Repercussões do Guia Alimentar para a População Brasileira
1. Repercussões do Guia Alimentar para
a População Brasileira para as
Políticas Públicas
Patricia C. Jaime
Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde
Faculdade de Saúde Pública
Universidade de São Paulo
1o Encontro com Referência Estaduais de Alimentação e Nutrição e
Ações de promoção da alimentação saudável e adequada
2. 1ª Edição -2006
Revisão do Guia
Alimentar:
PPA 2011-2015
Oficinas técnicas em 2011
e 2013
Parceria CGAN –
NUPENS/USP com apoio
da OPAS-Brasil
Consulta Pública:
Fevereiro a Maio de
2014
Registros na Plataforma:
3.125 contribuições
(436 indivíduos/instituições)
Consolidação da
consulta pública:
Maio a Agosto de
2014
Parceria CGAN /MS–
NUPENS/USP com apoio
da OPAS-Brasil
Lançamento do
Guia e do
Relatório da
Consulta Pública:
Novembro de
2014
Revisão do Guia Alimentar para a População
Brasileira
3. A revisão do Guia Alimentar
é uma história de todos nós!
4. O que é um Guia Alimentar?
Qual é o seu objetivo?
Conjunto de informações, análises, recomendações e
orientações sobre escolha, preparo e consumo de
alimentos;
Instrumento de Educação Alimentar e Nutricional
para promover a saúde de pessoas, famílias e
comunidades.
Revisão do Guia Alimentar para a População Brasileira
1ª Edição 2006
2ª edição 2014
Por que revisar Guias Alimentares?
Mudanças econômicas, políticas, culturais, sociais e demográficas;
Alterações no padrão alimentar e nutricional da população;
Atualização das recomendações baseadas neste novo cenário.
5. Definindo alimentação ...
Alimentação reduzida à soma dos nutrientes existentes nos
alimentos consumidos ao longo do dia (alimentos como
meros carreadores de nutrientes)
(conceito limitado)
6. Alimento
Combinações
Modos de comer
Conceito amplo de alimentação...
Fonte: Jacobs Jr, DR & Tapsell LC 2013. Food synergy: the key to a healthy diet. Proceeding of
the Nutrition Society 72, 2, 200-206
11. PARA A ALMA
Abordagem ampliada de Guia Alimentar
PARA O PLANETA
PARA O CORPO
Peso saudável
Menos deficiências de nutrientes
Menos diabetes, DCV e câncer
Menos tratamento médico e cirúrgico
Vida mais longa e com qualidade
Alimentação
baseada em
alimentos em
refeições
Preservação e
proteção da água, do
solo, do ar, da
biodiversidade e da
terra.
Diminuição da
emissão de
poluentes, do uso de
recursos naturais, do
desperdício e da
produção de lixo
PARA A
ALMA
PARA O
PLANETA
PARA O CORPO
Proteção dos
recursos naturais
e da
biodiversidade.
Diminuição da
emissão de
poluentes, do
desperdício e da
produção de
resíduos
Peso saudável
Menos deficiências de nutrientes
Menos diabetes, DCV e câncer
Menos tratamento médico e
cirúrgico
Vida mais longa e com qualidade
Aumento do
prazer ao comer,
da diversidade
cultural, do
pertencimento e
da autonomia
12. Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição
Departamento de Atenção Básica
Secretaria de Atenção à Saúde
Ministério da Saúde
Guia Alimentar para a População Brasileira
13. Estrutura
Apresentação
Preâmbulo
Introdução
Capítulo 1. Princípios
Capítulo 2. A escolha dos alimentos
Capítulo 3. Dos alimentos à refeição
Capítulo 4. O ato de comer e a comensalidade
Capítulo 5. A compreensão e a superação dos obstáculos
Dez passos para uma alimentação adequada e saudável
Para saber mais
15. Grupos de alimentos Exemplos
Alimentos in natura ou minimamente
processados
Substâncias alimentícias de uso
culinário
(óleos, gorduras, sal e açúcar)
Alimentos processados
Alimentos ultraprocessados
Classificação de alimentos baseada na extensão e propósito do
processamento industrial de alimentos.
Fonte: Moubarac J-C, Parra D. Cannon G, Monteiro C. Food classification systems based on food
processing. Curr Obes Rep 2014 3: 256-273
17. Alimentos in natura
Alimentos minimamente processados
Ingredientes culinários
Alimentos processados
Preparações
culinárias
18. RECOMENDAÇÕES:
Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua
alimentação.
....................
Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e
cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
....................
Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas
quantidades, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de
refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.
....................
Evite alimentos ultraprocessados.
REGRA DE OURO:
Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e
preparações culinárias a alimentos ultraprocessados
19. Consumo alimentar no Brasil
Tendências de consumo alimentar no Brasil
Fonte: POF 2002 – 2003 e POF 2008-2009.
