O documento fornece um resumo do professor Gleydston V. A. Silva, especialista em ergonomia. Apresenta os principais tópicos da disciplina de ergonomia, incluindo a evolução histórica, aplicações em diferentes setores e análise postural do corpo humano.
2. Mini-curriculo do professor:
Graduado em Fisioterapia, pela Universidade Católica de Goiás
(UCG). Pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia pela
Universidade Castelo Branco (RJ). Pós- graduado em Auditoria em
Sistemas da Saúde pelo Centro de Estudos de Enfermagem e
Nutrição (CEEN-UCG). Especialista em Acupuntura pelo Istituto
Mineiro de Estudos Sistêmicos (IMES). Formação em RPG pela
UNISAÚDE. Instrutor de Ergonomia Senac para o curso Técnico
Segurança do Trabalho. Docente do Nire-UEG da Pós-graduação
em acupuntura. Docente da UniEvangélica para o curso
Engenharia do Trabalho, Diretor da Corps Estúdio Pilates.
9. Nascimento e Evolução da
Ergonomia
1949 – Formalizaram na Inglaterra a
existência de um novo ramo da ciência.
ERGONOMIA
10.
11. Ergonomia
Ciência aplicada a facilitar o trabalho executado pelo
homem.
O nome Ergonomia deriva-se de duas palavras gregas:
ERGOS (trabalho) e NOMOS (leis, normas e regras). É,
portanto uma ciência que pesquisa, estuda, desenvolve e
aplica regras e normas a fim de organizar o trabalho, tornando
esse último compatível com as características físicas e
psíquicas do ser humano.
12. Abordagem em Ergonomia
Abrangência das Condições Ergonômicas
Análise de Sistemas – Preocupa-se com o funcionamento
global de uma equipe de trabalho usando uma ou mais
máquinas. Devem ser adotados critérios como custo,
confiabilidade, segurança e outros.
Análise do posto de trabalho – É o estudo de uma parte do
sistema onde atua o trabalhador. A abordagem ergonômica,
análise da tarefa, postura, movimentos do trabalhador e das
suas exigências físicas e psicolólicas.
13. Ocasião da Contribuição Ergonômica
Ergonomia de concepção – Ocorre quando a contribuição
ergonômica se faz durante a fase inicial de projeto do produto,
da máquina ou do ambiente.
Ergonomia de Correção– É aplicada em situações reais, já
existentes, para resolver problemas que se refletem na
segurança, na fadiga excessiva, em doenças do trabalhador ou
na quantidade ou qualidade da produção.
Ergonomia de Conscientização – Conscientizar o operador,
através de cursos de treinamento e frequentes reciclagens,
ensinando-o trabalharem de forma segura, reconhecendo os
fatores de risco que podem surgir a qualquer momento, no
ambiente de trabalho.
14. Abordagem Interdisciplinar da Ergonomia
Médicos do Trabalho – podem ajudar na identificação dos
locais que provocam acidentes ou doenças ocupacionais e
realizar acompanhamentos de saúde.
Analistas da Trabalho – ajudariam no estudo de métodos,
tempos e posto de trabalho.
Psicólogos – geralmente envolvidos em seleção e treinamento
de pessoal, podem ajudar na implantação de novos métodos.
Engenheiros do trabalho – podem ajudar nos aspectos
técnicos, modificando as máquinas e ambientes de trabalho.
15. Desenhista industrial – ajudariam na adaptação de máquinas e
equipamentos, projetos de postos de trabalho e sistemas de
comunicação.
Enfermeiros e Fisioterapeutas– poderiam contribuir na
recuperação e prevenção de trabalhadores prejudicados ou
acidentados.
Técnicos em segurança do trabalho – ajudariam na
identificação e correção de condições insalubres ou perigosas.
Programadores de produção – poderiam contribuir para criar um
fluxo mais uniforme de trabalho, evitando stress, sobrecargas ou
trabalhos noturnos.
