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setembro/2017
ERGONOMIA
Objetivos
 Objetivo geral:
 Promover a Segurança e Saúde dos Trabalhadores.
 Objetivos específicos:
 Dotar os trabalhadores de alguns conhecimentos acerca dos diferentes tipos de
intervenção da ergonomia, em função das atividades desenvolvidas nas
empresas;
 Apresentar aos trabalhadores os conteúdos da prática ergonómica, face ao
posto de trabalho, aos equipamentos de trabalho, às posturas de trabalho e à
movimentação manual de cargas;
 Sensibilizar os trabalhadores sobre os riscos inerentes a posturas de trabalho
incorretas e quais as medidas preventivas a desenvolver para mitigar os
mesmos.
2
Resumo
 Conceito e Objetivo;
 Fatores relevantes;
 Situação de trabalho. Análise e intervenção ergonómica;
 Prática ergonómica;
 Equipamentos dotados de visor;
 Efeitos sobre a saúde;
 Medidas de prevenção.
3
Conceito e Objetivo
A Ergonomia é, assim, a ciência que estuda a adaptação do trabalho ao
homem ou o conjunto de conhecimentos sobre o homem, em cada atividade,
necessários para desenhar postos de trabalho, equipamentos ou sistemas de
trabalho, que permitam trabalhar com um máximo de segurança, conforto e
eficácia (Wisner).
4
ERGO NOMOS
5
Ergonomia
Conceção de produtos,
ferramentas, ambiente de
trabalho e métodos de
trabalho.
Rentabilidade;
Segurança;
Conforto.
Ergonomia Torna compatíveis
Necessidades, competências e limitações dos
trabalhadores.
6 Fatores relevantes
Fat or humano
Fat or mat erial
Fat or ambient e
Fat or gest ão do
t rabalho
7  Fator humano:
 Características que não são modificáveis (sexo, idade, dimensões
corporais, constituição características físicas e funcionais do
organismo);
 Características que podem ser modificadas (nível de formação,
destreza, experiência e condição física).
 Fator ambiente:
 Ruído;
 Iluminância;
 Ambiente térmico;
 Qualidade do ar interior;
 Radiações.
 Fator material:
 Características inerentes ao
equipamento de trabalho.
8
 Fator gestão de trabalho:
 Posição sentado ou de pé;
 Dimensões do posto de trabalho;
 Espaços para movimentos e
distâncias de segurança;
 Vigilância e manutenção das
instalações;
 Modos operatórios e meios de
trabalho;
 Planeamento do trabalho e
formação;
 Tempo de trabalho e pausas;
 Remuneração;
 Responsabilidade e autonomia
de decisão;
 Carga mental excessiva;
 Monotonia;
 Conflitos.
9 Situação de trabalho. Análise e intervenção
ergonómica
Ricardo Vinhais
10
Compreende:
o Observação de traços da atividade do operador;
o Entrevistas;
o Questionários;
o Análise da documentação sobre os diversos sistemas;
o Fatores de trabalho e dados psicofisiológicos;
o Análise de comportamentos, processos cognitivos e interações.
A análise ergonómica perceção Condições materiais, humanas,
ambientais e de gestão do trabalho
consequências
Operador e sistema produtivo
11
A intervenção ergonómica é um processo dinâmico através do qual é
definida uma estratégia que, após a análise da situação de trabalho e o
diagnóstico, permite a apresentação de medidas corretivas transversais:
o Conceção ou reformulação de produtos ou sistemas produtivos;
o Elaboração de programas de formação ou implementação de
medidas específicas de SST.
12 Prática ergonómica
O posto de trabalho
O posto de trabalho é o espaço que o trabalhador ocupa quando desempenha uma
tarefa, seja durante a totalidade do período laboral, seja através da utilização de
vários locais.
Deve ser desenhado tendo em consideração o trabalho e a tarefa que vai realizar, a
fim de que esta seja executada de modo confortável e eficiente.
13 O dimensionamento deve abranger os seguintes elementos:
• altura do plano de trabalho;
• altura do assento;
• espaço para as pernas e pés;
• colocação de comandos;
• raio de ação;
• espaço de trabalho;
• distância de segurança.
