lições. Belo Horizonte. Ed. Ergo. 2002. MOORE, J. S., Garg A. The strain index: method to analyze jobs for risk of distal upper extremity disorders. American Industrial Hygiene Association Journal, 56, 443-454. 1995. COLOMBINI, Daniela et al. Método Ocra para análise e a prevenção do risco por movimentos repetitivos. São Paulo. Ed, LTR, 2008.
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  • 13. Prof. Uanderson Rébula. Doutorando em Engenharia. Professor universitário. Vivência de 21 anos em ambiente industrial. Além disso, você pode imprimir, desenhar, esquematizar ou usar qualquer leitor pdf, pois a maioria deles encontra-se desbloqueado. Esses ebooks estão disponíveis na livraria Saraiva por preços bem acessíveis. QUERO COMPRAR OS LIVROS uanderson.rebula@yahoo.com.br http://lattes.cnpq.br/1039175956271626 https://br.linkedin.com/in/uandersonrebula Ver amostras dos livros