Administradores – contribuiriam no estabelecimento de plano de
cargos e salários mais justos, que ajudam a motivar os trabalhadores.
17. APLICAÇÃO DA ERGONOMIA
Ergonomia na Indústria
A ergonomia contribui para melhorar a eficiência, a confiabilidade e a qualidade das
operações industriais. Isso pode ser feito basicamente por 3 vias:
Aperfeiçoamento do sistema homem-máquina
Pode ocorrer tanto na fase de projeto de máquinas, equipamentos e posto de trabalho,
como na introdução de modificações em sistemas ja existentes, adaptando-os às
capacidades e limitações do organismo humano.
Organização do trabalho
Procurando reduzir a fadiga e a monotonia, principalmente pela eliminação do trabalho
altamente repetitivo e dos rítimos mecânicos impostos ao trabalhador.
Melhoria da condição de trabalho
É feita pela análise das condições físicas de trabalho, como temperatura, ruídos,
vibrações, gases tóxicos e iluminação.
18. Aplicação na Indústria
Identificar os locais que ocorrem os probemas ergonômicos;
Sintomas:
• Alto índice de erros;
• Acidentes;
•Doenças;
• Absenteísmo;
• Rotatividade dos Empregados.
Causas:
• Inadequação das máquinas;
• Falha na organização de trabalho;
• Deficiências ambientais;
• Tensões musculares e psíquicas.
22. Ergonomia na Agricultura
Pouca pesquisa sobre o assunto;
Reivindicação dos mineiros, garimpeiros, e trabalhadores rurais;
Empresas que produzem máquinas e implementos agrícolas (ex:
tratores)
Tarefas de colheita, transporte e armazenamento de produtos
agrícolas;
O corte da cana-de-açúcar;
Agrotóxicos e mercúrio usado pelos garimpeiros;
As máquinas e equipamentos utilizados ainda são quase sempre
rudimentares, e poderiam ser consideravelmente aperfeiçoados
com a aplicação dos conhecimentos ergonômicos e tecnológicos
já disponíveis.
25. Ergonomia no Setor de Serviço
Comércio, postos de saúde, educação, escritórios,
bancos, lazer.
As universidades, bancos, centrais de abastecimentos e
outros exigem operações de sistemas igualmente
complexos, oferecendo muitas oportunidades para
estudos e aplicações da ergonomia.
48. Ergonomia na Vida Diária
A ergonomia tem contribuído para melhorar a vida cotidiana
tornando os meios de transporte mais cômodos e seguros, a
mobília doméstica mais confortável e os aparelhos
eletrodomésticos mais eficientes e seguros.
Hoje são realizados estudos ergonômicos para melhorar as
residências, a circulação de pedestres em locais públicos, ajudar
pessoas com deficiências físicas.
57. Análise Postural do Corpo
Humano
A ergonomia comparece à indústria para analisar
como um operário trabalha, avaliando, entre outras coisas, a
sua postura de trabalho e as atividades motoras pelo mesmo
desenvolvidas. Através desta análise é que são identificadas
diversas incompatibilidades existentes entre o posto de
trabalho e os limites do corpo humano.
58. A postura do corpo é compreendida como o
arranjo relativo entre as partes que compõem
este corpo. A boa postura é aquela que se
caracteriza pelo equilíbrio entre os diversos
segmentos corporais estruturais (ossos e
músculos, de modo geral), protegendo o
organismo contra agressões e deformidades.
Na boa postura, portanto, as estruturas
orgânicas desempenham suas funções de modo
eficiente.
59. A má postura pode ser conceituada como
aquela em que á desequilíbrio entre aquelas
partes do corpo e também na qual o
relacionamento entre as estruturas é
ineficiente, induzindo o organismo à agressões
e lesões diversas, localizadas ou generalizadas.
62. Natureza da tarefa
Dependendo do tipo de tarefa, esta é mais
voltada à atividade mental ou à atividade física.