14 Equipamentos de trabalho
A aplicação dos princípios ergonómicos no momento da conceção de
equipamentos de trabalho contribui para a redução da tensão nervosa e dos
esforços físicos do operador, melhorando também os desempenhos e a
fiabilidade das operações.
Os dispositivos de comando são essenciais ao funcionamento correto e seguro
das máquinas, devendo por isso ser integrados nos princípios da ergonomia.
É fundamental que se limite o seu número, providenciar a sua simplificação,
garantir a facilidade de acesso, zelar pela sua correta identificação, indicar
quais as suas funções em suporte a colocar na proximidade, explicitar o modo
de utilização e utilizar os símbolos e códigos de cor para identificar a função.
15 As ferramentas manuais devem ser concebidas de acordo com as prescrições
ergonómicas, por forma a assegurar a adequabilidade à tarefa, inibindo a
produção de efeitos nocivos sobre a saúde do trabalhador.
Devem permitir reduzir força, a repetição e a precisão nos movimentos.
16 Carga física
O corpo humano pode ser submetido a carga física resultante da combinação
da postura, do movimento e do esforço muscular.
Carga
Estático (músculos permanentemente contraídos)
Dinâmico (alternância de períodos de contração e relaxamento)
No esforço dinâmico é importante avaliar a nocividade a curto e longo prazo, o
que deve ser feito abordando diversas vertentes:
 Qual a força que a carga mecânica exerce sobre as articulações ou a estrutura
óssea?
 Qual a quantidade de energia – carga enérgica – que o trabalhador consome na
execução do esforço físico?
 Tolerância individual – que avaliação psicofisiológica faz o operador da tarefa
que executa?
17
Para desenhar um posto
de trabalho que requeira
um trabalho físico
pesado é importante
considerar
• Peso da carga;
• Modo e a frequência de manipulação da carga;
• Utilização de técnicas de armazenagem;
• Diminuição da distância a que deve ser
movimentada uma carga, do número de
levantamentos a efetuar e do número de rotações
do corpo;
• Forma da carga;
• Tempo necessário para efetuar a tarefa.
18
As posturas de trabalho são geralmente abordadas no âmbito do trabalho estático, ou
seja, quando ocorre uma contração muscular contínua durante um período determinado
de tempo.
Na execução das tarefas deve ser adotada uma postura normal que, na medida do
possível, respeite as posições de equilíbrio dos segmentos corporais, não lhe dê origem
a constrangimentos circulatórios e possa ser alterada com frequência.
Posturas mais comuns
Posturas de trabalho
de pé e sentado
deitado ou de joelhos
Pode variar conforme o
tipo de movimentos a
efetuar
19 Efeitos físicos decorrentes de posturas de trabalho.
Postura de trabalho Efeitos físicos
Trabalho de pé, imóvel. Pés e pernas: possivelmente varizes e inchaços nos
pés e tornozelos.
Sentado, direito e sem suporte para as costas. Músculos extensores das costas: dores lombares e
afeções circulatórias dos membros inferiores.
Assento demasiado alto. Joelho, barriga das pernas, pé.
Tronco curvado para a frente quando sentado ou de
pé.
Região lombar: deterioração dos discos
intervertebrais.
Braços estendidos, para os lados, frente ou para
cima.
Ombros e braço: possivelmente inflamação dos
ombros.
Cabeça excessivamente inclinada para trás ou para
a frente.
Pescoço: deterioração dos discos intervertebrais.
Manipulação não natural das ferramentas. Antebraço: possível inflamação dos tendões.
Joelhos dobrados ou no chão. Inchaços: calosidades; afeções nos tecidos internos.
20
As diferentes posições do corpo exigidas pelas diversas tarefas que um indivíduo tem de
realizar, variam em função da complexidade dos trabalhos ou dos espaços de trabalho
disponíveis.
Análise dos gestos profissionais e das exigências físicas e sensoriais envolvidas na
atividade de trabalho.
Medidas de prevenção
Cumprimento das regras
de movimentação manual
de cargas.
Apoio dos braços em
movimentos de precisão.