20. Alimentos com variação significativa na
disponibilidade domiciliar total de alimentos
(Áreas metropolitanas do Brasil: POF 1996-2009)
ARROZ
FEIJÃO
CARNES LEITE
PÃES
BISCOITOS
REFRIG/DOCES
EMBUTIDOS
OUTROS
-6
-4
-2
0
2
4
6
Δ % TOTAL KCAL
AÇÚCAR/ÓLEOS/
GORDURAS/FARINHAS
Fonte: NUPENS/USP. Updated from Monteiro et al 2011 Public Health Nut 14(1): 5-13.
21. Variação na disponibilidade domiciliar de alimentos
e a Nova Classificação de Alimentos
(Áreas metropolitanas do Brasil: POF 1996-2009)
ARROZ
FEIJÃO
CARNES LEITE
PÃES
BISCOITOS
REFRIG/DOCES
EMBUTIDOS
OUTROS
PUP
-6
-4
-2
0
2
4
6
Δ % TOTAL KCAL
G1: Alimentos ou
produtos
minimamente
processados
G2: Ingredientes culinários
G3: Produtos ultra-
processados
(prontos para consumo)
Fonte: NUPENS/USP. Updated from Monteiro et al 2011 Public Health Nut 14(1): 5-13
AÇÚCAR/ÓLEOS/
GORDURAS/FARINHAS
22. Variação na disponibilidade domiciliar de alimentos
e as práticas alimentares / comensalidade
(Áreas metropolitanas do Brasil: POF 1996-2009)
ARROZ
FEIJÃO
CARNES LEITE
PÃES
BISCOITOS
REFRIG/DOCES
EMBUTIDOS
OUTROS
PUP
-6
-4
-2
0
2
4
6
Δ % TOTAL KCAL Lanches e ‘comida rápida’
Fonte: NUPENS/USP. Updated from Monteiro et al 2011 Public Health Nut 14(1): 5-13.
AÇÚCAR/ÓLEOS/
GORDURAS/FARINHAS
23. 9,8
12,3
14,1 13,1
34,1
39,6
43,8 43,9
1 2 3 4
Prevalência de Excesso de Peso e Obesidade de acordo com o perfil de
consumo de processados e ultraprocessados (quartis % de energia).
Obesidade Excesso de Peso
Quartis
CANELLA, D.S. et al. Ultra-processed food products and obesity in Brazilian households (2008-2009). PLoS One. 2014
Mar 25; v.9, n.3, e92752.
Consumo alimentar no Brasil
25. Substituem refeições
tradicionais baseadas em
alimentos in natura ou
minimamente processados
• Conveniência
• Praticidade
• Portabilidade
• Onipresença
• Marketing agressivo
Alimentos ultraprocessados
26. Impacto negativo na cultura, na vida social e no meio
ambiente
Alimentos ultraprocessados
27. 1. Fazer de alimentos in
natura ou minimamente
processados a base da
alimentação.
........
2. Utilizar óleos, gorduras,
sal e açúcar em pequenas
quantidades ao temperar e
cozinhar alimentos e criar
preparações culinárias.
........
3. Limitar o consumo de
alimentos processados.
........
4. Evitar o consumo de
alimentos ultraprocessados.
........
5. Comer com regularidade
e atenção, em ambientes
apropriados e, sempre que
possível, com companhia.
6. Fazer compras em locais
que ofertem variedades de
alimentos in natura ou
minimamente processados.
........
7. Desenvolver, exercitar e
partilhar habilidades
culinárias.
........
8. Planejar o uso do tempo
para dar à alimentação o
espaço que ela merece.
........
9. Dar preferência, quando
fora de casa, a locais que
servem refeições feitas na
hora.
........
10. Ser crítico quanto a
informações, orientações e
mensagens sobre
alimentação veiculadas em
propagandas comerciais.
28. Repercussões do Guia Alimentar
- Nacional e Internacional -
• Google “Guia Alimentar para a População Brasileira
2014”: 141.000 resultados na busca
• Portal do Ministério da Saúde /
RedeNutri / Comunidade de Práticas
• Redes socias: Facebook/Twitter
#GuiaAlimentar
• Jornais
• Blogs de chefs: ex. Rita Lobo, Bela Gil
• Sites de Jornais: ex. Estadão, Folha.
• Sites e blogs internacionais
• Sociedade: debates nas conferências de
SAN (Comida de Verdade no Campo e na
Cidade)
32. Ir além da excelente difusão e comunicação inicial.
Esse é o nosso desafio!
Guia Alimentar
Educação Alimentar e
Nutricional
Promoção da Alimentação
Adequada e Saudável
Atenção
Nutricional
33. “PLANO DE AÇÃO E DIVULGAÇÃO DO GUIA
ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA –
2015”
• Coordenação da CGAN
• Divulgar o conteúdo do Guia Alimentar para os
diversos públicos e setores a partir de materiais,
eventos e formação profissional.
• Articular com os diversos setores para participação
nas estratégias de implementação do Guia e
engajar gestores nesta ação.
• Desenvolver ferramentas de educação permanente
e continuada sobre o conteúdo do Guia
34. OBRIGADA !
Patricia C. Jaime
constant@usp.br
Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde
Faculdade de Saúde Pública
Universidade de São Paulo