Cada atividade implicará na adoção de posturas
que correspondem à natureza.
63. Fatores Físicos Ambientais
Compreendem a quantidade de grandezas
físicas existentes no ambiente e no posto de
trabalho, no qual está o trabalhador. Ruído,
iluminamento, temperatura, umidade, são
alguns fatores que implicam na adoção de
posturas.
64. Fatores Dimensionais
Referem-se ao tamanho e à localização de
alavancas, botões, pedais, teclados, volantes,
entre outros dispositivos de comando de
máquinas e equipamentos. Também a presença
de estruturas, degraus, passagens, influenciam
na postura adotada.
65. Fatores Temporais
Se as atividades são desenvolvidas sob
pressão de tempo (quanto maior for o tempo em
que o corpo permanece em desequilíbrio), a
situação se agrava em função da tensão nervosa
à qual o trabalhador se expõe.
85. Fazendo-se uso de um fio de prumo o mesmo deverá passar em:
VISTA ANTERIOR
• Entre os olhos;
• Meato do Nariz;
• Osso Externo;
• Cicatriz umbilical;
• Meio das Pernas;
• Entre os Maléolos Internos.
VISTA LATERAL
• Pavilhão auditivo;
• Corpos vertebrais da coluna cervical;
• Articulação dos ombros;
•Articulação coxo-femural;
• Anterior ao centro da articulação do joelho;
• Ligeiramente anterior ao maléolo lateral.
VISTA PORTERIOR
• Acompanha todo o traçado da coluna vertebral;
• Entre os glúteos;
• Meio das pernas;
• Entre os maléolos internos.
88. É a ciência da qual faz uso a
Ergonomia, relacionada às dimensões
do corpo humano e a relação que existe
entre os diversos segmentos corporais.
As dimensões antropométricas estão
diretamente envolvidas aos alcances
motores de um indivíduo e às posturas
pelo mesmo adotadas.
89.
90.
91. POSIÇÃO ORTOSTÁTICA
Medidas Posicionamento Finalidade
Estatura: ditância vertical do solo
até o ponto mais alto da cabeça
P.A. sem o uso de calçados e sem
comprimir o crânio com o instrumento
Exemplo: determinar alturas
mínimas para portas e passagens
Olhos-solo: distância vertical do
solo até o ponto de intersecção entre
as pálpebras superior e inferior
P.A. sem o uso de calçados, com a
cabeça posicionada segundo o plano
aurículo-orbitário
Exemplo: estabelecer a linha de
ação visual para atividades que
requeiram inspeção.
Ombro-solo: distância vertical entre
o solo e o ponto de reparo acromial
P.A. sem o uso de calçados e sem
comprimir o ombro com o instrumento
de medida
Exemplo: determinar a altura de
alcance na posição ortostática para
almoxarifados
Cotovelo-solo: distância vertical
entre o solo e o ponto de reparo mais
inferior do cotovelo
P.A. sem o uso de calçados, ombros
em adução, cotovelo em flexão de
entre a pronação e supinação
Exemplo: determinar a altura de
bancadas de trabalho na posição
ortostática para função de
manutenção elétrica
Largura dos Ombros: distância
horizontal entre os pontos mais
laterais dos ombros
P.A. com os ombros nivelados entre
si, formando uma linha paralela ao
solo
Exemplo: determinar a largura de
assentos e locais de passagem
Comprimento do Antebraço-
Mão: distância entre o ponto de
reparo mais posterior do cotovelo e o
ponto dáctilo
P.A. com o ombro em adução,
antebraço e punhos neutros, mãos e
dedos abertos
Exemplo: posicionamento de
acessórios principais de trabalho
Alcance máximo do Membro
Superior: distância horizontal do
ponto de reparo acromial ao ponto
dáctilo
P.A. com o ombro aduzido e fletido a
antebraço e punho neutros, mãos e