Adoção da posição de sentado
com o apoio adequado das costas
e dos pés.
Ajustamento da posição do
corpo para assegurar uma
boa circulação sanguínea.
Coordenação dos
movimentos de
elevação de carga.
Inibição do recurso a posições
que provoquem pressão sobre as
vértebras e os discos.
21
Movimentação manual de cargas é qualquer operação de transporte e sustentação de
uma carga, por um ou mais trabalhadores que, devido às suas características ou
condições ergonómicas desfavoráveis, comporte riscos para os mesmos,
nomeadamente, na região dorso-lombar.
Movimentação manual de cargas
Caracterização
Riscos elevados ao nível dos ossos,
articulações, tendões, músculos e
sistema respiratório. (Ex.: lombalgias,
hérnias discais, dores musculares,
artroses, fraturas, etc..)
A movimentação reiterada de
cargas, a sua elevação acima do
nível da cabeça, o transporte em
condições desconfortáveis e o
peso excessivo.
22 Uma vez que a coluna está adaptada a uma posição vertical, sempre que o trabalhador
se curva ela tem que suportar não apenas o peso do corpo mas, de igual modo, o da
carga por ele transportada.
23 Inclinações da coluna que acarretem, simultaneamente, movimentos de rotação
provocam tensões elevadas nos músculos e ligamentos, com o inerente risco de lesões
graves.
Curvar as costas mantendo as pernas direitas faz aumentar a tensão nos discos a
valores muito mais elevados do que se o mesmo movimento for efetuado com as costas
direitas e as pernas fletidas.
Ângulo de inclinação do tronco
Peso da carga - Kg
0 30 100 150
0 50 100 150 200
30 150 350 600 850
60 250 650 1000 1350
90 300 700 1100 1500
Esforço em kg sobre o disco lombar imposto pela elevação do tronco, em função da inclinação e do peso da
carga.
24
Deve ter-se em consideração os seguintes fatores:
 Características da carga;
 Esforço físico exigido;
 Características do local de trabalho;
 Exigências da atividade;
 Fatores individuais de risco.
Avaliação de riscos
Pode ser necessário o uso de meios mecânicos de movimentação de carga, os quais
devem obedecer a determinados requisitos legais.
25
 Organização do trabalho:
 Reduzir os movimentos de torção;
 Diminuir os movimentos para alcançar materiais;
 Reduzir as forças de empurrar ou puxar;
 Reduzir a força a empregar no transporte;
 Reduzir os movimentos de inclinação.
 Utilização de meios mecânicos;
 Informação aos trabalhadores:
 Riscos para a saúde inerentes à movimentação incorreta;
 Peso máximo e outras características da carga;
 O centro de gravidade e o lado mais pesado (distribuição da carga não uniforme).
Medidas de prevenção
26  Formação adequada:
 Postura correta;
 Providenciar a máxima aproximação da carga ao corpo;
 Execução do trabalho em equipa.
 Sinalização de zonas perigosas;
 Utilização de EPI’s;
 Aferir tipos de vias de circulação e zonas de trabalho.
MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS
OCASIONAIS FREQUENTES
HOMENS 30 Kg 20 Kg DL nº 330/93 de 25 de Setembro
MULHERES 27 Kg 15 Kg Portaria 136/73 de 13 de Março
Durante a gravidez e até 3 meses após
o parto
10 Kg
27 Equipamentos dotados de visor
Fatores de risco
 Fator humano;
 Fator ambiental;
 Fator material;
 Fator gestão do trabalho.
Podem provocar
Problemas
visuais
Problemas
posturais
28
Avaliação de
Riscos
Medidas de
prevenção
29
Fadiga
Efeitos sobre a saúde
Atividade física Implica
Realização de movimentos que, pela sua repetição
ou pelo esforço que acarretam, podem provocar
lesões nos músculos, tendões ou articulações.
Sobrecarga física (Fadiga)
Estado de mal-estar ou de cansaço que provoca a
diminuição do funcionamento normal do corpo e,
consequentemente, da capacidade de trabalho.