dedos abertos
Exemplo: posicionamento de
acessórios secundários de trabalho
OBS: P.A.: Posição Antropométrica
92. POSIÇÃO SENTADA
Medidas Posicionamento Finalidade
Profundidade Sacro-Poplítea:
ditância entre o ponto mais posterior
do sacro a cavidade poplítea
P.S. com a cabeça no plano aurículo
orbitário, tronco ereto e apoiado,
pleno
Exemplo: determinar a
profundidade de assentos
Altura Tronco-Cefálica: distância
vertical do assento até o ponto de
reparo
P.S. com a cabeça no plano
aurículo-orbitário, tronco ereto e
apoio plantar pleno
Exemplo: estabelecer altura de
prateleiras elevadas
Altura Olho-Assento: distância
vertical entre o assento e o ponto
médio entre as pálpebras superior e
inferior
P.S. com a cabeça no plano
aurículo-orbitário, tronco ereto e
apoio plantar pleno
Exemplo: determinar alinha de ação
visual de operadores de produção a
partir da posição sentada
Altura Solo-Assento: distância
entre o solo e a parte superior do
assento
P.S. com a cabeça no plano
aurículo-orbitário, tronco ereto e
apoio plantar pleno
Exemplo: determinar altura de
assentos, promovendo a postura
adequada em atividades de digitação
Altura Ombro-Assento: distância
vertical entre oassento e o ponto de
reparo acromial
P.S. com a cabeça no plano
aurículo-orbitário, tronco ereto e
apoio plantar pleno
Exemplo: determinar a altura dos
encostos da cadeira
Altura do Assento-Cotovelo:
distância vertical entre o assento e a
base do cotovelo
P.S. com os ombros nivelados entre
si formando uma linha paralela ao
solo
Exemplo: determinar a altura
vertical dos apoios de braços das
cadeiras
Largura dos Ombros: distância
horizontal entre os pontos mais
laterais dos ombros
P.S. com os ombros nivelados entre
si formando uma linha paralela ao
solo
Exemplo: determinar a altura de
assentos e locais de passagem
OBS: P.S.: Posição Sentada
94. Prevenir
Prevenir tem
a ver com a
eliminação das
causas dos
problemas e com o
conforto do
trabalhador.
Anterior ao
aparecimento das
patologias, as ações
preventivas
incentivam novos
98. Medidas Preventivas
Escola de PosturaEscola de Postura
LombalgiasLombalgias
Laboratório de PosturaLaboratório de Postura
Conscientização PosturalConscientização Postural
103. INTRODUÇÃO:
• Segundo Silva (1995), entre todos os
aspectos que envolvem as LER/DORT,
destaca-se a discussão das medidas de
enfrentamento da problemática;
• Segundo Alves (2000), a Ginástica Laboral
-GL é uma das ferramentas preventivas mais
utilizadas nos grupos em que a atuação
coletiva é possível, não sendo a única
solução para os problemas das empresas;
104. HISTÓRICO
• Existem registros deste tipo de atividade,
desde 1925 na Polônia, Bulgária, Alemanha
Oriental, Holanda e Rússia, quando então era
chamada de Ginástica de Pausa (CAÑETE,
1996);
• Segundo Schimitz (1981), em 1978 foi
implantado um projeto denominado
“Ginástica Laboral Compensatória”, que teve
início em 23 de novembro de 1978;
105. • Para Polito & Bergamaschi (2002), até o final
dos anos 70, houve um período em que a
aplicação da GL caiu no esquecimento;
• Década de 80 - Ressurgimento da GL com a
epidemia mundial do fenômeno LER/DORT;
• Década de 90 – Grande explosão das GL no
Brasil.
106. DEFINIÇÕES:
• Já para Targa (1973), a GLC é a ginástica
que tenta impedir que se instalem vícios
posturais durante as atividades habituais,
principalmente as do ambiente de trabalho.