Ambiente físico
Riscos
30
As consequências da fadiga são as seguintes:
 Dores de cabeça;
 Dores musculares;
 Insónias;
 Alergias;
 Cardiopatias;
 Pressão sanguínea elevada;
 Irritabilidade;
 Estado depressivo.
Para a empresa representa:
 Baixa produtividade;
 Taxas elevadas de absentismo;
 Qualidade de trabalho medíocre;
 Acidentes de trabalho frequentes e graves;
 Conflitos sociais.
31 Fatores de risco
 Fator humano;
 Fator ambiental;
 Fator material;
 Fator gestão do trabalho.
Avaliação de
Riscos
Medidas de
prevenção
32 Lesões Músculo-esqueléticas (LME)
As lesões músculo-esqueléticas são síndromes de dor crónica que ocorrem no
exercício de uma dada atividade profissional e que podem afetar diferentes partes do
corpo, como, por exemplo, o ombro e o pescoço; o cotovelo, a mão e o punho; o
joelho e a coluna vertebral.
Solicitações
Inferiores às capacidades
funcionais
Superiores às capacidades
funcionais
• Tempo de
recuperação
insuficiente (>
probabilidade de
LME)
Probabilidade remota
de LME
• Tempo de
recuperação
suficiente (<
probabilidade de
LME)
33
Fatores de risco
 Fator humano;
 Fator ambiental;
 Fator material;
 Fator gestão do trabalho.
Avaliação de
Riscos
Medidas de
prevenção
As LME de origem profissional atingem principalmente os seguintes grupos:
 Mulheres;
 Trabalhadores manuais;
 Trabalhadores com mais idade;
 Trabalhadores com vínculo precário.
34 Lesões mais frequentes:
 Síndroma do túnel cárpico;
 Epicondilite;
 Doença de Quervain;
 Síndroma mão-braço;
 Tenosinovite;
 Tendinite;
 Mialgia do trapézio;
 Bursite;
 Lombalgia;
 Cervicalgias;
 Dorsalgias.
35 Medidas de prevenção
Adaptar o posto
de trabalho
Automatizar
(atividades muito
repetitivas)
Adaptação de
métodos de
trabalho
Adaptação do
ambiente de
trabalho
Consulta aos
trabalhadores
Formação e
Informação dos
trabalhadores
36
Agradeço a vossa participação, esperando que no
futuro, todos nós possamos contribuir para que não
haja incidentes durante o trabalho.
Muito obrigado

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  • 2. Objetivos  Objetivo geral:  Promover a Segurança e Saúde dos Trabalhadores.  Objetivos específicos:  Dotar os trabalhadores de alguns conhecimentos acerca dos diferentes tipos de intervenção da ergonomia, em função das atividades desenvolvidas nas empresas;  Apresentar aos trabalhadores os conteúdos da prática ergonómica, face ao posto de trabalho, aos equipamentos de trabalho, às posturas de trabalho e à movimentação manual de cargas;  Sensibilizar os trabalhadores sobre os riscos inerentes a posturas de trabalho incorretas e quais as medidas preventivas a desenvolver para mitigar os mesmos. 2
  • 3. Resumo  Conceito e Objetivo;  Fatores relevantes;  Situação de trabalho. Análise e intervenção ergonómica;  Prática ergonómica;  Equipamentos dotados de visor;  Efeitos sobre a saúde;  Medidas de prevenção. 3
  • 4. Conceito e Objetivo A Ergonomia é, assim, a ciência que estuda a adaptação do trabalho ao homem ou o conjunto de conhecimentos sobre o homem, em cada atividade, necessários para desenhar postos de trabalho, equipamentos ou sistemas de trabalho, que permitam trabalhar com um máximo de segurança, conforto e eficácia (Wisner). 4 ERGO NOMOS
  • 5. 5 Ergonomia Conceção de produtos, ferramentas, ambiente de trabalho e métodos de trabalho. Rentabilidade; Segurança; Conforto. Ergonomia Torna compatíveis Necessidades, competências e limitações dos trabalhadores.