• Segundo Kooling (1980), a GL é também
chamada de Ginástica Laboral
Compensatória (GLC), devendo atuar sobre
as sinergias musculares antagônicas às que
se encontram ativas durante o trabalho.
107. • A GL é a atividade física programada realizada no
ambiente e durante o expediente de trabalho
(CAÑETE, 1996);
• Segundo Leite (1999) é definida como a ginástica
que tem por objetivo restabelecer o antagonismo
muscular;
• A GL consiste em exercícios realizados no local de
trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica
no caso da LER/DORT, sem levar o trabalhador ao
cansaço (LABOR PHYSICAL, 1999; MARATONA,
1999; GUERRA, 1997; MGM, 1999).
108. CLASSIFICAÇÃO:
• De acordo com Zilli (2002), a ginástica laboral
pode ser intitulada segundo seu horário de
aplicação, em:
– preparatória ou de aquecimento (antes da
jornada de trabalho);
– compensatória ou de distensionamento
(durante a jornada de trabalho);
– relaxamento (após a jornada de trabalho).
110. OBJETIVOS PROPOSTOS:
• Favorecer a descontração, estimular o auto-
conhecimento e auto-estima, proporcionar
uma possível melhora no relacionamento
interpessoal e do homem com o meio que o
cerca (BASSO, 1989; CAÑETE, 1996);
• Para alguns autores como GUISELINI (1996)
e BARRETO (1999), a GL tem papel também
no funcionamento da cognição.
111. • Outros efeitos fisiológicos são atribuídos à
GL como o aquecimento, flexibilidade,
resistência muscular localizada, coordenação
e mobilidade (CAÑETE, 1996);
• POLITO & BERGAMASCHI (2002);
• BARROS NETO (1997),
• SESI (2002);
• RIO et al (1998);
112. EFEITOS FISIOLÓGICOS
• melhora da postura e redução das tensões;
• redução do sono na jornada de trabalho;
• melhora da coordenação motora, agilidade e
concentração;
• prevenção de lesões musculotendinosas e
ligamentares;
• melhora do ânimo e disposição para o
trabalho;
• melhora da força e resistência muscular;
• melhora do padrão respiratório;
• desenvolvimento da consciência corporal;
• redução da fadiga mental e muscular.
(ZILLI, 2002)
113. GINÁSTICA LABORAL E A
INFLUÊNCIA DA RECREAÇÃO
• CUTRERA (1983);
• PELLEGRINOTTI (1998);
• GRANDO (1999);
114. PROFISSIONAIS QUE ATUAM COM
A GINÁSTICA LABORAL:
• Enfermeiros, Fisioterapeutas e/ou
professores de educação física;
• Psicólogos e terapeutas ocupacionais;
• ALVES (2000);
• (MILITÃO, 2001; SOARES & ASSUNÇÃO,
2002; CAÑETE, 1996);
• PIMENTEL (1999).
116. Benefícios para a Empresa
• Pesquisas revelam que as empresas que promovem a
realização de exercícios orientados declaram terem
verificado aumento de produtividade, e os trabalhadores
garantem que terminam a jornada menos cansados do
que antes de ser adotada essa medida;
• Percepção da preocupação da empresa com a saúde do
funcionário;
• Satisfação dos funcionários;
• Maior poder de negociação entre funcionários e
sindicatos;
• Maior valorização do nome da Empresa junto ao
mercado;
• Queda nos índices de abstinência, licenças médicas,
licenças permanentes e afins;
117. Benefícios para o Funcionário
• Redução do número de patologias ocupacionais;
• Redução das tensões e fadigas musculares;
• Aumento da flexibilidade;
• Amenizar e acabar com o stress, diminuir a ansiedade, a
depressão, trabalhar a motivação, e auto-realização;
• Relaxar e diminuir a tensão, melhorando a qualidade do sono
e qualidade de vida;
• Fortalecer o relacionamento social e trabalho em equipe;
• Conscientização corporal;
• Corrigir vícios posturais;
• Auxílio no desempenho do trabalho;
• Ativa a circulação, nutrindo a musculatura;
118. Ergonomia de Conscientização
Execícios Laborais – Funcionários/
Colaboradores
• Realizar palestras, treinamentos e
cursos;
• Desenvolver cartazes, folders e
manuais;
• Promover jogos e dinâmincas
conscientizadoras.
128. Postura
Boa Postura
Postura Ideal
Postura Padrão
Harmonia
Conforto
Equilíbrio
Economia
As alterações posturais podem causar um alinhamento
defeituoso que resulta em sobrecarga e tensão indevida
sobre os ossos, articulações e músculos. F. Kendall
135. Fase 1:
• Análise, alteração e adaptações ergonômica do posto de
trabalho e comunidade ao entorno;
•Tratamento - exercícios terapêuticos
• Divisão dos funcionários e/ou comunidade em grupos de
acordo com função;
Fase 2:
• Preventivo com enfermeiros - exercícios preparatórios,
corretivos, compensatórios e de relaxamento; (mínimo de
três a quatro vezes na semana)
Fase 3:
• Preventivo com multiplicadores (agente comunitário) -
exercícios preparatórios, compensatórios e de
relaxamento; (todos os dias) OBS: sob supervisão do
enfermeiro
Proposta para implantação do
projeto nas empresas:
137. • 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer
parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores,
de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.
• 17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos
relacionados ao levantamento, transporte e descarga de
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições
ambientais do posto de trabalho, e à própria organização do
trabalho.
• 17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao
empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo
a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho,
conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
• 17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de
materiais.
• 17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:
138. • 17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte
no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só
trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da
carga.
• 17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda
atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo
de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
• 17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com
idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze)
anos.
• 17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte
manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível
de comprometer sua saúde ou sua segurança. (117.001-5 / I1)
• 17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual
regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento
ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que
deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir
acidentes. (117.002-3 / I2)
139. • 17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de
cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados.
• 17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem
designados para o transporte manual de cargas, o peso
máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele
admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde
ou a sua segurança. (117.003-1 / I1)
• 17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por
impulsâo ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão
ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados
de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja
compatível com sua capacidade de força e não comprometa a
sua saúde ou a sua segurança. (117.004-0 / 11)
• 17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com
equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado
de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja
compatível com sua capacidade de força e não comprometa a
sua saúde ou a sua segurança. (117.005-8 / 11)
140. • 17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
• 17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição
sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado
para esta posição. (117.006-6 / I1)
• 17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito
em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem
proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes
requisitos mínimos:
• a) ter altura e características da superfície de trabalho
compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida
dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;
(117.007-4 / I2)
• b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo
trabalhador; (117.008-2 / I2)
• c) ter características dimensionais que possibilitem
posicionamento e movimentação adequados dos segmentos
corporais. (117.009-0 / I2)
141. • 17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos
pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os
pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem
ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance,
bem como ângulos adequados entre as diversas partes do
corpo do trabalhador, em função das características e
peculiaridades do trabalho a ser executado. (117.010-4 / I2)
• 17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem
atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:
• a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da
função exercida; (117.011-2 / I1)
• b) características de pouca ou nenhuma conformação na base
do assento; (117.012-0 / I1)
• c) borda frontal arredondada; (117.013-9 / I1)
• d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para
proteção da região lombar. (117.014-7 / Il)
142. • 17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser
realizados sentados, a partir da análise ergonômica do
trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte
ao comprimento da perna do trabalhador. (117.015-5 / I1)
• 17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser
realizados de pé, devem ser colocados assentos para
descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os
trabalhadores durante as pausas. (117.016-3 / I2)
• 17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
• 17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de
trabalho devem estar adequados às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a
ser executado.