  • 6. 6 Fatores relevantes Fat or humano Fat or mat erial Fat or ambient e Fat or gest ão do t rabalho
  • 7. 7  Fator humano:  Características que não são modificáveis (sexo, idade, dimensões corporais, constituição características físicas e funcionais do organismo);  Características que podem ser modificadas (nível de formação, destreza, experiência e condição física).  Fator ambiente:  Ruído;  Iluminância;  Ambiente térmico;  Qualidade do ar interior;  Radiações.  Fator material:  Características inerentes ao equipamento de trabalho.
  • 8. 8  Fator gestão de trabalho:  Posição sentado ou de pé;  Dimensões do posto de trabalho;  Espaços para movimentos e distâncias de segurança;  Vigilância e manutenção das instalações;  Modos operatórios e meios de trabalho;  Planeamento do trabalho e formação;  Tempo de trabalho e pausas;  Remuneração;  Responsabilidade e autonomia de decisão;  Carga mental excessiva;  Monotonia;  Conflitos.
  • 9. 9 Situação de trabalho. Análise e intervenção ergonómica
  • 10. Ricardo Vinhais 10 Compreende: o Observação de traços da atividade do operador; o Entrevistas; o Questionários; o Análise da documentação sobre os diversos sistemas; o Fatores de trabalho e dados psicofisiológicos; o Análise de comportamentos, processos cognitivos e interações. A análise ergonómica perceção Condições materiais, humanas, ambientais e de gestão do trabalho consequências Operador e sistema produtivo
  • 11. 11 A intervenção ergonómica é um processo dinâmico através do qual é definida uma estratégia que, após a análise da situação de trabalho e o diagnóstico, permite a apresentação de medidas corretivas transversais: o Conceção ou reformulação de produtos ou sistemas produtivos; o Elaboração de programas de formação ou implementação de medidas específicas de SST.
  • 12. 12 Prática ergonómica O posto de trabalho O posto de trabalho é o espaço que o trabalhador ocupa quando desempenha uma tarefa, seja durante a totalidade do período laboral, seja através da utilização de vários locais. Deve ser desenhado tendo em consideração o trabalho e a tarefa que vai realizar, a fim de que esta seja executada de modo confortável e eficiente.
  • 13. 13 O dimensionamento deve abranger os seguintes elementos: • altura do plano de trabalho; • altura do assento; • espaço para as pernas e pés; • colocação de comandos; • raio de ação; • espaço de trabalho; • distância de segurança.
  • 14. 14 Equipamentos de trabalho A aplicação dos princípios ergonómicos no momento da conceção de equipamentos de trabalho contribui para a redução da tensão nervosa e dos esforços físicos do operador, melhorando também os desempenhos e a fiabilidade das operações. Os dispositivos de comando são essenciais ao funcionamento correto e seguro das máquinas, devendo por isso ser integrados nos princípios da ergonomia. É fundamental que se limite o seu número, providenciar a sua simplificação, garantir a facilidade de acesso, zelar pela sua correta identificação, indicar quais as suas funções em suporte a colocar na proximidade, explicitar o modo de utilização e utilizar os símbolos e códigos de cor para identificar a função.
  • 15. 15 As ferramentas manuais devem ser concebidas de acordo com as prescrições ergonómicas, por forma a assegurar a adequabilidade à tarefa, inibindo a produção de efeitos nocivos sobre a saúde do trabalhador. Devem permitir reduzir força, a repetição e a precisão nos movimentos.
  • 16. 16 Carga física O corpo humano pode ser submetido a carga física resultante da combinação da postura, do movimento e do esforço muscular. Carga Estático (músculos permanentemente contraídos) Dinâmico (alternância de períodos de contração e relaxamento) No esforço dinâmico é importante avaliar a nocividade a curto e longo prazo, o que deve ser feito abordando diversas vertentes:  Qual a força que a carga mecânica exerce sobre as articulações ou a estrutura óssea?  Qual a quantidade de energia – carga enérgica – que o trabalhador consome na execução do esforço físico?  Tolerância individual – que avaliação psicofisiológica faz o operador da tarefa que executa?
  • 17. 17 Para desenhar um posto de trabalho que requeira um trabalho físico pesado é importante considerar • Peso da carga; • Modo e a frequência de manipulação da carga; • Utilização de técnicas de armazenagem; • Diminuição da distância a que deve ser movimentada uma carga, do número de levantamentos a efetuar e do número de rotações do corpo; • Forma da carga; • Tempo necessário para efetuar a tarefa.