• 17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos
para digitação, datilografia ou mecanografia deve:
143. • a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa
ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e
operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e
fadiga visual; (117.017-1 / I1)
• b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que
possível, sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de
qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. (117.018-0 / I1)
• 17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento
eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o
seguinte:
• a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da
tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a
contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade
ao trabalhador; (117.019-8 / I2)
• b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo
ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem
executadas; (117.020-1 / I2)
144. • c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser
colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olhoteclado e
olho-documento sejam aproximadamente iguais; (117.021-0 /
I2)
• d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura
ajustável. (117.022-8 / I2)
• 17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento
eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados
eventualmente poderão ser dispensadas as exigências
previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas
executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do
trabalho.
• 17.5. Condições ambientais de trabalho.
• 17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar
adequadas às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
145. • 17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades
que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais
como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são
recomendadas as seguintes condiçôes de conforto:
• a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152,
norma brasileira registrada no INMETRO; (117.023-6 / I2)
• b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC
(vinte e três graus centígrados); (117.024-4 / I2)
• c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; (117.025-2 / I2)
• d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
(117.026-0 / I2)
• 17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características
definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência
ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível
de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A)
e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60
dB.
146.
147.
148. • 17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser
medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído
determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis
na altura do tórax do trabalhador.
• 17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação
adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada
à natureza da atividade.
• 17.5.3.1. A iluminaçâo geral deve ser uniformemente distribuída
e difusa.
• 17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada
e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos,
sombras e contrastes excessivos.
• 17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem
observados nos locais de trabalho são os valores de
iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira
registrada no INMETRO. (117.027-9 / I2)
149. • 17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no
subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se
realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do
ângulo de incidência. (117.028-7 / I2)
• 17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho
previsto no subitem 17.5.3.4, este será um plano horizontal a
0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
• 17.6. Organização do trabalho.
• 17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza
do trabalho a ser executado.
• 17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve
levar em consideração, no mínimo:
• a) as normas de produção;
• b) o modo operatório;
• c) a exigência de tempo;
150. • d) a determinação do conteúdo de tempo;
• e) o ritmo de trabalho;
• f) o conteúdo das tarefas.
• 17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática
ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores
e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve
ser observado o seguinte:
• a) para efeito de remuneração e vantagens de qualquer
espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a
saúde dos trabalhadores; (117.029-5 / I3)
• b) devem ser incluídas pausas para descanso; (117.030-9 / I3)
• c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de
afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de
produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de
produção vigentes na época anterior ao afastamento. (117.031-
7 / I3)
151. • 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados,
deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos
de trabalho, observar o seguinte:
• a) o empregador não deve promover qualquer sistema de
avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de
digitação, baseado no número individual de toques sobre o
teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e
vantagens de qualquer espécie; (117.032-5)
• b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador
não deve ser superior a 8 (oito) mil por hora trabalhada, sendo
considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento
de pressão sobre o teclado; (117.033-3 / I3)
• c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve
exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no
período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá
exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da
Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam
152. • d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo,
uma pausa de 10 (dez) minutos para cada 50 (cinqüenta)
minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de
trabalho; (117.035-0 / I3)
• e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de
afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de
produção em relação ao número de tóques deverá ser iniciado
em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser
ampliada progressivamente. (117.036-8 / I3)
153. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Florianópolis: UFSC, 1995.
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Moderna – a ginástica laboral como um novo
caminho. Porto Alegre: Foco, 1996.
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teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2002. p. 25 -76.
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Programa de Ginástica Laboral: Buscando Elementos
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155. • KOLLING, A. Ginástica Laboral Compensatória: uma
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importância no Contexto Saúde do Ser Humano.
Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. V.3, n.1, 1998.
p. 22 – 28.
157. “Só há duas maneiras de viver
a vida: A primeira é vive-la
como se os milagres não
existissem, A segunda é vive-la
como se tudo fosse um milagre”
(Albert Aintein)