  • 18. 18 As posturas de trabalho são geralmente abordadas no âmbito do trabalho estático, ou seja, quando ocorre uma contração muscular contínua durante um período determinado de tempo. Na execução das tarefas deve ser adotada uma postura normal que, na medida do possível, respeite as posições de equilíbrio dos segmentos corporais, não lhe dê origem a constrangimentos circulatórios e possa ser alterada com frequência. Posturas mais comuns Posturas de trabalho de pé e sentado deitado ou de joelhos Pode variar conforme o tipo de movimentos a efetuar
  • 19. 19 Efeitos físicos decorrentes de posturas de trabalho. Postura de trabalho Efeitos físicos Trabalho de pé, imóvel. Pés e pernas: possivelmente varizes e inchaços nos pés e tornozelos. Sentado, direito e sem suporte para as costas. Músculos extensores das costas: dores lombares e afeções circulatórias dos membros inferiores. Assento demasiado alto. Joelho, barriga das pernas, pé. Tronco curvado para a frente quando sentado ou de pé. Região lombar: deterioração dos discos intervertebrais. Braços estendidos, para os lados, frente ou para cima. Ombros e braço: possivelmente inflamação dos ombros. Cabeça excessivamente inclinada para trás ou para a frente. Pescoço: deterioração dos discos intervertebrais. Manipulação não natural das ferramentas. Antebraço: possível inflamação dos tendões. Joelhos dobrados ou no chão. Inchaços: calosidades; afeções nos tecidos internos.
  • 20. 20 As diferentes posições do corpo exigidas pelas diversas tarefas que um indivíduo tem de realizar, variam em função da complexidade dos trabalhos ou dos espaços de trabalho disponíveis. Análise dos gestos profissionais e das exigências físicas e sensoriais envolvidas na atividade de trabalho. Medidas de prevenção Cumprimento das regras de movimentação manual de cargas. Apoio dos braços em movimentos de precisão. Adoção da posição de sentado com o apoio adequado das costas e dos pés. Ajustamento da posição do corpo para assegurar uma boa circulação sanguínea. Coordenação dos movimentos de elevação de carga. Inibição do recurso a posições que provoquem pressão sobre as vértebras e os discos.
  • 21. 21 Movimentação manual de cargas é qualquer operação de transporte e sustentação de uma carga, por um ou mais trabalhadores que, devido às suas características ou condições ergonómicas desfavoráveis, comporte riscos para os mesmos, nomeadamente, na região dorso-lombar. Movimentação manual de cargas Caracterização Riscos elevados ao nível dos ossos, articulações, tendões, músculos e sistema respiratório. (Ex.: lombalgias, hérnias discais, dores musculares, artroses, fraturas, etc..) A movimentação reiterada de cargas, a sua elevação acima do nível da cabeça, o transporte em condições desconfortáveis e o peso excessivo.
  • 22. 22 Uma vez que a coluna está adaptada a uma posição vertical, sempre que o trabalhador se curva ela tem que suportar não apenas o peso do corpo mas, de igual modo, o da carga por ele transportada.
  • 23. 23 Inclinações da coluna que acarretem, simultaneamente, movimentos de rotação provocam tensões elevadas nos músculos e ligamentos, com o inerente risco de lesões graves. Curvar as costas mantendo as pernas direitas faz aumentar a tensão nos discos a valores muito mais elevados do que se o mesmo movimento for efetuado com as costas direitas e as pernas fletidas. Ângulo de inclinação do tronco Peso da carga - Kg 0 30 100 150 0 50 100 150 200 30 150 350 600 850 60 250 650 1000 1350 90 300 700 1100 1500 Esforço em kg sobre o disco lombar imposto pela elevação do tronco, em função da inclinação e do peso da carga.
  • 24. 24 Deve ter-se em consideração os seguintes fatores:  Características da carga;  Esforço físico exigido;  Características do local de trabalho;  Exigências da atividade;  Fatores individuais de risco. Avaliação de riscos Pode ser necessário o uso de meios mecânicos de movimentação de carga, os quais devem obedecer a determinados requisitos legais.
  • 25. 25  Organização do trabalho:  Reduzir os movimentos de torção;  Diminuir os movimentos para alcançar materiais;  Reduzir as forças de empurrar ou puxar;  Reduzir a força a empregar no transporte;  Reduzir os movimentos de inclinação.  Utilização de meios mecânicos;  Informação aos trabalhadores:  Riscos para a saúde inerentes à movimentação incorreta;  Peso máximo e outras características da carga;  O centro de gravidade e o lado mais pesado (distribuição da carga não uniforme). Medidas de prevenção
  • 26. 26  Formação adequada:  Postura correta;  Providenciar a máxima aproximação da carga ao corpo;  Execução do trabalho em equipa.  Sinalização de zonas perigosas;  Utilização de EPI’s;  Aferir tipos de vias de circulação e zonas de trabalho. MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS OCASIONAIS FREQUENTES HOMENS 30 Kg 20 Kg DL nº 330/93 de 25 de Setembro MULHERES 27 Kg 15 Kg Portaria 136/73 de 13 de Março Durante a gravidez e até 3 meses após o parto 10 Kg
  • 27. 27 Equipamentos dotados de visor Fatores de risco  Fator humano;  Fator ambiental;  Fator material;  Fator gestão do trabalho. Podem provocar Problemas visuais Problemas posturais
  • 29. 29 Fadiga Efeitos sobre a saúde Atividade física Implica Realização de movimentos que, pela sua repetição ou pelo esforço que acarretam, podem provocar lesões nos músculos, tendões ou articulações. Sobrecarga física (Fadiga) Estado de mal-estar ou de cansaço que provoca a diminuição do funcionamento normal do corpo e, consequentemente, da capacidade de trabalho. Ambiente físico Riscos
  • 30. 30 As consequências da fadiga são as seguintes:  Dores de cabeça;  Dores musculares;  Insónias;  Alergias;  Cardiopatias;  Pressão sanguínea elevada;  Irritabilidade;  Estado depressivo. Para a empresa representa:  Baixa produtividade;  Taxas elevadas de absentismo;  Qualidade de trabalho medíocre;  Acidentes de trabalho frequentes e graves;  Conflitos sociais.
  • 31. 31 Fatores de risco  Fator humano;  Fator ambiental;  Fator material;  Fator gestão do trabalho. Avaliação de Riscos Medidas de prevenção
  • 32. 32 Lesões Músculo-esqueléticas (LME) As lesões músculo-esqueléticas são síndromes de dor crónica que ocorrem no exercício de uma dada atividade profissional e que podem afetar diferentes partes do corpo, como, por exemplo, o ombro e o pescoço; o cotovelo, a mão e o punho; o joelho e a coluna vertebral. Solicitações Inferiores às capacidades funcionais Superiores às capacidades funcionais • Tempo de recuperação insuficiente (> probabilidade de LME) Probabilidade remota de LME • Tempo de recuperação suficiente (< probabilidade de LME)
  • 33. 33 Fatores de risco  Fator humano;  Fator ambiental;  Fator material;  Fator gestão do trabalho. Avaliação de Riscos Medidas de prevenção As LME de origem profissional atingem principalmente os seguintes grupos:  Mulheres;  Trabalhadores manuais;  Trabalhadores com mais idade;  Trabalhadores com vínculo precário.
  • 34. 34 Lesões mais frequentes:  Síndroma do túnel cárpico;  Epicondilite;  Doença de Quervain;  Síndroma mão-braço;  Tenosinovite;  Tendinite;  Mialgia do trapézio;  Bursite;  Lombalgia;  Cervicalgias;  Dorsalgias.
  • 35. 35 Medidas de prevenção Adaptar o posto de trabalho Automatizar (atividades muito repetitivas) Adaptação de métodos de trabalho Adaptação do ambiente de trabalho Consulta aos trabalhadores Formação e Informação dos trabalhadores
  • 36. 36 Agradeço a vossa participação, esperando que no futuro, todos nós possamos contribuir para que não haja incidentes durante o trabalho. Muito obrigado